sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Isaque e as Conquistas Espirituais

Introdução

Isaque, filho de Abraão, e também filho da promessa de Deus, era um homem tranqüilo e confiante. Seu nome não está associado a grandes lutas ou a eventos majestosos. Porém, foi alguém que conquistou grandes coisas por meio de sua espiritualidade. Aprendamos com ele.

1- Conquistando Uma Família – “Saíra Isaque a meditar no campo... também Rebeca levantou os olhos, e, vendo a Isaque, apeou do camelo.” Gn. 24:63-64; “Isaque orou ao Senhor por sua mulher, porque ela era estéril; e o Senhor lhe ouviu as orações, e Rebeca, sua mulher, concebeu.” – Gn. 25:21

Quando Isaque conheceu aquela que viria a ser sua esposa, ele estava orando no campo, ao cair da tarde. Casando-se com Rebeca aos 40 anos de idade, orou por ela durante 20 anos para que ela pudesse gerar filhos, porque era estéril; e Deus ouviu suas orações persistentes. Tanto a esposa quanto os filhos foram conquistas espirituais.

Devemos adotar o hábito de orar por nossa família todos os dias. Há conquistas a serem realizadas no âmbito familiar, como, por exemplo, a estabilidade emocional da esposa ou a cura para possíveis traumas dos filhos. Podemos também colocar em oração os projetos de aquisição de casa própria ou o suprimento de alguma necessidade especial.


2- Conquistando a Prosperidade – “Semeou Isaque naquela terra e, no mesmo ano, recolheu cento por um, porque o Senhor o abençoava.” – Gn. 26:12

Mesmo em tempo de fome e escassez, Isaque prosperou grandemente. Tal bênção foi conseqüência de ter obedecido a Deus, não descendo ao Egito para se refugiar ali (Gn. 26:2). Para nós, não descer ao Egito significa não abrir mão dos princípios bíblicos que devem reger nossas ações. Isaque também foi abençoado porque teve a atitude de semear mesmo em tempo de crise. Ele não olhou as circunstâncias desfavoráveis para o plantio, antes, olhou para Deus que prometera abençoá-lo. Naquele ano ele colheu cem vezes mais, “enriqueceu-se o homem, prosperou, ficou riquíssimo.” – Gn. 26:13

Se andarmos nos princípios bíblicos estabelecidos por Deus, certamente prosperaremos. Devemos nos apartar da mentira, dos negócios ilícitos, da sonegação de impostos, etc. Importa também aplicar a lei da semeadura. Quando ajudamos os pobres, ofertamos e entregamos nossos dízimos na igreja, investimos na propagação do evangelho pelo mundo, além de suprir as necessidades familiares, então, estamos lançando boas sementes que frutificarão e nos devolverão uma prosperidade maior ainda.


3 - Conquistando a Amplitude – “Partindo dali, cavou ainda outro poço; e, como por esse não contenderam, chamou-lhe Reobote e disse: Porque agora nos deu lugar o Senhor, e prosperaremos na terra.” – Gn. 26:22

Isaque já era muito próspero, mas faltava-lhe um lugar onde pudesse morar e estabelecer sua família e bens. Esse lugar teria de ser farto em água para suprir a necessidade do rebanho. Movidos de inveja por causa da prosperidade de Isaque, os filisteus entulharam todos os poços que os servos de Abraão haviam cavado. Eles queriam acabar com as fontes de suprimento de Isaque. Foi então que ele tornou a cavá-los. O primeiro poço, depois de pronto, gerou “Contenda” porque os pastores de Gerar o cobiçaram. Isaque abriu mão desse poço e partiu para outro. O segundo, gerou “Inimizade” porque também foi alvo de cobiça. Isaque, então, cavou um terceiro poço ao qual chamou de “Amplitude”, porque acerca desse, não houve contenda; enfim, poderia se estabelecer naquela terra e crescer ainda mais.

