sábado, 7 de março de 2009

Josué e o Preparo para a Guerra Espiritual

Introdução

Josué é conhecido na Bíblia por liderar o exército de Israel na conquista da Terra Prometida, por meio da guerra. Ele é um modelo de guerreiro, que luta para conquistar o que fora dado pelo Senhor. Porém, há de se ter um preparo para a batalha; e é sobre isso que desejamos falar.

1- A Circuncisão no Passado e o Batismo no Presente – “Naquele tempo, disse o Senhor a Josué: Faze facas de pederneira e passa, de novo, a circuncidar os filhos de Israel.” – Josué 5:2

A circuncisão é um sinal de aliança entre o povo e Deus. Consistia em se cortar o prepúcio do órgão sexual masculino, como forma de marcá-los como um povo em comunhão com o Senhor. A circuncisão era uma evidência externa que só tinha significado se fosse acompanhada de uma circuncisão interna, a do coração. Hoje, não adotamos a prática da circuncisão; no entanto, Cristo nos ordenou um outro sinal: o batismo nas águas. Assim como a circuncisão representava o corte de todos os laços da escravidão do Egito (Josué 5:9), o batismo nas águas, igualmente, significa morte para o pecado e vida para Deus (Romanos 6:4).

O batismo nas águas além de ser um mandamento do Senhor, é um marco em nossas vidas. Ele tem um alto valor no mundo espiritual, determinando a passagem do reino de trevas para o Reino de Deus. Se você ainda não foi batizado mas crê em Jesus Cristo de todo o seu coração, arrependido de seus pecados, então, confirme sua aliança com o Senhor por meio do batismo.

2- A Páscoa no Passado e a Ceia do Senhor no Presente – “Estando, pois, os filhos de Israel acampados em Gilgal, celebraram a Páscoa no dia catorze do mês, à tarde, nas campinas de Jericó.” – Josué 5:10

A celebração da Páscoa foi ordenada por Deus quando Israel estava para sair do Egito. Na ocasião, um cordeiro deveria ser separado e morto; sua carne devia ser comida e seu sangue aspergido nos umbrais das portas. Esse ato de fé traria livramento e pouparia a vida dos primogênitos. Os que não obedecessem sofreriam a perda do filho mais velho, tanto dos homens quanto dos animais (Êxodo 12:12-13). O cordeiro morto cujo sangue foi aplicado, era um tipo de Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Hoje, contamos com um sinal mais forte do que o sinal da Páscoa. Jesus nos ordenou, além do batismo nas águas, a celebração da Ceia do Senhor (Mateus 26:26-28). Temos no pão a representação do Corpo de Cristo; no vinho (suco de uva), Seu sangue. Ao participarmos da Ceia do Senhor estamos celebrando nossa comunhão com Ele, enquanto temos a oportunidade de nos arrepender dos pecados ainda não confessados, para que a comunhão não seja apenas litúrgica, mas, verdadeira, sincera, e do coração (I Coríntios 11:28).

Depois do batismo nas águas a segunda ordenança é a da Ceia do Senhor. Por meio dela estamos dizendo que queremos permanecer na comunhão com o Senhor, e, por isso, nos alimentamos dEle. É um momento de alegria pelo privilégio de estarmos ligados a Ele, mas também uma hora de reflexão sobre nossos caminhos. É um tempo de quebrantamento, onde vemos que por nossos pecados, Cristo ofereceu Seu corpo e derramou Seu sangue.

3- A Provisão Divina e a Responsabilidade Humana – “No dia imediato, depois que comeram do produto da terra, cessou o maná, e não o tiveram mais os filhos de Israel; mas, naquele ano, comeram das novidades da terra de Canaã.” – Josué 5:12

Durante 40 anos Deus sustentou o povo de Israel com o maná que descia dos céus. Eles estavam no deserto, totalmente dependentes da provisão divina. Mas, agora, eles chegaram na terra prometida, e, portanto, podiam trabalhar com as próprias mãos pelo seu sustento. Deus continuaria sendo o Grande Provedor, mas a participação do homem nesse tempo de maturidade, era indispensável, de uma vez que o alimento não mais “cairia do céu”. Na vida espiritual acontece a mesma coisa. Deus é o Provedor das bênçãos espirituais, mas o homem precisa participar: orando, meditando na Palavra, praticando os princípios bíblicos, perseverando no caminho cristão e fechando todas as brechas. Sem isso, não haverá colheita de uma vida próspera, nem vitória na batalha espiritual.

Precisamos estar conscientes das coisas que Deus não fará a nosso favor, por ser de nossa responsabilidade fazer. O Senhor fez por nós o que nos era impossível, entregando Seu Filho amado para morrer em nosso lugar. Mas agora que conhecemos a Palavra, que fomos perdoados e cheios do Espírito Santo, precisamos colocar em prática os princípios aprendidos. Reflita um pouco sobre o que você tem aprendido e ainda não o colocou em prática.

4- O Senhorio de Cristo e a Posição do Servo – “Respondeu o príncipe do exército do Senhor a Josué: Descalça as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é santo. E fez Josué assim.”

Josué viu o Senhor dos Exércitos com uma espada na mão. Ele é o Senhor que nos dá vitória e peleja por nós. Quando Josué o viu, depois de algumas palavras o Senhor lhe pediu para tirar as sandálias dos pés, por causa do lugar que era santo. Os servos andavam descalços, e era assim que Josué precisava se ver: um servo. A vitória na batalha demanda uma atitude de um servo que obedece aos comandos do seu Senhor. Não há vitória na independência nem na insubmissão. Assim como Josué dependia do Senhor dos Exércitos para conquistar a terra prometida, nós precisamos dEle para as conquistas de hoje. Cristo é o Senhor. Ele é dono, administrador, e comandante; nós, Seus servos que servem aos Seus propósitos. Somente assim Deus será glorificado nas vitórias sobre as lutas.
É importante que nos vejamos como servos e não como senhores de nossa própria vida. O coração de servo é identificado através de atos bondosos e generosos em favor do Reino de Deus e das pessoas. Estamos neste mundo para servir a Deus e aos homens, e não para sermos servidos. Ele comanda a nossa vida e nós O obedecemos.


Josué se preparou para a batalha, figuradamente, através do batismo e da ceia do Senhor. Trilhou o caminho da responsabilidade humana, reconhecendo ser um servo; e Cristo, o Senhor.

“Porém, se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao Senhor.” – Josué 24:15

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