sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

O Avivamento Que Levanta Profetas

Texto Bíblico: I Reis 16:34 e 17:1
Introdução

O profeta Elias foi um homem que surgiu a partir da revelação em seu coração de que Deus estava vivo e não morto como muitos pensavam. Conforme 1 Reis 16:34, houve um homem chamado Hiel que sofreu a morte do seu filho mais velho no tempo em que estava lançando os fundamentos da cidade de Jericó, para reconstruí-la. Por ocasião da conclusão da obra, quando colocavam as portas da cidade, morreu-lhe o filho mais novo. Na verdade o que estava acontecendo ali era somente o cumprimento de uma palavra profética proferida há mais ou menos 100 anos, pela boca de Josué, que amaldiçoava a qualquer pessoa que empreendesse o trabalho de reconstrução de Jericó, conforme Josué 6:26 – “E naquele tempo Josué os esconjurou, dizendo: Maldito diante do SENHOR seja o homem que se levantar e reedificar esta cidade de Jericó; sobre seu primogênito a fundará, e sobre o seu filho mais novo lhe porá as portas.” O ocorrido se deu nos dias de Elias, e com base no que ele pôde perceber de toda a situação, extraímos lições que continuam vivas até hoje.

Não Podemos Viver Como se Deus Estivesse Morto.

Em seus dias Hiel, o betelita, edificou a Jericó; em Abirão, seu primogênito, a fundou, e em Segube, seu filho menor, pôs as suas portas; conforme a palavra do SENHOR, que falara pelo ministério de Josué, filho de Num - I Reis 16:34.

Hiel Significa “Deus Vive”; no entanto, ao reconstruir uma cidade que Deus havia dito para não reconstruir, ele agiu como se Deus estivesse morto ou não mais se importando com o que havia dito. O preço que ele pagou por ignorar a existência divina e o poder da Sua Palavra foi alto demais: a vida de seus dois filhos.

Muitas pessoas ainda hoje levam o nome de Deus nos lábios, nos carros, no pescoço, ou até mesmo no próprio nome; mas vivem como se Ele não existisse. Elias não fez assim, e por isso teve a sua vida totalmente transformada.

A Palavra de Deus Está Viva Hoje! “ENTÃO Elias, o tisbita, dos moradores de Gileade, disse a Acabe: Vive o SENHOR Deus de Israel, perante cuja face estou, que nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra.” - I Reis 17:1

O caso com os filhos de Hiel se deu nos dias de Elias. Ele observou a tudo e certamente chegou à conclusão que a Palavra de Deus continuava viva e ativa em sua geração. Se a profecia de Josué se cumpriu naquele tempo, todas as demais palavras divinas se cumpririam igualmente. Aqueles eram dias difíceis na relação espiritual do povo com Deus. Tempos de idolatria, afastamento de Deus e indiferença. Como conseqüência desse tipo de pecado na nação de Israel havia uma palavra liberada em Deuteronômio 28:21-22 – “E os teus céus, que estão sobre a cabeça, serão de bronze; e a terra que está debaixo de ti, será de ferro. O SENHOR dará por chuva sobre a tua terra, pó e poeira; dos céus descerá sobre ti, até que pereças.” Por isso, Elias não hesitou em proclamar ausência de chuva sobre Israel até a liberação de uma segunda palavra, e isso, diante do rei Acabe.

Se Josué 6:26 se cumpriu na família de Hiel, Deuteronômio 28:21-22 também se cumpriria. Para nós que vivemos nos dias de hoje precisamos ter a mesma convicção. O Deus dos dias de Josué e de Elias continua vivo hoje e cumprindo a Sua Palavra da mesma forma. Precisamos apenas descobrir quais promessas ou juízos estão liberados nas Escrituras e, a partir da leitura que fazemos do nosso mundo atual, aplicar profeticamente essas verdades para a demolição dos projetos malignos e estabelecimento das colunas divinas.

Deus Se Alegra Mesmo é Com a Retomada das Chuvas.

“O que vendo todo o povo, caíram sobre os seus rostos, e disseram: Só o SENHOR é Deus! Só o SENHOR é Deus!...Então disse Elias a Acabe: Sobe, come e bebe, porque há ruído de uma abundante chuva.” - I Reis 18:39 e 41.

