sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Vivendo Hoje Investindo na Eternidade

Texto Bíblico: Lucas 16:1-15

INTRODUÇÃO

Nesta parábola veremos como Jesus elogiou um homem por sua prudência em se preocupar com o futuro. Apesar do exemplo referir-se a alguém acusado de desonestidade, suas ações posteriores, porém, demonstram o tipo de atitude que o Senhor espera que os cristãos tenham em relação a este mundo e ao vindouro.

O Problema

O administrador acusado de desonestidade havia acabado de receber uma palavra dura de seu senhor. Em breve ele estaria desempregado pelo indício de estar desperdiçando os bens de seu patrão. - “O que fazer?” Pensou ele. Procurou algumas alternativas, porém, nenhuma lhe satisfez plenamente.Na parábola anterior (Lucas 15:11-32), o filho pródigo (esbanjador), também tinha desperdiçado os bens de seu pai. Talvez seja por isso que as duas parábolas estejam próximas uma da outra. Todos nós estávamos em dívida para com o Pai Celestial. Assim como o Filho Pródigo ou o Administrador Desonesto, precisávamos encontrar o Caminho do arrependimento e da tomada de novas decisões que gerassem novas atitudes. Foi o que ambos fizeram para nos legar um novo referencial.

A Saída

Depois de pensar um pouco, achou uma saída: Chamou os que deviam ao seu senhor, perguntou quanto cada um estava devendo, e pediu-lhes que escrevessem um valor menor do que realmente era a dívida. Para não lesar o seu senhor, provavelmente, ele agiu de uma ou outra forma:

a) Ou, completando o valor com os seus próprios recursos,

b) Ou, abrindo mão de sua comissão referente ao serviço de administrador.

Certamente o seu senhor não foi prejudicado porque essa atitude foi de seu conhecimento e aprovação, conforme nos dá a entender o versículo 8: “O senhor elogiou o administrador desonesto”. Ele é chamado de desonesto não pela atitude atual, agora louvável, mas sim pelo que foi observado no início da parábola.A atitude dele fez com que os devedores de seu senhor se sentissem aliviados de suas dívidas e gratos pela iniciativa dele. Eles se tornariam amigos do administrador, abrindo-lhe portas em tempos de necessidade. Acreditamos que Jesus está querendo enfatizar sobre a importância de abrir mão agora para conquistar depois. De perder agora para ganhar depois. De sair no prejuízo agora para depois obter o verdadeiro lucro.

O Ensino

Além dos ensinos já assimilados acima, cremos que Jesus quis apresentar-nos as seguintes lições:

a) O administrador desonesto era considerado um “filho deste mundo”, no entanto, foi prudente, preocupando-se com o dia de amanhã. Portanto, os “filhos da luz” também devem estar trabalhando pelo dia de amanhã, não olhando, porém, somente para a vida presente, mas principalmente para a vida eterna. (v. 8).

b) O dinheiro que passa pelas nossas mãos oriundo deste mundo iníquo, não deve ser usado nem de forma desonesta nem de forma egoísta. Ele precisa ser usado para conquistar amigos; não pensando nas moradas terrenas que estes possam nos abrir, mas nas moradas eternas. Se fizermos o bem nesta vida, ajudando o necessitado, abrindo mão aqui ou até levando prejuízo ali, porém, em favor dos outros, receberemos muito mais do que portas terrenas abertas; receberemos e passaremos pelas portas celestiais (v. 9).

c) Se formos fiéis no pouco, Deus nos colocará sobre o muito. O pouco refere-se aos recursos deste mundo, infinitamente menores e inferiores que os do mundo porvir. Se formos desonestos na administração dos recursos terrenos, não seremos dignos de administrar os recursos celestiais futuros (v. 10).

d) O tempo presente é um período de prova para cada um de nós. Se provarmos ser fiéis e dignos de confiança no trato dos bens deste mundo ímpio, um dia, na eternidade, Deus nos confiará o que realmente há de nos pertencer; o que Ele chama de “verdadeiras riquezas” (v. 11).

