sábado, 14 de fevereiro de 2009

"Caminhos da Índia"(leitura recomendada para cristãos)‏

Quarta-feira, 28 de Janeiro de 2009

Texto publicado no blog Soli Deo Gloria, de Gleison Elias Pereira.
Por Edson Barbosa

"… porque os caminhos do Senhor são retos, e os justos andarão neles; …" (Os 14:9).

"Ainda me recordo quando estava no Brasil me preparando para ir à Índia a quantidade de livros e artigos na internet que tive de estudar para não ser tão ignorante da vasta cultura que teria de enfrentar pela frente. Percebi que por onde ia, dificilmente encontrava alguém que pudesse me adicionar algum conhecimento prático do que realmente é a Índia. E ainda hoje para a maioria de nós brasileiros este sub-continente é um mistério cercado de lendas e mitos.Quando cheguei a Índia, verifiquei que todo meu conhecimento vindo dos livros e horas na frente de um computador pouco me ajudaram. E hoje depois de quase 4 anos neste país continuo um aprendiz, e cada vez mais me convenço que poderei viver aqui por décadas e não compreenderei toda esta diversidade que me cerca. Nos últimos meses tenho recebido e-mails e até mesmo ligações de pessoas de várias partes do Brasil empolgadas me contando da novela que a globo lançará com uma estória baseada na Índia, com o título "Caminhos da Índia". Comecei a investigar qual seria a trama da novela e quais seriam os pontos de exploração usados. Não para minha surpresa descobri que será uma novela totalmente voltada para a divulgação do hinduísmo no Brasil. Para quem não sabe, grande parte da população da Índia é hindu. O hinduísmo é uma religião politeísta com seus mais de 33 milhões de deuses, que são adorados das mais diversas maneiras.Quando o telespectador brasileiro ligar sua televisão para ver essa novela, estará abrindo as portas de seu lar, sua mente e coração para receber toda a influência do culto e adoração dado a estes deuses e seus mantras, rituais, sacrifícios e oferendas. Obviamente não posso escrever esta carta de uma maneira convincente a todos os telespectadores brasileiros, pois cada um acredita no que quer e ver e recebe o que bem entende. Mas de uma forma bem específica posso alertar que nós os cristãos comprometidos podemos facilmente fazer com que essa novela seja um fracasso. O que não seria fazer passeatas, abaixo assinado, greve de fome, etc... Isso sinceramente não resolve nada. A forma mais simples e eficaz seria primeiramente e principalmente sermos sinceros e sensatos e não assistirmos essa novela. Não conectarmos nossos televisores a este canal no momento em que estiver no ar este proselitismo explícito da religião hindu em nossos lares. Não podemos compactuar com esta maldição que está prestes a invadir nossas casas.Não é hora de sermos hipócritas! Os evangélicos brasileiros são noveleiros SIM!!! Fiz questão de não trazer estatísticas para provar o que estou falando. No fundo sabemos que o povo evangélico é um dos grandes responsáveis pelo sucesso que as novelas "globais" e não "globais" fazem no país. Por que nós somos um dos principais consumidores desse lixo que é vendido em nossos televisores 6 vezes por semana? Somos mais de 35 milhões de evangélicos no país, se contarmos que somente 10% deste número seja noveleiro ( o que acredito ser muito mais) e aderirem ao boicote, serão mais de 3 milhões e 500 mil pessoas que não assistirão esta novela e farão que ela seja um fiasco de audiência. Conclamo vocês meus irmãos a não compactuarem com isso. Não sejam responsáveis por tamanho mal a nossa nação, não seja um patrocinador da obra de satanás. Essa novela não pode trazer nenhum benefício para sua vida, pelo contrário estará contaminando o ambiente familiar de sua casa com mensagens demoníacas e tão pouco servirá como uma fonte de conhecimento de outra cultura. Não veja essa novela, faça que ela seja um fracasso e saia do ar. Nós temos a força, só basta fazermos nossa parte. Que o Senhor nos dê graça e sabedoria."