A amplitude se alcança quando vencemos os obstáculos colocados por aqueles que querem entulhar nossos poços e sujar nossas fontes. Quando fugimos da contenda e nos apartamos das inimizades, conservando sempre um coração puro, então Deus nos leva a uma prosperidade maior ainda. Muitas pessoas alcançam riquezas materiais à custa de brigas e dissensão. Não há paz interior. Essa prosperidade é falsa e inútil. Precisamos buscar, acima de tudo, a amplitude interior de um coração puro e voltado para as coisas de Deus.

4- Conquistando e Conservando a Visão Espiritual – “Pela fé, igualmente Isaque abençoou a Jacó e a Esaú, acerca de coisas que ainda estavam para vir.” – Hebreus 11:20

Isaque morreu aos 180 anos, aparentemente com saúde frágil e totalmente cego na última fase da vida. Apesar dessa debilidade, ele foi destacado na chamada “galeria dos heróis da fé”, descrita em Hebreus 11, justamente pelo que fez nesse tempo de cegueira e fraqueza física. Ele abençoou seus filhos com uma visão espiritual excelente. Falou de coisas que ainda estavam para acontecer com muita propriedade, demonstrando assim que seu problema era apenas de ordem física e não espiritual (Gn. 27:28, 29, 39 e 40). Isaque, apesar de também ter falhado em alguns momentos, terminou seus dias na terra conservando sua integridade e sua visão espiritual. Já ouvimos a frase: “O mais importante não é como você começa, mas como você termina.” Isaque terminou seus dias conservando sua visão espiritual e conquistando, pela fé, acesso ao reino celestial.

Lutar para conservar a integridade deve ser um desafio permanente. Chegar ao fim da vida mantendo ainda uma visão espiritual, é, sem dúvida, um grande troféu. Muitos se desviaram, enveredando-se pelo caminho mau da desonestidade ou cobiça. Por causa disso tornaram-se cegos quanto às coisas de Deus. Devemos continuar caminhando em direção ao final da vida com os olhos bem abertos; não nos deixando cegar pela cobiça do presente século.

A fidelidade de Deus e a mansidão de Isaque, fizeram desse homem um grande conquistador.

“Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra.” – Mateus 5:5

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Sara e o Poder de Frutificação

Introdução

Há algumas virtudes desenvolvidas no decorrer da vida que ajudam a abrir portas espirituais de bênção sobre o indivíduo e sua família. Na Bíblia, além da passagem citada acima, há outras referências ao caráter de Sara que fazem dela uma mulher especial, digna de nota.

Sara era mulher de Abraão. Ambos receberam a promessa de um filho, sendo ela estéril e já de idade avançada. Mas, aos 90 anos, cumpriu-se a promessa para alegria sua, de Abraão e de toda a sua posteridade. Quais virtudes de Sara podemos destacar?

1- A Fé – Hebreus 11:11a diz: “Pela fé, também, a própria Sara recebeu poder para ser mãe...”

Sua primeira virtude foi a de crer contra todas as evidências humanas. Além da idade avançada ela era estéril. No entanto, sua fé a levou a uma dimensão espiritual onde todas as coisas são possíveis. Sua fé gerou nela poder para ser mãe e conforme ela conseguia ver assim ela se tornou: mãe de multidões.

A mulher de hoje precisa de fé constante para não andar conforme o que vê neste mundo material. Tal fé fará dela uma pessoa muito especial pela capacidade de transformar situações difíceis em oportunidade para ver o sobrenatural agindo. Ela terá condições de fazer do seu lar um lugar de esperança e de possibilidades, ao invés de se deixar levar pela visão derrotista que para nada serve.

2- O Conhecimento de Deus – Hebreus 11:11b diz: “...pois teve por fiel aquele que lhe havia feito a promessa.”

