sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Atitudes que Fazem a Vontade do Pai

Texto Bíblico: Mateus 21:28-32

INTRODUÇÃO

Hoje, o aspecto do Reino dos Céus a ser abordado refere-se ao valor das nossas atitudes, acima das nossas palavras. Palavras têm poder, mas não acompanhadas de ações, enfraquecem e se tornam nulas. Vejamos o exemplo dos dois filhos desta parábola.

1. A Atitude do Primeiro Filho – (21:28-29).

O primeiro filho desta parábola, revela, a princípio, uma atitude de resistência ao pedido do pai. “Não quero!” Foi o que ele respondeu quando solicitado a trabalhar na vinha. Ao responder dessa forma, demonstra não estar interessado pelas mesmas coisas que o pai se interessa, além de não querer se envolver com os negócios da família. A indiferença quanto aos interesses do pai, na verdade, é exemplo da atitude natural do homem pecador, alienado dos interesses do Pai Celestial. Portanto, o primeiro filho da parábola é exemplo do homem pecador, sem Deus, distante e frio quanto a tudo o que é de interesse do Pai. Ele representa os pecadores dos dias de Jesus e dos nossos dias também, que estão distantes do Caminho.Porém, algo maravilhoso aconteceu! Depois de um tempo de reflexão, esse filho, apesar da recusa inicial, arrepende-se de suas palavras e vai. Ele cumpre a vontade do pai pondo em prática exatamente o que ele desejava que fosse feito. Ir para a vinha significa cumprir a vontade de Deus em Seu Reino. Amar o nosso próximo, perdoar nossos devedores, exercer misericórdia para com os outros, socorrer os aflitos em suas necessidades, além de tantas outras coisas, são exemplos de como verdadeiramente nos arrependemos e queremos cumprir o desejo do nosso amoroso Pai.

2. A Atitude do Segundo Filho – (21:30).

O segundo filho desta parábola revela a princípio, uma atitude de prontidão quanto ao pedido do pai. “Sim, senhor!” Foi o que ele respondeu quando solicitado a trabalhar na vinha. Apesar de uma prontidão aparente, porém, suas ações posteriores demonstraram não estar em linha com as palavras proferidas. Apesar de dizer que ia, acabou não indo, frustrando totalmente as expectativas do pai.

Vemos então que as boas palavras que não são acompanhadas de ações concretas se convertem em hipocrisia. Na verdade, o que vem primeiro é a hipocrisia que gera palavras agradáveis, mas totalmente destituídas de verdadeiras e puras intenções.

O segundo filho representa os religiosos de ontem e de hoje. Nos dias de Jesus, eles anunciavam em alta voz que amavam a Deus e às pessoas, mas na prática, estavam distantes tanto de um quanto dos outros. Suas palavras eram vazias e sem poder, porque não eram acompanhadas de ações concretas, reais e sinceras.

Eles diziam amar a Deus, mas na prática amavam mais a si mesmos; diziam amar aos outros, mas se preocupavam em acumular riquezas e mais riquezas sem compartilha-las com quem necessitasse; diziam viver uma vida de oração, mas buscavam mesmo era impressionar as pessoas.

3. A Atitude dos Filhos de Hoje – (21:31-32).

Os dois filhos ainda estão presentes nos dias de hoje. Existem aqueles que estão dizendo “não” ao evangelho do Senhor Jesus Cristo. Eles fazem isso, talvez, por preconceito, ou por um enganoso medo de perder a liberdade, ou mesmo, por não conhecerem a verdade do Evangelho. Porém, a recusa inicial não quer dizer que de fato permanecerão fora do Reino de Deus. Muitos, aos milhares, estão se arrependendo das posturas de resistência em face da pregação da Palavra de Deus, e estão se rendendo a Jesus, com choro e lágrimas. Estão anulando suas palavras anteriores diante de posturas novas que provam terem passado por um arrependimento genuíno. Arrependimento significa mudança de atitude. É algo não apenas restrito à área dos sentimentos, é mais profundo. Afeta as ações.