Edson Barbosa

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Sansão e a Fragilidade nos Relacionamentos

Introdução

Sansão foi um homem da Bíblia conhecido pela sua força. Mas o seu relacionamento com as pessoas era frágil, a começar da relação com os seus próprios pais. Por causa da deficiência no relacionamento com os pais e das distorções no relacionamento indevido com algumas pessoas, ele acaba sendo derrotado em sua carreira. Queremos partir do princípio de que a base para os nossos relacionamentos é estabelecida dentro de casa. Um relacionamento saudável entre pais, filhos e irmãos, favorece o estabelecimento de relações saudáveis fora de casa. Hoje vamos nos ater somente à casa de Sansão e descobrir o que faltava no seu relacionamento para com os pais.

1. Ouvir o que o Outro Está Dizendo

“Porém seu pai e sua mãe lhe disseram: Não há, porventura, mulher entre as filhas de teus irmãos ou entre todo o meu povo, para que vás tomar esposa dos filisteus, daqueles incircuncisos? Disse Sansão a seu pai: Toma-me esta, porque só desta me agrado.” (Juízes 14:3 RA)

Sansão vivia em um contexto onde os pais escolhiam os cônjuges para os filhos. No nosso mundo ocidental as coisas não acontecem dessa forma. Porém, respeitando a cultura dos pais de Sansão e procurando entender os valores das suas tradições, vamos descobrir que ouvi-los antes de tão importante escolha, a do casamento, seria a coisa mais sensata a se fazer.

Sansão, porém, quanto aos pais, demonstra a atitude de alguém que não quer ouvir, aprender, aceitar e submeter-se; mas sim a de quem não precisa de nenhuma dessas coisas, por já estar resolvido a fazer algo, independentemente do que eles possam pensar (Jz. 14:3). Ele se enamora de uma mulher da terra dos filisteus, mesmo sabendo que não se podia casar com pessoas de lá (Dt. 7:3), e ignora a vontade de seus pais que perceberam a cilada no caminho. Agindo assim, Sansão não está consciente do perigo à sua volta. Em breve, tal atitude de indiferença quanto à liderança paterna se mostrará altamente destrutiva à sua integridade moral e física.

Perguntamos: Você já agiu de forma independente da orientação de seus pais, cônjuge ou liderança estabelecida? Você percebe em sua casa algum espírito de indiferença à opinião do outro, ou às suas recomendações?

Para meditar: Tg. 1:19; Hb. 12:25; Dt. 5:16; Pv. 11:14

2. Não Fugir do Olhar do Outro

“Então, o Espírito do SENHOR de tal maneira se apossou dele, que ele o rasgou como quem rasga um cabrito, sem nada ter na mão; todavia, nem a seu pai nem a sua mãe deu a saber o que fizera.” (Juízes 14:6 RA)

Os pais de Sansão, mesmo contrariados, descem com ele até a cidade da moça com quem o filho há de casar. O texto bíblico diz que os pais “não sabiam que isto vinha do Senhor” (14:4), como se Deus estivesse aprovando o casamento de Sansão. Na verdade, Deus não se contradiz, mas apenas haveria de se utilizar daquela circunstância para cumprir seus propósitos em favor de Israel. Ele estaria, portanto, permitindo aquela situação ainda que não fosse a Sua vontade diretiva.

Aproximando-se da vinha, Sansão se aparta de seus pais e se depara com um leão novo que bramando lhe saiu ao encontro. Deus lhe dá graça e força, com o que mata o leão.

Ao chegar à vinha, Sansão se aparta de seus pais porque sabia que não lhe era permitido comer nenhum derivado da uva, por causa de um voto de nazireu que ele tinha sobre sua vida (Jz. 13:4-5). Ocultando-se aos olhos deles, ele deu lugar aos seus desejos proibidos, e quase perece diante da fúria daquele terrível animal, não fosse a graça de Deus sobre sua vida.

Perguntamos: Você já se sentiu tentado à fugir do olhar de alguém com quem você está comprometido a seguir junto pelo caminho? Como reagimos à tentação de fazer coisas escondidas do olhar de pessoas com quem estamos aliançados?

