segunda-feira, 18 de outubro de 2010

No Seu Devido Tempo

"De sorte que todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze; desde Davi até ao exílio na Babilônia, catorze; e desde o exílio na Babilônia até Cristo, catorze." (Mateus 1:17 RA)

 

Alguns defendem a posição de que para Jesus voltar há necessidade de que a igreja esteja preparada. Com isso afirmam que dependendo das suas condições para recebê-lo, ela poderá adiantar ou retardar a volta de Cristo. Palavras são ministradas com o intuito de advertir aos fiéis quanto à necessidade de estarmos prontos o quanto antes, sob o risco de retardarmos o retorno do Senhor.

 

No entanto, percebo algo diferente no texto acima; não em relação à necessidade de estarmos prontos (o que é perfeitamente bíblico e verdadeiro), mas sim quanto a estar nas mãos do homem qualquer possibilidade de adiantar ou retardar os tempos de Deus, dependendo do que fazemos.

 

Catorze gerações se passam entre um marco e outro. De Abraão a Davi, de Davi ao exílio, e do exílio até Cristo, exatas catorze gerações. Não estaria Deus nos anunciando que Ele é Soberano sobre todas as coisas, inclusive sobre os tempos? Não estamos diante de um Deus que determina os tempos e as estações?

 

Não tenho dúvidas de que Ele é suficientemente soberano para conduzir a história da humanidade e fazer acontecer o que for necessário, no tempo pré-estabelecido e da forma certa. Creio também que é Ele quem cria as situações e as circunstâncias que sejam mais favoráveis para que seus propósitos venham à luz. E é Ele quem desperta no momento certo o espírito daqueles que se tornam seus instrumentos para a consecução de Seus objetivos.

 

Foi assim para o estabelecimento de todos os projetos divinos no Antigo Testamento. Tudo a seu tempo! Um exemplo claro está no próprio texto bíblico citado. O exílio babilônico, quando Judá foi levada cativa para a Babilônia, se deu justamente na 14ª geração, a partir de Davi. Um acontecimento como esse não acontece da noite para o dia. Há situações que são geradas e pessoas que se tornam protagonistas desses episódios históricos. No entanto, como tendo um exímio diretor por trás das câmeras, assim dirige o Senhor o harmonioso filme da história da raça humana.

 

Quanto à igreja estar preparada ou não para a vinda do Senhor, creio que se Ele preparou o cenário mundial para os acontecimentos que já se deram, igualmente o fará com relação a igreja. É Ele quem a prepara através do Seu próprio Espírito dentro dela, adornando-a e removendo suas rugas e máculas, para que, no dia da apresentação do seu precioso noivo, ela se encontre à altura dele e o receba com alegria. Tudo a seu tempo!

 

Mas perceba uma coisa: O tempo é dele, mas o preparo é nosso! No tempo certo os recursos virão, mas o que faremos com os recursos recebidos é responsabilidade nossa.

 

Quem, porém, é capaz de discernir os tempos do Senhor? Jerusalém não conheceu o tempo da sua visitação: "e te derribarão, a ti e a teus filhos [que] dentro de ti [estiverem,] e não deixarão em ti pedra sobre pedra, pois que não conheceste o tempo da tua visitação." (Lucas 19:44 RC)

 

Veja que o Senhor não esperou que seu povo estivesse pronto para então entrar pelas portas de Jerusalém. Os recursos para que eles estivessem em melhores condições espirituais para discernirem a vinda terrena do Messias, chegaram fielmente, na pessoa dos profetas e das circunstâncias que se formaram no cenário mundial. Mas Cristo fez o que tinha de fazer a seu tempo. Na plenitude dos tempos ele veio, nasceu, viveu e morreu pela humanidade.

 

Portanto, creio que com a igreja acontecerá o mesmo. Ele dará (e têm dado) todos os recursos necessários para que ela se apronte; mas no tempo certo Ele virá, estando ela pronta ou não.

 

Diante disso, cabe-nos exaltar o Soberano Senhor que têm todas as coisas debaixo do seu escrutínio perfeito, inclusive o tempo. Ficando-nos também o desafio de buscarmos discernimento para harmonizar o nosso tempo com o dele, a fim de estarmos acordados e despertos no tempo da nossa visitação.

 

"Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim." (Eclesiastes 3:11 RA)

 

Wilson

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Vem Para o Meio

Quero refletir um pouco sobre uma palavra que Jesus trouxe a certo homem de mão atrofiada. O texto bíblico é o seguinte: "E disse Jesus ao homem da mão ressequida: Vem para o meio!" (Marcos 3:3 RA)

 

Um dos aspectos mais importantes do ministério de Jesus era a sua capacidade de trazer para o meio as coisas que as pessoas faziam questão de esconder. Ele mesmo se apresentou como a Luz do mundo, e por isso, tinha por prática contínua elucidar os temas que jaziam à sombra da dúvida, do preconceito, da religiosidade ou de qualquer outra coisa que pudesse aprisionar os homens.

 

Ele pediu ao homem da mão atrofiada que viesse para o meio da sinagoga onde estava. Jesus o chamou porque estava realmente interessado em fazer algo em seu favor. E essa deve ser a primeira grande motivação do ser humano quando se propõe a trazer para o meio alguma questão.

 

Alguns trazem situações para o centro a fim de polemizar, tão somente. Outros, com a intenção de criarem situações embaraçosas, como no caso dos fariseus em relação a Jesus, armando-lhe ciladas todos os dias. Alguns deixam de trazer para o meio as questões importantes a favor dos outros porque não sabem como resolvê-las ou porque não se importam com as pessoas. Jesus, porém, o fazia para o bem, importando-se genuinamente com o ser humano e sabendo exatamente como resolver seus dilemas.

 

Assim age Jesus em seu favor, querido leitor! Ele se importa com você e sabe como resolver seus conflitos. Hoje mesmo Ele está trazendo para o meio da discussão exatamente o que você necessita que seja abordado. Talvez existam situações em sua casa que insistem em permanecer sem solução. Não temos coragem, muitas vezes, de enfrentar nossos medos, vergonha, relacionamentos quebrados e tantas coisas que nos ferem ou preocupam. Deixa Jesus ajudá-lo nessa tarefa! Você verá que o que é impossível aos homens é possível a Deus.  