Sara conhecia o caráter íntegro de Deus porque também andava com Ele. Ela sabia que o Senhor era fiel porque tinha intimidade com Ele. O poder de frutificação nela operado estava relacionado essencialmente à sua relação de comunhão com o Senhor que lhe fizera a promessa.

O conhecimento de Deus fará dela uma pessoa livre. Muitas se sentem reféns de seus próprios maridos ou das pessoas que querem subjugá-la. Mas quando se deparam com os atributos do Senhor, tranqüilizam seus corações e entregam seus temores nas mãos de Quem é Fiel.

3- O Adorno Interior do Coração – I Pedro 3:3-4 diz: “Não seja o adorno da esposa o que é exterior...seja, porém, o homem interior do coração...”

Essa passagem bíblica refere-se à Sara e a outras mulheres idôneas. Conforme o texto, Sara estava preocupada em crescer no seu interior. Ela buscava uma beleza não passageira nem frívola, mas algo que a enobrecesse como pessoa pelo que possuía em seu interior e não no exterior.

A mulher de Deus busca crescer no seu interior. Através da leitura e da meditação na Palavra ela vai gradualmente se renovando interiormente. Ela também busca se conhecer melhor, corrigindo as falhas que descobriu e aperfeiçoando as virtudes.

4- O Espírito Manso e Tranqüilo – I Pedro 3:4 diz: “...unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus.”

Sara demonstrou mansidão e tranqüilidade em várias ocasiões de sua vida. Quando Deus pediu ao seu esposo que saísse de sua terra e da sua parentela, ela o acompanhou sem questionar. Quando Deus pediu o filho Isaque em sacrifício, ela não interferiu. Quando Abraão a expôs ao perigo no Egito querendo que ela se passasse por sua irmã em vez de esposa, ela também se submeteu com tranqüilidade. Com exceção do que aconteceu entre ela e Agar, em nenhum outro momento a vemos perturbada ou reclamando contra Deus ou contra seu esposo.

A mansidão e a tranqüilidade serão fundamentais para a sobrevivência num mundo violento e turbulento. Violência gera violência, mas a mansidão faz cessar o espírito bélico. A tranqüilidade, por sua vez, será apenas a exteriorização da fé do coração. Uma fé interior inabalável que se manifesta através de um semblante tranqüilo, mesmo em meio à lutas.

5- A Espera em Deus – I Pedro 3:5 diz: “Pois foi assim também que a si mesmas se ataviaram, outrora, as santas mulheres que esperavam em Deus...”

Sara precisou desenvolver a capacidade de esperar em Deus para todas as coisas. Num certo momento ela se impacientou oferecendo sua serva para ter um filho com seu esposo em seu lugar. Isso lhe trouxe problemas mas serviu para trabalhar a habilidade de esperar em Deus. Ela descobriu que tentar fazer as coisas do modo humano não funciona. O tempo e o modo do Senhor são mais seguros e eficientes.

Ela espera em Deus pelas coisas que almeja sem se desanimar. Espera pela conversão de sua casa ou pela realização do sonho pessoal. Ela pode ter de esperar por muitas coisas, mas tem de aprender a esperar em Deus. Enquanto espera por algo ela é alimentada pelo Senhor. Não é uma espera solitária, mas sim, em Deus.

6- A Submissão e Obediência – I Pedro 3:5 diz: “...estando submissas a seu próprio marido, como fazia Sara, que obedeceu a Abraão...”

Sara sabia que não tinha um marido perfeito. Abraão, por medo, colocou a vida dela em risco no Egito (Gn. 12:10-20). Mas também sabia que a sua submissão só lhe trazia proteção e segurança da parte de Deus. O Senhor a protegeu no erro de Abraão, e isso também lhe serviu de experiência de que os que se submetem aos princípios divinos serão por Ele respaldados.