Para meditar: Gn. 3:10;Pv. 7:18-19

3. Não Esconder a Verdade do Outro

“Tomou o favo nas mãos e se foi andando e comendo dele; e chegando a seu pai e a sua mãe, deu-lhes do mel, e comeram; porém não lhes deu a saber que do corpo do leão é que o tomara.” (Juízes 14:9 RA)

Depois de matar o leão, Sansão continua seguindo em direção à casa de sua futura esposa. Voltando de lá, aparta-se do caminho para ver o corpo do leão morto, quando, para sua surpresa, encontra nele um enxame de abelhas com mel. Ele toca no cadáver ao retirar o mel, e sai pelo caminho andando e comendo. Encontrando seus pais, deu-lhes do mel e eles comeram, não sabendo de onde vinha.

O voto de nazireu também não permitia tocar em cadáver (Nm. 6:1-6). Por conta do mel, Sansão quebra mais uma vez o seu voto.

Sobre o tema relacionamento, vemos que a relação de Sansão com seus pais era baseada em meias verdades. Sansão mata o leão mas não conta o seu grande feito aos pais (Jz. 14:6). Se ele conta o caso terá de dizer onde estava quando o animal lhe saiu ao encontro; e isso ele não estava disposto a fazer. Depois, ele dá o favo de mel aos pais mas não diz de onde o havia retirado. Também não queria revelar a quebra do voto tocando num cadáver para obter o mel. Sansão se abre com seus pais apenas naquilo que lhe interessa, como no caso da moça com quem queria casar. Mas quanto às suas fraquezas e inclinações para o mal ele guarda segredo, perdendo a grande oportunidade de ser ministrado e ajudado por quem tanto o amava, seus pais.

Perguntamos: Você já vivenciou um relacionamento de meias verdades ou de segredos não compartilhados? Você já desejou abrir totalmente o seu coração, não sentindo, porém, confiança para fazer isso? Você se considera uma pessoa confiável, para quem as pessoas possam abrir o coração?

Para meditação: Mc. 4:22; Pv. 11:13; Pv. 20:19; Am. 3:7

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Pai e Filho Tão Distantes

Introdução

Hoje estudaremos a relação entre Davi e seu filho, Absalão, a partir de uma experiência trágica de abuso sexual sofrido pela irmã de Absalão, Tamar, provocado por outro irmão (também filho de Davi, porém, de outra mãe) Amnom. Toda a história se encontra entre II Samuel 13:1 e 18:33.

Frustração

Precisamos notar a frustração de Absalão em relação a seu pai, Davi, quando nutriu a expectativa de que o pai exerceria juízo sobre Amnom por este haver violentado sua irmã, Tamar. Dois anos inteiros, porém, se passaram (II Sm. 13:23), sem que Davi transformasse sua ira pelo ocorrido (II Sm. 13:21) em solução prática de disciplina e correção do problema.

Absalão estava frustrado com o seu pai, Davi. A expectativa não satisfeita foi produzindo, no decorrer daqueles dois anos, um sentimento de revolta tanto em relação ao pai que não julgou a causa, quanto em relação ao agressor, Amnom, que continuava impune depois de tamanha ofensa.

Perguntamos: Como você lida com as expectativas não alcançadas em relação a certas pessoas importantes para você? Como você reage à percepção de que o seu cônjuge, patrão, filho, amigo, pai, mãe, ou quem quer que seja, possivelmente não seja exatamente quem você queria que fosse, ou não esteja agindo de acordo com o que você esperava? Tem você frustrado a expectativa de alguém?

Para meditação: Sl. 62:5; Sl. 71:5; Pv. 13:12; Lm. 3:26.

Reprimindo os Sentimentos

Por falta de ação do pai, Absalão decide fazer justiça por conta própria, mandando matar Amnom (II Sm. 13:28). Depois disso ele foge e fica três anos longe do pai (II Sm. 13:38). Embora demasiadamente triste pela morte de Amnom, Davi começa a sentir saudades de Absalão; é quando ele permite que o filho volte a Jerusalém, sem contudo, ter o direito de ver a sua face (II Sm. 14:24 e 28).

Davi sentiu saudades do filho, mas não se permitiu transformar esse sentimento em fator motivador para uma restauração do relacionamento entre eles. Antes, reprimiu a saudade e se manteve à distância, como se o filho nada representasse para ele.

Perguntamos: Você é capaz de reprimir um sentimento restaurador em relação a alguém só para não dar o “braço a torcer”? Quando você sente a compaixão de Deus por alguém que lhe feriu, você consegue conviver naturalmente com a ausência de conversão dessa compaixão em atitude prática de perdão?

