quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

40 Dias de Reflexão - O Livro de Êxodo

Êxodo 1 – 1º. Dia – 22/11/2010

A Prosperidade de Israel

O pequenino povo que começou a crescer dentro do contexto do Egito, agora se tornou um povo forte e numeroso. As setenta pessoas que lá entraram para se refugiarem da fome mundial, sob a mão de José, multiplicaram-se de forma extraordinária. “Mas os filhos de Israel foram fecundos, e aumentaram muito, e se multiplicaram, e grandemente se fortaleceram, de maneira que a terra se encheu deles.” (Êxodo 1:7 RA) Essa prosperidade é fruto da mesma bênção divina proferida a Abraão e seus descendentes: “Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra.” (Gênesis 12:1-3 RA)

Reflexão: Saiba que as bênçãos do crescimento e da prosperidade são suas, em Cristo.

A Astúcia de Faraó

Sabedor de quem era aquele povo que estava crescendo dentro do Egito, Faraó, com astúcia, impõe cargas sobre os israelitas, com o objetivo de imprimir em suas mentes uma consciência de escravidão, e, portanto, de inferioridade. O seu medo era de que Israel conhecesse seu próprio potencial, descobrindo quem ele realmente era, e se levantasse contra a nação egípcia. Achou, então, uma forma de oprimi-los, ocupá-los com cargas, e destruir sua auto-estima. “Entrementes, se levantou novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José. Ele disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é mais numeroso e mais forte do que nós. Eia, usemos de astúcia para com ele, para que não se multiplique, e seja o caso que, vindo guerra, ele se ajunte com os nossos inimigos, peleje contra nós e saia da terra. E os egípcios puseram sobre eles feitores de obras, para os afligirem com suas cargas. E os israelitas edificaram a Faraó as cidades-celeiros, Pitom e Ramessés.” (Êxodo 1:8-11 RA)

Reflexão: Não deixe Satanás lhe enganar acerca de quem você realmente é, em Cristo.

O Poder de Superação

Apesar do sofrimento imposto pelos oficiais egípcios, Israel cada vez mais crescia e se espalhava por toda a terra. A bênção dada a Abraão e aos seus descendentes não ignorava os revezes da vida. Eles sempre aconteceram e sempre estarão presentes na vida de quem procura servir ao Senhor. A despeito deles, porém, o reerguer-se das cinzas, dos escombros, da aflição e do sofrimento, à semelhança do Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, sempre será uma marca tanto de Israel quanto da Igreja. “Mas, quanto mais os afligiam, tanto mais se multiplicavam e tanto mais se espalhavam; de maneira que se inquietavam por causa dos filhos de Israel;” (Êxodo 1:12 RA)

Reflexão: Se obstáculos surgirem, contorne-os, e prossiga a jornada, sempre avançando.

O Temor do Senhor

Mesmo debaixo de uma ordem explícita para matar a todas as crianças do sexo masculino, as parteiras Sifrá e Puá, escolheram temer ao Senhor em vez de temer a Faraó. Deixaram os meninos com vida, e por essa escolha, Deus lhes constituiu família. “As parteiras, porém, temeram a Deus e não fizeram como lhes ordenara o rei do Egito; antes, deixaram viver os meninos.” (Êxodo 1:17 RA) “E Deus fez bem às parteiras; e o povo aumentou e se tornou muito forte. E, porque as parteiras temeram a Deus, ele lhes constituiu família.” (Êxodo 1:20-21 RA)

Reflexão: Você sempre será abençoado quando se desviar do mal por temer ao Senhor.

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Êxodo 2 – 2º. Dia – 23/11/2010

Vendo que era formoso

“E a mulher concebeu e deu à luz um filho; e, vendo que era formoso, escondeu-o por três meses.” (Êxodo 2:2 RA)

Faraó impetrou uma sentença de morte contra todos os meninos recém-nascidos de Israel. Eles deveriam ser lançados no Rio Nilo. Joquebede, mãe de Moisés, vendo que ele era formoso, escondeu-o enquanto pôde. Qual mãe não acharia formoso o seu próprio filho? Ela, porém, viu nele não apenas a beleza natural de uma criança, do ponto de vista materno; mas algo a mais – o propósito divino, para além das afeições naturais de mãe para filho.

Reflexão: Veja-se como formoso aos olhos de Deus, por causa de um propósito estabelecido mesmo antes de você nascer.

Cria este menino para mim e lhe pagarei o seu salário

“Então, lhe disse a filha de Faraó: Leva este menino e cria-mo; pagar-te-ei o teu salário. A mulher tomou o menino e o criou.” (Êxodo 2:9 RA)

Quando deixamos Deus no controle, as situações adversas sempre serão revertidas a nosso favor. Miriã acompanhou seu irmãozinho pelo Rio Nilo depois dele ser lançado em cesto lacrado. Deus o conduziu às mãos de uma pessoa bondosa que se compadeceu da criança e a livrou da morte. Por mediação da irmã, Moisés volta para os cuidados da mãe legítima, sendo até paga para cuidar dele, além de receber o respaldo e a proteção da filha de Faraó.

Reflexão: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará” - Salmo 37:5

Saiu para ver os seus labores

“Naqueles dias, sendo Moisés já homem, saiu a seus irmãos e viu os seus labores penosos; e viu que certo egípcio espancava um hebreu, um do seu povo. Olhou de um e de outro lado, e, vendo que não havia ali ninguém, matou o egípcio, e o escondeu na areia.” (Êxodo 2:11-12 RA)

É muito importante sair para ver com os meus próprios olhos o mesmo que Deus tem visto e sentido todos os dias. Mais lá na frente o Senhor dirá: “tenho visto a aflição do meu povo”. O Senhor queria que Moisés fosse uma testemunha ocular da trágica situação em que o seu povo se encontrava. Só mesmo sentindo a mesma dor é que ele poderia fazer algo para mudar aquela situação.

Reflexão: O processo de mudança passa pela percepção, indignação, ação e transformação.

Moisés, um pastor de verdade

“Então, vieram os pastores e as enxotaram dali; Moisés, porém, se levantou, e as defendeu, e deu de beber ao rebanho.” (Êxodo 2:17 RA)

Desde cedo Deus estava forjando em Moisés a identidade ideal para ser um grande pastor. Em breve estaria ele conduzindo milhares e milhares de ovelhas pelo deserto à caminho da terra prometida. Diante de falsos pastores, egoístas, interesseiros e arrogantes, que enxotam as pessoas e que estão mais voltados para suas próprias necessidades do que voltados para o serviço aos outros, em amor, Moisés estava se levantando como um novo referencial.

Reflexão: Seja um referencial de amor, bondade e respeito ao próximo.

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Êxodo 3 – 3º Dia – 24/11/2010

A sarça que arde mas não se consome

“Apareceu-lhe o Anjo do SENHOR numa chama de fogo, no meio de uma sarça; Moisés olhou, e eis que a sarça ardia no fogo e a sarça não se consumia.” (Êxodo 3:2 RA). Como pastor de rebanhos, Moisés já estava acostumado a ver sarças queimando no campo. Mas aquela era diferente, pois, ardia em chamas mas não se consumia. Ali estava o Senhor! Ele é quem nos usa sem nos destruir. Satanás vem somente para roubar, matar e destruir, mas o Senhor vem para que tenhamos vida e vida em abundância (João 10:10).

Reflexão: Disponha sua vida ao serviço do Reino de Deus, e desfrute do poder restaurador todos os dias.

Eu vi a aflição do meu povo

“Disse ainda o SENHOR: Certamente, vi a aflição do meu povo, que está no Egito, e ouvi o seu clamor por causa dos seus exatores. Conheço-lhe o sofrimento; por isso, desci a fim de livrá-lo da mão dos egípcios e para fazê-lo subir daquela terra a uma terra boa e ampla, terra que mana leite e mel; o lugar do cananeu, do heteu, do amorreu, do ferezeu, do heveu e do jebuseu.” (Êxodo 3:7-8 RA). Lembre-se que no capítulo anterior Moisés saiu para ver como estavam seus irmãos. O quadro era desolador. Agora o Senhor faz questão de afirmar que também tinha visto a aflição de seu povo. A identificação divina com o sofrimento do povo foi tamanha, a ponto de ter Ele “descido” para livrá-lo. Foi o que Cristo fez por nós. Ele desceu e morreu em nosso lugar.

Reflexão: Nunca pense que Deus não se importa com o sofrimento alheio.

Agora que vimos, vamos agir!

“Vem, agora, e eu te enviarei a Faraó, para que tires o meu povo, os filhos de Israel, do Egito.” (Êxodo 3:10 RA). Deus estava fazendo sua parte naquele processo de transformação: Ele viu e desceu. Agora é a vez de Moisés. De uma vez que já tinha visto também, só lhe faltava agir.

Reflexão: Devo sempre me perguntar: O que estou fazendo para mudar cenários caóticos?

Crise de identidade

“Então, disse Moisés a Deus: Quem sou eu para ir a Faraó e tirar do Egito os filhos de Israel?” (Êxodo 3:11 RA). Quando Moisés tinha quarenta anos, por ocasião em que matou o egípcio para defender alguém do seu povo, ele achava que todos o reconheceriam como um grande libertador. Mas isso não aconteceu! “Ora, Moisés cuidava que seus irmãos entenderiam que Deus os queria salvar por intermédio dele; eles, porém, não compreenderam.” (Atos 7:25 RA). Decorrem-se mais quarenta anos, e agora Moisés não está mais tão confiante em si mesmo. Na verdade esse é o momento ideal para alguém ser usado por Deus. Justamente quando a visão de nós mesmos se torna mais moderada é que passamos então a depender totalmente do Senhor.

Reflexão: Tenha uma visão moderada de si mesmo, e dependa de Deus para as suas conquistas.

Crise de revelação

“Disse Moisés a Deus: Eis que, quando eu vier aos filhos de Israel e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós outros; e eles me perguntarem: Qual é o seu nome? Que lhes direi? Disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós outros.” (Êxodo 3:13-14 RA). Quem é o Senhor que fala comigo e que me envia para essa missão? Primeiro Moisés pergunta: “Quem sou eu?”, e agora: “Quem é Deus?”. A crise de identidade é sucedida pela crise de revelação. Entendo que precisamos crescer na revelação de quem é Deus. Muito mais do que no âmbito teológico, precisamos conhecê-lo na intimidade relacional. Conhecer o Deus de amor que se identifica com o sofrimento alheio, que desce para livrar, que se compromete até às últimas consequências, e, que é capaz de entregar o próprio filho para morrer pelo homem, certamente, fará com que a nossa missão seja cumprida com absoluta entrega e devoção.

Reflexão: Procure crescer no conhecimento de Deus por meio de uma relação com Ele íntima e pessoal.

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Êxodo 4 – 4º Dia – 25/11/2010

Crise de credibilidade

“Respondeu Moisés: Mas eis que não crerão, nem acudirão à minha voz, pois dirão: O SENHOR não te apareceu.” (Êxodo 4:1 RA). A preocupação de Moisés era legítima. Não fossem os sinais divinos, ele poderia ser considerado apenas um aventureiro. Para resolver o problema, o Senhor lhe deu três sinais estratégicos: o bordão, que uma vez lançado no chão se transformava em cobra, a mão que se tornava leprosa quando colocada no peito, e as águas do rio transformadas em sangue. Esses sinais foram feitos na presença dos anciãos de Israel e eles creram que Deus os havia visitado. Talvez não soubessem exatamente o que cada sinal representava, mas, de qualquer forma, viram o extraordinário e creram estar diante não apenas de um homem, mas do próprio Deus agindo por meio dele.

a) O bordão representava a autoridade de pastor concedida pelo próprio Deus. O sinal era mais para Moisés do que para o povo. Quando ele soltava o bordão, a vara se tornava em cobra. Moisés fugia dela. Não seria isso uma admoestação para que ele nunca abrisse mão do seu glorioso ministério pastoral? Não estaria Deus estimulando-o a segurar com firmeza o bordão da autoridade sobre todo o poder do maligno, exercendo autoridade sobre todos os deuses do Egito?

b) A mão que se torna leprosa sobre o peito representa o estado pecaminoso em que o homem se encontra. Sua alma doente e totalmente dependente da restauração divina. Assim era Moisés no seu íntimo, bem como todo aquele povo. Todos haviam de ser conduzidos por um processo de genuína transformação. Não há sinal maior do que a restauração interior de uma vida!

c) As águas do Nilo que se tornaram sangue sobre a terra seca, foi apenas um sinal profético do que aconteceria no devido tempo. O sangue precioso de Jesus também recaiu sobre a terra seca. Terra que fora amaldiçoada a partir de Adão, passando a produzir espinhos e abrolhos. Sangue bendito de Cristo que redime a terra cansada de beber o sangue de inocentes.

Reflexão: Use o bordão da autoridade de Cristo sobre o poder maligno, receba o poder restaurador para o seu interior e aproprie-se dos benefícios redentores do sangue de Cristo.

2. Crise de habilidade

“Então, disse Moisés ao SENHOR: Ah! Senhor! Eu nunca fui eloqüente, nem outrora, nem depois que falaste a teu servo; pois sou pesado de boca e pesado de língua.” (Êxodo 4:10 RA). Moisés precisava aprender a deixar de olhar para si mesmo e para suas limitações, e começar a depender mais de Deus. Desde o primeiro questionamento: “quem sou eu?”, o Senhor vem ensinando: - Moisés, a questão não é “quem é você”, e sim “quem sou eu”. Ao dizer: “Quem fez a boca do homem? Ou quem faz o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou eu, o SENHOR?” (Êxodo 4:11 RA), Deus estava ensinando que Ele tinha absoluto controle sobre as limitações de Moisés e que usaria tais limites para a Sua própria glória.

Reflexão: Saiba que suas limitações o levarão a depender mais de Deus; e isso, será uma bênção!

