sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Que Temos Nós Contigo, Ó Filho de Deus!

 

 

"E eis que gritaram: Que temos nós contigo, ó Filho de Deus! Vieste aqui atormentar-nos antes de tempo?" (Mateus 8:29 RA)

 

 

Que Temos Nós Contigo, ó Filho de Deus!

 

 

Nada! Acredito que esse seja o ensino mais forte a se extrair daqui. Os demônios nada tinham com Jesus. Certamente os espíritos maus que levavam suas vítimas a morarem nos sepulcros, viviam constantemente à procura de oportunidades para se estabelecerem dentro das pessoas. Aquelas que intentavam passar por ali representavam um alvo interessante para a investida daqueles violentos espíritos, que ambicionavam não apenas feri-las, mas possuí-las. A passagem afirma: "Tendo ele chegado à outra margem, à terra dos gadarenos, vieram-lhe ao encontro dois endemoninhados, saindo dentre os sepulcros, e a tal ponto furiosos, que ninguém podia passar por aquele caminho." (Mateus 8:28 RA)

 

 

Certo dia, porém, os demônios avistaram alguém vindo de longe e aproximando-se mais e mais. Como de costume, avançaram furiosos na tentativa de fazerem mais um prisioneiro, de uma vez que de escravos já tinham dois. Investigaram-no à distância, desesperadamente, em busca de  alguma brecha, alguma legalidade, algum motivo ou algum campo de pouso, e nada, absolutamente nada encontraram. Quem poderia ser esse alguém destituído de inveja, malícia, engano e orgulho? Quem poderia ser essa pessoa com quem os demônios não puderam se identificar em coisa alguma, nem encontrar algo em comum?

 

 

Que temos nós contigo, ó Filho de Deus! Não foi uma pergunta, mas uma afirmação. Esse Justo e Santo era Jesus, o Nazareno!

 

 

De uma vez que também fomos transformados em filhos e filhas de Deus, mais do que desejar privilégios sob o argumento irônico: "também sou filho de Deus", insinuando possuirmos algum direito especial, devemos, no entanto, buscar viver à altura da sujeição ao Senhor em todas as coisas; posição na qual, indubitavelmente, somos reconhecidos até dos principados e potestades das trevas como pessoas com quem eles não possuem nenhuma relação.

 

Precisamos nos policiar quanto ao que vemos, ouvimos, falamos, tocamos ou sentimos. Em nossa vida informal, longe dos âmbitos religiosos ou da presença daqueles a quem queremos impressionar, talvez buscando transmitir uma imagem de integridade ou de bom moço. Sim, estou falando dos momentos em que ninguém nos vê. Quando somos nós mesmos sem máscaras e autênticos. Na informalidade da nossa relação conjugal, bem como no trato com pessoas não cristãs, com quem nos relacionamos apenas comercialmente. Nos nossos compromissos financeiros. Na maneira como tratamos o frentista do posto de gasolina ou a moça do caixa do banco, principalmente quando ela se equivoca em algum momento e não faz o que queríamos que ela fizesse. Quando o pneu fura e o time perde. Nos momentos em que somos contrariados.

 

Que temos nós convosco, ó filhos de Deus! Que esses justos e santos sejamos eu e você.

 

 

Vieste Aqui Atormentar-nos Antes de Tempo?

 

 

Se Jesus não estava ali para ser mais uma presa fácil dos demônios, então seria por outro motivo. Se não era para ser subjugado, então o seria para subjugar. Se não era para ser atormentado, com certeza o seria para atormentar. É claro que os espíritos malignos estavam se referindo ao tormento futuro, eterno, quando Satanás e seus anjos, após o julgamento final, serão lançados no lago de fogo para sofrerem por toda a eternidade. À despeito do tormento vindouro, Jesus estava ali para tirá-los da cômoda situação de controle que exerciam tanto em relação aos homens a quem possuíam quanto acerca dos territórios que governavam. Estava ali para atormentá-los! O oposto disso seria a condição tranqüila em que se encontravam: donos da situação, sem ter quem os incomodassem, plenamente realizados na missão de roubar, matar e destruir, até a chegada de quem pudesse agitar o arraial.

 

 

O pior é que os que vivem sob a influência do mal ainda que sejam atormentados por ele, paradoxalmente, não querem ser atormentados pelo bem. Essas pessoas acabam refletindo do mesmo espírito dos que os possuem ou influenciam. Eles se tornam apáticos na semelhança de quem os governam. Eles se tornam indiferentes como os seus algozes, e insensíveis quanto à dignidade do ser humano. Muitos homens e mulheres foram possuídos ou influenciados pelos demônios que deixam impregnado seu espírito de controle, de comodismo, de indiferença e de amor ao pecado.