Para meditação: Sl. 22:24; Gn. 50:21.

Tempo Desperdiçado.

Se você está fazendo as contas, certamente percebeu que já se passaram sete anos desde a violência sexual sofrida por Tamar. Por dois anos Absalão esperou pelo juízo do pai. Por três anos esteve como fugitivo depois de matar Amnom. Por dois anos esteve em Jerusalém sem ver a face do pai.

Sete anos de relacionamentos rompidos, e de muitas lembranças saudosas, afetos sufocados, vontade de estar perto, de abraçar, de beijar, de falar sobre tantas coisas, mas ao mesmo tempo, de tanta distância e tanta decepção de um para com o outro.

Perguntamos: Temos resolvido nossas pendências nos relacionamentos no decorrer dos anos de vida, ou temos deixado as coisas como estão por tempo indeterminado?

Para meditação: Gn. 46:29; Mt. 5:25; Gl. 6:10; Ef. 5:16.

Indiferença

Por fim, Davi decide receber o filho em seu palácio real (II Sm. 14:33). Depois de muita insistência e de muito clamor por parte de Absalão para ver o pai e receber dele alguma palavra, ainda que fosse de extrema repreensão, Davi consente em ver o filho. Absalão se apresenta e, humildemente, se prostra ante o rei. Para surpresa de todos e maior decepção de Absalão, Davi se limita a beijar a face do filho e mais nada. Revoltado, ele empreende uma grande rebelião contra o pai, que culmina em sua própria morte (II Sm. 18:15).

Se ele fosse repreendido pelo que fizera, se o pai tivesse dispensado uma longa conversa com ele sobre tudo o que aconteceu, se Davi demonstrasse interesse de julgar com justiça ao mesmo tempo em que restaurasse o filho à comunhão, e se o próprio Absalão não tivesse perdido a esperança de que dias melhores viriam, então tudo, certamente, teria um desfecho diferente. O simples beijo no rosto depois de tanto tempo de distanciamento entre eles, demonstrou indiferença, que acreditamos ser uma das mais poderosas armas contra os relacionamentos.

Perguntamos: Como encaramos a indiferença por parte de quem mais amamos? Somos indiferentes quanto às questões de interesse das pessoas que nos cercam?

Para meditação: Pv. 19:18; Is. 57:10.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

O Conflito de Caim

Introdução

A história de Caim e Abel será o nosso ponto de partida para as reflexões sobre relacionamentos. Que o Senhor nos abençoe nesta jornada, enquanto buscamos atitudes relacionais que O glorifiquem.

Relacionamentos Turbulentos que Afetam Outros Relacionamentos

(Gênesis 4:4-5) - E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura; e atentou o SENHOR para Abel e para a sua oferta. Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o semblante.

Caim havia apresentado uma oferta a Deus que, no fundo, sabia não ser a que o Senhor esperava dele. Desde que seus pais, Adão e Eva, pecaram e aprenderam que a oferta aceitável estava relacionada à morte de um animal, Caim estava consciente do que deveria fazer. Seu irmão, Abel, foi aceito por Deus justamente pelo tipo de oferta que apresentou e pelo coração com que a apresentou.

Mas, queremos chegar na questão do relacionamento. O estremecimento da relação de Caim para com Deus abalou também a sua relação com o irmão. É claro que não de Deus para Caim, mas de Caim para Deus.

Perguntamos: Até que ponto permitimos que o aborrecimento para com o chefe, por exemplo, comprometa a relação com a nossa família? Somos maduros o suficiente para focar o nosso problema com alguém de forma a buscar resolve-lo de forma direcionada e adulta, sem deixar respingar nas outras esferas de relacionamentos?

Para meditação: Gn. 30:1; Efésios 4:26-27,29,31-32.

O Sentimento de Inveja Como Semente Destrutiva

(Gênesis 4:5b) E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o semblante

Não ter sido aceito por Deus ao mesmo tempo em que seu irmão o foi, fez com que ele começasse a nutrir sentimentos negativos contra quem nenhum mal lhe fez. A esse sentimento interior negativo chamamos de inveja, que se apresentou com a capa da ira.