Mas, o segundo filho também está vivo nos dias atuais. Ele se manifesta toda a vez que alguém se contenta em fazer promessas que nunca serão cumpridas. Ele está por detrás de toda palavra vazia que nunca gerou verdadeiros atos de justiça, porque, na verdade, nunca se intentou transformá-las realmente em ações práticas. O segundo filho se evidencia à sombra de uma religião que professa crer em Deus e em Sua Palavra, mas que, na prática, vive outra realidade bem distante do que significa conhecer a Deus.


CONCLUSÃO

O primeiro filho representa o pecador arrependido, que resiste à vontade de seu pai, mas que o obedece posteriormente. É o que realmente agrada a Deus. O segundo filho, pensa que agrada ao pai pelo simples fato de dizer que ia para a vinha. Porém, sua atitude de não ir revela que o seu intuito era apenas o de impressionar com palavras. Palavras de pessoas assim caem no vazio porque não são acompanhadas de ações concretas que realmente podem agradar ao coração do Pai Celestial.

APLICAÇÃO

Identifique que tipo de filho você é. Aquele de muitas palavras sem ações, ou aquele que, através das ações mostra que realmente ama a Deus e quer ser-lhe agradável. Verifique se não tem sido uma postura habitual liberar palavras sem real intenção de cumpri-las. Procure corrigir posturas assim, caso existam.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

A Generosidade no Reino dos Céus

Texto Bíblico: Mateus 20:1-16

INTRODUÇÃO

O Reino dos céus é um reino de generosidade, onde o mais importante não é o que o homem faz por merecer, mas sim o que recebe sem mérito algum. Na parábola de hoje veremos sobre a atitude do senhor da vinha em relação aos que nela trabalharam por um dia. Observaremos como Deus manifesta sua generosidade para conosco.

1. Chamando Trabalhadores Para a Sua Vinha – (20:1-7).

O senhor da parábola que chama trabalhadores para a sua vinha representa o nosso próprio Deus. Pela graça divina fomos salvos, perdoados de nossos pecados e libertos de nossas amarras para vivermos em novidade de vida. Além disso, através da mesma graça que agiu para a nossa salvação, também fomos chamados para trabalhar no Reino de Deus. Poderíamos trabalhar inteiramente de graça, apenas por gratidão pelo tanto que Ele nos fez. No entanto, o Pai decidiu nos recompensar, ainda que não merecêssemos coisa alguma. Em várias passagens da Bíblia vemos falar sobre recompensa, galardão, retribuição, etc. (Gn. 15:1; Is. 40:10; Mt. 5:12; Mt. 10:42; I Co. 3:8; Ap. 22:12).Portanto, mesmo sem merecimento algum, o Senhor nos chama para trabalhar em Seu reino e nos faz uma promessa de recompensa. No passado não éramos dignos de coisa alguma. Andávamos pela vida sem propósito, tristes e perdidos. Mas agora, por sua graça, além da nossa vida se encher de significado especial, fomos também chamados para servi-lo em Seu Reino com a promessa de uma grande recompensa. Glória a Deus por sua generosidade!

2. Retribuindo Conforme o Seu Espírito Generoso – (20:8-15).

Os trabalhadores foram contratados para trabalhar a partir de horas diferentes do dia. Uns foram chamados às 6 horas da manhã, outros às 9h, outros ao meio-dia, outros às 15h, e os últimos às 17h. Provavelmente às 18 h. ou aproximadamente, encerrou-se o expediente de trabalho, quando o senhor da vinha chamou o administrador e pediu-lhe para pagar os trabalhadores começando pelos últimos. Ele já havia combinado com os primeiros que o salário deles seria de um denário (o referente a um dia de trabalho). Quando os que trabalharam apenas uma hora (os que foram chamados por último), receberam um denário cada um, sendo assim também para com os demais trabalhadores chamados nas demais horas do dia, os primeiros então se queixaram alegando serem merecedores de um valor maior por terem trabalhado mais. Jesus certamente quer mostrar nesta parábola que, rapidamente, podemos nos esquecer que não merecemos sequer o denário prometido. Facilmente nos esquecemos de quem éramos, míseros pecadores, e que pela graça fomos elevados a uma posição de servos, e até amigos do Rei. Bem facilmente somos tentados a olhar para o que os outros receberam ou têm recebido, e logo, achar que merecíamos também isso ou aquilo. Para mostrar que não era por merecimento e sim por sua generosidade é que o senhor da vinha faz algumas coisas diferentes:

1) Começa a pagar pelos últimos e não pelos primeiros;

2) Paga aos que trabalharam menos a mesma quantia paga aos que trabalharam mais;

3) Prova que não lesou a ninguém, mas que foi honesto para com os que trabalharam mais, e generoso para com os que trabalharam menos. Portanto, a forma de pagamento aos seus trabalhadores não foi baseada na quantidade de horas trabalhadas, mas no espírito honesto e generoso de quem os contratou.