 

Enquanto Jesus olhava para o homem da mão atrofiada, os fariseus olhavam para Jesus. A intenção deles era a de ver se Ele curaria no dia de sábado para acusá-lo. Na cultura judaica o sábado é sagrado. Mas o grande problema para alguns deles era o de valorizar mais o sábado do que as pessoas. Mas as pessoas valem mais do que as coisas! Na tentativa de não violarem o dia de descanso, sem o saberem, quebravam-no de outra forma. Não percebiam que suas maquinações para fazer o mal a Jesus representavam um árduo trabalho. Por isso o Senhor lhes perguntou: "É lícito nos sábados fazer o bem ou fazer o mal?". Duas coisas estavam em jogo: O bem e o mal. O bem de curar um homem da sua atrofia, e o mal da busca incessante para acusar alguém. Também disse: "Salvar a vida ou tirá-la", referindo-se à Sua própria atitude de salvar o homem da mão atrofiada em contraste com o desejo deles de O matarem.

 

Eles não percebiam que estavam trabalhando no dia de sábado, maquinando o mal. Eles eram os verdadeiros transgressores da lei porque o pecado é trabalhoso. Quando o mal se estabelece no interior de alguém o coração bate mais rápido, a culpa é instalada, os pensamentos incontidos afloram, a amargura se manifesta, bem como toda sorte de confusão mental e tormentos incessantes. Isso é trabalho, e muito trabalho! Ao contrário do bem, que produz sempre descanso, refrigério e paz. 

 

Onde você se encontra: no descanso do bem ou no trabalho incontido do pecado?

 

Mas o trabalho é uma bênção! Claro que não o que é proveniente do pecado, mas aquele que o Senhor nos deu para com ele sustentar dignamente a nossa casa. A mão está relacionada a esse trabalho. "Abençoa o seu poder, ó SENHOR, e aceita a obra das suas mãos..." (Deuteronômio 33:11 RA).

 

Certamente aquele homem havia sido privado do direito e do privilégio de desenvolver na totalidade do seu potencial o trabalho digno e honroso. Mas, naquele dia Jesus lhe restituiu essa dádiva!

 

O Senhor lhe convida a entrar no descanso da Sua presença. Isso acontece quando lhe entregamos nosso coração e confiamos nele para a condução do nosso viver. Então nossas mãos são curadas de toda atrofia. O nosso trabalho é abençoado e somos transformados em pessoas generosas, capazes de estender as mãos em favor da necessidade do próximo.

 

Que seja assim em sua vida. Deus o abençoe!

 

Pr. Wilson Maia dos Santos

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A Vitória da Marina

Marina Silva, na minha opinião e na de muitos, na verdade foi a grande vitoriosa de todo o processo eleitoral mesmo antes do seu término; e por isso, devemos festejar. Por meio dela os valores do Reino de Deus também triunfaram de uma forma maravilhosa, a despeito da igreja dividida. O Brasil hoje sabe que não foram os "evangélicos" necessariamente que mudaram o curso da política, mas, sim os valores de Deus. Por exemplo, hoje o PT está procurando desfazer a imagem pró-aborto porque sabe do prejuízo que isso lhe causou. Tanto o PT quanto o PSDB e os demais partidos sabem que foram os temas polêmicos defendidos por estes ou aqueles que impediram Dilma de chegar já no primeiro turno (e não chegará também no segundo!). Os olhos se abriram! Tudo isso se deve à seriedade da Marina Silva, e ao posicionamento daqueles que fizeram valer seu direito de questionar os valores deste mundo, votando e orando; orando e votando. Deus sabe a razão pela qual Marina Silva ainda não será a líder do Executivo. De qualquer forma, indiscutivelmente, os céus governam sobre a terra! É certo que independentemente da pessoa que subirá a rampa do planalto, o Reino de Deus já triunfou e triunfará sempre!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Grande Oportunidade!

Querido colega, shalom!
 
O próximo final de semana será o último antes das eleições. Reafirmo o meu apoio e as minhas orações em favor de Marina Silva para presidenta do Brasil. Cada dia mais percebo sua diligente postura ética, cristã e coerente com os seus discursos e propostas. Sei que ela é da mesma matéria que todos nós, e por isso, sujeita a falhas; mas é alguém admirável, em favor de quem tenho sinceramente me empenhado.
 
Se você pensa como eu, quero lhe desafiar a aproveitar essa oportunidade! Compartilhe com o maior número possível de amigos, familiares e vizinhos. Poucos votos a mais, poderão fazer uma enorme diferença. Desejo ver o Brasil aos pés de Jesus! Ver com os olhos da fé a autoridade máxima da nação erguendo suas mãos para os céus e abençoando o país, não tem preço. Será maravilhoso! Sei que isto é possível se crermos e trabalharmos com diligência.
 
Com amor,
 
Wilson

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O Mundo de Baruque

O Mundo de Baruque

 

"Palavra que falou Jeremias, o profeta, a Baruque, filho de Nerias, escrevendo ele aquelas palavras num livro, ditadas por Jeremias, no ano quarto de Jeoaquim, filho de Josias, rei de Judá, dizendo: Assim diz o SENHOR, Deus de Israel, acerca de ti, ó Baruque: Disseste: Ai de mim agora! Porque me acrescentou o SENHOR tristeza ao meu sofrimento; estou cansado do meu gemer e não acho descanso. Assim lhe dirás: Isto diz o SENHOR: Eis que estou demolindo o que edifiquei e arrancando o que plantei, e isto em toda a terra. E procuras tu grandezas? Não as procures; porque eis que trarei mal sobre toda carne, diz o SENHOR; a ti, porém, eu te darei a tua vida como despojo, em todo lugar para onde fores." (Jeremias 45:1-5 RA)

 

Baruque (Bendito) é o escrevente de Jeremias, que registra as palavras proféticas proferidas pelo profeta a todo o povo de Judá. As palavras falam do juízo de Deus que recairia em breve sobre todos. Baruque tem a difícil e triste missão de escrever as palavras e de se dirigir ao templo para lê-las em alta voz a todos que passassem por lá.

