quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

O Conflito de Caim

Introdução

A história de Caim e Abel será o nosso ponto de partida para as reflexões sobre relacionamentos. Que o Senhor nos abençoe nesta jornada, enquanto buscamos atitudes relacionais que O glorifiquem.

Relacionamentos Turbulentos que Afetam Outros Relacionamentos

(Gênesis 4:4-5) - E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura; e atentou o SENHOR para Abel e para a sua oferta. Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o semblante.

Caim havia apresentado uma oferta a Deus que, no fundo, sabia não ser a que o Senhor esperava dele. Desde que seus pais, Adão e Eva, pecaram e aprenderam que a oferta aceitável estava relacionada à morte de um animal, Caim estava consciente do que deveria fazer. Seu irmão, Abel, foi aceito por Deus justamente pelo tipo de oferta que apresentou e pelo coração com que a apresentou.

Mas, queremos chegar na questão do relacionamento. O estremecimento da relação de Caim para com Deus abalou também a sua relação com o irmão. É claro que não de Deus para Caim, mas de Caim para Deus.

Perguntamos: Até que ponto permitimos que o aborrecimento para com o chefe, por exemplo, comprometa a relação com a nossa família? Somos maduros o suficiente para focar o nosso problema com alguém de forma a buscar resolve-lo de forma direcionada e adulta, sem deixar respingar nas outras esferas de relacionamentos?

Para meditação: Gn. 30:1; Efésios 4:26-27,29,31-32.

O Sentimento de Inveja Como Semente Destrutiva

(Gênesis 4:5b) E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o semblante

Não ter sido aceito por Deus ao mesmo tempo em que seu irmão o foi, fez com que ele começasse a nutrir sentimentos negativos contra quem nenhum mal lhe fez. A esse sentimento interior negativo chamamos de inveja, que se apresentou com a capa da ira.

Inveja é o desejo por atributos, posses, status, habilidades de outra pessoa gerando um sentimento tão grande de egocentrismo que renegue as virtudes alheias, somente acentuando os defeitos (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre).

Perguntamos: Como reagimos diante do sucesso do outro, principalmente quando a expectativa pelo nosso próprio êxito não é satisfeita? Como será o nosso relacionamento com ele a partir dessa experiência?

Para meditação: Pv. 14:30; 27:4; Ec. 4:4; Rm. 13:13; I Co. 3:3; II Co. 12:20; Gl. 5:21 e 26; Tt. 3:3; Tg. 3:14 e 16.

A Responsabilidade de Sujeitar os Desejos

(Gênesis 4:7) - Se bem fizeres, não é certo que serás aceito? E se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu desejo, mas sobre ele deves dominar.

Deus que conhece os corações logo trouxe uma advertência a Caim: (Gênesis 4:7) – “Se bem fizeres, não é certo que serás aceito? E se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu desejo, mas sobre ele deves dominar.”

Em outras palavras, somos responsáveis pela administração dos nossos desejos, sentimentos e inclinações, sempre sabendo que se não os sujeitarmos à vontade de Deus, eles nos levarão ao pecado com todas as suas conseqüências.

Perguntamos: Estamos agindo de forma responsável para com os nossos sentimentos negativos? Estamos cuidando para que eles não cresçam a ponto de nos conduzirem a, não somente pecar contra Deus, mas também contra o próximo?

Para meditação: 2 Coríntios 10:5; Filipenses 4:8.

O Homicídio Literal Como Conseqüência do Homicídio do Coração

(Gênesis 4:8) - E falou Caim com o seu irmão Abel; e sucedeu que, estando eles no campo, se levantou Caim contra o seu irmão Abel, e o matou.

No Sermão da Montanha Jesus disse: (Mateus 5:21-22) – “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo. Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno.”

Jesus está ensinando que o homicídio começa em nosso coração antes da prática literal. Caim não sujeitou os seus sentimentos de ira e inveja, concebeu o pecado de homicídio em seu coração e desfechou sua loucura matando seu irmão.

Perguntamos: Estamos conscientes de que os nossos atos externos são conseqüências do que geramos primeiro no coração?

Para meditação: Marcos 7:20-23; 1 Pedro 2:1-3.

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