3. Crise de disponibilidade

“Ele, porém, respondeu: Ah! Senhor! Envia aquele que hás de enviar, menos a mim.” (Êxodo 4:13 RA)

Apesar de todas as provas de que Deus seria com ele, Moisés se revela indisponível. E é exatamente isso que acende a ira do Senhor contra ele. – “Manda outra pessoa!”. O problema é que não dava para mandar outro. Moisés tinha nascido para isso. Sua identidade de “tirado das águas” não era por acaso. Ele nasceu para tirar Israel do Egito. Sua experiência aos quarenta anos, embora frustrante aos seus próprios olhos, estava genuinamente em sintonia com o plano divino para cada período de sua vida. Portanto, não era tão simples assim mandar outra pessoa. Entendendo na hora ou não, Moisés obedeceu e reconheceu mais tarde que a melhor coisa do mundo é estar no centro da vontade de Deus.

Reflexão: Entenda que há algumas missões que só poderão ser executadas por você, e mais ninguém.

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Êxodo 5 – 5º Dia – 26/11/2010

Não conheço o Senhor

“Depois, foram Moisés e Arão e disseram a Faraó: Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto. Respondeu Faraó: Quem é o SENHOR para que lhe ouça eu a voz e deixe ir a Israel? Não conheço o SENHOR, nem tampouco deixarei ir a Israel.” (Êxodo 5:1-2 RA). Não conheço o Senhor! Foi o argumento de Faraó para não deixar sair o povo. Muitas vezes, sofremos resistências em nossa fé cristã por parte de pessoas que ainda não conhecem ao Senhor. Quando passamos a orar por elas, algumas dessas pessoas, na jornada, passam a conhecê-lo, convertendo-se dos maus caminhos, corrigindo os feitos pecaminosos e andando em sua presença. Outros, também o descobrem, mas de forma diferente. Como Faraó, eles vão perceber quem é Deus, porém, da maneira mais amarga possível.

Reflexão: Com um coração sincero, ore pelas pessoas com quem você convive, desejando que elas conheçam a Deus e o sigam pelo caminho.

Agrave-se o serviço sobre eles

“Agrave-se o serviço sobre esses homens, para que nele se apliquem e não dêem ouvidos a palavras mentirosas.” (Êxodo 5:9 RA). Uma das formas de impedir o povo de ouvir a mensagem libertadora, era agravando o serviço sobre eles. A estratégia era ocupá-los mais e mais, a ponto de não terem tempo de ouvir, refletir e sonhar com a libertação. Precisamos vigiar em relação ao excesso de trabalho. A sobrecarga diária afeta o nosso físico, entristece a nossa alma e nos esfria em nosso espírito. Quando nos ocupamos demais com as coisas deste mundo, perdemos de vista a realidade do mundo espiritual e do ambiente no qual temos comunhão com o Pai.

Reflexão: Não aceite cargas para além dos seus limites, e zele pela sua vida espiritual.

Quem é o nosso verdadeiro inimigo?

“e lhes disseram: Olhe o SENHOR para vós outros e vos julgue, porquanto nos fizestes odiosos aos olhos de Faraó e diante dos seus servos, dando-lhes a espada na mão para nos matar.” (Êxodo 5:21 RA). Moisés passou a ser o inimigo número um do povo judeu. Justamente aquele que estava falando em nome de Deus, com a pura intenção de libertá-los, vê-se agora rodeado de acusadores. Eles não perceberam que estavam apontando na direção errada. Faraó era quem lhes queria mal e não Moisés. Mas a sobrecarga, o sofrimento, a angústia e a mente escrava, não lhes permitiam ver com clareza quem realmente estava por trás daquelas duas figuras e quais suas intenções.

Reflexão: Cuidado para não se voltar contra os que buscam o seu bem, quando falam o que você precisa ouvir, ainda que não queira ouvir.

Senhor, por que me enviaste?


“Então, Moisés, tornando-se ao SENHOR, disse: Ó Senhor, por que afligiste este povo? Por que me enviaste? Pois, desde que me apresentei a Faraó, para falar-lhe em teu nome, ele tem maltratado este povo; e tu, de nenhuma sorte, livraste o teu povo.” (Êxodo 5:22-23 RA)

Moisés ficou extremamente frustrado com os primeiros resultados. Provavelmente foi remetido à lembrança do fracasso vivido aos quarenta anos, quando se tornou um fugitivo após matar o egípcio. Ele também estava decepcionado com Deus, por julgar que o Senhor não havia cumprido o prometido. Mas o Senhor havia lhe advertido que Faraó resistiria e não deixaria sair o povo. Moisés havia se esquecido disso. Como é fácil esquecer de algumas palavras recebidas, quando o momento é crítico! “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” (João 16:33 RA)

Reflexão: Não permita que a frustração passada sepulte o sonho presente. Persevere!

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Êxodo 6 – 6º Dia – 27/11/2010

Eu sou YHWH (Yahweh)

“Disse o SENHOR a Moisés: Agora, verás o que hei de fazer a Faraó; pois, por mão poderosa, os deixará ir e, por mão poderosa, os lançará fora da sua terra. Falou mais Deus a Moisés e lhe disse: Eu sou o SENHOR. Apareci a Abraão, a Isaque e a Jacó como Deus Todo-Poderoso; mas pelo meu nome, O SENHOR, não lhes fui conhecido.” (Êxodo 6:1-3 RA).

Constam em nossas versões da Bíblia a substituição do nome YHWH (Yahweh) por Senhor (Adonai), em mais de 6.800 vezes. Mas “Senhor” é um título apenas; YHWH é o nome próprio de Deus. O nome representa a identidade. Nos tempos de Abraão, Isaque e Jacó, Deus não se lhes revelou como YHWH, e sim como “El-Shadday”, que significa “mais do que suficiente” e também é usado “para a que amamenta”. Sabemos que o leite materno é tudo de que o recém-nascido necessita. Enquanto mama, além de nutrida, a criança é envolvida pelos braços da mãe, que a aquece, protege, supre e conforta. Assim foi Deus para os patriarcas. Mas agora YHWH seria conhecido pelo seu próprio nome. Seu nome foi proclamado a Moisés: “E, passando o SENHOR por diante dele, clamou: SENHOR, SENHOR Deus compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade; que guarda a misericórdia em mil gerações, que perdoa a iniqüidade, a transgressão e o pecado, ainda que não inocenta o culpado, e visita a iniqüidade dos pais nos filhos e nos filhos dos filhos, até à terceira e quarta geração!” (Êxodo 34:6-7 RA) – Observação: Onde se lê “Senhor”, leia-se “YHWH (Yahweh).

Reflexão: Ao invocar o nome de Jesus você está chamando por “Yahweh é Salvação”.

Um Deus de Aliança

“Também estabeleci a minha aliança com eles, para dar-lhes a terra de Canaã, a terra em que habitaram como peregrinos.” (Êxodo 6:4 RA).

Há alguns elementos que motivaram a libertação do povo de Israel: O Nome de Deus e também a Aliança que tinha com ele, feita com os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó. Yahweh tinha um compromisso de libertá-los não apenas porque tinha prometido fazê-lo, mas porque a promessa envolvia uma aliança. Na Ceia do Senhor lembramos das palavras de Cristo para conosco: “Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós.” (Lucas 22:20 RA)

Reflexão: Saiba que Deus tem uma aliança com você através do sangue derramado em seu favor.

Ouvi os gemidos dos filhos de Israel

“Ainda ouvi os gemidos dos filhos de Israel, os quais os egípcios escravizam, e me lembrei da minha aliança.” (Êxodo 6:5 RA).

Quando o Senhor ouviu os gemidos dos filhos de Israel, desceu para livrá-lo. Yahweh é Deus que ouve. Quando Deus está em aliança com alguém é impossível que não ouça os seus clamores. Ele tinha aliança com Ismael, por ser este filho de Abraão. “Deus, porém, ouviu a voz do menino; e o Anjo de Deus chamou do céu a Agar e lhe disse: Que tens, Agar? Não temas, porque Deus ouviu a voz do menino, daí onde está.” (Gênesis 21:17 RA). Quando clamamos ao Senhor ele nos ouve e nos atende em nossas necessidades por causa da aliança feita conosco em Jesus Cristo.

Reflexão: Clame ao Senhor em todo o tempo, na certeza de ser ouvido pelo Deus de Aliança.

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Êxodo 7 – 7º Dia – 28/11/2010

Faraó de coração endurecido

“Eu, porém, endurecerei o coração de Faraó e multiplicarei na terra do Egito os meus sinais e as minhas maravilhas. Faraó não vos ouvirá; e eu porei a mão sobre o Egito e farei sair as minhas hostes, o meu povo, os filhos de Israel, da terra do Egito, com grandes manifestações de julgamento. Saberão os egípcios que eu sou o SENHOR, quando estender eu a mão sobre o Egito e tirar do meio deles os filhos de Israel.” (Êxodo 7:3-5 RA)

Os olhos de Moisés não podiam estar voltados para o endurecimento do coração de Faraó, mas sim, para o propósito estabelecido por Deus. Quanto mais difícil fosse a liberação do povo, maiores os sinais do Senhor no meio da terra. O propósito divino era levar o Egito a saber quem era Yahweh. Muitos deuses estranhos o Egito conhecia, mas ainda não sabia quem era o Deus dos hebreus. Yahweh se daria a conhecer de forma espetacular, deixando sua marca sobrenatural através de todos os sinais ali operados.

Reflexão: Não se preocupe quando as coisas se tornam difíceis; é possível que Deus esteja querendo se manifestar de forma especial.

O bordão de Arão devorou os bordões deles

“Então, Moisés e Arão se chegaram a Faraó e fizeram como o SENHOR lhes ordenara; lançou Arão o seu bordão diante de Faraó e diante dos seus oficiais, e ele se tornou em serpente. Faraó, porém, mandou vir os sábios e encantadores; e eles, os sábios do Egito, fizeram também o mesmo com as suas ciências ocultas. Pois lançaram eles cada um o seu bordão, e eles se tornaram em serpentes; mas o bordão de Arão devorou os bordões deles.” (Êxodo 7:10-12 RA)

Ali se travou uma batalha espiritual. Por um lado, Arão manifestando o poder de Deus através do bordão que se transforma em serpente. Por outro lado, os encantadores de Faraó, feiticeiros que invocavam os poderes espirituais da maldade para fazerem o mesmo, e com sucesso. Com uma diferença: o bordão de Arão devorou os bordões deles. O mundo espiritual é uma realidade. Satanás possui o seu exército demoníaco que também opera sinais, porém, sempre com o propósito de roubar, matar e destruir. Mas algo a se deixar claro é que não podemos colocar Deus e o Diabo em pé de igualdade. Seria uma total ofensa a Deus fazer isso. O poder de Yahweh é incomparavelmente maior do que todo o poder maligno. A partir daquele momento, Ele começaria a exercer juízo sobre todos os deuses do Egito.

Reflexão: Veja-se assentado com Cristo nas regiões celestiais, muito acima de todo principado e potestade da maldade.

Sangue no rio

“Fizeram Moisés e Arão como o SENHOR lhes havia ordenado: Arão, levantando o bordão, feriu as águas que estavam no rio, à vista de Faraó e seus oficiais; e toda a água do rio se tornou em sangue. De sorte que os peixes que estavam no rio morreram, o rio cheirou mal, e os egípcios não podiam beber a água do rio; e houve sangue por toda a terra do Egito. Porém os magos do Egito fizeram também o mesmo com as suas ciências ocultas; de maneira que o coração de Faraó se endureceu, e não os ouviu, como o SENHOR tinha dito.” (Êxodo 7:20-22 RA)

O derramamento de sangue sempre esteve presente na cultura oriental. Desde o Éden, foi necessária a morte de um animal para que a nudez e o pecado do primeiro casal fossem cobertos. Por isso, Cristo teve de vir e derramar seu sangue para a remissão de nossos pecados. “Com efeito, quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e, sem derramamento de sangue, não há remissão.” (Hebreus 9:22 RA). Mas o mundo pagão também derramava sangue como oferta para os seus deuses. Sabemos dos sacrifícios com sangue não apenas de animais, como também de homens, mulheres e crianças, onde vidas são oferecidas por ordem de demônios. O Egito estava vomitando tais sacrifícios. Na plenitude dos tempos, Cristo veio para derramar o seu sangue de uma vez por todas, para remir toda a terra amaldiçoada pelo sangue derramado desde Abel.

Reflexão: O sangue de Cristo é a garantia da remissão dos seus pecados.

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Êxodo 8 – 8º Dia – 29/11/2010

Vendo que havia alívio

“Vendo, porém, Faraó que havia alívio, continuou de coração endurecido e não os ouviu, como o SENHOR tinha dito.” (Êxodo 8:15 RA)

A praga das rãs veio sobre todo o Egito. Faraó pediu que Moisés fizesse algo, com a promessa de deixar o povo ir. Mas quando a situação se tranquilizou, logo voltou à postura antiga e insistiu em reter o povo. Isso acontece muitas vezes na vida de pessoas que passam por grandes apertos. Na hora da aflição prometem fazer qualquer coisa: ir à igreja, parar de fumar, deixar de beber, ficar mais tempo com os filhos, ser mais atencioso com a esposa, etc. Mas quando passa o tempo e a situação volta ao normal, voltam também às mesmas práticas passadas e ao mesmo estilo de vida defeituoso.

Reflexão: Seja determinado a fazer as mudanças necessárias em sua vida.

O Dedo de Deus

“E fizeram os magos o mesmo com suas ciências ocultas para produzirem piolhos, porém não o puderam; e havia piolhos nos homens e no gado.” (Êxodo 8:18 RA)

A próxima praga foi a dos piolhos. Os magos do Egito, como das outras vezes, tentaram fazer o mesmo, mas desta vez não conseguiram. Reconheceram que aquele poder, nenhum deus egípcio possuía. Eles não conheciam Yahweh, mas a partir de agora veriam a crescente diferença e o ilimitado poder de Deus em relação a qualquer entidade egípcia.