Inveja é o desejo por atributos, posses, status, habilidades de outra pessoa gerando um sentimento tão grande de egocentrismo que renegue as virtudes alheias, somente acentuando os defeitos (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre).

Perguntamos: Como reagimos diante do sucesso do outro, principalmente quando a expectativa pelo nosso próprio êxito não é satisfeita? Como será o nosso relacionamento com ele a partir dessa experiência?

Para meditação: Pv. 14:30; 27:4; Ec. 4:4; Rm. 13:13; I Co. 3:3; II Co. 12:20; Gl. 5:21 e 26; Tt. 3:3; Tg. 3:14 e 16.

A Responsabilidade de Sujeitar os Desejos

(Gênesis 4:7) - Se bem fizeres, não é certo que serás aceito? E se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu desejo, mas sobre ele deves dominar.

Deus que conhece os corações logo trouxe uma advertência a Caim: (Gênesis 4:7) – “Se bem fizeres, não é certo que serás aceito? E se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu desejo, mas sobre ele deves dominar.”

Em outras palavras, somos responsáveis pela administração dos nossos desejos, sentimentos e inclinações, sempre sabendo que se não os sujeitarmos à vontade de Deus, eles nos levarão ao pecado com todas as suas conseqüências.

Perguntamos: Estamos agindo de forma responsável para com os nossos sentimentos negativos? Estamos cuidando para que eles não cresçam a ponto de nos conduzirem a, não somente pecar contra Deus, mas também contra o próximo?

Para meditação: 2 Coríntios 10:5; Filipenses 4:8.

O Homicídio Literal Como Conseqüência do Homicídio do Coração

(Gênesis 4:8) - E falou Caim com o seu irmão Abel; e sucedeu que, estando eles no campo, se levantou Caim contra o seu irmão Abel, e o matou.

No Sermão da Montanha Jesus disse: (Mateus 5:21-22) – “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo. Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno.”

Jesus está ensinando que o homicídio começa em nosso coração antes da prática literal. Caim não sujeitou os seus sentimentos de ira e inveja, concebeu o pecado de homicídio em seu coração e desfechou sua loucura matando seu irmão.

Perguntamos: Estamos conscientes de que os nossos atos externos são conseqüências do que geramos primeiro no coração?

Para meditação: Marcos 7:20-23; 1 Pedro 2:1-3.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

O Avivamento Que Gera Filhos Para o Homem e Para Deus

Texto Bíblico: I Samuel 1:1-28
Introdução

Você já parou para pensar que a sua maior necessidade ou desejo pode representar exatamente a maior necessidade ou desejo de Deus? Creio que esse pensamento ficará mais claro ao nosso entendimento a partir da experiência de Ana, personagem da história de hoje.

Ana e a Necessidade de Um Filho.

“E este tinha duas mulheres: o nome de uma era Ana, e o da outra Penina. E Penina tinha filhos, porém Ana não os tinha. (I Samuel 1:6) - E a sua rival excessivamente a provocava, para a irritar; porque o SENHOR lhe tinha cerrado a madre.” I Samuel 1:2

Ana era uma das esposas de Elcana, chamando-se a outra, Penina. Com grande tristeza Ana via seus anos se passarem sem desfrutar do privilégio de ter filhos, tendo de suportar com amargura as provocações de sua rival que os tinha naturalmente. Era uma grande desonra para uma mulher o não poder gerar filhos e Ana já não suportava mais aquela situação que era agravada pela zombaria de Penina. Ana passou a desejar um filho mais do que a própria vida, e determinada a busca-lo em Deus, dirigiu-se ao lugar de adoração em Siló e ali derramou toda a sua alma, chorando, pedindo e clamando para que o Senhor a ouvisse concedendo-lhe o seu pedido.

Precisamos conhecer e caminhar mais pelo caminho percorrido por Ana. Ela sabia que Deus a havia impedido de ter filhos (1:5) e que só Ele poderia remover qualquer impedimento. Filipenses 4:6 e Salmo 37:5 falam que os nossos pedidos, desejos, sonhos, e necessidades devem ser entregues a Deus. Esse foi o caminho que Ana escolheu para si.

Deus e a Necessidade de Um Filho.