3. Ensinando a Religiosos e “Pecadores”, Judeus e Gentios – (20:16).

Nos dias de Jesus havia muitos religiosos que se julgavam ser os primeiros trabalhadores. Supunham conhecer mais as Escrituras, acreditavam ser os mais cumpridores da Palavra de Deus e merecedores de maior honra no Reino dos Céus. Em contrapartida, o evangelho estava sendo pregado também aos pobres em todos os sentidos. Muitos pecadores estavam se convertendo de suas iniqüidades e vindo para a luz do Senhor. Estes representavam os últimos, da última hora. Jesus também certamente tinha em mente os judeus e os gentios (gentio é todo aquele que não é judeu).

Os judeus receberam a Palavra primeiro que os gentios. No entanto, muitos gentios abraçaram a fé com muito mais intensidade do que muitos judeus.Os primeiros trabalhadores, pelo tempo de trabalho deviam ser mais maduros. Porém, revelaram orgulho, inveja, competição, além do desejo de serem honrados. Não se alegraram com a generosidade do senhor da vinha em relação aos demais trabalhadores. Tiveram o mesmo descontentamento do irmão mais velho da parábola do filho pródigo, que não se alegrou com a volta ao lar do irmão que estava perdido. Esse sentimento pecaminoso é que transforma os primeiros, em últimos. E aqueles que humildemente recebem o favor divino com coração agradecido e permanecem servindo com a mesma atitude, são promovidos de últimos a primeiros.

CONCLUSÃO

Deus é generoso para com os seus filhos e deseja que estes andem no mesmo espírito de generosidade para com os seus irmãos. O contrário disso é base para a inveja, o ciúme e todo espírito de julgamento, que, como erva daninha, contamina todo o campo.

APLICAÇÃO

Alegre-se com o que Deus tem feito na vida de outras pessoas, ou através delas. Elimine todas as possíveis raízes de insatisfação ou inveja em relação ao outro. Peça ao Senhor que lhe dê um coração generoso para sempre buscar o crescimento de outras pessoas, e também humilde para nunca se julgar mais merecedor do que elas.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A Centésima Ovelha

Texto Bíblico: Lucas 15:1-7

INTRODUÇÃO

Deus ama o mundo perdido e incumbiu Sua Igreja da missão de proclamar este amor a toda a criatura. Para que a Igreja cumpra bem esse papel, é necessário que ela tenha uma revelação mais abrangente acerca deste tema. Quais as revelações necessárias para se entender o coração de Deus?

1. A Revelação de que a Ovelha Perdida é o Descrente – (vs.1-3)

Muitas vezes ouvimos ilustrações que consideram a ovelha perdida como sendo o crente da igreja que por algum motivo se desviou. Embora um crente numa situação assim também seja alvo da preocupação do Senhor, e também da igreja, contudo, não é sobre ele que a parábola discute. Note que o assunto que gera a necessidade de Jesus ensinar esta parábola está relacionado ao fato de que alguns o criticavam por ele comer com os pecadores. Ele freqüentemente era visto com pessoas consideradas ímpias, e por isso, sempre era criticado pelos religiosos que esperavam dele uma postura mais separatista.

Entretanto, Jesus sabia que eram os pecadores que necessitavam dele, e não os que já se consideravam puros. O mais importante de tudo isso é perceber que esse tema gerou a parábola da ovelha perdida, referindo-se ao pecador perdido como sendo essa ovelha que necessita ser resgatada.

Talvez tenhamos dificuldades de considerar o descrente como "ovelha de Deus". Achamos que as ovelhas estão somente dentro dos templos (apriscos). Até nos chocamos quando pensamos naquelas pessoas que já cometeram crimes contra a sociedade, como sendo, aos olhos do Pai, ovelhas dEle; desgarradas, mas dEle. Mas é assim mesmo que o Senhor as vê: ovelhas perdidas que precisam ser resgatadas, alvos do Seu grande amor.