Reflexão: Reconheça em sua vida que não há ninguém como Yahweh.

Separarei a terra de Gósen, em que habita o meu povo

“Naquele dia, separarei a terra de Gósen, em que habita o meu povo, para que nela não haja enxames de moscas, e saibas que eu sou o SENHOR no meio desta terra.” (Êxodo 8:22 RA)

A próxima praga seria a das moscas. Até então, pelo que fica subentendido do texto, as pragas anteriores de alguma forma afetaram também os filhos de Israel. Mas Deus vai multiplicando seus sinais no Egito a ponto de levá-los a compreender que era Yahweh quem estava agindo. Alguns sinais distintos da presença de Deus já foram manifestados desde que o bordão de Arão devorou os bordões dos magos, passando pelo sinal dos piolhos em que os magos disseram ser resultado do dedo de Deus, e agora, separando a terra de Gósen, lugar onde moravam os filhos de Israel, poupando-lhes da praga das moscas e das que viriam a seguir. Deus é um Deus de justiça, que faz separação entre o justo e o ímpio. “Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o perverso, entre o que serve a Deus e o que não o serve.” (Malaquias 3:18 RA)

Reflexão: Descanse na certeza de que Yahweh fará justiça e separação entre o que o serve e o que não o serve.

1ª Oferta – “Ide, oferecei sacrifícios ao vosso Deus nesta terra.”

“Chamou Faraó a Moisés e a Arão e disse: Ide, oferecei sacrifícios ao vosso Deus nesta terra.” (Êxodo 8:25 RA)

A primeira oferta de Faraó a Moisés foi a de que o povo pudesse oferecer sacrifícios ao Deus deles, contanto que fosse dentro dos limites do Egito. Não podiam sair do Egito! Satanás sempre procura enganar as pessoas, dizendo que elas podem servir a Deus mesmo no mundo. O Egito é uma figura do mundo. As pessoas são iludidas por ele quando acham que não precisam sair do mundo e das suas práticas pecaminosas, para servir a Deus. São enganadas quando acham que podem ser salvas à sua própria maneira, do seu jeito, e fazendo as mesmas coisas que sempre fizeram na vida. Precisamos entender algumas coisas sobre o mundo: “Eu lhes tenho dado a tua palavra, e o mundo os odiou, porque eles não são do mundo, como também eu não sou.” (João 17:14 RA); “Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo.” (Gálatas 6:14 RA); “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele;” (1 João 2:15 RA); “porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.” (1 João 5:4 RA); “Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no Maligno.” (1 João 5:19 RA)

Reflexão: Entenda que o mundo é o conjunto de valores corrompidos sob a influência do Mal.

2ª Oferta – “somente que, saindo, não vades muito longe”

“Então, disse Faraó: Deixar-vos-ei ir, para que ofereçais sacrifícios ao SENHOR, vosso Deus, no deserto; somente que, saindo, não vades muito longe; orai também por mim.” (Êxodo 8:28 RA)

Depois de Moisés recusar a primeira oferta, Faraó apresenta a segunda. Podem ir, contanto que não se distanciem muito dos limites do Egito. A segunda oferta é a mesma que o diabo apresenta a muitos. Vocês até podem ir à igreja e fazer alguns atos religiosos, contanto que não se atrasem para o início das baladas no começo da noite. Estejam por perto! Vocês podem sair para oferecer sacrifícios ao Senhor, mas não se distanciem do padrão pecaminoso que impera no Egito (mundo).

Reflexão: Distancie-se do caminho do qual você já se arrependeu de trilhar.

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Êxodo 9 – 9º Dia – 30/11/2010

Poder econômico abalado

“eis que a mão do SENHOR será sobre o teu rebanho, que está no campo, sobre os cavalos, sobre os jumentos, sobre os camelos, sobre o gado e sobre as ovelhas, com pestilência gravíssima.” (Êxodo 9:3 RA)

A praga da pestilência sobre os animais do Egito, representava o juízo sobre toda a prosperidade das famílias daquela nação. A rebeldia de Faraó, dos seus oficiais e de todos os habitantes do Egito, estava trazendo sobre eles a maldição financeira. Dos animais vinha o sustento e a provisão. Grande parte da riqueza da nação era oriunda da pecuária. Portanto, diretamente, o poder econômico estava entrando em colapso naquela hora.

Reflexão: Condutas pecaminosas abrem brechas para o prejuízo financeiro.

Enfermidades

“Eles tomaram cinza de forno e se apresentaram a Faraó; Moisés atirou-a para o céu, e ela se tornou em tumores que se arrebentavam em úlceras nos homens e nos animais, de maneira que os magos não podiam permanecer diante de Moisés, por causa dos tumores; porque havia tumores nos magos e em todos os egípcios.” (Êxodo 9:10-11 RA)

Perceba que o nível das pragas mudou nos últimos itens. No anterior, vimos a pestilência sobre os animais levando-os à morte. Agora, úlceras estão afetando a integridade física dos homens e dos animais. Ou seja, as pragas estão promovendo um nível de sofrimento maior, tocando a carne do homem e dos animais. O pecado abre brechas para a enfermidade física. No Novo Testamento vemos algumas situações de doenças que estão totalmente relacionadas ao pecado. Nem toda enfermidade é consequência direta do pecado. Precisamos tomar o devido cuidado para não dizer que as pessoas estão enfermas porque pecaram. Não! Deus é conhecedor de todas as coisas e sabe a razão de cada situação adversa que passamos. No entanto, há situações na Bíblia que, inquestionavelmente, são consequência direta do pecado: “Mais tarde, Jesus o encontrou no templo e lhe disse: Olha que já estás curado; não peques mais, para que não te suceda coisa pior.” (João 5:14 RA)

Reflexão: Saiba que a saúde física é um dos benefícios que emanam da cruz do Calvário para a sua vida.

Pragas sobre o teu coração

“Pois esta vez enviarei todas as minhas pragas sobre o teu coração, e sobre os teus oficiais, e sobre o teu povo, para que saibas que não há quem me seja semelhante em toda a terra.” (Êxodo 9:14 RA).

Há um diferencial nessa praga. Yahweh começa dizendo que a praga seria sobre o coração de Faraó, sobre os oficiais e sobre todo o povo. Começa pelo coração de Faraó. Não há dor maior do que a que se manifesta do coração. Um coração atribulado, aflito, amargurado e angustiado, é semelhante a um corpo leproso. Faraó estava definitivamente perdendo qualquer resquício de paz. O seu interior, já endurecido pela obstinação contínua, afundava mais e mais em densas e espessas trevas. Assim é o coração de todo aquele que se envereda pelos caminhos tortuosos. Seu prazer é momentâneo, enquanto a opressão é contínua. Prejuízo financeiro, enfermidades e perda da paz, sempre estarão na rota de quem não teme ao Senhor.

Reflexão: Quando houver falta de paz, consulte a Deus sobre os seus caminhos.

Uma luz no fim do túnel

“Agora, pois, manda recolher o teu gado e tudo o que tens no campo; todo homem e animal que se acharem no campo e não se recolherem a casa, em caindo sobre eles a chuva de pedras, morrerão. Quem dos oficiais de Faraó temia a palavra do SENHOR fez fugir os seus servos e o seu gado para as casas; aquele, porém, que não se importava com a palavra do SENHOR deixou ficar no campo os seus servos e o seu gado.” (Êxodo 9:19-21 RA)

Apesar do quadro caótico que cada nova praga trazia sobre o Egito, havia uma luz no fim do túnel. Na praga da chuva de pedras, o Senhor concedeu a oportunidade de Faraó mandar recolher o gado e o que mais tivesse no campo, sob risco de serem destruídos. Houve quem temesse ao Senhor dentre os seus oficiais. Eles salvaram a vida de seus servos e de seus animais. Glória a Deus! O propósito divino de se fazer conhecido em todo o Egito estava dando seus primeiros sinais de frutificação. O Senhor não estava ali para destruir a todos, mas para manifestar a sua glória também sobre os egípcios.

Reflexão: Peça para o Senhor revelar seus sinais àqueles a quem você ama, no intuito de que creiam e sejam salvos por meio deles.

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Êxodo 10 – 10º Dia – 01/12/2010

3ª Oferta – “Ide, somente vós, os homens”

“Então, Moisés e Arão foram conduzidos à presença de Faraó; e este lhes disse: Ide, servi ao SENHOR, vosso Deus; porém quais são os que hão de ir? Respondeu-lhe Moisés: Havemos de ir com os nossos jovens, e com os nossos velhos, e com os filhos, e com as filhas, e com os nossos rebanhos, e com os nossos gados; havemos de ir, porque temos de celebrar festa ao SENHOR. Replicou-lhes Faraó: Seja o SENHOR convosco, caso eu vos deixe ir e as crianças. Vede, pois tendes conosco más intenções. Não há de ser assim; ide somente vós, os homens, e servi ao SENHOR; pois isso é o que pedistes. E os expulsaram da presença de Faraó.” (Êxodo 10:8-11 RA)

Em complemento às ofertas de Faraó que começamos a mencionar no Capítulo 8, agora, o rei do Egito decide permitir a saída dos homens apenas, ficando as crianças. A idéia de Faraó, certamente, era reter as crianças como forma de obrigar o retorno dos adultos, depois de sacrificarem ao Senhor. Sutilmente, Satanás continua procurando reter as crianças no Egito. Há várias formas para isso acontecer: abandono dos pais, rejeição, abuso sexual, traumas, violência doméstica, alcoolismo dos pais e outras formas de feridas. Precisamos atentar para o que nos alerta o livro de Cantares de Salomão: “Temos uma irmãzinha que ainda não tem seios; que faremos a esta nossa irmã, no dia em que for pedida? Se ela for um muro, edificaremos sobre ele uma torre de prata; se for uma porta, cercá-la-emos com tábuas de cedro.” (Cantares 8:8-9 RA). Muro ou porta? A irmãzinha que está em formação pode se tornar um muro ou uma porta, dependendo de fatores internos (caráter) e externos (influências recebidas). Ela será um muro se a formação do seu caráter não for defeituosa. Como muro, ela será protegida em suas emoções e firmada em valores e princípios éticos e bíblicos. Mas se ela se tornar uma porta, provavelmente, o mundo ao redor conseguiu influenciá-la, tornando-a vulnerável e uma porta aberta para a entrada do mal.

Reflexão: Cuide bem da saúde física, emocional e espiritual de seus filhos e de sua família.

4ª Oferta – “Fiquem somente os vossos rebanhos”

“Então, Faraó chamou a Moisés e lhe disse: Ide, servi ao SENHOR. Fiquem somente os vossos rebanhos e o vosso gado; as vossas crianças irão também convosco. Respondeu Moisés: Também tu nos tens de dar em nossas mãos sacrifícios e holocaustos, que ofereçamos ao SENHOR, nosso Deus. E também os nossos rebanhos irão conosco, nem uma unha ficará; porque deles havemos de tomar, para servir ao SENHOR, nosso Deus, e não sabemos com que havemos de servir ao SENHOR, até que cheguemos lá.” (Êxodo 10:24-26 RA)

Como já falamos em capítulos anteriores, os rebanhos e o gado representavam a prosperidade econômica de Israel. Dessa vez Faraó libera a todos, menos aos animais. Mas a palavra de Moisés foi enfática: “nem uma unha ficará”. Moisés se posicionou com firmeza, não permitindo que ficasse no Egito nada do que pertencia a Israel. Há uma grande diferença entre ser apegado às questões materiais (o que a Palavra reprova), e ser passivo diante das investidas do devorador. Estamos falando do que é bíblico: “E por causa de vós repreenderei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; e a vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos.” (Malaquias 3:11 CR). Não podemos permitir que as dívidas, os juros bancários, o consumismo e os gastos desordenados, venham a manter as nossas finanças em cativeiro, enquanto nos sentimos livres nas outras áreas da vida. Precisamos ser bons mordomos do que Deus nos confiou! Para além disso, não podemos deixar de cumprir as nossas obrigações para com o Estado, nem deixar de semear as boas sementes que resultarão em frutos , cuidando sempre do pobre, dos missionários, da obra de Deus, honrando aos pais, dos dízimos e das ofertas. “Ele espalhou, deu aos necessitados; a sua justiça permanece para sempre, e a sua força se exaltará em glória.” (Salmo 112:9)
Reflexão: Não seja apegado às coisas; mas também não despreze o que Deus lhe confiou para administrar.

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Êxodo 11 – 11º Dia – 02/12/2010

Preparando-se para o tabernáculo

“Fala, agora, aos ouvidos do povo que todo homem peça ao seu vizinho, e toda mulher, à sua vizinha objetos de prata e de ouro.” (Êxodo 11:2 RA)

Deus ordenou aos filhos de Israel que pedissem aos vizinhos egípcios objetos de prata e de ouro. Sabemos que esse material seria empregado na construção de um grande tabernáculo, lugar da manifestação de Yahweh no meio do seu povo. No momento da saída, aconteceu o seguinte: “E o SENHOR fez que seu povo encontrasse favor da parte dos egípcios, de maneira que estes lhes davam o que pediam. E despojaram os egípcios.” (Êxodo 12:36 RA). Os filhos de Israel saíram supridos de tudo quanto seria necessário para se levantar aquele lugar de culto, sacrifícios e adoração ao Deus de Israel. Eles despojaram os egípcios. Na verdade, esse despojamento não foi um abuso; tão somente se manifestou a justiça divina para com um povo que havia sido despojado pelos egípcios durante todos aqueles anos. Os israelitas foram espoliados em todos os seus bens por anos, e agora, a restituição por parte de um Deus Santo e Justo estava se operando.

Reflexão: Confie na ação bendita do Deus da restituição, que no devido tempo lhe fará justiça.