 

Em meio às leituras e assimilação do que viria sobre todos, Baruque, de repente, percebe que tudo aquilo também lhe diz respeito, e, então, lamenta sua própria sorte dizendo no íntimo:

 

"...Ai de mim agora! Porque me acrescentou o SENHOR tristeza ao meu sofrimento; estou cansado do meu gemer e não acho descanso."

 

A resposta de Deus por meio de Jeremias não tardou:

 

"Assim lhe dirás: Isto diz o SENHOR: Eis que estou demolindo o que edifiquei e arrancando o que plantei, e isto em toda a terra. E procuras tu grandezas? Não as procures; porque eis que trarei mal sobre toda carne, diz o SENHOR; a ti, porém, eu te darei a tua vida como despojo, em todo lugar para onde fores."

 

Podemos perceber claramente que apesar da palavra profética ser tão abrangente envolvendo o mundo inteiro, Baruque estava mais preocupado consigo mesmo do que com os outros. Seu pensamento era mais ou menos assim: "Deus vai abalar o mundo todo, mas, e eu, como vou ficar?" O mundo de Baruque era mais relevante aos seus próprios olhos do que o mundo dos outros.

 

Outro espaço que estava sendo negligenciado por ele era o mundo de Deus. Sim, o de Deus! Perceba o que o Senhor diz:

 

"...Eis que estou demolindo o que edifiquei e arrancando o que plantei..."

 

Imagina o sentimento do Pai em ter que demolir o que havia edificado e arrancar o que havia plantado?! Ele não está falando de prédios ou plantas, e sim, de nações, de vidas, de gente. O que Ele está dizendo é que em vez de Baruque olhar somente para o seu umbigo, deveria olhar mais pra cima. É difícil imaginar que o Deus Onipotente e Soberano também se entristece e se identifica com o sofrimento alheio. Mas essa é a mais pura e doce Verdade.

 

E o mundo dos outros? Tudo o que estava para acontecer seria no mundo todo:

 

"...e isto em toda a terra".

 

Levantar os olhos e enxergar para além das nossas próprias necessidades, sempre será a melhor receita para a cura do egoísmo.

 

O final da resposta divina encerra uma verdade tremendamente simples e profunda.

 

"E procuras tu grandezas? Não as procures..."

 

Baruque não deveria estar preocupado com as suas terras, bens, patrimônio ou bem-estar. Tudo naquele tempo estava sendo sacudido. Quem vivesse preocupado com isso, certamente se daria muito mal. Mas havia uma promessa:

 

"...a ti, porém, eu te darei a tua vida como despojo, em todo lugar para onde fores."

 

O despojo era aos olhos do inimigo algo precioso. Matavam-se as pessoas, mas recolhiam-se os despojos pelos valores ali representados. A promessa do Senhor era de que a vida de Baruque seria poupada nas mãos dos adversários por ser ela considerada preciosa aos seus olhos. Resumindo, o Senhor queria que Baruque entendesse o que Jesus ensinou nos evangelhos:

 

"Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?" (Mateus 6:25 RA)

 

A vida é mais importante do que as coisas. Desprendamo-nos, portanto, do que não é essencial e valorizemos o que é importante aos olhos de Deus. Também,  ampliemos nossa visão para conseguirmos enxergar os outros mundos que nos cercam além do nosso.

 

Wilson

 

 

 

 

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Que Temos Nós Contigo, Ó Filho de Deus!

 

 

"E eis que gritaram: Que temos nós contigo, ó Filho de Deus! Vieste aqui atormentar-nos antes de tempo?" (Mateus 8:29 RA)

 

 

Que Temos Nós Contigo, ó Filho de Deus!

 

 

Nada! Acredito que esse seja o ensino mais forte a se extrair daqui. Os demônios nada tinham com Jesus. Certamente os espíritos maus que levavam suas vítimas a morarem nos sepulcros, viviam constantemente à procura de oportunidades para se estabelecerem dentro das pessoas. Aquelas que intentavam passar por ali representavam um alvo interessante para a investida daqueles violentos espíritos, que ambicionavam não apenas feri-las, mas possuí-las. A passagem afirma: "Tendo ele chegado à outra margem, à terra dos gadarenos, vieram-lhe ao encontro dois endemoninhados, saindo dentre os sepulcros, e a tal ponto furiosos, que ninguém podia passar por aquele caminho." (Mateus 8:28 RA)

 

 

Certo dia, porém, os demônios avistaram alguém vindo de longe e aproximando-se mais e mais. Como de costume, avançaram furiosos na tentativa de fazerem mais um prisioneiro, de uma vez que de escravos já tinham dois. Investigaram-no à distância, desesperadamente, em busca de  alguma brecha, alguma legalidade, algum motivo ou algum campo de pouso, e nada, absolutamente nada encontraram. Quem poderia ser esse alguém destituído de inveja, malícia, engano e orgulho? Quem poderia ser essa pessoa com quem os demônios não puderam se identificar em coisa alguma, nem encontrar algo em comum?

 

 

Que temos nós contigo, ó Filho de Deus! Não foi uma pergunta, mas uma afirmação. Esse Justo e Santo era Jesus, o Nazareno!

 

 

De uma vez que também fomos transformados em filhos e filhas de Deus, mais do que desejar privilégios sob o argumento irônico: "também sou filho de Deus", insinuando possuirmos algum direito especial, devemos, no entanto, buscar viver à altura da sujeição ao Senhor em todas as coisas; posição na qual, indubitavelmente, somos reconhecidos até dos principados e potestades das trevas como pessoas com quem eles não possuem nenhuma relação.

 

Precisamos nos policiar quanto ao que vemos, ouvimos, falamos, tocamos ou sentimos. Em nossa vida informal, longe dos âmbitos religiosos ou da presença daqueles a quem queremos impressionar, talvez buscando transmitir uma imagem de integridade ou de bom moço. Sim, estou falando dos momentos em que ninguém nos vê. Quando somos nós mesmos sem máscaras e autênticos. Na informalidade da nossa relação conjugal, bem como no trato com pessoas não cristãs, com quem nos relacionamos apenas comercialmente. Nos nossos compromissos financeiros. Na maneira como tratamos o frentista do posto de gasolina ou a moça do caixa do banco, principalmente quando ela se equivoca em algum momento e não faz o que queríamos que ela fizesse. Quando o pneu fura e o time perde. Nos momentos em que somos contrariados.