2. A Revelação do Grande Valor da Ovelha Perdida Para Deus – (v.4)

A parábola conta que o pastor deixou as noventa e nove ovelhas por um tempo, a fim de procurar a que se perdera. É óbvio que ele as deixou em segurança, supridas e alimentadas, por serem também de grande importância para ele. Mas ao partir em busca da extraviada, o pastor revelou que aquela simples ovelha possuía aos seus olhos o mesmo valor das demais. Ele não se contentou em ter no seu aprisco a grande maioria. Certamente, ele se colocou no lugar da ovelha perdida, cansada, com sede e desorientada, e movido de grande compaixão, partiu em seu resgate.

Certamente o Senhor, nosso Sumo Pastor, está nos templos recebendo a adoração do seu povo. Porém, muitas igrejas não manifestam interesse pela conquista das vidas. Não desenvolvem programas que visam o resgate de famílias, nem se preocupam em conhecer sua responsabilidade na grande comissão, descrita em Mateus 28:18-20. Como conseqüência, com o tempo elas se esfriam, e perdem de vista o propósito da sua existência.

Por que isso acontece? Porque Jesus está onde se encontra o pecador. Lembre-se: Ele deixou as noventa e nove no aprisco e partiu em busca da desgarrada. E as noventa e nove? Elas não desfrutarão da presença do pastor no aprisco? Claro que sim! Porém, somente quando ele traz de volta a que se perdeu.

Queremos dizer que uma igreja saudável que desfruta da gloriosa presença de Deus é aquela que está comprometida com a salvação das vidas.

3. A Revelação de que a Ovelha Encontrada Precisa de um Ombro Amigo – (v.5)

Felizmente, houve salvação para essa ovelha. No entanto, por haver se perdido, ela está enfraquecida, provavelmente ferida, suja, sedenta e exausta. Além disso, ela não sabe o caminho de volta. É então quando o amável pastor a toma em seus braços e a coloca em seus ombros, para leva-la de volta ao aprisco. A atitude desse amoroso pastor nos mostra que nós também precisamos aprender a levar o novo crente em nossos ombros. Como? Quando compreendemos que as pessoas que vieram do mundo também se encontram feridas, cansadas e desorientadas, então devemos oferecer-lhes descanso. A Palavra de Deus nos propicia refrigério e restauração das nossas veredas (Salmo 119:176).

Quando ministramos a Palavra de Deus, estamos ministrando descanso (Mateus 11:28-30).

Quando intercedemos pelo novo crente, também o ajudamos a descansar (Lucas 22:32).

Quando o acompanhamos em seus primeiros passos na vida cristã, também demonstramos apoio necessário para vencer essa etapa (Atos 11:23).

Quando o ouvimos e compreendemos suas fraquezas e os encorajamos a seguir adiante, também os levamos sobre os nossos ombros (Hebreus 12:12-13).

CONCLUSÃO

A ovelha perdida é o pecador que ainda não se encontra na Casa de Deus, mas é alvo do amor divino tanto quanto os que já foram salvos. São chamados de ovelhas porque do ponto de vista do grande amor de Deus, Cristo morreu também por eles. Para que os alcancemos também precisamos vê-los como ovelhas do Pai. Não podemos vê-los como o mundo os vê: “prostitutas”, “corruptos”, etc. Precisamos vê-los como ovelhas, ainda que desgarradas. Ao resgata-los, precisamos suprir suas necessidades imediatas, oferecendo-lhes o perdão garantido na cruz do calvário e revelado na Palavra de Deus. A oração por eles, o aconselhamento e o acompanhamento dedicado, certamente serão benditas formas de coloca-los sobre os nossos ombros até que possam caminhar por eles mesmos.

APLICAÇÃO

Procure ser um resgatador de vidas segundo o coração de Deus. Ore para que o Senhor lhe conceda oportunidades de resgatar ovelhas que estão extraviadas neste mundo perdido. Alegre-se por vê-las salvas no aprisco, e sinta-se participante dessa vitória!