A fama e o propósito

“E o SENHOR fez que o seu povo encontrasse favor da parte dos egípcios; também o homem Moisés era mui famoso na terra do Egito, aos olhos dos oficiais de Faraó e aos olhos do povo.” (Êxodo 11:3 RA)

Moisés era mui famoso na terra do Egito. Não era para menos, pois os sinais divinos operados naquela nação foram feitos por meio dele. Mas a fama de Moisés não era para a sua própria glória, mas sim para a de Deus. O respeito que ele havia adquirido nos últimos meses não era sem propósito. Afinal, Israel precisava confiar nele para se moverem conforme a sua liderança. O Egito também precisava respeitá-lo, para que Faraó, apertado pelo próprio povo e por seus oficiais, pudesse então tomar a decisão de deixar o povo ir. Há artistas em nossos dias que conseguem utilizar-se da fama pessoal para abençoar o mundo. Fazem projetos que canalizam seus recursos financeiros para ajudar muitas instituições sociais de apoio aos necessitados. Muitos homens na Bíblia se tornaram famosos: “Assim, era o SENHOR com Josué; e corria a sua fama por toda a terra.” (Josué 6:27 RA) – propósito: imprimir confiança em seus guerreiros na conquista da terra prometida; “E a sua fama correu por toda a Síria; trouxeram-lhe, então, todos os doentes, acometidos de várias enfermidades e tormentos: endemoninhados, lunáticos e paralíticos. E ele os curou.” (Mateus 4:24 RA) – propósito: atrair a atenção dos necessitados, que, ao ouvirem dele, vinham de toda parte e eram curados.

Reflexão: Discirna o propósito da sua fama. Não perca a humildade e abençoe o maior número de pessoas possível.

A morte dos primogênitos

“E todo primogênito na terra do Egito morrerá, desde o primogênito de Faraó, que se assenta no seu trono, até ao primogênito da serva que está junto à mó, e todo primogênito dos animais.” (Êxodo 11:5 RA)

A última praga a recair sobre o Egito seria a morte dos primogênitos. Toda a nação aprenderia em pouco tempo que a única forma disso não acontecer seria por meio da morte substitutiva. Os filhos de Israel não experimentariam tal tragédia porque no lugar do filho mais velho, um animal morreria e teria seu sangue aspergido nos umbrais e vergas das portas. O mundo em breve começaria a abrir as portas para o Cordeiro de Deus que morreria em lugar da humanidade. JESUS é o primogênito de Deus que aceitou morrer em meu lugar.

Reflexão: Renda graças ao Senhor que providenciou um sacrifício para morrer em seu lugar.

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Êxodo 12 – 12º Dia – 03/12/2010

Jesus, o Cordeiro de Deus

“Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês, cada um tomará para si um cordeiro, segundo a casa dos pais, um cordeiro para cada família.” (Êxodo 12:3 RA). Um cordeiro por família seria sacrificado para que a praga da morte dos primogênitos não acometesse os filhos de Israel.

Reflexão: Jesus é o Cordeiro de Deus imolado para a sua salvação.

Jesus, o Cordeiro sem defeito

“O cordeiro será sem defeito, macho de um ano; podereis tomar um cordeiro ou um cabrito;” (Êxodo 12:5 RA). Quando Jesus caminhou entre nós, todos reconheceram que ele era o Santo de Deus. O próprio Pilatos ao examiná-lo disse: “...Não vejo neste homem crime algum.” (Lucas 23:4 RA).

Reflexão: Jesus é o Cordeiro de Deus sem defeito, capaz de oferecer um sacrifício plenamente eficaz em seu favor.

Jesus, desde a entrada em Jerusalém até a morte na cruz

“e o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o imolará no crepúsculo da tarde. Tomarão do sangue e o porão em ambas as ombreiras e na verga da porta, nas casas em que o comerem; naquela noite, comerão a carne assada no fogo; com pães asmos e ervas amargas a comerão.” (Êxodo 12:6-8 RA). O cordeiro deveria ser separado desde o 10º até 14º dia, quando então seria imolado e comido pelo povo. Esse período corresponde à entrada triunfal de Jesus em Jerusalém até o dia da sua morte na cruz do Calvário. Seu sangue foi derramado para ser aplicado nas ombreiras e vergas da porta do nosso coração.

Reflexão: Jesus derramou o seu sangue para oferecer uma aliança com você de vida eterna.

Jesus é a nossa Páscoa

“Desta maneira o comereis: lombos cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão; comê-lo-eis à pressa; é a Páscoa do SENHOR. Porque, naquela noite, passarei pela terra do Egito e ferirei na terra do Egito todos os primogênitos, desde os homens até aos animais; executarei juízo sobre todos os deuses do Egito. Eu sou o SENHOR. O sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; quando eu vir o sangue, passarei por vós, e não haverá entre vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito.” (Êxodo 12:11-13 RA). A palavra páscoa vem do hebraico pessach, que significa “passagem”. Naquela noite o Senhor passou por cima de todas as casas, tanto das famílias egípcias quanto das casas dos filhos de Israel. Onde não houvesse o sinal do sangue certamente ali haveria algum morto. Os que obedeceram a palavra do Senhor, sacrificaram seus cordeiros, comeram da sua carne e aplicaram seu sangue. A refeição foi feita em clima de grande expectativa e prontidão. Eles deveriam comer à pressa, prontos para saírem do Egito apressadamente, sem detença.

Reflexão: Jesus é aquele que lhe conduz à libertação deste mundo, esperando apenas que você esteja pronto para deixar as velhas posturas sem detença.

Jesus é o Pão Asmo de uma nova vida sem fermento

“Sete dias comereis pães asmos. Logo ao primeiro dia, tirareis o fermento das vossas casas, pois qualquer que comer coisa levedada, desde o primeiro dia até ao sétimo dia, essa pessoa será eliminada de Israel.” (Êxodo 12:15 RA). Depois da Páscoa o povo foi orientado a celebrar anualmente a Festa dos Pães Asmos, durante sete dias. Sabemos que a Páscoa representa o sacrifício de Cristo em nosso favor. A Festa dos Pães Asmos, no entanto, representa a nova vida em Cristo que deve ser vivida todos os dias, com alegria pela libertação do pecado e da morte, mas com reverência, temor e santidade diante de Deus. Uma vida sem fermentos, conforme a orientação do apóstolo Paulo: “Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade.” (1 Coríntios 5:8 RA)

Reflexão: Saiba que a nova vida em Cristo deve ser vivida sem o fermento do pecado e da maldade.

Jesus e o seu sangue remidor

“Porque o SENHOR passará para ferir os egípcios; quando vir, porém, o sangue na verga da porta e em ambas as ombreiras, passará o SENHOR aquela porta e não permitirá ao Destruidor que entre em vossas casas, para vos ferir.” (Êxodo 12:23 RA). Somente o sangue seria a garantia de pleno livramento. Ricos ou pobres, israelitas ou egípcios, homens ou mulheres, oficiais ou escravos, Moisés ou Faraó, enfim, todos estavam debaixo da mesma sentença. Somente um elemento poderia representar vida ou morte, salvação ou perdição – o sangue do cordeiro.

Reflexão: Creia em seu coração que o sangue de Cristo é a única garantia de salvação.

Jesus e a posteridade

“Quando vossos filhos vos perguntarem: Que rito é este? Respondereis: É o sacrifício da Páscoa ao SENHOR, que passou por cima das casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu os egípcios e livrou as nossas casas. Então, o povo se inclinou e adorou.” (Êxodo 12:26-27 RA). O sacrifício da páscoa deveria ser contado de geração em geração. Foi uma pena que embora os filhos de Israel tenham conhecido a história do livramento no Egito e tenham comido da páscoa ano a ano, nos dias de Jesus, porém, não o reconheceram como o Cordeiro Pascal. Hoje podemos fazer diferente. Já temos a revelação de quem é Jesus. Passemos, portanto, essa verdade aos nossos filhos e aos filhos dos filhos, para que eles o temam e andem em sua presença.

Reflexão: Transmita a mensagem de salvação em Cristo aos seus descendentes.

Jesus e o Juízo

“Aconteceu que, à meia-noite, feriu o SENHOR todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito de Faraó, que se assentava no seu trono, até ao primogênito do cativo que estava na enxovia, e todos os primogênitos dos animais.” (Êxodo 12:29 RA). O versículo começa com a palavra “aconteceu”. Os egípcios que não creram nos sinais anteriores foram surpreendidos com a praga da morte dos primogênitos. Assim acontecerá com essa geração que não crê na mensagem de salvação. Vivem tranquilos como se nunca fossem dar contas de suas vidas. “Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem.” (Mateus 24:38-39 RA)

Reflexão: O juízo de Deus recairá, certamente, sobre todas as pessoas que decidem viver sem o temor do Senhor.

Jesus e a separação deste mundo

“Então, naquela mesma noite, Faraó chamou a Moisés e a Arão e lhes disse: Levantai-vos, saí do meio do meu povo, tanto vós como os filhos de Israel; ide, servi ao SENHOR, como tendes dito. Levai também convosco vossas ovelhas e vosso gado, como tendes dito; ide-vos embora e abençoai-me também a mim.” (Êxodo 12:31-32 RA). A palavra de Faraó é clara: “saí do meio do meu povo”. Jesus, no evangelho de João, nos revela a nossa identidade: “Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia.” (João 15:19 RA). Como não somos deste mundo, então precisamos sair dele. Não estou me referindo ao momento em que definitivamente seremos separados dele. Mas nas nossas ações, devemos nos apartar da sua filosofia de vida e dos seus valores mundanos, para vivermos conforme os princípios de Deus: “Retirai-vos, retirai-vos, saí de lá, não toqueis coisa imunda; saí do meio dela, purificai-vos, vós que levais os utensílios do SENHOR.” (Isaías 52:11 RA)

Reflexão: Aparte-se de toda a prática do mal e sirva ao Senhor de coração.

Jesus e a restituição

“Fizeram, pois, os filhos de Israel conforme a palavra de Moisés e pediram aos egípcios objetos de prata, e objetos de ouro, e roupas. E o SENHOR fez que seu povo encontrasse favor da parte dos egípcios, de maneira que estes lhes davam o que pediam. E despojaram os egípcios.” (Êxodo 12:35-36 RA). Anos de escravidão, espoliação dos bens, privação e sofrimento. Após comerem da páscoa, os filhos de Israel saíram apressadamente, não de mãos vazias. Aquele foi o fim de um período de miséria, para um novo tempo em que as suas necessidades seriam supridas por conta da bênção de Deus que estava sobre eles. Saíram com ouro e prata em abundância. O suficiente para levantarem o tabernáculo no deserto, lugar da revelação do Deus de Israel e Fonte de toda a prosperidade.

Reflexão: Cristo é a fonte de toda a prosperidade, saúde e vida.

Jesus e a bênção sobre Israel

“Assim, partiram os filhos de Israel de Ramessés para Sucote, cerca de seiscentos mil a pé, somente de homens, sem contar mulheres e crianças. Subiu também com eles um misto de gente, ovelhas, gado, muitíssimos animais. E cozeram bolos asmos da massa que levaram do Egito; pois não se tinha levedado, porque foram lançados fora do Egito; não puderam deter-se e não haviam preparado para si provisões.” (Êxodo 12:37-39 RA). As setenta vidas que entraram no Egito nos dias de José, se multiplicaram em mais de dois milhões. Um povo forte e numeroso que não foi dizimado por conta do sofrimento. A mão de Yahweh estava sobre ele e fê-lo fecundo. Assim foi e tem sido Israel no decorrer da sua história. Mesmo o holocausto não foi suficiente para destruí-lo. Nem guerras, nem tratados, nem o ódio de Hamã nos dias de Ester, nem Hitler em nossos dias. A bênção de Deus é sobre Israel e benditos os que abençoarem Israel.

Reflexão: Ame a nação de Israel como a nação escolhida para que por meio dela viesse o Salvador do mundo, Jesus Cristo.

Jesus e o tempo certo para todas as coisas

“Aconteceu que, ao cabo dos quatrocentos e trinta anos, nesse mesmo dia, todas as hostes do SENHOR saíram da terra do Egito.” (Êxodo 12:41 RA). O Senhor é aquele que faz todas as coisas acontecerem no seu devido tempo. Por que não livrou Israel antes? Porque a medida da iniquidade do povo que ocupava a terra a ser ocupada por Israel, ainda não havia se enchido. “Na quarta geração, tornarão para aqui; porque não se encheu ainda a medida da iniquidade dos amorreus.” (Gênesis 15:16 RA). Deus é Deus de misericórdia, que promove a oportunidade de arrependimento para o ímpio. Todos os tempos estão absolutamente definidos por aquele que faz tudo formoso ao seu tempo.

Reflexão: Procure discernir os tempos de Deus para a sua vida.

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Êxodo 13 – 13º Dia – 04/12/2010

O primogênito é consagrado

“Consagra-me todo primogênito; todo que abre a madre de sua mãe entre os filhos de Israel, tanto de homens como de animais, é meu.” (Êxodo 13:2 RA). Depois que todos os primogênitos da terra do Egito foram mortos por causa da última praga, Deus reivindicou para si todos os primogênitos de Israel, tanto das famílias quanto dos animais. Todos deveriam morrer, inclusive os primogênitos de Israel. Mas pela graça do Senhor foram salvos, mediante o sangue substitutivo do cordeiro. Então, como foram resgatados da morte pelo plano divino, mediante o sangue, já não podem mais ser deles mesmos. Pertencem ao Senhor! Como propriedade de Deus, eles servirão aos seus propósitos. Jesus é o primogênito do Pai que serviu aos propósitos do Altíssimo.

Reflexão: Todas as primícias pertencem a Deus. Nunca se esqueça de consagrar as primeiras coisas ao Senhor.