 

Que temos nós convosco, ó filhos de Deus! Que esses justos e santos sejamos eu e você.

 

 

Vieste Aqui Atormentar-nos Antes de Tempo?

 

 

Se Jesus não estava ali para ser mais uma presa fácil dos demônios, então seria por outro motivo. Se não era para ser subjugado, então o seria para subjugar. Se não era para ser atormentado, com certeza o seria para atormentar. É claro que os espíritos malignos estavam se referindo ao tormento futuro, eterno, quando Satanás e seus anjos, após o julgamento final, serão lançados no lago de fogo para sofrerem por toda a eternidade. À despeito do tormento vindouro, Jesus estava ali para tirá-los da cômoda situação de controle que exerciam tanto em relação aos homens a quem possuíam quanto acerca dos territórios que governavam. Estava ali para atormentá-los! O oposto disso seria a condição tranqüila em que se encontravam: donos da situação, sem ter quem os incomodassem, plenamente realizados na missão de roubar, matar e destruir, até a chegada de quem pudesse agitar o arraial.

 

 

O pior é que os que vivem sob a influência do mal ainda que sejam atormentados por ele, paradoxalmente, não querem ser atormentados pelo bem. Essas pessoas acabam refletindo do mesmo espírito dos que os possuem ou influenciam. Eles se tornam apáticos na semelhança de quem os governam. Eles se tornam indiferentes como os seus algozes, e insensíveis quanto à dignidade do ser humano. Muitos homens e mulheres foram possuídos ou influenciados pelos demônios que deixam impregnado seu espírito de controle, de comodismo, de indiferença e de amor ao pecado.

 

 

Essas pessoas debaixo de tal poder, ainda que não percebam, são as que ouvem mensagens desafiadoras que podem mudar definitivamente o rumo de suas vidas para melhor, no entanto, reverberando a mesma fala demoníaca, respondem: "que temos nós contigo, ó filho de Deus! Vieste aqui atormentar-nos antes de tempo?" São as que fingem não ser com elas nenhuma palavra que possa "atormentá-las" e tirá-las da cômoda situação em que se encontram, seja ela qual for. Somente uma verdadeira intervenção divina, como houve na vida dos dois endemoninhados da passagem bíblica, poderá desfazer tais amarras.

 

 

Os que vivem debaixo da influência do Espírito Santo estão sempre dizendo sim ao arrependimento, à renovação, ao comprometimento, ao serviço, às missões, à liberalidade, à generosidade, e a tudo o que está em linha com o caráter de Deus.

 

 

Reflexão

 

 

Acredito que temos aqui o desafio de buscarmos uma vida que agrade ao Senhor em todas as coisas, e que, consequentemente, não ofereça nenhum espaço ao Diabo. Além disso, precisamos provar se não estamos de alguma forma debaixo de qualquer influência do mal que se reflita através da apatia, da indiferença e do amor à carne. Devemos julgar se não estamos resistindo aos moveres de Deus que confrontam nossa zona de conforto, atormentando-nos e inquietando-nos. Pelo Espírito de Deus, permitamos Sua bendita ação que nos leve do incômodo ao quebrantamento.

 

Wilson

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Continuidade

"Cessou, pois, a obra da Casa de Deus, a qual estava em Jerusalém; e isso até ao segundo ano do reinado de Dario, rei da Pérsia." (Esdras 4:24 RA)

16 anos de interrupção. A reedificação da Casa do Senhor que estava sendo realizada nos tempos de Esdras, por ordem de Artaxerxes teve de ser interrompida. Mentiras, calúnias, franca oposição dos inimigos, estiveram por trás dos comentários maldosos levados ao rei, induzindo-o a tomar tal decisão.

Sem entrar nos demais detalhes históricos, o mais importante é nos atermos ao tema: continuidade. Aquilo que começamos e que faz parte de algo planejado, de propósitos bem definidos, abençoadores, e que revelam a vontade de Deus para as nossas vidas, precisa ser concluído.

Este é um tema sobre o qual precisamos vigiar: a falta de continuidade em nossos projetos. Principalmente quando olhamos para a agenda e conseguimos alistar várias iniciativas que um dia fizeram parte de nossas prioridades mas nunca foram iniciadas ou concluídas.  Lembrei-me de alguém que lamentava o fato de ter acompanhado o evangelho bem de perto enquanto duraram certas reuniões caseiras de estudos bíblicos, onde ouvia mensagens e testemunhos, e cantava louvores a Deus, na casa de um colega cristão. Interrompidas as reuniões, mesmo faltando tão pouco para uma conversão genuína ao Senhor por parte desse amigo, quebrou-se a ponte, e só na eternidade saberemos como de fato seria o futuro dessa pessoa se tão somente aquele convívio tivesse sua continuidade, ou, que pelo menos ele tivesse sido encaminhado responsavelmente a outro grupo caseiro.

Os inimigos de Israel fizeram parar a obra do templo. Os inimigos de hoje, principalmente os de dentro de nós mesmos, continuam militando contra o que Deus quer concluir em nós e através de nós. Não permita as interrupções do que é importante e desfrute da obra de suas mãos!