e) O Senhor deixou claro nesta parábola que todos os recursos e bens deste mundo não nos pertencem. Estamos administrando o que é dos outros. Por que? Porque o sistema financeiro atual pertence a este mundo presente que um dia passará, com toda a sua glória terrena. Portanto o que temos em mãos hoje é transitório e passageiro. Na verdade, devemos trabalhar não pelo que passa, mas pelo que é eterno, e que um dia nos será entregue, de acordo com a nossa fidelidade na administração do terreno (v. 12).

f) Se tivermos a visão de que devemos trabalhar hoje pensando nas riquezas eternas, não nos apegaremos ao dinheiro deste mundo presente. Não amaremos ao dinheiro em detrimento do amor que devotaríamos exclusivamente a Deus. Jesus nos ensinou de que não podemos servir a dois senhores. Não podemos servir a Deus e ao Dinheiro (v. 13).

g) Os fariseus que ouviram a parábola deveriam se identificar com ela. Eles eram administradores desonestos que estavam desperdiçando os bens de seu Senhor. Como conhecedores da Palavra de Deus eles deviam administrar bem o Reino dos Céus fazendo-o chegar aos homens por meio da pregação, do ensino e da ministração aos necessitados. No entanto, estavam mais preocupados com eles mesmos, desfrutando de suas riquezas pessoais e dos privilégios sobre o povo. Eles, na verdade, deviam fazer o que o administrador da parábola fez: aliviar o peso da dívida de sobre os ombros das pessoas, pagando eles mesmos o preço da renúncia, do sacrifício e do serviço em favor do próximo, esperando receber a recompensa não nesta vida, mas na vindoura (v. 14-15).

CONCLUSÃO e APLICAÇÃO GERAL

Discípulos, fariseus e igreja de hoje: Administremos bem os recursos deste mundo ímpio em favor das pessoas e não em benefício próprio, estando certos de que a nossa fidelidade no tempo presente nos abrirá as portas celestiais na eternidade.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Sendo Rico para com Deus

Texto Bíblico: Lucas 12:13-21

INTRODUÇÃO

Na parábola de hoje veremos sobre o cuidado a ser tomado no trato com o dinheiro e questões materiais. Veremos que ser rico para com Deus é muito mais importante do que qualquer outro tipo de riqueza. Para tanto, precisamos tomar os seguintes cuidados:

1. Não Permitir Que a Ansiedade Pelas Coisas Materiais, Desvie Nossa Atenção das Espirituais – (12:13).

Se atentarmos para o que Jesus estava falando à multidão antes de ministrar esta parábola, veremos que Ele ensinava sobre a ação do Espírito Santo na vida de alguém que porventura viesse a ser levado às autoridades para testemunhar de sua fé (12:11). Surpreendentemente, um homem no meio da multidão faz um pedido para que Jesus ordenasse ao seu irmão que dividisse a herança com ele. Percebemos então que, apesar do assunto se tratar de algo espiritual, a mente ansiosa daquele homem não conseguia se ater aos ensinos do Mestre devido à sua preocupação com a herança ainda não dividida. A ansiedade pelas coisas terrenas nos rouba a oportunidade de crescermos em Deus, através de uma relação de comunhão e de fé. Não conseguimos prestar atenção nos princípios espirituais que uma vez assimilados e colocados em prática, nos darão êxito também no aspecto material. As preocupações da vida minam a fé e nos lançam num campo onde ficamos privados do auxílio divino (Fp. 4:6-7).