Deus indica o melhor caminho

“Tendo Faraó deixado ir o povo, Deus não o levou pelo caminho da terra dos filisteus, posto que mais perto, pois disse: Para que, porventura, o povo não se arrependa, vendo a guerra, e torne ao Egito.” (Êxodo 13:17 RA). Nem sempre o caminho mais curto é o caminho mais seguro. Para não correr o risco de ver o seu povo amado, amedrontado por ver a guerra, voltar para a terra da qual já havia sido libertado, Deus preferiu conduzi-lo pelo caminho mais longo. Muitas vezes isso acontece em nossas vidas também. Nos queixamos quando determinados sonhos não se cumprem em nosso tempo, até descobrirmos que se eles tivessem acontecido antes, talvez não estivéssemos preparados para recebê-los. O caminho mais longo às vezes é necessário para que a chegada seja certa.

Reflexão: Confie no Senhor que estabelece os caminhos mais seguros para a sua jornada.

O valor de uma palavra empenhada

“Também levou Moisés consigo os ossos de José, pois havia este feito os filhos de Israel jurarem solenemente, dizendo: Certamente, Deus vos visitará; daqui, pois, levai convosco os meus ossos.” (Êxodo 13:19 RA). Quatrocentos e trinta anos haviam se passado desde que José fez os filhos de Israel jurarem, que levariam seus ossos quando fossem visitados pelo Senhor. De geração em geração essa palavra foi propagada, e, agora, depois de tanto tempo, a geração daqueles dias cumpre a promessa. José não queria que seus ossos ficassem no Egito. Pela fé ele contemplou a terra prometida e se alegrou com ela. “Pela fé, José, próximo do seu fim, fez menção do êxodo dos filhos de Israel, bem como deu ordens quanto aos seus próprios ossos.” (Hebreus 11:22 RA)

Reflexão: Você precisa ter uma visão de fé para além dos seus dias aqui na terra.

Colunas de nuvem e de fogo

“O SENHOR ia adiante deles, durante o dia, numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho; durante a noite, numa coluna de fogo, para os alumiar, a fim de que caminhassem de dia e de noite. Nunca se apartou do povo a coluna de nuvem durante o dia, nem a coluna de fogo durante a noite.” (Êxodo 13:21-22 RA). As colunas de nuvem e de fogo, foram sinais visíveis da constante presença de Deus no meio do povo, e de sua condução segura. O povo precisava de uma evidência forte de que não estava sendo conduzido por homens apenas, mas pelo próprio Deus. A coluna de nuvem estava sobre eles pela manhã e a de fogo, à noite. Pela manhã a nuvem servia também para protegê-los do sol escaldante do deserto, e a coluna de fogo, os aquecia nas baixas temperaturas do anoitecer. A presença, a condução e a proteção de Yahweh, foram marcas da sua aliança com o seu querido povo de Israel.

Reflexão: Você sempre poderá contar com a presença, condução e proteção de Deus.

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Êxodo 14 – 14º Dia – 05/12/2010

O coração endurecido e o propósito final

“Disse o SENHOR a Moisés: Fala aos filhos de Israel que retrocedam e se acampem defronte de Pi-Hairote, entre Migdol e o mar, diante de Baal-Zefom; em frente dele vos acampareis junto ao mar. Então, Faraó dirá dos filhos de Israel: Estão desorientados na terra, o deserto os encerrou. Endurecerei o coração de Faraó, para que os persiga, e serei glorificado em Faraó e em todo o seu exército; e saberão os egípcios que eu sou o SENHOR. Eles assim o fizeram.” (Êxodo 14:1-4 RA)

O fato de Deus endurecer o coração de Faraó não tira de Faraó sua responsabilidade. Deus não transforma os homens bons em maus, mas utiliza-se da malignidade já existente para cumprir seus propósitos soberanos. No endurecimento do coração de Faraó e nas ações subsequentes que culminarão na experiência do mar, Yahweh seria glorificado, como tem sido até hoje por todo o mundo, muito mais do que se o povo tivesse tão somente saído do Egito da forma como saiu. Era, portanto, necessário que pela última vez Faraó saísse a perseguir os filhos de Israel, por mais que essa experiência tenha trazido, a princípio, pânico a todos.

Reflexão: Não se desespere quando as coisas se complicam. Creia na mão soberana daquele que executa todas as coisas debaixo de propósitos eternos.

A crise pós-saída

“E, chegando Faraó, os filhos de Israel levantaram os olhos, e eis que os egípcios vinham atrás deles, e temeram muito; então, os filhos de Israel clamaram ao SENHOR. Disseram a Moisés: Será, por não haver sepulcros no Egito, que nos tiraste de lá, para que morramos neste deserto? Por que nos trataste assim, fazendo-nos sair do Egito? Não é isso o que te dissemos no Egito: deixa-nos, para que sirvamos os egípcios? Pois melhor nos fora servir aos egípcios do que morrermos no deserto. Moisés, porém, respondeu ao povo: Não temais; aquietai-vos e vede o livramento do SENHOR que, hoje, vos fará; porque os egípcios, que hoje vedes, nunca mais os tornareis a ver. O SENHOR pelejará por vós, e vós vos calareis.” (Êxodo 14:10-14 RA)

Depois de saírem do Egito, os filhos de Israel entraram em crise quando viram os egípcios. Chegaram a pensar que foi um erro fatal terem saído de lá. A crise é comum a todos nós. São momentos quando questionamos nossas escolhas e decisões. É quando os nossos acertos nos parecem erros, momentaneamente. As palavras dos filhos de Israel foram de amarga ironia: “Será, por não haver sepulcros no Egito, que nos tiraste de lá, para que morramos neste deserto?”. A visão era de um caos total. Precisamos tomar cuidado com o que vemos em nossos momentos de crise. Não há luz, nem perspectivas. Caos, derrota e morte. Nessas horas precisamos de um Moisés que possa nos apresentar uma outra visão: “Não temais; aquietai-vos e vede o livramento do SENHOR que, hoje, vos fará; porque os egípcios, que hoje vedes, nunca mais os tornareis a ver. O SENHOR pelejará por vós, e vós vos calareis.”

Reflexão: Saiba de antemão que a crise pode nos apresentar uma visão distorcida da realidade.

A travessia do Mar Vermelho

“Então, Moisés estendeu a mão sobre o mar, e o SENHOR, por um forte vento oriental que soprou toda aquela noite, fez retirar-se o mar, que se tornou terra seca, e as águas foram divididas. Os filhos de Israel entraram pelo meio do mar em seco; e as águas lhes foram qual muro à sua direita e à sua esquerda.” (Êxodo 14:21-22 RA)

A travessia do Mar Vermelho é uma das experiências mais tremendas de toda a narrativa bíblica. Era-lhes necessário passarem pelo meio do mar, porque ele representa a experiência do batismo. “Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos sob a nuvem, e todos passaram pelo mar, tendo sido todos batizados, assim na nuvem como no mar, com respeito a Moisés.” (1 Coríntios 10:1-2 RA). A Páscoa representava o sacrifício de Cristo do qual nos fizemos participantes quando o recebemos como Senhor e Salvador pessoal. Os Pães Asmos representam a nova vida em Cristo, sem o fermento do pecado. E agora, todos passam pelo batismo na nuvem e no mar. O batismo representa morte, sepultura e ressurreição. Verdadeiramente eles estavam morrendo para o Egito, deixando-o definitivamente para trás, e ressurgindo além mar para uma nova vida. Quando eles viram os egípcios mortos na praia, figuradamente viram suas próprias vidas ali também, não fosse a misericórdia do Senhor salvando-lhes e dando-lhes um novo dia.

Reflexão: É necessário nascer de novo, viver uma nova vida em Cristo e ser batizado nas águas, identificando-se com Jesus na sua morte, sepultura e ressurreição.

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Êxodo 15 – 15º Dia – 06/12/2010

Um Deus pessoal

“O SENHOR é homem de guerra; SENHOR é o seu nome. Lançou no mar os carros de Faraó e o seu exército; e os seus capitães afogaram-se no mar Vermelho.” (Êxodo 15:3-4 RA)

Eles não conheciam ao Senhor, até então. A forte experiência na travessia do Mar Vermelho e a vitória sobre os exércitos de Faraó, fizeram com que a identidade de Yahweh fosse revelada. Lembre-se de que onde você encontrar a palavra “Senhor”, na verdade está escrito “YHWH”, que é o nome de Deus. Ele é soberano, majestoso, sublime e mora nas alturas. Mas, naquela experiência, os filhos de Israel o viram tão próximo, tão presente e tão participativo, que ousaram chamá-lo de “homem de guerra”. Assim é o Senhor para todos os que nele confiam.

Reflexão: Creia que Yahweh tanto é transcendente (acima da nossa realidade terrena), quanto imanente (identifica-se com a realidade humana).

Um inimigo cruel

“O inimigo dizia: Perseguirei, alcançarei, repartirei os despojos; a minha alma se fartará deles, arrancarei a minha espada, e a minha mão os destruirá.” (Êxodo 15:9 RA)

Israel estava maravilhado por ter um Deus tão tremendo como Yahweh, capaz de destruir um exército tão poderoso como o do Egito. Eles não conheciam Yahweh, mas conheciam muito bem o poderio egípcio. Ficaram debaixo de seu domínio por quatrocentos e trinta anos, e, por isso, sabiam como eram fortes e cruéis. Hoje, muitos conhecem o poder das drogas, a má influência de alguns amigos, a tentação da carne e o engano da avareza, dentre muitas outras fortalezas. Essas pessoas precisam conhecer o poder de Deus! Elas vão perceber que seus inimigos, sejam quais forem, sempre terão a mesma intenção de perseguir, alcançar, repartir os despojos (dividir entre eles os seus bens), fartar a alma com a sua derrota, arrancar a espada e os destruir. Assim fazem as drogas na vida de uma pessoa, consumindo tudo o que ela tem. Assim fazem os adultérios depois que a pessoa caiu em seus laços. Assim fazem as cobiças quando o homem é seduzido pelo amor ao dinheiro. Eles perdem seus bens e tudo o que possuem. Perdem a própria alma. Mas, glória a Deus que nos livra de inimigos tão cruéis.

Reflexão: Viva de tal maneira que seu coração não seja mais um prisioneiro de nenhum inimigo cruel.

Um momento de prova

“Fez Moisés partir a Israel do mar Vermelho, e saíram para o deserto de Sur; caminharam três dias no deserto e não acharam água. Afinal, chegaram a Mara; todavia, não puderam beber as águas de Mara, porque eram amargas; por isso, chamou-se-lhe Mara. E o povo murmurou contra Moisés, dizendo: Que havemos de beber? Então, Moisés clamou ao SENHOR, e o SENHOR lhe mostrou uma árvore; lançou-a Moisés nas águas, e as águas se tornaram doces. Deu-lhes ali estatutos e uma ordenação, e ali os provou,” (Êxodo 15:22-25 RA)

Depois de tão grande vitória, um momento de prova. Caminharam três dias pelo deserto e não acharam água. Talvez tenham pensado que todas as coisas aconteceriam automaticamente depois que um mar se abre da maneira que se abriu. Bastava estender o bordão e todas as necessidades seriam supridas. Mas não foi bem assim. Eles tiveram de aprender sobre a necessidade de se aplicar os princípios espirituais para cada novo dia a ser vivido no deserto. Nada seria automático! Tudo aconteceria a partir da aplicação dos princípios de fé, submissão, obediência e temor a Deus. Quando chegaram às águas amargas, desesperados de sede, e, não podendo bebê-las, murmuraram contra Moisés. Este clamou ao Senhor que lhe mostrou uma árvore. Cortou-a, lançou-a nas águas e elas se tornaram saudáveis. Não há dúvidas de que os símbolos usados no Antigo Testamento representam verdades espirituais melhor esclarecidas no Novo Testamento. A árvore que Deus apontou para Moisés representa a cruz. O madeiro lançado nas águas, tornou-as saudáveis. Cristo absorveu na cruz do Calvário a amargura do mundo. “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.” (Isaías 53:4-5 RA)

Reflexão: Aproprie-se do sacrifício de Cristo na cruz, capaz de curar as águas amargas do coração.

Obediência

“e disse: Se ouvires atento a voz do SENHOR, teu Deus, e fizeres o que é reto diante dos seus olhos, e deres ouvido aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, nenhuma enfermidade virá sobre ti, das que enviei sobre os egípcios; pois eu sou o SENHOR, que te sara. Então, chegaram a Elim, onde havia doze fontes de água e setenta palmeiras; e se acamparam junto das águas.” (Êxodo 15:26-27 RA)

Os filhos de Israel precisavam entender que eles não eram melhores do que os egípcios. Deus não estaria vivendo em função deles de forma incondicional. Eles foram libertados, sim, com mão forte e poderosa, mas agora, precisavam começar a viver dentro dos princípios de obediência estabelecidos por Deus. Por isso, deu-lhes ali estatutos e ordenanças. Havendo obediência e submissão, Yahweh os livraria das enfermidades lançadas sobre os egípcios. Entenderam, então, que só não sofreram os mesmos agravos sofridos pelos egípcios por um ato de graça e misericórdia da parte de Deus, só por isso. Depois desse ensino, Deus se lhes revelou como Yahweh Rafa – Yahweh que sara (cura).

Reflexão: Entenda que a sua relação com Deus será construída a partir da disposição de obedecer à sua vontade.