As duas experiências relatadas anteriormente referentes à casa de Hiel e à retenção das chuvas, foram conseqüência do juízo divino profetizado em tempos remotos. Porém, havia muitas promessas positivas de bênção que poderiam se cumprir da mesma forma nos tempos de Elias. Ele sabia quais eram essas promessas e também buscava seu cumprimento. Pelo que ele conhecia da Palavra de Deus, sabia que se o povo se arrependesse de seus pecados e se voltasse para o Senhor, a chuva seria liberada novamente, conforme Deuteronômio 11:13-14 – “E será que, se diligentemente obedecerdes a meus mandamentos que hoje vos ordeno, de amar ao SENHOR vosso Deus, e de o servir de todo o vosso coração e de toda a vossa alma, então darei a chuva da vossa terra a seu tempo, a temporã e a serôdia, para que recolhais o vosso grão, e o vosso mosto e o vosso azeite.”
Então, depois de um grande esforço na tentativa de levar toda a nação ao arrependimento, Elias conseguiu uma grande declaração de fé: “Só o Senhor é Deus! Só o Senhor é Deus!”. Logo em seguida declara sem titubear que já ouvia ruído de abundante chuva.

Assim será em sua vida quando você descobrir quais sejam as promessas que lhe estão disponíveis. Haverá sobre você ruído de abundante chuva de bênçãos!

Conclusão

Vimos que o nosso Senhor está vivo e Suas Palavras continuam tendo o mesmo poder que no passado. Não podemos viver como se Deus não existisse ou como se Suas Palavras não tivessem mais valor. Devemos esperar coisas boas relacionadas às promessas de vida, paz, libertação, saúde e prosperidade que Ele têm reservado para o seu povo, certos de que também o juízo dEle será estabelecido na vida dos que O desprezam através de suas atitudes e escolhas.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

O Avivamento e as Nossas Necessidades

Texto Bíblico: I Reis 17:8-16
Introdução

Houve um homem na Bíblia chamado Elias. Ele era um profeta corajoso que teve a ousadia de falar ao rei de Israel todas as palavras que o Senhor havia ordenado. Por conta disso teve de fugir e aguardar até que Deus lhe mostrasse os passos seguintes. Numa certa ocasião o Senhor o direcionou para a casa de uma viúva da cidade de Sarepta de Sidom, para dela receber seu sustento. Hoje veremos lições tremendas de avivamento como fruto desse encontro entre Elias e a viúva.

Deus Queria Abençoar Aquela Viúva

“Então veio a ele a palavra do SENHOR, dizendo: Levanta-te, e vai para Sarepta, que é de Sidom, e habita ali; eis que eu ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente” – I Reis 17:8-9.

Quem olha para o começo desta história vai pensar que o necessitado ali era Elias, enviado à viúva por causa da torrente de Querite que havia se secado. No entanto, quando o homem de Deus chegou àquela casa encontrou uma pobre viúva com o seu filho único prestes a comerem a última porção de alimento, para depois esperarem a morte chegar. Como alguém nessas condições poderia alimentar outra pessoa? No entanto, o envio de Elias àquele lugar estava dentro de um plano divino abençoador que pudesse mudar todo o curso de escassez, pobreza e necessidades, vividas por aquela família.

Em nossa vida também acontece o mesmo. Nas nossas maiores necessidades às vezes somos desafiados a socorrer outras pessoas. Quando isso acontece provavelmente é Deus criando uma oportunidade para nos abençoar.

Deus Conhecia Aquela Viúva

“Em verdade vos digo que muitas viúvas existiam em Israel nos dias de Elias, quando o céu se cerrou por três anos e seis meses, de sorte que em toda a terra houve grande fome; e a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a Sarepta de Sidom, a uma mulher viúva” – Lucas 4:25-26.

Deus conhecia a necessidade de todas as viúvas que viviam em Israel naqueles dias. Porém, Seus olhos se voltaram para aquela de Sarepta de Sidom. Muitas outras, provavelmente, estavam passando por situações bem críticas por causa da falta de chuvas e conseqüente fome daquele tempo. No entanto, apenas uma foi abençoada com um milagre tão especial como o vivido pela viúva de Sarepta de Sidom. O que queremos dizer é que não basta sabermos que Deus conhece nossas necessidades; o mais importante é que Deus nos conheça, e a partir desse conhecimento, Se incline em nosso favor.

Acreditamos que o que Deus conhecia naquela viúva que o inspirou a socorre-la, dentre tantas outras virtudes, era a capacidade dela crer e obedecer a despeito de todas as evidências contrárias, como veremos a seguir. Têm sido assim em sua vida?

