segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Uma Segunda Chance

Texto Bíblico: Lucas 13:6-9

INTRODUÇÃO

Na nossa natureza está o poder de frutificação. Se não frutificamos no primeiro tempo, devemos aproveitar a nova oportunidade concedida por Deus para agradá-lo com o fruto das nossas mãos.

Uma Excelente Oportunidade Para Frutificar - (13:6a).

A figueira desta parábola foi plantada na vinha. O terreno de uma vinha geralmente era muito mais apropriado para o plantio do que outro terreno qualquer. Tratava-se de um solo privilegiado e fértil, no qual se mantinha grande expectativa de frutificação. Jesus estava querendo dizer que os religiosos da sua época tinham tudo para frutificar o fruto de uma vida piedosa e temente a Deus. Eles faziam parte de uma nação escolhida, a quem se destinou a Palavra, a Promessa, a Aliança e a Bênção, através dos quais todos os recursos espirituais estavam disponíveis.

Muitos são os privilégios que hoje também cercam nossas vidas: Temos a Bíblia na nossa língua, liberdade para ouvir e pregar o evangelho, igrejas fortes e maduras que possuem programas de crescimento espiritual e ministerial, grupos de apoio à família, meios de comunicação que fazem chegar ao povo a mensagem de fé que produz vida, enfim, várias razões para dizermos que somos privilegiados pela abundância de recursos espirituais que o Senhor tem colocado à nossa disposição. Em outras palavras, temos tudo para frutificar e manifestar o bom fruto do caráter de Cristo em nós e através de nós.

A Frustração Pela Ausência de Frutos - (13:6b).

Apesar de todo o investimento, o dono da vinha estava frustrado pela ausência de frutos naquela figueira. Três anos haviam se passado desde a sua primeira visita àquele lugar, obtendo o mesmo resultado de sempre: uma figueira sem frutos. Desolado, ele manda ao vinhateiro corta-la para que não se mantivesse a ocupar um lugar inutilmente. Três anos já haviam se passado desde o início do ministério de Jesus em Israel. Para sua tristeza, uma nação que havia nascido para ser luz para todos os povos, ainda vivia numa condição de grande apatia e incredulidade em relação às coisas de Deus. Aquela geração em Israel, nos dias de Jesus, era uma figueira sem frutos. Como nação, Israel nunca poderia ser cortada dos planos divinos por causa de uma aliança feita com Abraão, porém, uma geração pode passar sem desfrutar dos benefícios da promessa divina por causa da incredulidade e desobediência.

Nos dias de hoje, nós que também fomos plantados por Deus projetados para sermos árvores frutíferas do caráter de Cristo, devemos nos perguntar: Temos frutificado? Temos manifestado o amor, a alegria, a paz, a bondade, a longanimidade, a benignidade, a fidelidade, a mansidão e o domínio próprio, descritos em Gálatas 5:22? Temos pensado no que é verdadeiro, honesto, justo, puro, amável, de boa fama, virtuoso, louvável, descrito em Filipenses 4:8? Temos soltado as correntes da injustiça, desatado as cordas do jugo, posto em liberdade os oprimidos, rompido todo jugo, partilhado nossa comida com o faminto, abrigado o pobre desamparado, vestido o nu que encontramos, e não recusado ajudar ao próximo, conforme descrito em Isaías 58:6-7?

Uma Segunda Chance - (13:7-9).

Diante da dura ordem do dono da vinha de cortar a árvore infrutífera, o vinhateiro, talvez movido de compaixão por ela, propôs ainda mais uma chance. Pediu-lhe mais um ano para trabalhar nela, cavando-a e deitando ali esterco. Se desse certo, bem; se não, aceitaria o seu corte. Aquele ano, portanto, seria um ano de vida ou morte para aquela árvore.

Mais um ano para frutificar! Até aquele dia Jesus não tinha obtido o que mais desejava daquela nação. No entanto, naquele mesmo ano ele morreria, ressuscitaria e deixaria em seu lugar uma igreja cheia do Espírito de Deus que havia de crescer grandemente em Israel, e dali para todo o mundo. Aquele seria um ano de grandes mudanças, de terras revolvidas, de adubo lançado e de um esforço concentrado para que aquela geração experimentasse um grande avivamento.

Quando percebemos que não estamos manifestando o fruto que Deus espera de nós, precisamos deixar a terra do nosso coração maleável e disponível para ser revolvida pela Palavra de Deus e adubada pela ação do Espírito Santo. Quando somos tratados pelo Senhor, muitas vezes, Ele vai precisar mexer em áreas da nossa vida que não gostaríamos de expor. Quando se cava mais profundamente objetiva-se abrir um caminho até as raízes, para alcança-las e fortifica-las. Da mesma forma, o Espírito de Deus também quer corrigir as distorções do nosso caráter que se manifestam desde as raízes da nossa vida e que nos impedem de frutificar. Portanto, permita que Deus trabalhe não mais na superficialidade do seu ser. Permita uma intervenção mais profunda, quem sabe no íntimo da sua alma e do seu coração, até que haja restauração e cura para toda esterilidade.

CONCLUSÃO

Vimos sobre a importância de nos abrirmos ao tratamento divino que alcance o mais profundo da alma e do espírito. Devemos permitir que a terra do nosso coração seja revolvida até que se perceba quais têm sido os elementos neutralizadores da frutificação. Identificando elementos como amargura, inveja, ou qualquer outra forma de endurecimento contra Deus e contra o próximo, devemos confessar, abandonar e receber o novo adubo da intervenção espiritual, capaz de fortalecer as raízes da nossa comunhão com Deus e da relação saudável com os outros.

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