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Êxodo 16 – 16º Dia – 07/12/2010

A murmuração

“Partiram de Elim, e toda a congregação dos filhos de Israel veio para o deserto de Sim, que está entre Elim e Sinai, aos quinze dias do segundo mês, depois que saíram da terra do Egito. Toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e Arão no deserto; disseram-lhes os filhos de Israel: Quem nos dera tivéssemos morrido pela mão do SENHOR, na terra do Egito, quando estávamos sentados junto às panelas de carne e comíamos pão a fartar! Pois nos trouxestes a este deserto, para matardes de fome toda esta multidão.” (Êxodo 16:1-3 RA)

A murmuração foi uma marca do povo durante o período de deserto. Ela é totalmente condenada por Deus porque é oposta aos princípios de fé. Quem murmura é porque vê apenas o presente e não tem perspectivas de mudanças nem de melhoras. O murmurador é ingrato; ele esquece rapidamente dos benefícios recebidos e logo se põe a queixar-se. A murmuração é perigosa porque libera palavras que certamente se voltarão contra os que as proferiram. Aquela geração murmuradora que preferia ter morrido no Egito do que morrido no deserto, acaba morrendo mesmo, sem alcançar a promessa. No Novo Testamento encontramos a advertência para não sermos murmuradores como os filhos de Israel o foram, para não recebermos a mesma condenação que eles receberam: “Nem murmureis, como alguns deles murmuraram e foram destruídos pelo exterminador.” (1 Coríntios 10:10 RA)

Reflexão: Vigie sobre as palavras da sua boca, para que elas não sirvam de laço para os seus caminhos.

O Pão que desceu dos céus

“Vendo-a os filhos de Israel, disseram uns aos outros: Que é isto? Pois não sabiam o que era. Disse-lhes Moisés: Isto é o pão que o SENHOR vos dá para vosso alimento.” (Êxodo 16:15 RA) “Deu-lhe a casa de Israel o nome de maná; era como semente de coentro, branco e de sabor como bolos de mel.” (Êxodo 16:31 RA)

O maná é o alimento que desceu dos céus para alimentar o povo de Israel durante os quarenta anos de deserto. Vem do hebraico “man hu” que significa “o que é isto”, justamente a pergunta que eles fizeram quando viram o maná pela primeira vez. Foi um alimento totalmente diferente do que eles estavam acostumados a comer. Conheciam a comida do Egito, mas agora comeriam a comida dos céus. Tudo isso foi apenas sombra do que havia de vir. Jesus Cristo é o Pão Vivo que desceu dos céus: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne.” (João 6:51 RA)

Reflexão: Saiba que o alimento que o mundo oferece não pode realmente saciar a sua fome. Jesus é o verdadeiro alimento espiritual para a sua vida.

Uma porção para cada dia

“Eis o que o SENHOR vos ordenou: Colhei disso cada um segundo o que pode comer, um gômer por cabeça, segundo o número de vossas pessoas; cada um tomará para os que se acharem na sua tenda. Assim o fizeram os filhos de Israel; e colheram, uns, mais, outros, menos. Porém, medindo-o com o gômer, não sobejava ao que colhera muito, nem faltava ao que colhera pouco, pois colheram cada um quanto podia comer. Disse-lhes Moisés: Ninguém deixe dele para a manhã seguinte. Eles, porém, não deram ouvidos a Moisés, e alguns deixaram do maná para a manhã seguinte; porém deu bichos e cheirava mal. E Moisés se indignou contra eles.” (Êxodo 16:16-20 RA)

Lembre-se que desde a experiência com as águas de Mara, o Senhor lhes disse que os provaria para ver se obedeceriam aos seus mandamentos ou não. Desta vez, ele ordena que os filhos de Israel colham do maná e o comam no mesmo dia, nada deixando para o dia seguinte. Os que deixavam para amanhã, por medo de não o encontrarem de novo, viram seu alimento apodrecido. A lição é clara: confiem que a cada nova manhã haverá uma nova porção. Guardar a porção de hoje para o dia seguinte representava incredulidade, pois desconfiavam que Deus os desampararia a qualquer momento. No sexto dia, sim, deveria colher porção para dois dias, porque no sábado o maná não desceria. Os que saíam para buscar no dia de sábado pecavam contra Deus, porque o sétimo dia não era dia de colheita – era o descanso sabático. Vemos aqui a provisão de Deus e a disciplina por ele imposta, levando os filhos de Israel a desfrutarem da sua provisão sem quebrarem seus princípios.

Reflexão: Creia que a provisão de Deus chegará dentro dos princípios que ele mesmo estabeleceu.

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Êxodo 17 – 17º Dia – 08/12/2010

Contenda e tentação

“Contendeu, pois, o povo com Moisés e disse: Dá-nos água para beber. Respondeu-lhes Moisés: Por que contendeis comigo? Por que tentais ao SENHOR?” (Êxodo 17:2 RA)

A contenda se manifestou porque eles não esperavam receber água, e por isso, o tom de ira, agressividade, ironia e incredulidade. Ao mesmo tempo em que contendiam com Moisés, tentavam ao Senhor. Tentar, no caso, significava testar a Deus para ver se ele faria o que tinha dito ou não. Contenda e tentação foram os atos dos filhos de Israel contra Moisés e contra Yahweh. Tão marcantes que o nome do lugar passou a se chamar – Massa (Tentação) e Meribá (Contenda) - “E chamou o nome daquele lugar Massá e Meribá, por causa da contenda dos filhos de Israel e porque tentaram ao SENHOR, dizendo: Está o SENHOR no meio de nós ou não?” (Êxodo 17:7 RA)

Reflexão: Não permita que algum ponto da sua jornada cristã seja marcado por ofensas a Deus e às pessoas.

Cristo, a Rocha ferida

“Eis que estarei ali diante de ti sobre a rocha em Horebe; ferirás a rocha, e dela sairá água, e o povo beberá. Moisés assim o fez na presença dos anciãos de Israel.” (Êxodo 17:6 RA)

Já vimos que o livro de Êxodo está repleto de figuras que apontam para Cristo. A rocha que Moisés feriu para obter água é mais um exemplo disso: “e beberam da mesma fonte espiritual; porque bebiam de uma pedra espiritual que os seguia. E a pedra era Cristo.” (1 Coríntios 10:4 RA). Nesta ocasião Moisés foi orientado por Deus a ferir a rocha, para que dela saísse água. Assim o fez e jorrou água abundantemente. Veja o paralelo em Cristo: “No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva.” (João 7:37-38 RA). Mas, para que as águas pudessem fluir, ele precisava ser ferido como a rocha em Moisés: “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.” (Isaías 53:4 RA). “Mas um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.” (João 19:34 RA).

Reflexão: Jesus foi ferido para que dele jorrassem as águas da vida, capazes de mitigar toda a sua sede.

Mãos levantadas

“Fez Josué como Moisés lhe dissera e pelejou contra Amaleque; Moisés, porém, Arão e Hur subiram ao cimo do outeiro. Quando Moisés levantava a mão, Israel prevalecia; quando, porém, ele abaixava a mão, prevalecia Amaleque. Ora, as mãos de Moisés eram pesadas; por isso, tomaram uma pedra e a puseram por baixo dele, e ele nela se assentou; Arão e Hur sustentavam-lhe as mãos, um, de um lado, e o outro, do outro; assim lhe ficaram as mãos firmes até ao pôr-do-sol. E Josué desbaratou a Amaleque e a seu povo a fio de espada.” (Êxodo 17:10-13 RA)

A batalha contra Amaleque foi um exemplo de como precisamos lutar no âmbito dos dois reinos: o terreno e o espiritual. Havia a necessidade de que alguém militasse no campo terreno. Josué foi o escolhido para travar a batalha nessa esfera, juntamente com o exército de Israel. Enquanto isso, outros se posicionaram na outra dimensão – a espiritual. Moisés, Arão e Hur, subiram ao monte e por meio da intervenção intercessória garantiam grande livramento para Israel. Descobriram que o levantar das mãos de Moisés, autoridade sobre a nação, representava muito em seu favor. Lembremo-nos que ele levava consigo o mesmo bordão de autoridade com que todos os sinais foram feitos tanto no Egito quanto no deserto. Não era um bordão mágico, mas representava a autoridade divina delegada a um homem escolhido. No Novo Testamento encontramos Jesus falando de sua autoridade delegada a nós: “Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.” (Mateus 28:18-20 RA)

Reflexão: Faça o seu melhor no âmbito terreno, mas entenda que é da sua relação com Deus, no mundo espiritual, que as suas batalhas serão vencidas.

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Êxodo 18 – 18º Dia – 09/12/2010

Gérson e Eliezer

“Jetro, sogro de Moisés, tomou a Zípora, mulher de Moisés, depois que este lha enviara, com os dois filhos dela, dos quais um se chamava Gérson, pois disse Moisés: Fui peregrino em terra estrangeira; e o outro, Eliézer, pois disse: O Deus de meu pai foi a minha ajuda e me livrou da espada de Faraó.” (Êxodo 18:2-4 RA)

Os dois filhos de Moisés representam a forma como devemos viver neste mundo. O primeiro, Gérson, que significa “estrangeiro”, foi um memorial de que a origem de Moisés não era o Egito (embora tenha nascido lá) nem Midiã, onde Gérson nasceu. Ele conhecia a sua identidade e suas raízes e estava certo de que era um peregrino em terra estrangeira. É dessa forma que devemos nos ver em relação a este mundo. “Todos estes morreram na fé, sem ter obtido as promessas; vendo-as, porém, de longe, e saudando-as, e confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra.” (Hebreus 11:13 RA). “Mas, agora, aspiram a uma pátria superior, isto é, celestial. Por isso, Deus não se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus, porquanto lhes preparou uma cidade.” (Hebreus 11:16 RA). Ainda que vivendo neste mundo, não somos deste mundo. A nossa grande expectativa deve estar voltada para a nossa pátria celestial onde verdadeiramente receberemos o que é nosso. O outro filho de Moisés, Eliezer, também é bastante significativo. Esse nome quer dizer: “Deus é socorro”, e foi dado para lembrar da perseguição de Faraó quando Moisés matou o egípcio, e do grande livramento divino. Assim Deus nos livra deste mundo tenebroso. Jesus orou em nosso favor pedindo ao Pai: “Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal.” (João 17:15 RA)

Reflexão: Considere-se um peregrino em terra estrangeira, aguardando a nova pátria celestial. Enquanto isso, receba o socorro divino para livrá-lo da influência do mal.

O conselho de Jetro

“No dia seguinte, assentou-se Moisés para julgar o povo; e o povo estava em pé diante de Moisés desde a manhã até ao pôr-do-sol. Vendo, pois, o sogro de Moisés tudo o que ele fazia ao povo, disse: Que é isto que fazes ao povo? Por que te assentas só, e todo o povo está em pé diante de ti, desde a manhã até ao pôr-do-sol?” (Êxodo 18:13-14 RA). “O sogro de Moisés, porém, lhe disse: Não é bom o que fazes. Sem dúvida, desfalecerás, tanto tu como este povo que está contigo; pois isto é pesado demais para ti; tu só não o podes fazer.” (Êxodo 18:17-18 RA)

O conselho que Jetro deu a Moisés, continua sendo válido até aos nossos dias. Suas palavras partiram da percepção de que ele estava diante de um líder bem intencionado, mas com os dias contados, caso não mudasse a estratégia de atender às necessidades do povo. Estava claro que as pessoas precisavam ser assistidas e que também elas precisavam conhecer os estatutos divinos; mas fazer isso sem a ajuda dos outros seria algo totalmente destrutivo, tanto para o líder quanto para os seus liderados. O conselho do sogro de Moisés se consistiu em separar homens capazes, tementes a Deus, amantes da verdade e desprovidos de avareza, que tivessem um coração confiável para buscar os interesses do povo e não os seus próprios. Chefes de mil, de cem, de cinqüenta e de dez. As causas pequenas seriam resolvidas nesse âmbito, enquanto as mais graves seriam levadas para o próprio Moisés. As cargas seriam divididas e todos ganhariam com isso.

Reflexão: Procure não fazer tudo sozinho. Liderar é conseguir as coisas prontas através de outras pessoas.

A importância de ouvir

“Moisés atendeu às palavras de seu sogro e fez tudo quanto este lhe dissera.” (Êxodo 18:24 RA)

O fato de Moisés ter atendido ao conselho do sogro, foi algo bastante admirável. Se fosse qualquer outra pessoa, não seria tão surpreendente assim. Mas o homem que ouviu conselhos e os seguiu foi alguém que tinha acabado de relatar todas as maravilhas operadas por Deus através de sua pessoa. As pragas do Egito, o mar que se abriu, as águas curadas, o maná, a água da rocha, enfim, o suficiente para alguém menos humilde dizer: - “não preciso de conselhos”. Moisés agiu diferente. Ele não pensou de forma arrogante que mantinha uma relação de intimidade com Deus de forma a ouvir diretamente dele, sempre, em todas as horas. Aprendemos assim que por mais que Deus seja conosco e nos oriente em todas as coisas, sempre haverá espaço para aprender com as pessoas também. “Com medidas de prudência farás a guerra; na multidão de conselheiros está a vitória.” (Provérbios 24:6 RA)

Reflexão: Procure ouvir com um coração humilde, os conselhos de quem tenha o testemunho de ser sábio e experiente na vida.

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Êxodo 19 – 19º Dia – 10/12/2010

Reino de sacerdotes e nação santa

“Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha; vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel.” (Êxodo 19:5-6 RA)

O propósito para o estabelecimento da nação de Israel foi claramente revelado nesses dois versículos. Se o povo entendesse o seu chamado e fizesse a sua parte na aliança com o seu Deus, então todas as nações da terra seriam grandemente abençoadas. Israel seria propriedade peculiar de Yahweh. Isso significa que de todas as nações, Israel seria especial tanto na relação com Deus quanto no seu papel em relação ao mundo. Ela seria um reino de sacerdotes. O sacerdote é aquele que oferece as condições para o homem achegar-se a Deus. Por meio dos sacrifícios oferecidos por ele e das suas intercessões, o povo consegue aproximar-se do Senhor. Assim seria Israel em favor do mundo. Deus nunca intentou salvar apenas uma nação. A peculiaridade de Israel não significava nenhum favorecimento em termos de exclusividade na salvação. Ela seria, no entanto, uma ponte para que todas as nações da terra também conhecessem a Yahweh. Para isso ela teria de ser uma nação santa, separada. Com essas palavras o Senhor estava preparando o cenário para entregar as tábuas da lei. Com a morte de Cristo na cruz e o estabelecimento da sua igreja na terra, o leque se abriu, e ela passou a receber a mesma vocação outrora dada exclusivamente a Israel: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;” (1 Pedro 2:9 RA)

Reflexão: O seu papel como membro da igreja de Cristo é ser um sacerdote, por meio de quem as pessoas podem achegar-se a Deus.