"Assim se executou toda a obra de Salomão, desde o dia da fundação da Casa do SENHOR até se acabar; e assim se concluiu a Casa do SENHOR." (2 Crônicas 8:16 RA)

Minha Oração

Senhor, dou-te graças por saber que todas as obras são perfeitas e completas em Ti! O Senhor completou a criação em 6 dias e no 7º descansou. Como teu filho, quero aprender a realizar as minhas obras para a Tua glória, e completá-las, como aprendi contigo. Ajuda-me, Senhor, a vencer o desânimo, a confusão, os obstáculos, o medo, a dúvida, e qualquer outro elemento que possa se opor ao que colocaste em meu coração. Em nome de Jesus, Amém!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

A Felicidade no Casamento

2 Samuel 6:11-23

"Ficou a arca do SENHOR em casa de Obede-Edom, o geteu, três meses; e o SENHOR o abençoou e a toda a sua casa. Então, avisaram a Davi, dizendo: O SENHOR abençoou a casa de Obede-Edom e tudo quanto tem, por amor da arca de Deus; foi, pois, Davi e, com alegria, fez subir a arca de Deus da casa de Obede-Edom, à Cidade de Davi. Sucedeu que, quando os que levavam a arca do SENHOR tinham dado seis passos, sacrificava ele bois e carneiros cevados. Davi dançava com todas as suas forças diante do SENHOR; e estava cingido de uma estola sacerdotal de linho. Assim, Davi, com todo o Israel, fez subir a arca do SENHOR, com júbilo e ao som de trombetas. Ao entrar a arca do SENHOR na Cidade de Davi, Mical, filha de Saul, estava olhando pela janela e, vendo ao rei Davi, que ia saltando e dançando diante do SENHOR, o desprezou no seu coração. Introduziram a arca do SENHOR e puseram-na no seu lugar, na tenda que lhe armara Davi; e este trouxe holocaustos e ofertas pacíficas perante o SENHOR. Tendo Davi trazido holocaustos e ofertas pacíficas, abençoou o povo em nome do SENHOR dos Exércitos. E repartiu a todo o povo e a toda a multidão de Israel, tanto homens como mulheres, a cada um, um bolo de pão, um bom pedaço de carne e passas. Então, se retirou todo o povo, cada um para sua casa. Voltando Davi para abençoar a sua casa, Mical, filha de Saul, saiu a encontrar-se com ele e lhe disse: Que bela figura fez o rei de Israel, descobrindo-se, hoje, aos olhos das servas de seus servos, como, sem pejo, se descobre um vadio qualquer! Disse, porém, Davi a Mical: Perante o SENHOR, que me escolheu a mim antes do que a teu pai e a toda a sua casa, mandando-me que fosse chefe sobre o povo do SENHOR, sobre Israel, perante o SENHOR me tenho alegrado. Ainda mais desprezível me farei e me humilharei aos meus olhos; quanto às servas, de quem falaste, delas serei honrado. Mical, filha de Saul, não teve filhos, até ao dia da sua morte." (2 Samuel 6:11-23 RA)

Introdução

Estudaremos a história do casal Davi e Mical, para aprendermos com os seus acertos e erros sobre a verdadeira felicidade matrimonial. Veremos sobre 6 ações que podem transformar o nosso casamento.

1. Trazer os Princípios Divinos Para Dentro do Lar.

"Ficou a arca do SENHOR em casa de Obede-Edom, o geteu, três meses; e o SENHOR o abençoou e a toda a sua casa." (2 Samuel 6:11 RA)

A felicidade começa quando os princípios divinos entram. É simples entender isso. O jovem casal é feliz quando casa justamente porque ele está fazendo exatamente o que Deus disse que era bom fazer, estando os jovens conscientes disso ou não, sendo eles religiosos ou não. O simples cumprimento do princípio divino trará em seu bojo naturalmente as bênçãos nele contidas. O casamento foi instituído por Deus e por isso todo aquele que o desfruta recebe dos benefícios planejados pelo Senhor.

Mas o grande desafio não é começar bem, e sim permanecer bem. A arca do Senhor permaneceu na casa de Obede-Edom por três meses e durante aquele tempo Deus abençoou toda a sua família. É bom que se entenda que a felicidade do casal que passa pela cerimônia do casamento, não precisa se restringir àquele dia. Ela pode ser duradoura se os outros princípios também estiverem presentes todos os dias daquele matrimônio. A felicidade no casamento não precisa ser passageira e sim permanente. Um lar não pode reter a felicidade quando se transforma em verdadeiro campo de batalha ou lugar onde se lançam sementes de amargura, violência e desrespeito, atitudes incompatíveis aos princípios que encontramos na Palavra de Deus.

2. Realizar Sonhos.

"Então, avisaram a Davi, dizendo: O SENHOR abençoou a casa de Obede-Edom e tudo quanto tem, por amor da arca de Deus; foi, pois, Davi e, com alegria, fez subir a arca de Deus da casa de Obede-Edom, à Cidade de Davi." (2 Samuel 6:12 RA)

Davi estava feliz porque naqueles dias viu seus sonhos sendo realizados. O cumprimento de sonhos, o alcance dos objetivos e a consecução de metas no contexto da família são essenciais para a renovação do vigor familiar. O filho que entra na faculdade, o pagamento das dívidas, a aquisição de um patrimônio que foi planejado; mesmo que sejam pequenas conquistas, elas são capazes de remeter a família a novos ciclos de crescimento e de realizações.

Famílias que não sonham em conjunto e que não possuem causas comuns, ou aquelas que não conseguem completar os ciclos que culminem na realização do que buscaram, tendem a desanimar-se e a enfraquecer-se.

3. Assegurar-se de que os Sonhos Pessoais também os Sejam da Família.

"Ao entrar a arca do SENHOR na Cidade de Davi, Mical, filha de Saul, estava olhando pela janela e, vendo ao rei Davi, que ia saltando e dançando diante do SENHOR, o desprezou no seu coração." (2 Samuel 6:16 RA)

A felicidade de Davi era notória, mas a indiferença de sua esposa, Mical, também o era. Estava claro que a realização do sonho era somente de um e não do outro. Os motivos de Davi e Mical agora não são relevantes; o mais importante no momento é perguntar se os nossos sonhos pessoais são somente nossos ou do casal.

É lícito termos sonhos pessoais no casamento; mas precisamos cuidar para que isso não seja a regra. Quanto mais nos aprofundamos nas relações matrimoniais, mais nos tornamos conscientes dos desejos do outro, que passam a ser os nossos também. A conquista do outro passa a ser nossa igualmente e vice-versa. Acredito que Davi poderia ter trabalhado melhor a questão da importância da vinda da arca do Senhor para Jerusalém na sua relação matrimonial, junto à sua esposa, envolvendo-a na visão, trabalhando o coração dela, e abrindo-se para possíveis questionamentos da parte dela. Acredito também que Mical poderia ter se empenhado mais para compreender a paixão de seu esposo e então participar de tudo aquilo como se fosse sua própria causa, sendo ela uma só carne com ele. Parece-nos que nada disso aconteceu, permitindo o desfecho que já conhecemos.