“Era, porém, Eli já muito velho, e ouvia tudo quanto seus filhos faziam a todo o Israel, e de como se deitavam com as mulheres que em bandos se ajuntavam à porta da tenda da congregação.” I Samuel 2:22

Deixando de lado por um pouco a necessidade de Ana, veremos que Deus também necessitava de um filho naqueles dias. Um filho que lhe fosse obediente, temente, sério, e que realmente se preocupasse em servir às pessoas e não aos seus próprios interesses. O sacerdote daqueles dias era Eli, já velho e sem autoridade sobre seus filhos, rebeldes e carnais. Deus já não podia falar ao povo por intermédio deles, mas somente contra eles através de outros profetas (I Samuel 2:30). Toda a nação pereceria se o Senhor não levantasse alguém como representante espiritual do povo diante dEle. Portanto, Deus também precisava de um filho.

É muito bom quando conseguimos pensar não apenas em nossos problemas ou desafios. Deus também precisa resolver algumas questões que podem estar relacionadas às nossas questões. Então, vamos procurar entender melhor como as duas necessidades, a humana (de Ana) e a divina, podem dar as mãos.

A Parceria Entre Deus e Ana.

“E fez um voto, dizendo: SENHOR dos Exércitos! Se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva não te esqueceres, mas à tua serva deres um filho homem, ao SENHOR o darei todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha.” I Samuel 1:11

Por trás das dificuldades de Ana, estava o Senhor levando-a a um determinado lugar. Foi Ele quem cerrou-lhe a madre para não gerar filhos. Foi Ele quem permitiu a presença de uma Penina para provoca-la. Foi Ele quem a conduziu a um estado de indignação com aquela situação até que ela dissesse: “Basta!!!”. No clamor dela, um filho é gerado em suas entranhas e consagrado ao Senhor. Ana entrou em parceria com Deus e ambos ganharam. Ela viu o seu opróbrio desfeito e Ele ganhou um filho com quem pudesse se relacionar e a quem pudesse usar. (I Samuel 3:10) – “Então veio o SENHOR, e pôs-se ali, e chamou como das outras vezes: Samuel, Samuel. E disse Samuel: Fala, porque o teu servo ouve.” Samuel nasceu e foi entregue a Deus aos cuidados do sacerdote Eli. Mas como Ele é justo, bondoso e compassivo, permitiu que Ana tivesse outros filhos em lugar do que fora entregue ao Senhor: (I Samuel 2:21) – “Visitou, pois, o SENHOR a Ana, que concebeu, e deu à luz três filhos e duas filhas; e o jovem Samuel crescia diante do SENHOR.”

Nós também possuímos nossas necessidades. Porém, nem sempre temos a percepção de que o que precisamos pode ser exatamente o mesmo que Deus precisa. Quando entendemos isso conseguimos ver nossos desafios, sejam financeiros, familiares, profissionais, ministeriais, saúde, ou qualquer outro que seja, não mais a partir do nosso próprio ponto de vista, mas do de Deus. Chegaremos à conclusão que o Senhor pode abençoar a nossa casa tremendamente se soubermos dedica-la a Ele, sendo Ele o maior interessado em usa-la. Nas finanças, por exemplo, Ele quer e pode nos abençoar. A nossa prosperidade material colocada nas mãos dEle poderá suprir as nossas necessidades e a de tantas pessoas a quem Ele quer abençoar através de nós.

Conclusão

Concluímos que Deus procura alguém que se identifique com as necessidades dEle a partir das experiências terrenas, e que decida entrar em parceria com Ele para gerar mudanças. A dor de Ana era a dor de Deus. Ambos buscavam um filho. Samuel foi a resposta contra o opróbrio de Ana e a favor dos propósitos do Senhor.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

O Avivamento Que Livra da Aflição

Texto Bíblico: I Crônicas 4:9-10
Introdução

Jabez – “Ele Causará Dor” ou “Aflição” – Recebeu esse nome porque a mãe dele disse: “porque com dores o dei à luz”. Ele foi um homem abençoado por Deus porque teve a sua oração ouvida. Sobre o teor da oração e o que ele pediu a Deus falaremos nos tópicos dessa lição. Antes disso, porém, queremos enfatizar sobre o que poderia ter motivado Jabez a fazer a oração que fez. Acredito que havia um temor que rondava a vida desse homem, provavelmente por causa da sua origem ou mais propriamente pelo nome que recebeu. O seu nome fala de aflição, de dor. O seu clamor, portanto, de alguma forma buscava uma mudança de curso ou uma bênção que o distanciasse de tudo o que seu nome sugeria: dor e aflição. Deus o ouviu e o abençoou. O que Jabez buscava?