Um porta-voz confiável

“Disse o SENHOR a Moisés: Eis que virei a ti numa nuvem escura, para que o povo ouça quando eu falar contigo e para que também creiam sempre em ti. Porque Moisés tinha anunciado as palavras do seu povo ao SENHOR.” (Êxodo 19:9 RA)

As tábuas da lei estavam para ser entregues a todo o povo de Israel. O próprio Deus desceria ao monte e escreveria nas tábuas a palavra que deveria ser seguida por eles. Moisés subiria, falaria com Deus e desceria com as escritas gravadas nas tábuas. Uma questão: como o povo acreditaria naquela história? Teria sido Deus mesmo a falar com Moisés e a escrever nas tábuas? Não haveria nenhuma possibilidade de fraude nesse processo todo? Deus se preocupou em fornecer todos os sinais possíveis para que a mensagem de Moisés não fosse comprometida. Veja que é ele mesmo quem manifesta tal preocupação: - “Eis que virei a ti numa nuvem escura, para que o povo ouça quando eu falar contigo e para que também creiam sempre em ti”. A explicação para esse cuidado todo vem logo a seguir: - “Porque Moisés tinha anunciado as palavras do seu povo ao Senhor”. O povo precisava continuar crendo que Moisés era um canal limpo, verdadeiro e transparente, capaz de levar o povo a Deus e trazer Deus ao povo, sem interferências. Se o povo questionasse a Moisés, questionaria sua mensagem. A mensagem não pode ser questionada. Por isso, um ministro de Deus deve procurar viver à altura da sua sublime vocação, para que as pessoas creiam nele e na mensagem que ele conduz. “Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus. Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel.” (1 Coríntios 4:1-2 RA)

Reflexão: O mundo saberá que Deus falou com você quando a sua vida demonstrar isso.

Aproximando-se de Deus

“Moisés, tendo descido do monte ao povo, consagrou o povo; e lavaram as suas vestes. E disse ao povo: Estai prontos ao terceiro dia; e não vos chegueis a mulher. Ao amanhecer do terceiro dia, houve trovões, e relâmpagos, e uma espessa nuvem sobre o monte, e mui forte clangor de trombeta, de maneira que todo o povo que estava no arraial se estremeceu.” (Êxodo 19:14-16 RA)

O Deus santo estava para descer entre eles. Requeria-se do povo, portanto, santidade. Porém, o máximo que podiam oferecer era uma purificação externa, com lavagem de vestes, banhos e abstenção da prática sexual. Purificavam o exterior mas o interior ainda estava longe de ser conquistado. Por isso mesmo tiveram de contentar-se em ficar ao pé do monte, enquanto Moisés subia e os representava. Nem sequer podiam tocar no monte ou ultrapassar os limites, sob o risco de serem fulminados. Essa era a realidade de uma nação que vivia antes da lei. Quando a lei chegou e o tabernáculo foi erguido, o povo deu um passo a mais para aproximar-se de Deus; embora os pecados fossem apenas cobertos e não removidos. Somente em Cristo o homem viu o seu acesso ao Pai totalmente liberado. O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, foi sacrificado uma vez por todas para a nossa salvação. A purificação não foi apenas de vestes externas, mas do próprio coração. “Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne,” (Hebreus 10:19-20 RA)

Reflexão: Saiba que você tem acesso a Deus pelo caminho que Cristo lhe abriu, por meio do seu sangue precioso.

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Êxodo 20 – 20º Dia – 11/12/2010

1º Mandamento

“Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim.” (Êxodo 20:2-3 RA)

Eu sou YHWH (Yahweh). A partir dessa verdade absoluta de quem é Deus, todos os mandamentos são proferidos a seguir. O primeiro deles é: Não terás outros deuses diante de mim. Certa vez um jovem rico aproximou-se de Jesus perguntando-lhe sobre como herdar a vida eterna. Jesus lhe perguntou se ele guardava os mandamentos, chegando a citar alguns deles; ao que o jovem respondeu que sim, desde a juventude. Depois disso, segue a narrativa bíblica: “Ouvindo-o Jesus, disse-lhe: Uma coisa ainda te falta: vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro nos céus; depois, vem e segue-me.” (Lucas 18:22 RA). Ao ouvir essas palavras, o jovem retirou-se triste porque possuía muitos bens. Com isso Jesus quis apenas demonstrar àquele moço bem intencionado, que ele não era tão guardador dos mandamentos como pensava ser. Em não estar disposto a abrir mão dos seus bens pela vida eterna, provou estar vivendo na quebra do 1º mandamento sabe-se lá desde quando, mesmo sem se dar conta disso.

Reflexão: Ame a Deus sobre todas as coisas, e saiba que: dinheiro, bens, fama, prazer, ego, pessoas, posição, etc., tornam-se deuses quando tomam o lugar do verdadeiro Deus no seu coração.

2º Mandamento

“Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.” (Êxodo 20:4-6 RA)

Yahweh é Deus vivo, pessoal e relacional. O povo de Israel e toda a humanidade estavam sendo chamados para uma relação verdadeira e não fictícia. Estariam diante de uma pessoa e não de um pedaço de pau, de pedra ou coisa parecida. O culto e a adoração deveriam ser dirigidos somente a Yahweh, e nunca voltados para qualquer outro nome, nem nos céus, nem na terra ou nas águas debaixo da terra, nem direcionados a qualquer figura representativa. O culto às imagens é abominável para Deus. Nos dias dos juízes, os filhos de Israel sofreram vários períodos de opressão nas mãos dos filisteus, dos midianitas e amalequitas, dentre outros, justamente porque serviram a outros deuses por meio da devoção às suas imagens e símbolos. Os cativeiros na Babilônia e na Assíria, também tiveram a mesma causa.

Reflexão: Ame unicamente a Yahweh, e adore-o em espírito e em verdade, conforme João 4:24.

3º Mandamento

“Não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão, porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.” (Êxodo 20:7 RA)

O nome representa a essência do ser. Por mais que nos esforcemos, todas as tentativas de definir a Deus e sua majestade, estarão longe de alcançar o objetivo. Não há palavras que o definam. Ele é excelso, soberano e glorioso! Seu nome possui a mesma glória. Não há como separar a pessoa do nome. Se Deus é o Altíssimo, seu nome, YHWH, também o é. Portanto, seu nome é sublime e digno de toda a nossa honra, respeito e reverência. Não podemos fazer uso dele irresponsavelmente. Devemos aprender a fazer o que Jesus nos ensinou na oração do Pai Nosso: “...Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu reino;” (Lucas 11:2 RA)

Reflexão: Ame o nome de Yahweh e o reverencie, entendendo que eu e você fazemos parte de uma geração que precisa resgatar o respeito por esse Nome Sublime.

4º Mandamento

“Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou.” (Êxodo 20:8-11 RA)

Seis dias foram dados ao homem para fazer toda a sua obra, mas o sétimo foi separado para Deus. A referência é o próprio Deus que fez todas as coisas em seis dias, descansando no sétimo. Nos dias de Jesus, ele encontrou religiosos que deturparam a visão do descanso sabático, por não entenderem o espírito da lei. “E acrescentou: O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado;” (Marcos 2:27 RA). A intenção de Deus era prover ao homem descanso e oportunidade para ele devotar-se ao seu Criador, enquanto crescesse na consciência de que o trabalho, embora digno e necessário, não é a fonte da nossa provisão. Deus é a fonte de todas as coisas boas e necessárias, e, por isso, ele é digno da nossa devoção acima de tudo.

Reflexão: Ame ao Senhor e o reverencie no dia que ele mesmo santificou e abençoou. Faça o melhor que puder dentro dos dias destinados ao trabalho, mas saiba consagrar o tempo devido ao seu próprio descanso e à devoção a Deus.

5º Mandamento

“Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá.” (Êxodo 20:12 RA)

Conhecido como o primeiro mandamento com promessa, o quinto mandamento também é o primeiro que trata da relação do homem com o próximo. Os quatro primeiros são exclusivos na relação do homem com Deus, e os próximos, nas relações interpessoais. A honra aos pais é um dos pilares para a manutenção da família. A desonra dos filhos para com seus pais traz maldições sobre eles mesmos e seus descendentes. Um dos filhos de Jacó, chamado Ruben, ao invés de receber a bênção no leito de morte do pai, ouviu, no entanto, uma dura palavra: “Rúben, tu és meu primogênito, minha força e as primícias do meu vigor, o mais excelente em altivez e o mais excelente em poder. Impetuoso como a água, não serás o mais excelente, porque subiste ao leito de teu pai e o profanaste; subiste à minha cama.” (Gênesis 49:3-4 RA). Ele havia se deitado com a concubina de seu pai, e, por isso, pecado contra a sua honra e a santidade da sua família. No Novo Testamento Jesus condena a atitude de alguns fariseus que, não querendo cumprir o mandamento da honra aos pais, que implicava também em sustento financeiro, criaram uma justificativa com cara de piedade para eximirem-se do seu dever: “Pois Moisés disse: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser a seu pai ou a sua mãe seja punido de morte. Vós, porém, dizeis: Se um homem disser a seu pai ou a sua mãe: Aquilo que poderias aproveitar de mim é Corbã, isto é, oferta para o Senhor, então, o dispensais de fazer qualquer coisa em favor de seu pai ou de sua mãe, invalidando a palavra de Deus pela vossa própria tradição, que vós mesmos transmitistes; e fazeis muitas outras coisas semelhantes.” (Marcos 7:10-13 RA).

Reflexão: Considere seus pais como dádivas de Deus para a sua vida. Ame-os, respeite-os e honre-os em todo o tempo, mesmo na velhice.

6º Mandamento

“Não matarás.” (Êxodo 20:13 RA)

A intenção de Deus ao estabelecer esse mandamento não se restringe à garantir a preservação da vida física de alguém. Jesus torna bastante claro o espírito dessa lei: “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento. Eu, porém, vos digo que todo aquele que [sem motivo] se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo.” (Mateus 5:21-22 RA). Portanto, alguém quebra esse mandamento quando mata o próximo no seu coração. O ódio contra alguém, a raiva incontida, e o desprezo com palavras, são suficientes para se denotar a quebra do sexto mandamento. O único elemento que pode nos distanciar dessa possibilidade de quebra é o Amor.

Reflexão: Ame o seu semelhante e perdoe-o tantas vezes quantas necessárias, para que o ressentimento não lhe prive da graça de Deus.

7º Mandamento

“Não adulterarás.” (Êxodo 20:14 RA)

Da mesma forma que no caso anterior, o sétimo mandamento não visa apenas garantir a fidelidade sexual de um casal. O plano de Deus é que os dois se amem e sejam fiéis um ao outro de todas as formas: no coração, nos pensamentos, nas emoções, na vida sexual, em tudo. Deus estabeleceu desde o Éden que o homem deixa pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se com ela uma só carne. O adultério começa no coração e se desenrola através do esfriamento e distanciamento nas relações de convivência, culminando em separação e divórcio. “Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela.” (Mateus 5:27-28 RA)

Reflexão: Sendo casado(a), ame ao seu cônjuge de forma integral, procurando não ter nenhuma área de fora do escopo desse amor.

8º Mandamento

“Não furtarás.” (Êxodo 20:15 RA)

Há um caminho estabelecido por Deus para a conquista dos nossos bens: o trabalho. O furto representa falta de amor ao próximo e de respeito para com a sua propriedade. É fruto de um coração mesquinho, egoísta e preguiçoso, que só pensa nos seus próprios interesses em detrimento dos direitos do outro. Raquel, esposa de Jacó, furtou os ídolos da casa de seu pai. Jacó, seu esposo, sem saber que tinha sido ela, amaldiçoou quem quer que tivesse praticado tal ato. No dia em que deu à luz a Benjamim, a sentença de morte se cumpriu: “Não viva aquele com quem achares os teus deuses; verifica diante de nossos irmãos o que te pertence e que está comigo e leva-o contigo. Pois Jacó não sabia que Raquel os havia furtado.” (Gênesis 31:32 RA). “Partiram de Betel, e, havendo ainda pequena distância para chegar a Efrata, deu à luz Raquel um filho, cujo nascimento lhe foi a ela penoso. Em meio às dores do parto, disse-lhe a parteira: Não temas, pois ainda terás este filho. Ao sair-lhe a alma (porque morreu), deu-lhe o nome de Benoni; mas seu pai lhe chamou Benjamim.” (Gênesis 35:16-18 RA)

Reflexão: Ame ao seu próximo, nunca tomando para si o que a ele pertence. Ame o seu próprio trabalho e alegre-se pela capacidade de fazer suas próprias conquistas.

9º Mandamento

“Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.” (Êxodo 20:16 RA)

O nosso Deus ama a verdade. O pai da mentira é o diabo: “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.” (João 8:44 RA). O falso testemunho contra o próximo representa acusá-lo de algo que ele não fez. A quebra desse mandamento também acontece nas nossas relações interpessoais, na forma de calúnia, injúria, difamação, maledicência, mexericos, e afins.

Reflexão: Ame ao seu próximo falando acerca dele somente a verdade e o que for bom para a edificação.