Deus Se Movia Através das Atitudes Daquela Viúva

“E ela foi e fez conforme a palavra de Elias; e assim comeu ela, e ele, e a sua casa muitos dias” - I Reis 17:15.

Estranhamente aos olhos humanos, mesmo sabendo que a viúva só mantinha um pouco de farinha e azeite para ela e seu filho, Elias insiste que o bolo seja feito primeiro para ele e depois para ela e o menino. Nos dias de hoje tal atitude do profeta poderia ser questionada como se houvesse algum interesse de se aproveitar de uma pobre viúva desamparada. Porém, dentro de um direcionamento divino Elias sabia que ao preparar o bolo e entrega-lo primeiro a ele, aquela mulher estaria liberando um processo abençoador a seu próprio favor. Como na lei da semeadura onde primeiro damos para depois recebermos, assim se daria naquela situação. “Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também” – Lucas 6:38.

Se ela se apegasse àquela pequena porção de alimento como sendo sua tábua de salvação tudo acabaria ali naquela mesma hora. Mas ela decidiu olhar mais além e crer na Palavra de Deus proferida pela boca do profeta. Maravilhosamente o Senhor se moveu a partir daquela decisão e atitude promovendo avivamento, multiplicação e grande salvação, para alegria de todos.

Conclusão

Três elementos foram notórios na vida da viúva personagem da lição de hoje. Deus queria abençoa-la e promoveu uma forma de o faze-lo, enviando um profeta para ser sustentado por ela. A vida daquela mulher atraiu o olhar divino; mesmo sendo estrangeira, distinguiu-se de tantas outras viúvas de Israel. Seu ato de obediência e fé gerou um dos mais impressionantes milagres de provisão conhecidos no Antigo Testamento. “Da panela a farinha não se acabou, e da botija o azeite não faltou; conforme a palavra do SENHOR, que ele falara pelo ministério de Elias”- I Reis 17:16.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

O Avivamento e o Propósito do Templo

Texto Bíblico: II Crônicas 29:20-36
Introdução

Depois de purificado o templo, o rei Ezequias restabeleceu nele o culto a Deus. Na verdade, o templo tinha uma função. Não bastava apenas estar limpo e purificado; ele precisava cumprir o seu propósito. Hoje veremos sobre o que se espera de um templo consagrado ao Senhor, nunca nos esquecendo de que o templo do Espírito Santo somos nós.

A Intercessão Que Aplique o Sangue de Jesus

“E trouxeram sete novilhos e sete carneiros, e sete cordeiros e sete bodes, para sacrifício pelo pecado, pelo reino, e pelo santuário, e por Judá, e disse aos filhos de Arão, os sacerdotes, que os oferecessem sobre o altar do SENHOR...E os sacerdotes os mataram, e com o seu sangue fizeram expiação do pecado sobre o altar, para reconciliar a todo o Israel; porque o rei tinha ordenado que se fizesse aquele holocausto e sacrifício pelo pecado, por todo o Israel.” - II Crônicas 29:21 e 24

1) Em Favor do Reino – O reino terreno precisa ser um canal pelo qual o Reino de Deus possa ser desfrutado pelos homens. O rei Ezequias não queria reinar segundo a força ou sabedoria humana; seu desejo era que as pessoas tivessem a certeza de que Deus mesmo estava reinando através dele. O resultado disso seria um reino de paz, justiça e segurança. Hoje devemos orar para que também seja assim o governo da nossa nação. Precisamos interceder pelos governantes e suplicar o perdão para os seus pecados, aplicando o sangue de Jesus (1 Timóteo 2:1-2).

2) Em Favor do Santuário – Qual é o santuário vivo de Deus na terra nos dias de hoje? A Igreja de Cristo Jesus. Nós somos o santuário de Deus entre os homens. Ezequias pediu os sacrifícios em favor do santuário porque este havia sido contaminado. A igreja de Cristo também precisa de intercessão em seu favor. Pecados de imoralidade, divisão, indiferença e tantos outros, têm tirado dela o seu poder e desvirtuado o seu propósito.

3) Em Favor de Judá – Nos dias de Ezequias haviam dois reinos em Israel: o reino do Sul e o do Norte. O primeiro se chamava reino de Judá e o outro reino de Israel. Ezequias era responsável pelo reino de Judá e por ele buscou interceder. Qual é o território pelo qual você é responsável direto? Sua vida pessoal, sua família, ou qualquer outro segmento do qual você tenha sido constituído responsável, essa é a sua Judá, pela qual você precisa interceder.