A Bênção Divina.
“Porque Jabez invocou o Deus de Israel, dizendo: Se me abençoares muitíssimo...” – I Crônicas 4:10a

A despeito do nome que recebera, Jabez buscava a bênção de Deus sobre ele. “A bênção do SENHOR é que enriquece; e não traz consigo dores.” (Provérbios 10:22). Jabez sabia que se a bênção do Senhor se manifestasse não haveria possibilidade de se prevalecer a dor. Não importava a visão de dor e de aflição que a pessoa de Jabez provocou em sua mãe na hora do parto. A bênção do Senhor era capaz de desfazer aquela visão e projetar uma nova imagem de êxito e vitória.

A bênção do Senhor sobre sua vida é que pode desfazer as palavras de maldição que porventura você tenha recebido na hora do parto, ou durante a sua infância, ou durante qualquer outro período da sua vida.

A Amplitude Divina.
“...e meus termos ampliares...” – I Crônicas 4:10b

A bênção divina traz consigo amplitude. É a capacidade de ampliar seus territórios, de fazer prosperar seu trabalho e multiplicar seus rendimentos. Dor e aflição sugerem perdas e prejuízos em todos os sentidos. É certo que o Senhor também trabalha através de situações difíceis. Deuteronômio 8:3 diz: “E te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram; para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas de tudo o que sai da boca do SENHOR viverá o homem.”. Porém, uma vez trabalhado o coração e removidas as devidas escórias de idolatria, auto-suficiência ou qualquer outra ramificação do mal, o plano final é trazer amplitude, conforme Deuteronômio 8:9-10: “Terra em que comerás o pão sem escassez, e nada te faltará nela; terra cujas pedras são ferro, e de cujos montes tu cavarás o cobre.
Quando, pois, tiveres comido, e fores farto, louvarás ao SENHOR teu Deus pela boa terra que te deu.”

Precisamos compreender que o Senhor continua nos provando em nossos caminhos para que nós mesmos saibamos o que há em nosso coração. No entanto, Ele é bom e deseja nos dar largueza. Aprendamos e vivamos os princípios bíblicos para que experimentemos a porção de amplitude que Ele têm reservado para nós.

A Companhia Divina.
“...e a tua mão for comigo...” – I Crônicas 4:10c

Nada pode ser mais gratificante do que a certeza da presença divina conosco. Muitas vezes somos bombardeados por imagens, palavras, lembranças ou sentimentos destrutivos que insistem em querer nos acompanhar. Acredito que por muito tempo Jabez viveu com a impressão de que a sombra do fracasso estava ali por perto, sempre presente. Ele estava cansado disto e decidiu clamar para que a presença divina apagasse aquela sombra maligna.
Qual tem sido a nossa companhia? Temos desfrutado da mão divina sobre nós ou ainda somos assombrados por nuvens de desespero, melancolia, falta de perspectiva, dor ou aflição?

A Proteção Divina.
“...e fizeres que do mal não seja afligido!” – I Crônicas 4:10d

Sinto como se Jabez estivesse orando mais ou menos assim: “Senhor, livra-me da aflição que o meu nome sugere!”. Na oração do Pai Nosso, Jesus nos ensina a pedirmos livramento do mal, em Mateus 6:13: “E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém.” A promessa divina é a de que aquele que anda nos caminhos de Deus nunca estará nas trevas, mas na luz; e como conseqüência será protegido do mal. I João 5:18 diz: “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática do pecado; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca.”
A proteção contra o mal está disponível a todo aquele que crê e anda nos caminhos de Deus. Jabez orou e foi atendido. O Senhor o livrou dos males da vida e o cercou de graça e de glória. Confia que essa provisão também é para você.

Conclusão

A oração de Jabez foi simples mas eficaz. Ele pediu a bênção, a amplitude, a companhia e a proteção divina, elementos que fizeram dele um homem mais ilustre do que seus irmãos, porque Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido.