quarta-feira, 11 de março de 2009

Gideão e o Homem a Quem Deus Usa

Introdução

Deus necessita do homem para realizar seus propósitos na terra. Mas, a quem Ele pode usar? Gideão foi um servo a quem o Senhor capacitou para libertar o povo de Israel, num tempo de grande opressão e jugo. O que Gideão teve de aprender sobre “como ser usado por Deus?”

1- O Senhor Transforma a Fraqueza em Força – “E ele lhe disse: Ai, Senhor meu! Com que livrarei Israel? Eis que a minha família é a mais pobre em Manassés, e eu, o menor na casa de meu pai.” – Juizes 6:15

Quando chamado, Gideão achou que pelo fato de pertencer a uma família pobre de Manasses, sendo ele próprio também o menor da casa de seu pai, não poderia ser jamais um instrumento de libertação. Talvez seus olhos estivessem voltados para alguém que reunisse em si, humanamente falando, melhores condições para tal. Para o Senhor, porém, a fraqueza humana não é impedimento; muito pelo contrário. A limitação de alguém é apenas uma oportunidade para Deus revelar Sua suficiência. Gideão precisava aprender a mesma lição que Paulo aprendeu: “...A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na sua fraqueza...” (II Coríntios 12:9a).

Quando reconhecemos nossas limitações não o devemos fazer para nos considerar incapazes ou inadequados. Devemos erguer nossos olhos e clamar pela suficiência divina. “Tudo posso naquele que me fortalece.” – Filipenses 4:13

2- Deus Não Usa os Incrédulos – “Apregoa, pois, aos ouvidos do povo, dizendo: Quem for tímido e medroso, volte e retire-se da região montanhosa de Gileade. Então, voltaram do povo vinte e dois mil, e dez mil ficaram.” – Juizes 7:3

Para realizar a missão, Gideão precisava de uma equipe que também pudesse ser usada por Deus. A ordem divina foi a de que todos os medrosos e tímidos (por incredulidade e não por temperamento), se retirassem dali. Não foi o Senhor quem determinou acerca de quem iria ou não. Os que se achavam medrosos e tímidos se auto excluíram, porque se julgaram a si mesmos inadequados para a missão. Deus não pode usar uma pessoa que a si mesma já se considerou derrotada. Lembre-se que o problema era incredulidade e não outro. Somente aos que crêem é destinada a seguinte promessa: “Ao que lhe disse Jesus: Se podes! – tudo é possível ao que crê.” – Marcos 9:23

A incredulidade anula o poder de Deus em nossas vidas. Toda a força vem do Senhor; sem ela nada podemos fazer. O que não crê, vive baseado apenas no natural e despreza o sobrenatural. Deus quer nos levar a novos desafios de fé para que através da vitória obtida, somente Cristo seja glorificado.


3- Deus Atenta Para o Vigilante – “Foi o número dos que lamberam, levando a mão à boca, trezentos homens; e todo o restante do povo se abaixou de joelhos a beber a água.” – Juizes 7:6

O Senhor colocou à prova os dez mil homens que ficaram. Ainda era muita gente para a batalha, e Ele queria selecionar um grupo que tivesse a melhor postura diante daquela prova. A maior parte daquela multidão foi reprovada porque se abaixou totalmente para beber a água, demonstrando falta de vigilância e negligência diante do perigo iminente oferecido pelo inimigo. Os trezentos qualificados foram os que trouxeram água à boca, enquanto vigiavam atentamente para todos os lados. Os que se abaixaram podiam ver somente a água, mas os que a traziam à boca, podiam ver tudo. Essa é a postura de alguém a quem Deus usa. Ele não se distrai nem em momentos de descontração; seus olhos estão atentos para uma possível investida inimiga a qualquer hora. “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.” – Mateus 26:41

Precisamos andar vigilantes. As tentações do cotidiano querem nos levar ao pecado, e com ele, à queda e ao afastamento de Deus. Suas conseqüências são terríveis e trazem prejuízos incomparáveis. A vigilância nos permite perceber quando algo está sendo maquinado pelo inimigo; concedendo-nos oportunidade de abortar seus planos em tempo.


4- Deus Honra Ao que se Quebranta – “Assim, tocaram as três companhias as trombetas e despedaçaram os cântaros; e seguravam na mão esquerda as tochas e na mão direita, as trombetas que tocavam; e exclamaram: Espada pelo Senhor e por Gideão!” – Juizes 7:20

A última estratégia ordenada por Deus era a de que tochas deviam estar acesas dentro de cântaros. Na hora exata em que Gideão desse o comando, todos, ao mesmo tempo, deveriam quebrar seus cântaros e revelar a luz de suas tochas. Quando o inimigo viu isso, levantou-se contra o seu próprio exército e se auto destruiu. A figura representa a atitude espiritual de um homem quebrantado diante de Deus. Através da contrição, do choro, do arrependimento e da vontade sincera de mudar de atitude, um homem se despedaça diante do Senhor como aqueles cântaros quebrados; só assim a luz de Cristo que habita no interior de quem já nasceu de novo, passa a manifestar seu brilho ao mundo sem impedimento nenhum. “Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus.” – Salmo 51:17

“Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado.” – Mateus 23:12. Um homem quebrantado é alguém que está sempre reconhecendo seus erros, pedindo perdão e buscando mudança de vida. Deus o ouve e o ajuda porque o Senhor resiste ao soberbo mas dá graça aos humildes – Tiago 4:6


Gideão foi um homem a quem o Senhor pôde usar porque aprendeu a não olhar para suas fraquezas, mas a confiar em Deus. Sua fé, vigilância e quebrantamento lhe garantiram uma excelente posição espiritual.

“...Não é isto outra coisa, senão a espada de Gideão, filho de Joás, homem israelita. Nas mãos dele entregou Deus os midianitas e todo este arraial.” – Juizes 7:14

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