4) Em Favor de Todo o Israel – Apesar de não ser responsável direto pelo reino do norte, Ezequias sabia que toda a nação precisava de perdão e restauração. O avivamento acontece quando conseguimos ver além do nosso próprio território; quando começamos a nos preocupar com o todo e não somente com o que é nosso. Devemos nos identificar com a dor de outras famílias como se fosse a dor da nossa própria casa.

O Resgate da Honra Através do Louvor e da Adoração

“E pôs os levitas na casa do SENHOR com címbalos, com saltérios, e com harpas, conforme ao mandado de Davi e de Gade, o vidente do rei, e do profeta Natã; porque este mandado veio do SENHOR, por mão de seus profetas. Estavam, pois, os levitas em pé com os instrumentos de Davi, e os sacerdotes com as trombetas. E Ezequias deu ordem que oferecessem o holocausto sobre o altar; e ao tempo em que começou o holocausto, começou também o canto do SENHOR, com as trombetas e com os instrumentos de Davi, rei de Israel. E toda a congregação se prostrou, quando entoavam o canto, e as trombetas eram tocadas; tudo isto até o holocausto se acabar. E acabando de o oferecer, o rei e todos quantos com ele se achavam se prostraram e adoraram. Então o rei Ezequias e os príncipes disseram aos levitas que louvassem ao SENHOR com as palavras de Davi, e de Asafe, o vidente. E o louvaram com alegria e se inclinaram e adoraram.” II Crônicas 29:25-30.

Enquanto os sacrifícios eram feitos, Ezequias ordenou que todo o povo louvasse e adorasse a Yavé. Era um resgate da honra a Deus que o povo havia abandonado por alguns anos. Os levitas, os sacerdotes, a congregação e o próprio rei, se curvaram e exaltaram Àquele que vive e reina para sempre, Aleluia! (Apocalipse 4:11).
Como ouvimos há poucos dias através do Pr. Tommy Tenney, o louvor e a adoração são as únicas coisas que ficam para Deus através de um culto. Todas as demais ministrações são a favor do homem: a pregação, o ensino, a imposição de mãos, a oração por cura e suprimento de necessidades. Mas o louvor sobe em meio a um aroma suave e agradável. A adoração enche o trono de Deus com um perfume extraordinariamente perfeito, e alegra o coração dEle. O templo, portanto, não é um lugar do qual apenas os homens se beneficiam. Deus quer se alegrar através dele e por meio daqueles que o louvam e o exaltam.

Ações de Graças Que Sejam Evidência da Nossa Fé

“Disse ainda Ezequias: Agora, vos consagrastes a vós mesmos ao Senhor; chegai-vos e trazei sacrifícios e ofertas de ações de graças à Casa do Senhor. A congregação trouxe sacrifícios e ofertas de ações de graças, e todos os que estavam de coração disposto trouxeram holocaustos.” – II Crônicas 29:31

As ações de graças falam de gratidão, mas também de fé. Ezequias estava preocupado em apresentar sacrifícios que intercedessem em favor do reino, do santuário, de Judá e de todo o Israel; cuidou de resgatar através do louvor e da adoração toda a honra à Deus que havia se perdido aos olhos dos filhos de Israel; no final de tudo poderia pairar uma dúvida: Teria Deus aceitado tudo aquilo? Ele não tinha manifestado nada visível de que teria aceitado o sacrifício do povo, mas o comando de se apresentar ações de graças já fluía de uma mente convicta de que o coração de Deus havia se inclinado em favor de todos.
Assim é na nossa vida de oração. Nem sempre temos evidências de que fomos ouvidos por Deus, mas quando agradecemos por algo que ainda não vimos, demonstramos a nossa fé em um Deus que sempre nos dará o melhor, seja através do sim ou do não (Fp. 4:6).

Conclusão

Espera-se de um templo restaurado a intercessão em favor dos governantes de uma nação, em favor da igreja de Cristo, das áreas sob nossa responsabilidade direta, bem como das áreas mais abrangentes. Espera-se de um santuário purificado a restauração do louvor a Deus que esteja sempre acima dos interesses humanos. E por fim, espera-se desse lugar de adoração que se apresente sempre com ações de graças, que é a evidência de um coração agradecido e cheio de fé, pela convicção de que foi ouvido por Deus.