A submissão e a obediência ao marido ou aos pais, se for solteira, fará com que um escudo de proteção seja sobre ela, sempre. Essas atitudes não tem por objetivo levá-la à escravidão, pelo contrário. É certo que muitos homens se aproveitam para subjugá-la, mas eles serão subjugados pelo Senhor deles, Jesus Cristo. Os maridos, porém, que entendem o seu papel, se utilizarão da submissão feminina para protegê-la e manifestar afeto, assim como Cristo fez pela igreja, amando-a e entregando-se a Si mesmo por ela.

7- A Confiança Interior – I Pedro 3:6 diz: “...da qual vós vos tornastes filhas, praticando o bem e não temendo perturbação alguma.”

Como dissemos acima, Sara aprendeu a andar sobre os princípios da Palavra. Fazendo assim, ainda que seu marido se equivocasse em alguma coisa, ela, porém, seria preservada. Sara possuía uma confiança interior baseada não nos acertos de seu esposo, mas na fidelidade soberana do Senhor.

Ela não teme nenhuma perturbação. Venham os vendavais da vida ou tribulações tão comuns de tempos em tempos. Ela está firme na confiança em Deus. Ela sabe que sempre haverá uma saída indicada pelo Senhor, e, por isso, não se abala.


Sara desenvolveu essas virtudes durante a sua vida, especialmente enquanto aguardava o cumprimento da promessa de um filho. Seu corpo não foi o único a receber poder de frutificação. Percebemos pela lição de hoje que antes do corpo, seu interior foi o primeiro foco divino.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Abraão e o Caminho da Fé

Introdução

Abraão foi conhecido na Bíblia como o Pai da Fé. Sua história de vida foi marcada por atos de fé que viabilizaram a concretização dos projetos de redenção para a humanidade. Como homens de Deus queremos aprender com ele.

1 - Fé Para Ouvir e Obedecer a Deus – Gn. 12:1 diz: “Ora, o Senhor disse a Abrão...Sai-te da tua terra, da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.” e 12:4a: “Partiu, pois, Abrão, como o Senhor lhe ordenara...”

Deus falou com Abraão e ele ouviu a Sua voz. Ouvir a voz divina é, sem dúvida, a experiência mais importante que um homem pode registrar em sua vida. Todo o encaminhamento que Abraão teve para si e para sua família foi a partir de uma experiência com a Palavra de Deus falada ao seu coração.

O Homem de Deus precisa se habituar a ouvir a voz divina. O Senhor fala de diversas formas. Por meio da Bíblia Ele nos revela Seu plano maravilhoso de redenção. Através da oração Ele fala ao nosso coração, consolando e direcionando. Ele também desperta a nossa consciência quando erramos para que corrijamos nossos atos. Ele fala suavemente ao nosso espírito mostrando o caminho que devemos seguir.

2 - Fé Para se Desprender das Origens – Gn 12:1 diz: “Sai-te da tua terra, da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.”

De nada adiantaria ouvir a voz de Deus se não houvesse disposição para obedecer. O Senhor lhe pediu que houvesse um rompimento com as origens pagãs. Tera, pai de Abraão, servia a outros deuses (Josué 24:2). Para ser abençoado, Abraão precisava romper espiritualmente com os deuses a quem serviram seus pais.

As maldições precisam ser quebradas para que haja frutificação. Romper com os velhos hábitos pecaminosos se faz necessário para que agrademos ao Senhor. O rompimento não é com a família, mas com os seus deuses. Devemos continuar honrando e valorizando nossos entes queridos, mas servir unicamente a Deus.

3 - Fé Para Edificar Altares – Gn. 12:7 diz: “Apareceu, porém, o Senhor a Abrão, e disse: À tua semente darei esta terra. Abrão, pois, edificou ali um altar ao Senhor, que lhe aparecera.”

O altar na época de Abraão representava um lugar para adorar a Deus. Hoje não precisamos de altares feitos por mãos humanas porque o Senhor já edificou um altar em nossos corações. Podemos adorar a Deus em nosso espírito (João 4:24). Abraão passou por lugares especiais e os consagrou levantando ali um altar de adoração. Hoje, podemos fazer do nosso lar, do nosso local de trabalho e da nossa igreja, lugares onde o Senhor será honrado e adorado.