4. Promover Restauração para as Feridas Emocionais do Passado.

"Ao entrar a arca do SENHOR na Cidade de Davi, Mical, filha de Saul, estava olhando pela janela e, vendo ao rei Davi, que ia saltando e dançando diante do SENHOR, o desprezou no seu coração." (2 Samuel 6:16 RA)

A atitude de Mical contra seu marido era fruto de um passado mal resolvido. O texto bíblico faz questão de apresentá-la como filha de Saul. Por ser agora esposa de Davi, esse registro seria desnecessário não fossem as fortes raízes que ainda a ligavam à seu pai. O princípio de deixar pai e mãe para unir-se ao cônjuge, parece não ter sido ainda bem construído no coração daquela mulher. Acontece que o pai dela, Saul, tinha sido o rei que antecedeu ao seu esposo. Davi estava conquistando algo que seu pai nunca havia conseguido. Portanto, aquela felicidade de Davi trazia a amarga lembrança de um reinado fracassado para a memória de Mical.

Precisamos atentar para a realidade de feridas não devidamente tratadas. Elas ressurgirão em algum momento futuro e poderão trazer graves consequências.

5. Vigiar Sobre as Palavras.

"Voltando Davi para abençoar a sua casa, Mical, filha de Saul, saiu a encontrar-se com ele e lhe disse: Que bela figura fez o rei de Israel, descobrindo-se, hoje, aos olhos das servas de seus servos, como, sem pejo, se descobre um vadio qualquer! Disse, porém, Davi a Mical: Perante o SENHOR, que me escolheu a mim antes do que a teu pai e a toda a sua casa, mandando-me que fosse chefe sobre o povo do SENHOR, sobre Israel, perante o SENHOR me tenho alegrado." (2 Samuel 6:20-21 RA)

Já sabemos sobre o poder que há nas palavras. Como dizem as Escrituras nelas há poder de vida e de morte: "A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto." (Provérbios 18:21 RA). Além disso, as palavras são produto do que armazenamos no coração: "Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a boca fala do que está cheio o coração." (Mateus 12:34 RA).

Não podemos ter a expectativa de um lar feliz quando as sementes são ruins. Palavras são sementes e o transbordar da amargura do coração destrói qualquer instituição.

As palavras de Mical que comparam Davi a um vadio qualquer, estão longe de expressar a honra devida ao marido. Por sua vez, Davi, movido pela indignação que as palavras de sua mulher produziram nele, incorre no grave erro de desrespeitar a memória de Saul, pai de Mical, a quem ele tanto tinha honrado até aquele momento. É nesse ambiente hostil que a esterilidade é gerada.

6. Restaurar a Porta para a Intimidade Sexual e a Frutificação.

"Mical, filha de Saul, não teve filhos, até ao dia da sua morte." (2 Samuel 6:23 RA)

Como dissemos no final da sessão anterior, a esterilidade foi gerada em um ambiente de hostilidade, desrespeito e desonra. Não sabemos se Mical não teve filhos porque o casal deixou de cultivar a intimidade sexual ou se foi por desaprovação divina pela forma como ela reagiu na chegada da arca do Senhor em Jerusalém. De qualquer forma, aquele casal deixou de frutificar para Deus. Os filhos são bênção e herança do Senhor. Mesmo quando o casal não pode ter filhos naturais por algum motivo, não são, no entanto, necessariamente estéreis quanto às questões matrimoniais. Eles podem ser frutíferos servindo ao Senhor com alegria, manifestando o fruto do Espírito nos relacionamentos, na vida conjugal, além de poderem gerar filhos espirituais, como resultado de uma vida espiritual saudável que agrada ao Senhor.

Porém, um lar de discórdias, ainda que tenha muitos filhos, é, no entanto, um lar estéril, sem vida e sem alegria. A felicidade não pode subsistir em um ambiente assim.

Precisamos restaurar a porta da intimidade sexual através do perdão. A família verdadeiramente feliz é aquela que reflete a imagem de Deus e que vivencia os Seus valores.

Conclusão

Vimos sobre a importância dos princípios divinos que sempre devem ser regados pelas realizações dos sonhos pessoais e familiares; além da necessidade de se atentar para as possíveis feridas passadas, tratando-as devidamente e cuidando para que não ressurjam em meio à ambientes hostis, propícios para o estabelecimento da esterilidade.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

terça-feira, 27 de julho de 2010

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Tempo de Engajamento

Queridos irmãos em Cristo, graça e paz!


Entendo que as eleições deste ano refletem um caráter profético. Durante muito tempo o povo brasileiro tem clamado ao Senhor por uma nação rendida aos Seus pés, voltada para os princípios da Palavra de Deus e que ande na luz dos Seus valores. E nessa visão temos sido chamados a permanecer incansavelmente.

Por isso, precisamos escolher muito bem quem desejamos que se assente no lugar de maior autoridade sobre a nossa nação. Não se trata de uma eleição como as outras. Sabemos que o Senhor é quem estabelece os tronos e investe de autoridade a quem quer. Mas encontramos na Bíblia um povo que discerniu o tempo em que Davi deveria reinar sobre a nação de Israel, e então, todos juntos, se reuniram para entregar-lhe o trono. Portanto, creio que nessa obra precisamos nos engajar!

Numa época em que o PNDH-3 (Programa Nacional dos Direitos Humanos - 3) é gerado nos bastidores de uma cúpula pró-aborto, anti-vida, defensora da legalização dos direitos trabalhistas dos profissionais do sexo, militando por tabela contra os valores da família, não podemos ficar passivos como se nada tivéssemos a ver com isso.

Tenho crido que a senadora Marina Silva, em meio a todo esse cenário conturbado, seja uma pessoa especial e de caráter irrepreensível. Alguém temente a Deus e consciente do seu chamado para esta hora. Além disso, os vários prêmios internacionais recebidos como reconhecimento da sua importância para o planeta, também devem nos chamar a atenção quanto à sua capacidade de governar a nação. Seguem no final da carta alguns links.