 

 

Essas pessoas debaixo de tal poder, ainda que não percebam, são as que ouvem mensagens desafiadoras que podem mudar definitivamente o rumo de suas vidas para melhor, no entanto, reverberando a mesma fala demoníaca, respondem: "que temos nós contigo, ó filho de Deus! Vieste aqui atormentar-nos antes de tempo?" São as que fingem não ser com elas nenhuma palavra que possa "atormentá-las" e tirá-las da cômoda situação em que se encontram, seja ela qual for. Somente uma verdadeira intervenção divina, como houve na vida dos dois endemoninhados da passagem bíblica, poderá desfazer tais amarras.

 

 

Os que vivem debaixo da influência do Espírito Santo estão sempre dizendo sim ao arrependimento, à renovação, ao comprometimento, ao serviço, às missões, à liberalidade, à generosidade, e a tudo o que está em linha com o caráter de Deus.

 

 

Reflexão

 

 

Acredito que temos aqui o desafio de buscarmos uma vida que agrade ao Senhor em todas as coisas, e que, consequentemente, não ofereça nenhum espaço ao Diabo. Além disso, precisamos provar se não estamos de alguma forma debaixo de qualquer influência do mal que se reflita através da apatia, da indiferença e do amor à carne. Devemos julgar se não estamos resistindo aos moveres de Deus que confrontam nossa zona de conforto, atormentando-nos e inquietando-nos. Pelo Espírito de Deus, permitamos Sua bendita ação que nos leve do incômodo ao quebrantamento.

 

Wilson

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Continuidade

"Cessou, pois, a obra da Casa de Deus, a qual estava em Jerusalém; e isso até ao segundo ano do reinado de Dario, rei da Pérsia." (Esdras 4:24 RA)

16 anos de interrupção. A reedificação da Casa do Senhor que estava sendo realizada nos tempos de Esdras, por ordem de Artaxerxes teve de ser interrompida. Mentiras, calúnias, franca oposição dos inimigos, estiveram por trás dos comentários maldosos levados ao rei, induzindo-o a tomar tal decisão.

Sem entrar nos demais detalhes históricos, o mais importante é nos atermos ao tema: continuidade. Aquilo que começamos e que faz parte de algo planejado, de propósitos bem definidos, abençoadores, e que revelam a vontade de Deus para as nossas vidas, precisa ser concluído.

Este é um tema sobre o qual precisamos vigiar: a falta de continuidade em nossos projetos. Principalmente quando olhamos para a agenda e conseguimos alistar várias iniciativas que um dia fizeram parte de nossas prioridades mas nunca foram iniciadas ou concluídas.  Lembrei-me de alguém que lamentava o fato de ter acompanhado o evangelho bem de perto enquanto duraram certas reuniões caseiras de estudos bíblicos, onde ouvia mensagens e testemunhos, e cantava louvores a Deus, na casa de um colega cristão. Interrompidas as reuniões, mesmo faltando tão pouco para uma conversão genuína ao Senhor por parte desse amigo, quebrou-se a ponte, e só na eternidade saberemos como de fato seria o futuro dessa pessoa se tão somente aquele convívio tivesse sua continuidade, ou, que pelo menos ele tivesse sido encaminhado responsavelmente a outro grupo caseiro.

Os inimigos de Israel fizeram parar a obra do templo. Os inimigos de hoje, principalmente os de dentro de nós mesmos, continuam militando contra o que Deus quer concluir em nós e através de nós. Não permita as interrupções do que é importante e desfrute da obra de suas mãos!

"Assim se executou toda a obra de Salomão, desde o dia da fundação da Casa do SENHOR até se acabar; e assim se concluiu a Casa do SENHOR." (2 Crônicas 8:16 RA)

Minha Oração

Senhor, dou-te graças por saber que todas as obras são perfeitas e completas em Ti! O Senhor completou a criação em 6 dias e no 7º descansou. Como teu filho, quero aprender a realizar as minhas obras para a Tua glória, e completá-las, como aprendi contigo. Ajuda-me, Senhor, a vencer o desânimo, a confusão, os obstáculos, o medo, a dúvida, e qualquer outro elemento que possa se opor ao que colocaste em meu coração. Em nome de Jesus, Amém!