Posso ser um adorador onde estiver plantado. O meu lar deve ser o principal lugar para se invocar a Deus, de onde extirparei toda a sorte de mal, contenda, irritação, gritaria e blasfemia. Posso estender essa adoração para o trabalho, para escola, para os relacionamentos, entendendo que o Senhor quer ser glorificado em cada área da minha vida.


4 - Fé Para se Desprender das Coisas Materiais – Gn. 13:9 diz: “Porventura não está toda a terra diante de ti? Rogo-te que te apartes de mim. Se tu escolheres a esquerda, irei para a direita; e se a direita escolheres, irei eu para a esquerda.”

Quando Abraão e Ló precisaram se separar por causa da contenda entre os seus pastores, Abraão não demonstrou ganância sentindo-se no direito de escolher a melhor parte. Pelo contrário, deixou a escolha por conta de Ló. Ele sabia que Deus o abençoaria de uma forma ou outra; e esse princípio ele demonstrou em toda a sua vida.

A minha vida deve ser vivida sem ganância. Meus olhos devem estar voltados para o Senhor que prometeu não desamparar-me. Como Abraão foi um exemplo de dizimista, eu devo seguir seu modelo (Gn. 14:20).

5 - Fé Para o Quebrantamento – Gn. 13:4 diz: “até o lugar do altar, que dantes ali fizera; e ali invocou Abrão o nome do Senhor.”

Abraão tinha acabado de passar por uma situação de vergonha, conseqüência de um erro cometido. Ele havia pedido para que sua mulher dissesse que era sua irmã com medo de morrer nas mãos dos egípcios. Repreendido por Faraó, Abraão voltou ao mesmo lugar onde edificara um altar de adoração a Deus. Ele soube voltar ao lugar de onde não deveria ter saído. O seu coração quebrantado lhe garantiu um caminhar seguro diante de Deus.

Arrependimento e quebrantamento diante de Deus são chaves essenciais para a liberação das bênçãos prometidas. Saber voltar ao lugar de origem e reconhecer que errou na escolha do caminho, demonstram um coração sábio e ensinável. É nessa hora que vamos pedir perdão a quem ofendemos e nos reconciliar com o Senhor, contra quem pecamos.

6 - Fé Para Guerrear por Sua Família – Gn. 14:14 diz: “Ouvindo, pois, Abrão que seu irmão estava preso, levou os seus homens, treinados, nascidos em sua casa, em número de trezentos e dezoito, e perseguiu os reis até Dã.”

Ló, sobrinho de Abraão, havia sido levado cativo juntamente com o povo de Sodoma. Quando Abraão soube disso logo providenciou um meio de resgatá-lo. O senso de aliança que Abraão possuía era tão forte que o sobrinho era como se fosse o próprio irmão. Ele tinha de guerrear por ele como o faria por qualquer um de sua casa.

Lutar pela preservação da nossa casa é um dos papéis mais importantes a desenvolver. Ter uma esposa feliz, filhos sem traumas, e uma família que se sente segura e protegida por nós, por si só, já é um grande galardão. Às vezes teremos de lutar como leões para que ninguém invada sorrateiramente nosso arraial para destruí-lo. Os invasores podem ser as drogas, as más influências, as preocupações excessivas, etc.

7 - Fé Para Honrar a Deus Acima de Tudo – Gn. 22:16 diz: “e disse: Por mim mesmo jurei, diz o Senhor, porquanto fizeste isto, e não me negaste teu filho, o teu único filho...”

Isaque era o filho da promessa e o bem mais precioso que Abraão possuía, depois da sua esposa. O Senhor decide provar o coração de Abraão, pedindo seu filho em sacrifício. O homem de Deus obedece e leva seu unigênito ao lugar indicado. Depois de tudo pronto ele levanta o cutelo para o sacrifício mas imediatamente é impedido pelo próprio Senhor. Pronto! Ele já havia dado provas suficientes de que Deus era realmente o primeiro em sua vida, não negando-lhe nem o único filho.

Acima de tudo deve estar o Senhor. Acima de mim mesmo ou da minha própria família, deve estar o Senhor. Quando O substituímos por qualquer outra coisa, certamente veremos o efeito negativo dessa inversão de valores. Mas quando O honramos acima de tudo, Ele é fiel e também nos honrará em nosso caminhar.

Através desses atos Abraão demonstrou sua fé.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Rute e a Amizade Verdadeira

Introdução

A história de Rute tem um ingrediente especial. Fala de uma amizade verdadeira encontrada na simplicidade de um relacionamento de nora e sogra que serve como exemplo para nossos relacionamentos interpessoais. Quando a tragédia as encontrou Rute dá o exemplo de que amigos não abandonam amigos. Que vão até o fim com eles a fim de dar-lhes o consolo e o abrigo que precisam. Hoje vamos estudar três princípios que mantêm viva uma amizade verdadeira.

1. Lealdade

Não me instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te. (Rute 1.16)

Uma tragédia havia abatido em cheio a vida de Noemi. Seu marido morrera, seus dois filhos também. Estava longe de sua terra e não sabia como seria recebida lá. Já estava em idade avançada, o que certamente não lhe renderia um novo casamento. Dependeria de misericórdia para sobreviver. Só havia lhe sobrado suas duas jovens noras. Uma resolveu tentar a vida novamente com seu povo. Mas Rute dá exemplo de lealdade: “não me importo comigo; vou contigo até onde você precisar”.
Essa certamente é uma das virtudes mais em falta nos nossos dias. Por pouquíssima coisa amizades são rompidas e inimizades começam. Por discordâncias pequenas duas pessoas se afastam feridas e não se motivam a perdoar nem reatar.
A lealdade é uma virtude de quem sabe caminhar com alguém independentemente do que acontece com ela. A lealdade me leva à fidelidade. Manter-me junto a alguém para servir-lhe de suporte, consolo e alento.
“A lealdade de Rute a Noemi e a Deus fez com que ela deixasse sua terra natal, Moabe, para ir a Judá. Embora fosse estrangeira, ela tornou-se ancestral de Davi e de Cristo”. (Comentário da Bíblia Plenitude na pág. 279)

Perguntamos: Você consegue abençoar a vida de alguém, mesmo que isso contrarie seus interesses pessoais, para que ela consiga se erguer de tropeços ou tragédias?

Para meditar: Rute 1.14; Sl 31.23; 1 Co 10.13

2. Serviço

Rute, a moabita, disse a Noemi: Deixa-me ir ao campo, e apanharei espigas atrás daquele que me favorecer. (Rute 2.2)

Vendo que a sua sogra já não tinha idade para fazer um serviço mais forte, Rute se dispõe a buscar o sustento para elas. Mesmo diante de um estado melancólico apresentado por Noemi, Rute não desanima de mostrar-lhe que a vida deve ser conquistada, e por isso se dispõe a ira à luta.
Precisamos aprender a socorrer aqueles que precisam de nós, quando suas vidas estão entrando pelo caminho do desalento e da frustração. Muitas vezes precisamos ter a disposição para lutar por alguém que está desistindo e que não consegue ver a luz no fim do túnel. Nosso serviço a ela vai trazê-la de volta para a vida, mostrando que os propósitos do Senhor não se encerraram quando algo não anda da maneira planejada.
A amizade verdadeira se preocupa em levantar o amigo caído, servindo-o com disposição e alegria, até a sua recuperação.
Quando Noemi soube do resultado do serviço de Rute, ela recobrou seu ânimo e agradeceu a Deus pelo sinal de ainda era com ela (Rt 2.20).
“Aprenda a servir. Saiba que Deus nos chama a servir aqueles a quem amamos. Creia que Deus honrará aqueles com disposição de servir”. (Comentário da Bíblia Plenitude na pág. 279)

Perguntamos: Você tem disposição para servir desinteressadamente a alguém que precise de socorro e está prestes a desistir da vida? Você daria a alguém um pouco da sua vida sem saber se vai haver alguma recompensa?