Pessoalmente estou determinado a trabalhar para fazer a minha parte. Se você é um pastor, líder, membro de alguma igreja ou não, mas entende que também deve se envolver nesse propósito, por favor, entre em contato comigo. Preciso da sua ajuda através do seu contato, deixando seu email. Os meus são: wilsonpas@hotmail.com e wilsonpas@gmail.com


Com amor,

Wilson

http://geoparkararipe.blogspot.com/2009/06/senadora-e-ex-ministra-do-meio-ambiente.html

http://malinche.wordpress.com/2007/02/07/marina-silva-premio-ambiente-atribuido-pela-onu/

http://senildomelo.blogspot.com/2009/06/marina-silva-recebe-importante-premio.html

http://www.minhamarina.org.br/diretrizes_governo/index.php

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Deus se lembra de mim?

Texto bíblico: Gênesis 40:9-23

“Então, o copeiro-chefe contou o seu sonho a José e lhe disse: Em meu sonho havia uma videira perante mim. E, na videira, três ramos; ao brotar a vide, havia flores, e seus cachos produziam uvas maduras. O copo de Faraó estava na minha mão; tomei as uvas, e as espremi no copo de Faraó, e o dei na própria mão de Faraó. Então, lhe disse José: Esta é a sua interpretação: os três ramos são três dias; dentro ainda de três dias, Faraó te reabilitará e te reintegrará no teu cargo, e tu lhe darás o copo na própria mão dele, segundo o costume antigo, quando lhe eras copeiro. Porém lembra-te de mim, quando tudo te correr bem; e rogo-te que sejas bondoso para comigo, e faças menção de mim a Faraó, e me faças sair desta casa; porque, de fato, fui roubado da terra dos hebreus; e, aqui, nada fiz, para que me pusessem nesta masmorra. Vendo o padeiro-chefe que a interpretação era boa, disse a José: Eu também sonhei, e eis que três cestos de pão alvo me estavam sobre a cabeça; e no cesto mais alto havia de todos os manjares de Faraó, arte de padeiro; e as aves os comiam do cesto na minha cabeça. Então, lhe disse José: A interpretação é esta: os três cestos são três dias; dentro ainda de três dias, Faraó te tirará fora a cabeça e te pendurará num madeiro, e as aves te comerão as carnes. No terceiro dia, que era aniversário de nascimento de Faraó, deu este um banquete a todos os seus servos; e, no meio destes, reabilitou o copeiro-chefe e condenou o padeiro-chefe. Ao copeiro-chefe reintegrou no seu cargo, no qual dava o copo na mão de Faraó; mas ao padeiro-chefe enforcou, como José havia interpretado. O copeiro-chefe, todavia, não se lembrou de José, porém dele se esqueceu.” (Gênesis 40:9-23 RA)

Introdução

Acredito que muitos de nós já vivemos experiências difíceis ou prolongadas, nas quais dissemos: “Deus esqueceu-se de mim”, talvez tomando como exemplo o copeiro que ficou de dar uma força para José, mas esqueceu-se dele. No entanto, ao cabo de dois anos Deus despertou a memória do copeiro, fazendo-nos entender que o homem pode esquecer, mas Deus não.

Precisamos entender que a lembrança de Deus funciona de uma forma diferente de como acontece com os homens:

I - Como Funciona a Lembrança Divina?

1. Não é como a lembrança do homem.

a. Ela é mais forte do que os laços maternos – Isaías 49:15

(Isaías 49:15) - Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti.

2. A lembrança divina é ativada pela aliança – Êxodo 2:24

(Êxodo 2:24) - E ouviu Deus o seu gemido, e lembrou-se Deus da sua aliança com Abraão, com Isaque, e com Jacó;

3. A lembrança divina gera uma ação

a. Deus se lembrou de Noé e fez passar um vento sobre a terra que acalmasse as águas – Gênesis 8:1

(Gênesis 8:1) - E LEMBROU-SE Deus de Noé, e de todos os seres viventes, e de todo o gado que estavam com ele na arca; e Deus fez passar um vento sobre a terra, e aquietaram-se as águas.

b. Deus se lembrou de Abraão e tirou Ló do meio de Sodoma – Gênesis 19:29

(Gênesis 19:29) - E aconteceu que, destruindo Deus as cidades da campina, lembrou-se Deus de Abraão, e tirou a Ló do meio da destruição, derrubando aquelas cidades em que Ló habitara.

c. Deus se lembrou de Raquel e lhe deu um filho chamado José – Gênesis 30:22
i. Lembrando que José significa “Ele aumenta...Ele acrescenta”
ii. Foi José o instrumento de Deus para preservação da vida e da família de Jacó no tempo da fome


(Gênesis 30:22) - E lembrou-se Deus de Raquel; e Deus a ouviu, e abriu a sua madre.

II - Estou eu em aliança com Deus para que Ele se lembre de mim?

1. Entendendo os sonhos do copeiro e do padeiro:

Copeiro – vinho
Padeiro – pão

Pão e Vinho são os elementos da Ceia do Senhor que participamos regularmente e que fala de Aliança.

“Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim.” (1 Coríntios 11:23-25 RA)

2. Entendendo especificamente o sonho do copeiro

a. Videira – Jesus é a Videira Verdadeira

“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor.” (João 15:1 RA)

b. Três Ramos – Três Dias

“Porque assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra.” (Mateus 12:40 RA)

c. Ao Brotar a Vide, Havia Flores – Ressurreição

“Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem.” (1 Coríntios 15:20 RA)

d. E Seus Cachos Produziam Uvas Maduras

“Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” (João 15:5 RA)

e. O Mais Importante do Sonho do Copeiro

i. Ele tomou das uvas e as espremeu no copo de faraó. O Faraó dos dias de José seria instrumento de Deus para preservação da vida dos habitantes da terra e da família de Jacó. O vinho é símbolo do sangue, e o sangue é vida:

“Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma, porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida.” (Levítico 17:11 RA)

ii. Jesus derramou o seu sangue pela redenção de todo o que n’Ele crê

“Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” (1 João 1:7 RA)

3. Entendendo especificamente o sonho do padeiro

a. Três Cestos de Pão – Três Dias

“Porque assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra.” (Mateus 12:40 RA)

b. Todos os Manjares de Faraó, Arte de Padeiro – Obras da Carne

“Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.” (Gálatas 5:19-21 RA)

c. Faraó te Tirará Fora a Cabeça, e te Pendurará num Madeiro

“Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.” (Isaías 53:4-5 RA)

“Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro),” (Gálatas 3:13 RA)

“Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça.” (Romanos 6:14 RA)

d. e as Aves te Comerão as Carnes

“Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne.” (Gálatas 5:16 RA)

“mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências.” (Romanos 13:14 RA)


Conclusão


Deus se lembra de mim? Se estou em aliança com Ele por meio do Sangue de Cristo que é vida e me purifica de todo o pecado, e em comunhão com o Corpo de Cristo que levou no madeiro meus pecados e minhas maldições, sim.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O Cego e a Criação

Mensagem da reunião do conselho de pastores em Ribeirão Preto, do dia 09/02/2010, ministrada pelo Pr. Wilson

Texto bíblico: João 9:1-7

Introdução

Acredito que o texto bíblico em pauta nos dará uma nova visão do nosso ministério pastoral, a partir de uma perspectiva diferente.

Considerações iniciais

Gostaria de começar dizendo o que eu acredito que Jesus não disse:

1) Ele não disse que o cego não tinha pecados
2) Ele não disse que os pais do cego não tinham pecados
3) O mais importante: Ele não disse que o pecado dos pais ou de alguém no passado não tinha nenhuma relação com aquela situação.

Jesus sabia que o pecado sempre está na base de todos os problemas, seja de forma direta ou indireta. Nos exemplos abaixo veremos isso:

“Mais tarde, Jesus o encontrou no templo e lhe disse: Olha que já estás curado; não peques mais, para que não te suceda coisa pior.” (João 5:14 RA)

“Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Filho, os teus pecados estão perdoados.” (Marcos 2:5 RA)

Mas então por que Ele disse: nem ele pecou nem seus pais? Creio que Jesus quis que os discípulos tivessem o foco em outra questão, que não fosse o pecado. Esse foco deveria estar na ORIGEM DE TODAS AS COISAS – A CRIAÇÃO.

Os discípulos não poderiam ver os homens a partir de Gênesis 3 (pecado), e sim, a partir de Gênesis 1 (origem perfeita de todas as coisas).

Há 4 evidências de que Jesus queria que os discípulos olhassem para a origem de todas as coisas:

1) AS OBRAS - “Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus.” (João 9:3 RA)

Fazer a obra de Deus não é tão somente trabalhar para Deus. É acima de tudo trabalhar com Ele para restaurar suas obras originais, dentre elas, a principal: O HOMEM. Então uma boa definição para fazer a obra de Deus, é trabalhar para restaurar a obra-prima de Deus: O HOMEM. É empenhar-se para devolver-lhe a sua dignidade original, perdida por causa do pecado. Se o nosso ministério não está restaurando o homem ao propósito original divino, nosso trabalho está incompleto.

Há uma palavra de Jesus que diz que sua igreja fará as mesmas obras e ainda maiores: “Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai.” (João 14:12 RA)

“o qual nós anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo;” (Colossenses 1:28 RA)

2) FAÇAMOS - “É necessário que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar.” (João 9:4 RA)

A primeira vez que vemos a palavra no plural FAÇAMOS é quando o Deus-trino se propõe a fazer o homem à Sua imagem e semelhança (Gn. 1:26). Há um acordo entre a Trindade para juntos fazerem o homem. Então, quando Jesus diz que é necessário que façamos as obras, não está se referindo, no momento, a Ele e a nós, mas a Ele junto ao Pai e ao Espírito Santo, os mesmos presentes na criação do homem.

Creio que o desafio para a igreja hoje é o de aprender a trabalhar em parceria com o Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.

“(13-13) A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós.” (2 Coríntios 13:14 RA)

1) O Amor de Deus
2) A Graça do Senhor Jesus Cristo
3) A Comunhão do Espírito Santo

3) A LUZ - “Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo.” (João 9:5 RA)

Em meio ao caos de Gênesis 1:2, a Palavra foi liberada: HAJA LUZ.

“Disse Deus: Haja luz; e houve luz. E viu Deus que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas. Chamou Deus à luz Dia e às trevas, Noite. Houve tarde e manhã, o primeiro dia.” (Gênesis 1:2-5 RA)

Jesus disse que a Igreja é a Luz do Mundo: “Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte;” (Mateus 5:14 RA). Acredito que as lições sobre a luz estão relacionadas ao prazer que Deus encontrou na Luz chamando-a de boa, e por isso, fazendo separação entre ela e as trevas.

Deus tem prazer na sua Igreja porque ela é LUZ e, por isso, faz separação entre a sua IGREJA e as TREVAS. Se andarmos na LUZ não tropeçamos, e se andarmos na LUZ, temos comunhão uns com os outros e o sangue de Jesus Cristo nos purifica de todo o pecado.

4) CUSPIU NA TERRA - “Dito isso, cuspiu na terra e, tendo feito lodo com a saliva, aplicou-o aos olhos do cego,” (João 9:6 RA)

Depois de associar com a criação AS OBRAS, o FAÇAMOS, e a LUZ, fica mais fácil entender do porquê Jesus ter cuspido na terra e feito lodo para untar os olhos do cego. Reportando-se à figura da criação, Jesus reproduziu o ato de fazer o homem do pó da terra. Jesus fez de novo. O que o homem viu em sua realidade deformando-se e degenerando-se, Jesus refaz restituindo o homem à condição original.

A igreja não precisa nem deve adotar a doutrina do cuspe na terra para fazer lodo, mas ela deve entender o que isso simboliza: A Igreja deve fazer de novo, sempre tendo como modelo o que o Senhor fez no original. Devemos nos lembrar das palavras de Jesus acerca do princípio:

“Respondeu-lhes Jesus: Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossa mulher; entretanto, não foi assim desde o princípio.” (Mateus 19:8 RA)

CONCLUSÃO

A Bíblia dos discípulos começava em Gênesis 3, mas a de Jesus, em Gênesis 1. A nossa também não pode começar em Gênesis 3, porque sempre olharemos para as pessoas a partir do pecado irremediável e fatalista, sem percebermos o poder restaurador que há em Cristo Jesus, capaz de restaurar o homem ao propósito original divino.