quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Vem Para o Meio

Quero refletir um pouco sobre uma palavra que Jesus trouxe a certo homem de mão atrofiada. O texto bíblico é o seguinte: "E disse Jesus ao homem da mão ressequida: Vem para o meio!" (Marcos 3:3 RA)

 

Um dos aspectos mais importantes do ministério de Jesus era a sua capacidade de trazer para o meio as coisas que as pessoas faziam questão de esconder. Ele mesmo se apresentou como a Luz do mundo, e por isso, tinha por prática contínua elucidar os temas que jaziam à sombra da dúvida, do preconceito, da religiosidade ou de qualquer outra coisa que pudesse aprisionar os homens.

 

Ele pediu ao homem da mão atrofiada que viesse para o meio da sinagoga onde estava. Jesus o chamou porque estava realmente interessado em fazer algo em seu favor. E essa deve ser a primeira grande motivação do ser humano quando se propõe a trazer para o meio alguma questão.

 

Alguns trazem situações para o centro a fim de polemizar, tão somente. Outros, com a intenção de criarem situações embaraçosas, como no caso dos fariseus em relação a Jesus, armando-lhe ciladas todos os dias. Alguns deixam de trazer para o meio as questões importantes a favor dos outros porque não sabem como resolvê-las ou porque não se importam com as pessoas. Jesus, porém, o fazia para o bem, importando-se genuinamente com o ser humano e sabendo exatamente como resolver seus dilemas.

 

Assim age Jesus em seu favor, querido leitor! Ele se importa com você e sabe como resolver seus conflitos. Hoje mesmo Ele está trazendo para o meio da discussão exatamente o que você necessita que seja abordado. Talvez existam situações em sua casa que insistem em permanecer sem solução. Não temos coragem, muitas vezes, de enfrentar nossos medos, vergonha, relacionamentos quebrados e tantas coisas que nos ferem ou preocupam. Deixa Jesus ajudá-lo nessa tarefa! Você verá que o que é impossível aos homens é possível a Deus.  

 

Enquanto Jesus olhava para o homem da mão atrofiada, os fariseus olhavam para Jesus. A intenção deles era a de ver se Ele curaria no dia de sábado para acusá-lo. Na cultura judaica o sábado é sagrado. Mas o grande problema para alguns deles era o de valorizar mais o sábado do que as pessoas. Mas as pessoas valem mais do que as coisas! Na tentativa de não violarem o dia de descanso, sem o saberem, quebravam-no de outra forma. Não percebiam que suas maquinações para fazer o mal a Jesus representavam um árduo trabalho. Por isso o Senhor lhes perguntou: "É lícito nos sábados fazer o bem ou fazer o mal?". Duas coisas estavam em jogo: O bem e o mal. O bem de curar um homem da sua atrofia, e o mal da busca incessante para acusar alguém. Também disse: "Salvar a vida ou tirá-la", referindo-se à Sua própria atitude de salvar o homem da mão atrofiada em contraste com o desejo deles de O matarem.

 

Eles não percebiam que estavam trabalhando no dia de sábado, maquinando o mal. Eles eram os verdadeiros transgressores da lei porque o pecado é trabalhoso. Quando o mal se estabelece no interior de alguém o coração bate mais rápido, a culpa é instalada, os pensamentos incontidos afloram, a amargura se manifesta, bem como toda sorte de confusão mental e tormentos incessantes. Isso é trabalho, e muito trabalho! Ao contrário do bem, que produz sempre descanso, refrigério e paz. 

 

Onde você se encontra: no descanso do bem ou no trabalho incontido do pecado?

 

Mas o trabalho é uma bênção! Claro que não o que é proveniente do pecado, mas aquele que o Senhor nos deu para com ele sustentar dignamente a nossa casa. A mão está relacionada a esse trabalho. "Abençoa o seu poder, ó SENHOR, e aceita a obra das suas mãos..." (Deuteronômio 33:11 RA).

 

Certamente aquele homem havia sido privado do direito e do privilégio de desenvolver na totalidade do seu potencial o trabalho digno e honroso. Mas, naquele dia Jesus lhe restituiu essa dádiva!

 

O Senhor lhe convida a entrar no descanso da Sua presença. Isso acontece quando lhe entregamos nosso coração e confiamos nele para a condução do nosso viver. Então nossas mãos são curadas de toda atrofia. O nosso trabalho é abençoado e somos transformados em pessoas generosas, capazes de estender as mãos em favor da necessidade do próximo.

 

Que seja assim em sua vida. Deus o abençoe!

 

Pr. Wilson Maia dos Santos

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