Para meditar: Ap 2.19; Sl 126.6; Gl 6.7.

3. Retidão Moral

“Sucedeu que, pela meia-noite, assustando-se o homem, sentou-se; e eis que uma mulher estava deitada a seus pés. Disse ele: Quem és tu? Ela respondeu: Sou Rute, tua serva; estende a tua capa sobre a tua serva, porque és resgatador”. Rt 3.8,9

As ações de Rute diante de Noemi estavam bem clara. Boaz lhe disse que “toda a cidade do meu povo sabe que és mulher virtuosa”. Isto representa que talvez muitos homens estivessem interessados em casar-se com ela. Mas Rute tem seus olhos voltados não somente para seus próprios benefícios. Ela pensa em Noemi. Por esse motivo ela trata de aproximar-se de alguém que possa dar-lhe segurança, mas que aceite sua sogra como sendo parte de sua família.
O texto também fala de que Rute se preserva diante daquele homem, não se deixando levar pelo seu estado de alegria por causa do vinho. A amizade com Noemi exigia também pureza para que sua sogra não passasse por desmoralização. Rute se preserva estendendo a bênção sobre Noemi.
Amados, muitas vezes somos cercados por “amigos” que só se interessam por nós enquanto temos algo a lhes oferecer. É preciso entender que a amizade verdadeira encontra seus próprios limites e não nos obriga a tomarmos atitudes que certamente nos levarão a pecar, trazendo sobre nós e os que nos cercam impureza moral.
Jesus é exemplo de alguém que ofereceu tudo por nós sem comprometer sua retidão moral.

Perguntamos: Você tem a preocupação de proteger os seus amigos de comentários maliciosos e fofocas que podem comprometer também a sua reputação? Qual o limite em sua vida para abençoar aqueles que precisam que você os abençoe?

Para meditar: 1 Reis 3:6; Salmo 84:11; Isaías 33:15.


Myron Junior
Insejec / RP

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Mical e o Caminho Para a Esterilidade

Introdução

Um dos maiores objetivos da vida do homem é ser abençoado por Deus. Desejamos sempre ter a bênção dEle em nossa vida e a buscamos. Mas muitas vezes somos nós mesmos os responsáveis para que essas bênçãos se percam. Mical poderia ter desfrutado de tesouros maravilhosos de Deus se tivesse percebido que seu esposo buscava mais o Senhor do que uma posição. O fato dela não se permitir participar dos sonhos do seu esposo por ter uma falsa visão de superioridade trouxe conseqüências desastrosas para sua vida como mulher e esposa. Ela desperdiçou sua vida por escolher o orgulho e a separação. Vejamos se não podemos estar correndo o mesmo risco de perder o que Deus tem de melhor pra nós.

Um Relacionamento à Distância

“Ao entrar a arca do SENHOR na Cidade de Davi, Mical, filha de Saul, estava olhando pela janela e, vendo ao rei Davi, que ia saltando e dançando diante do SENHOR, o desprezou no seu coração.” (2 Samuel 6:16 RA)

Enquanto Davi se alegrava com o retorno da arca da aliança para Jerusalém, Mical, sua esposa, observava tudo pela janela. À distância, ela deixa de participar da alegria do marido e do povo que com ele estava.
Precisamos tomar cuidado quando percebemos que estamos nos distanciando das pessoas que são importantes para nós. Isso pode acontecer quando alimentamos diferenças, mágoas, ressentimentos, ira, ou, simplesmente posturas que agridem ao outro.