O Avivamento e o Vale de Cedrom

Texto Bíblico: II Crônicas 29:16
Introdução

Todo avivamento tem de passar pelo Vale de Cedrom. Trata-se de um lugar em Israel relacionado também ao Ribeiro de Cedrom, começando ao norte de Jerusalém, passando pelo monte do Templo e pelo monte das Oliveiras em direção ao Mar Morto, depois de atravessar o deserto da Judéia. Por ali, homens de Deus tiveram de passar, realizando feitos que geraram avivamento para toda a nação.

1. Os Levitas e o Vale de Cedrom – Purificação.

“E os sacerdotes entraram na casa do SENHOR, para a purificar, e tiraram para fora, ao pátio da casa do SENHOR, toda a imundícia que acharam no templo do SENHOR; e os levitas a tomaram, para a levarem para fora, ao ribeiro de Cedrom”
II Crônicas 29:16

Conforme a lição da semana passada, o rei Ezequias convocou os levitas para começarem a obra de purificação do templo. Eles prontamente atenderam e se empenharam em procurar ali tudo o que não deveria estar naquele lugar sagrado. Tiraram para fora toda imundícia e a levaram para o ribeiro de Cedrom.
O Vale ou Ribeiro de Cedrom representa o lugar onde somos purificados, para onde levamos a imundícia do templo. Nós somos o templo do Espírito Santo (I Corintios 6:19). Se queremos ver o avivamento em nossos dias precisamos visitar o Vale de Cedrom, depositando ali todas as nossas impurezas.

2. Davi e o Vale de Cedrom – Quebrantamento.

“E toda a terra chorava a grandes vozes, passando todo o povo; também o rei passou o ribeiro de Cedrom, e passou todo o povo na direção do caminho do deserto.”
II Samuel 15:23.

Quebrantar significa “quebrar”, “abater”, “tornar fraco”. A experiência acima é do rei Davi que está sendo vítima da rebelião de seu próprio filho, Absalão, que usurpa o trono do pai. Davi não reage, apenas se quebranta diante de Deus. Qual a razão? Ele sabia que no fundo, o pecado dele cometido há muitos anos, mais cedo ou tarde, traria suas conseqüências. A revolta do próprio filho naqueles dias era uma indesejável colheita de adultério e homicídio cometidos por Davi no passado (II Samuel 11).
Nessas horas não adianta guerrear contra Satanás, ou lutar contra as circunstâncias. O melhor caminho é o quebrantamento. “Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.” (Salmos 51:17).

3. Asa e o Vale de Cedrom – Zelo.

“E até a Maaca, sua mãe, removeu para que não fosse rainha, porquanto tinha feito um horrível ídolo a Asera; também Asa desfez o seu ídolo horrível, e o queimou junto ao ribeiro de Cedrom.” I Reis 15:13

Yavé (nosso Deus) se revelou como Deus Zeloso: “Porque não te inclinarás diante de outro deus; pois o nome do SENHOR é Zeloso; é um Deus zeloso.” Êxodo 34:14. No caso acima, o rei Asa não somente destruiu o ídolo horrível que servia de tropeço para Israel, queimando-o junto ao ribeiro de Cedrom, como removeu do trono sua própria mãe, responsável pelo ídolo.
Portanto, o Vale de Cedrom também é lugar onde se queimam os ídolos do coração e se removem do trono até mesmo pessoas importantes para nós, mas que não podem ser mais importantes do que Deus. O Zelo do Senhor não permite que pai, mãe, filho, esposa ou qualquer outra pessoa ocupe o lugar dEle na vida de um discípulo Seu (Mateus 10:37).

4. Jesus e o Vale de Cedrom – Entrega.

“TENDO Jesus dito isto, saiu com os seus discípulos para além do ribeiro de Cedrom, onde havia um horto, no qual ele entrou e seus discípulos.” João 18:1

O homem mais importante da história também passou pelo Vale de Cedrom e foi mais além. Caminhando com os discípulos até o Getsêmani, ali entregou ao Pai tudo o que tinha, até o seu último e desesperado desejo: “E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres.” (Mateus 26:39).
Veja que interessante: Jesus foi com os discípulos para além do ribeiro de Cedrom... chegando no Getsêmani, foi um pouco mais para diante... Será que o Senhor não está nos desafiando a irmos para um pouco mais adiante dos nossos limites? Uma entrega verdadeira e genuína sempre demandará um passo a mais, ou quantos forem necessários.