2. Entender que Deus é o Doador de Toda Prosperidade – (12:16).

A parábola declara que a terra de um certo homem rico produziu muito. O rei Davi declara o seu reconhecimento de que o Senhor é o dono de toda a riqueza deste mundo: “Teus, ó Senhor, são a grandeza e o poder, a glória, a majestade e o esplendor, pois tudo o que há nos céus e na terra é teu. Teu, ó Senhor, é o reino; tu estás acima de tudo. A riqueza e a honra vêm de ti; tu dominas sobre todas as coisas. Nas tuas mãos estão a força e o poder para exaltar e dar força a todos.” – I Crônicas 29:11-12. Portanto, se a terra daquele homem rico havia produzido muito, certamente Deus tinha um propósito nisso. Ele deveria ser reconhecido como a Fonte de toda a riqueza e, portanto, glorificado por Sua generosidade.Entender que tudo procede das mãos de Deus já é um grande passo para sermos ricos para com Ele, bem como, para eliminarmos toda fonte de inquietação. Quando sabemos realmente que é Ele quem dá todas as coisas no seu devido tempo, não ficaremos correndo de um lado para outro, procurando abrir portas que Ele não abriu (Lc. 12:24).

3. Discernir a Hora de Aplicar os Recursos no Propósito Divino – (12:17).

Não havia nenhum problema em se ter um campo com produção abundante. Deus concede a riqueza! Mas, toda prosperidade tem uma razão de ser. Deus a concede sempre com um propósito e não aleatoriamente. Portanto, em vez do homem pensar consigo mesmo “o que farei...”, ele deveria ter pensado com Deus “o que faremos...”. Sua atitude foi orgulhosa (porque excluiu Deus do assunto), e egoísta (porque pensou somente em si). Ele poderia até ampliar realmente os seus celeiros, como fez; mas isso se tivesse a intenção de glorificar a Deus, servindo aos Seus propósitos e às necessidades de outros.Discernir o que o Senhor quer fazer através da nossa prosperidade é algo de muito importante. Devemos vê-lo como Senhor também nesse assunto, enquanto nos vemos a nós mesmos como apenas mordomos, administradores do que Ele nos confiou. Podemos crescer de uma mercearia a um supermercado, contanto que não percamos de vista a necessidade de outras pessoas também. Deus concede grande prosperidade a empresários para que haja emprego e suprimento de carências. Deus coloca algumas pessoas em postos de governo e autoridade para que o povo tenha paz e uma vida tranqüila (Gn. 50:20-21).

4. Não Considerar as Conquistas Materiais Como Único Objetivo na Vida - (12:19).

Depois de aumentar os celeiros, o homem da parábola considerou sua missão cumprida, como se mais nada tivesse de buscar na vida. Algumas pessoas fazem a mesma coisa, porém, de forma diferente. Dizem: “Pronto, já consegui casar meus filhos, então, minha missão está cumprida!”. É claro que realmente é um troféu poder encaminhar bem os filhos, ou deixar uma herança para a posteridade, e coisa parecida. Mas, uma é a riqueza para com os homens, e outra, é a riqueza para com Deus. A riqueza para com Deus representa nossas ações aqui na terra que agradam o coração do Pai nos céus. Essas ações são como depósitos efetuados em nossa própria conta nos céus, cujo benefício será desfrutado mais adiante na terra ou na eternidade (Mt. 6:1-2, 5-6, 16-18; 10:41-42; 16:27; Lc. 6:32-35; João 4:36).

CONCLUSÃO

Nossa atenção pelas coisas espirituais não pode ser desviada pela ansiedade acerca das materiais. Podemos descansar no fato de que Deus é o doador de toda prosperidade, e também, que Ele tudo concede com um fim específico. Somos abençoados quando não lutamos apenas por conquistas materiais, mas sim por agradar a Deus.

APLICAÇÃO

Busque ser rico para com Deus, armazenando no Reino dos Céus bens muito mais valiosos dos que os terrenos. Ame quando é odiado; ore pelos seus perseguidores; ajude a quem não pode retribuir a ajuda; bendiga quando amaldiçoado. Lembre-se que o que realmente conta para a eternidade é o que se armazena nos céus (Mateus 6:20).