Perguntamos: Será que você tem deixado de lado as alegrias e vitórias das pessoas mais chegadas por causa de conceitos que o isolarão dos seus amados? Você consegue perceber quando as pessoas que você julga importante começam a se afastar por causa dos seus comentários e posições discordantes?

Para meditar: Sl 19.13; Pv 11.2

O Desprezo do Coração

“Ao entrar a arca do SENHOR na Cidade de Davi, Mical, filha de Saul, estava olhando pela janela e, vendo ao rei Davi, que ia saltando e dançando diante do SENHOR, o desprezou no seu coração.” (2 Samuel 6:16 RA)

Acredito que não exista algo mais prejudicial em um relacionamento do que o desprezo de um pelo outro. Está relacionado a deixar de honrar, de valorizar, de respeitar. Conseqüentemente, quem despreza o outro deixa de envidar seus esforços para lhe fazer bem. Não há motivação para isso, porque o objeto de honra se tornou desprezível aos seus olhos. Quando se chega nesse nível realmente há de se ter uma intervenção divina.

Perguntamos: Você tem desprezado no coração alguém que um dia já amou sinceramente? Você percebe como o desprezo às pessoas lhe deixa alguém mais amargo e ferino, distante do projeto de Deus pra você?

Para meditar: Pv 1.7; Jo 15.12

A Filha de Saul

“Ao entrar a arca do SENHOR na Cidade de Davi, Mical, filha de Saul, estava olhando pela janela e, vendo ao rei Davi, que ia saltando e dançando diante do SENHOR, o desprezou no seu coração.” (2 Samuel 6:16 RA)

Mical, embora sendo esposa de Davi, em várias partes do trecho bíblico é chamada de filha de Saul. Como filha do antigo rei de Israel, Mical parece conservar em sua vida as mesmas raízes de orgulho tão evidentes em seu pai. Além disso, outra herança era a de não ser íntima de Deus, e por isso, não entender a alegria vivida por Davi naqueles dias.
Havia um enorme abismo entre o fervor espiritual de Davi e a apatia de Saul. Mical, infelizmente, reflete a mesma indiferença quanto às coisas de Deus que a leva a desprezar seu marido e também ao próprio Deus diante de Quem Davi dançava.

Perguntamos: Quando há alegria no meio do povo de Deus, será que a sua indiferença ou até mesmo a irritação, não podem demonstrar a que nível você tem se distanciado de Deus, perdendo a singeleza do amor dEle?

Para meditar: Pv 21.4; 1 Tm 6.17-19

Fechando a Porta da Bênção

Quando Davi terminou de abençoar o povo, partiu com alegria para fazer o mesmo pela sua casa. Ao aproximar-se, porém, Mical saiu-lhe ao encontro com palavras duras e amargas. Todo o fervor e a alegria armazenada em prol dos da sua família se depararam repentinamente com o que chamamos de “balde de água fria”. Até de “vadio” Davi foi chamado. Ela estava indignada com o fato do rei haver dançado diante de pessoas comuns sem a sua veste real, embora usasse uma estola sacerdotal.
Por causa da sua indignação e das palavras proferidas sem sabedoria, desprezando e desonrando seu marido, Mical fecha a porta da bênção que estava prestes a ser liberada também em seu favor. Ao contrário disso, a Bíblia diz que ela terminou sua vida sem filhos. Não se sabe ao certo se isso aconteceu porque ela teria se tornado estéril ou porque Davi não quis mais ter intimidade com ela. De uma forma ou outra, ela terminou seus dias infeliz, depois de haver fechado o canal de Deus por meio de sua amargura de coração.

Perguntamos: Você está consciente de que pode fechar a porta da bênção por causa de suas críticas ou atitudes negativas? Caso isso seja uma realidade, você não gostaria de mudar de postura e abrir o coração para uma renovação do Espírito Santo em seu interior?
Para meditar: Sl 9.2; Sl 122.1; Hc 3.18