Conclusão

Você já chegou ao Vale de Cedrom, purificando-se dos seus pecados? Já conheceu o Vale do quebrantamento, onde não se luta, mas se inclina-se enfraquecido diante de Deus? Já visitou o Vale de Cedrom, onde se quebram os ídolos e se coloca Jesus como Senhor, mesmo acima da própria família? Já seguiu com Jesus para além do ribeiro de Cedrom onde se entrega tudo o que têm? Sem passar por esse vale não há avivamento.

Por Onde Passa Um Avivamento

Texto Bíblico: II Crônicas 29:1-11
Introdução

O Rei Ezequias foi instrumento para um dos maiores avivamentos da história de Israel. Nada, porém, acontece por acaso. Algumas medidas foram por ele adotadas, e até mesmo por outras pessoas que serviram de canal de Deus para que uma grande obra pudesse ser realizada. O avivamento passa:

1) Pela Transmissão dos Princípios de Deus de Pai Para Filho – v. 1

“TINHA Ezequias vinte e cinco anos de idade, quando começou a reinar, e reinou vinte e nove anos em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Abia, filha de Zacarias.” - II Crônicas 29:1

Ezequias era filho de Abia, filha de Zacarias. Todos eles eram piedosos e tementes a Deus. A transmissão da Palavra de pai para filho garantiu o avivamento futuro. Portanto, o avivamento nasce no contexto de família. Na verdade, foi de pai para filha no caso de Zacarias para Abia, e de mãe para filho, no caso de Abia para Ezequias; porque o pai de Ezequias foi um homem ímpio que desagradou a Deus. Porém, a atitude temente da mãe produziu uma revolução espiritual no coração do filho, mais forte do que a influência pecaminosa do pai.
“Como flechas na mão do guerreiro, assim os filhos da mocidade.” – Salmo 127:4. Investir na vida dos nossos filhos pode garantir a salvação de toda uma nação. Se eles são flechas, então temos a responsabilidade de posicioná-los na direção correta.

2) Pela Busca de Um Referencial Excelente – v. 2

“E fez o que era reto aos olhos do SENHOR, conforme a tudo quanto fizera Davi, seu pai.”
- II Crônicas 29:2

Veja que a Bíblia diz que Ezequias fez o que era reto aos olhos de Deus, conforme tudo quanto fizera seu pai Davi. Sabemos que Ezequias não era filho diretamente de Davi, e sim da sua linhagem. No caso de outros reis, Jotão, por exemplo, em II Crônicas 27:2, a Palavra fala que ele fez o que era reto aos olhos de Deus conforme tudo quanto fizera seu pai Uzias, que era realmente o seu pai legítimo. O que quero dizer é que Ezequias buscou se espelhar no melhor referencial que ele tinha, Davi, de uma vez que seu pai, Acaz, havia sido um rei ímpio.
Em quem estamos nos espelhando, ou a quem escolhemos como nosso referencial? Quais têm sido as virtudes que conseguimos identificar nas pessoas, e com que intensidade temos trabalhado para vê-las impressas em nosso caráter?

3) Pelo estabelecimento das prioridades corretas – v. 3

“Ele, no primeiro ano do seu reinado, no primeiro mês, abriu as portas da casa do SENHOR, e as reparou.”- II Crônicas 29:3

Note: “no primeiro ano do seu reinado, no primeiro mês, abriu as portas da casa do Senhor, e as reparou”. Ezequias sabia da importância do templo e que toda a nação dependia da restauração daquele lugar. Portanto, a primeira coisa a que se dedicou a fazer no primeiro ano e primeiro mês de seu reinado foi abrir as portas do templo e as reparar. Restaurou os ofícios sacerdotais dos levitas e ordenou a purificação do templo. O estabelecimento das prioridades voltadas ao templo, garantiu um grande avivamento.
Sabemos que o templo material do passado era apenas um símbolo do templo atual. O de ontem era de pedra, o de hoje é de carne. Nós somos o templo do Espírito Santo (1 Co. 6:19). Assim como Ezequias descobriu que deveria purificar o templo, lançando dele toda a imundícia, para que então a nação fosse restaurada, da mesma forma, quando purificamos o nosso interior das maldades, das ambições egoístas, da cobiça e de toda sorte de vestígios pecaminosos, veremos a bênção de Deus se desencadeando diante dos nossos olhos.

Conclusão

O Rei Ezequias foi um instrumento poderoso para o estabelecimento de uma nova fase na história de Israel. O recebimento dos princípios divinos através de sua mãe e a determinação de priorizar o resgate da espiritualidade do povo, tendo como referencial seu ancestral Davi, contribuíram grandemente para a mudança de um contexto de idolatria e de indiferença para com Deus.