10º Mandamento

“Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao teu próximo.” (Êxodo 20:17 RA)

Cobiçar significa desejar com o coração ter o que é do outro. O pecado da cobiça é o fruto da egolatria, onde as minhas coisas sempre precisam estar em primeiro lugar. Através da cobiça se quebram os outros mandamentos também: matamos porque cobiçamos; mentimos, adulteramos e furtamos pelo mesmo motivo. Desonramos nossos pais quando eles não satisfazem nossas cobiças, e fazemos o mesmo com Deus, deixando de servi-lo quando nossas cobiças se tornam nossos deuses. Podemos desejar ter o que ainda não temos, contanto que essas conquistas sejam consequência da nossa relação com Deus.

Reflexão: Ame ao próximo alegrando-se com a prosperidade dele; ame a si mesmo, valorizando suas próprias conquistas; e ame a Deus, sendo grato por tudo o que ele lhe concede.

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Êxodo 21 – 21º Dia – 12/12/2010

O servo da orelha furada

“Porém, se o escravo expressamente disser: Eu amo meu senhor, minha mulher e meus filhos, não quero sair forro. Então, o seu senhor o levará aos juízes, e o fará chegar à porta ou à ombreira, e o seu senhor lhe furará a orelha com uma sovela; e ele o servirá para sempre.” (Êxodo 21:5-6 RA)

No capítulo anterior estudamos sobre os mandamentos e agora veremos os estatutos. Um estatuto regula questões referentes a comportamento e atitudes das pessoas dentro da sociedade. A primeira preocupação foi em regulamentar a forma de tratamento para com o servo ou escravo. Por seis anos o servo serviria ao senhor, mas no sétimo deveria sair livre. Se ele entrou solteiro e permaneceu solteiro, sai sozinho. Se entrou casado e com filhos, leva-os em sua saída. Se casou depois de entrar na casa, então ficam sua esposa e seus filhos, pois estes pertencem ao seu senhor. Mas se o servo disser que ama ao seu senhor, à sua esposa e seus filhos, então terá a oportunidade de ficar para sempre naquela casa. Diante dos juízes, o senhor fura a orelha do escravo, como um sinal público de que este, de livre e espontânea vontade, decidiu servi-lo para sempre. Assim se deu com o cristão. Servimos ao pecado por toda a nossa vida, mas Cristo nos libertou do antigo senhor. Passamos, então, a ser propriedade do nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos amou e nos comprou com o seu próprio sangue. Então, de livre e espontânea vontade, decidimos servi-lo para sempre.

Reflexão: Você possui um novo Senhor sobre a sua vida. Sirva-o de todo o coração para todo o sempre.

Uma noiva para o filho

“Se um homem vender sua filha para ser escrava, esta não lhe sairá como saem os escravos. Se ela não agradar ao seu senhor, que se comprometeu a desposá-la, ele terá de permitir-lhe o resgate; não poderá vendê-la a um povo estranho, pois será isso deslealdade para com ela. Mas, se a casar com seu filho, tratá-la-á como se tratam as filhas.” (Êxodo 21:7-9 RA)

A moça que se tornou escrava de um novo senhor, se for entregue ao seu filho para tornar-se esposa dele, então será tratada não mais como escrava, mas como uma pessoa livre. Será tida como filha do seu senhor e esposa do seu filho. Assim é a igreja de Cristo, tirada da escravidão do pecado no mundo para tornar-se filha de Deus e esposa do Cordeiro. “Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou,” (Apocalipse 19:7 RA)

Reflexão: Alegre-se pela expectativa do grande dia das bodas do Cordeiro, quando o noivo, Cristo, se unirá à sua noiva, a igreja, da qual você faz parte.

Pecados de morte

“Quem ferir a outro, de modo que este morra, também será morto. Porém, se não lhe armou ciladas, mas Deus lhe permitiu caísse em suas mãos, então, te designarei um lugar para onde ele fugirá. Se alguém vier maliciosamente contra o próximo, matando-o à traição, tirá-lo-ás até mesmo do meu altar, para que morra. Quem ferir seu pai ou sua mãe será morto. O que raptar alguém e o vender, ou for achado na sua mão, será morto. Quem amaldiçoar seu pai ou sua mãe será morto.” (Êxodo 21:12-17 RA)

Todas as situações acima demandariam a morte de quem provocou o dano. A única exceção, seria no caso daquele que matou porque Deus lhe entregou na mão para que fosse ferido. Nesse caso, Deus mesmo indicaria um lugar de refúgio para que houvesse proteção. A pena máxima que alguém poderia sofrer devido a algum pecado cometido era a própria morte. Daí a importância do sacrifício de Jesus. Ele pagou na cruz a mais alta sentença que poderia recair sobre alguém – a pena de morte. Ele morreu no lugar de todos nós.

Reflexão: Saiba que Jesus pagou com a sua própria vida a mais alta pena no seu lugar.

Na medida justa

“Mas, se houver dano grave, então, darás vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé,” (Êxodo 21:23-24 RA)

Há uma série de situações descritas neste capítulo que se resumem na orientação mencionada nesses dois versículos. Olho por olho e dente por dente. Já ouvimos muito falar sobre isso. Mas o que para muitos pode parecer uma regra dura e cruel, na verdade, deveria ser vista como uma forma de se estabelecer a justiça e evitar os excessos. Por exemplo: se o dano foi de um olho, jamais se poderia requerer a pena de morte. Isso foi necessário até que as questões pudessem ser dirimidas sob o ponto de vista da graça. Nos dias de Jesus, porém, um outro olhar se manifestou: “Ouvistes que foi dito: Olho por olho, dente por dente. Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra; e, ao que quer demandar contigo e tirar-te a túnica, deixa-lhe também a capa. Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas.” (Mateus 5:38-41 RA)

Reflexão: Saiba que o nosso Deus é justo e misericordioso. Em Cristo, a lei do perdão e do amor satisfaz a justiça de Deus.

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Êxodo 22 – 22º Dia – 13/12/2010

Deus de restituição

“Se alguém furtar boi ou ovelha e o abater ou vender, por um boi pagará cinco bois, e quatro ovelhas por uma ovelha.” (Êxodo 22:1 RA)

Grande parte dos versículos deste capítulo trata de restituição. Devolver em dobro ou até cinco vezes mais, quando houver situações de furto, morte de animais ou prejuízo no campo. Foi com essa consciência que Zaqueu, depois de arrependido, dispôs-se a restituir quatro vezes mais a todo aquele a quem tivesse defraudado: “Entrementes, Zaqueu se levantou e disse ao Senhor: Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais.” (Lucas 19:8 RA). A generosidade na restituição representava um arrependimento completo, com pleno e justo ressarcimento a quem foi prejudicado.

Reflexão: Seja generoso na restituição a quem recebeu algum agravo de sua parte.

Deus Santo

“A feiticeira não deixarás viver. Quem tiver coito com animal será morto. Quem sacrificar aos deuses e não somente ao SENHOR será destruído.” (Êxodo 22:18-20 RA)

A feitiçaria, o bestialismo (sexo com animais) e o sacrifício a outros deuses, sempre foram abomináveis aos olhos de Deus. Os povos pagãos utilizavam-se dessas práticas e justamente por causa delas é que estavam desocupando a terra para a chegada do povo de Israel. “pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR, teu Deus, os lança de diante de ti.” (Deuteronômio 18:12 RA). A pena era de morte para quem praticasse tais coisas. Um duro juízo, porém, necessário para que a terra não fosse contaminada. “Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda?” (1 Coríntios 5:6 RA)

Reflexão: Reconheça que Yahweh é santo e que seus filhos devem viver em santidade.

Deus Misericordioso

“Não afligirás o forasteiro, nem o oprimirás; pois forasteiros fostes na terra do Egito. A nenhuma viúva nem órfão afligireis. Se de algum modo os afligirdes, e eles clamarem a mim, eu lhes ouvirei o clamor; a minha ira se acenderá, e vos matarei à espada; vossas mulheres ficarão viúvas, e vossos filhos, órfãos.” (Êxodo 22:21-24 RA)

Aqui vemos um Deus de misericórdia para com o forasteiro (estrangeiro), para com a viúva e o órfão, e nos demais versículos, também para com o pobre. O povo deveria sempre lembrar-se do seu passado de escravidão no Egito, quando também era pobre e forasteiro. Assim como Israel ali clamou e foi ouvido, também Deus ouviria ao mais necessitado quando este viesse a clamar por socorro. Yahweh revela todo o seu caráter misericordioso, ordenando aos filhos de Israel que vivam no mesmo princípio de misericórdia. Tiago nos revela que a verdadeira religião está baseada no mesmo espírito compassivo: “A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo.” (Tiago 1:27 RA)

Reflexão: Procure crescer no conhecimento de Deus usando de misericórdia para com o próximo em suas necessidades.

Deus de autoridade

“Contra Deus não blasfemarás, nem amaldiçoarás o príncipe do teu povo. Não tardarás em trazer ofertas do melhor das tuas ceifas e das tuas vinhas; o primogênito de teus filhos me darás. Da mesma sorte, farás com os teus bois e com as tuas ovelhas; sete dias ficará a cria com a mãe, e, ao oitavo dia, ma darás. Ser-me-eis homens consagrados; portanto, não comereis carne dilacerada no campo; deitá-la-eis aos cães.” (Êxodo 22:28-31 RA)

Neste trecho o povo é admoestado a honrar ao seu Deus e às autoridades terrenas. O princípio de autoridade e submissão é estabelecido para que o povo pudesse caminhar em segurança, sempre debaixo da bênção da autoridade divina e das autoridades terrenas. “Disse-lhes, então, Jesus: Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. E muito se admiraram dele.” (Marcos 12:17 RA) Israel também é instruído a oferecer as primeiras coisas ao Senhor - o primogênito de toda a família e o primeiro dos animais. As primícias pertencem ao Senhor. As primeiras coisas depositadas aos pés de Deus representam a honra devida ao seu nome.

Reflexão: Submeta-se às autoridades dos céus e da terra, e ofereça sempre ao Senhor das primícias que ele mesmo lhe conceder.

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Êxodo 23 – 23º Dia – 14/12/2010

Deus Justo e Verdadeiro

“Não espalharás notícias falsas, nem darás mão ao ímpio, para seres testemunha maldosa. Não seguirás a multidão para fazeres mal; nem deporás, numa demanda, inclinando-te para a maioria, para torcer o direito. Nem com o pobre serás parcial na sua demanda.” (Êxodo 23:1-3 RA)

Yahweh através dos seus estatutos vai revelando seus atributos ao povo. Como Deus Justo e Verdadeiro não permite o espalhar de notícias falsas, nem a associação de alguém com o ímpio para ser testemunha maldosa contra o próximo. Ele adverte quanto ao perigo de se caminhar com a multidão quando ela está determinada a fazer o mal, ou quando a maioria está pervertendo o direito. A voz do povo não ecoa necessariamente a voz de Deus. A justiça e a verdade podem estar com a minoria ou apenas com uma única pessoa. Sendo assim, há de se ter a devida coragem para remar contra a maré e resistir ao mal. O pobre não deve ser favorecido numa demanda só por ser pobre. A justiça e a verdade são imparciais.

Reflexão: Procure trilhar a vereda da justiça e da verdade. Nela Yahweh sempre estará presente.

Deus Bondoso

“Se encontrares desgarrado o boi do teu inimigo ou o seu jumento, lho reconduzirás. Se vires prostrado debaixo da sua carga o jumento daquele que te aborrece, não o abandonarás, mas ajudá-lo-ás a erguê-lo.” (Êxodo 23:4-5 RA)

Os filhos de Israel deveriam ter um coração bondoso até para com o seu inimigo. Reconduzir o boi ou o jumento desgarrado, e ajudar o jumento prostrado a reerguer-se, eram atos nobres de alguém que faz o bem sem olhar a quem, nada esperando em troca. Jesus desenvolve essa visão: “Digo-vos, porém, a vós outros que me ouvis: amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam; bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos caluniam.” (Lucas 6:27-28 RA). Paulo também ensina: “Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça.” (Romanos 12:20 RA)

Reflexão: A bondade deve fazer parte do seu caráter assim como é própria da natureza de Deus.

Deus do descanso

“Seis anos semearás a tua terra e recolherás os seus frutos; porém, no sétimo ano, a deixarás descansar e não a cultivarás, para que os pobres do teu povo achem o que comer, e do sobejo comam os animais do campo. Assim farás com a tua vinha e com o teu olival. Seis dias farás a tua obra, mas, ao sétimo dia, descansarás; para que descanse o teu boi e o teu jumento; e para que tome alento o filho da tua serva e o forasteiro.” (Êxodo 23:10-12 RA)

O próprio Senhor do Universo descansou e deixou esse princípio para ser vivido pelos homens. No descanso do homem, a terra se restaura. No descanso do homem, o pobre e os animais se fartam. No descanso do homem, descansam os animais e tomam alento os servos e os estrangeiros. O ensino do descanso aniquila as raízes da avareza, da ganância e do egoísmo, porque dá-se lugar para pensar nos outros e em suas necessidades. O senso de que a terra é do Senhor e tudo o que nela há, também fica impregnado na mente dos que entendem que são apenas mordomos, administradores do que Deus lhes confiou.

Reflexão: Não seja escravo do trabalho e perceba que no seu descanso há crescimento pessoal e edificação dos que vivem ao seu redor.

Deus de festa

“Guardarás a Festa dos Pães Asmos; sete dias comerás pães asmos, como te ordenei, ao tempo apontado no mês de abibe, porque nele saíste do Egito; ninguém apareça de mãos vazias perante mim. Guardarás a Festa da Sega, dos primeiros frutos do teu trabalho, que houveres semeado no campo, e a Festa da Colheita, à saída do ano, quando recolheres do campo o fruto do teu trabalho. Três vezes no ano, todo homem aparecerá diante do SENHOR Deus.” (Êxodo 23:15-17 RA)

Yahweh é Deus de celebração. Cada Festa Anual possui um significado profético. A Festa dos Pães Asmos é sucedida pela Páscoa. Acontecem juntas e representam a libertação de Israel do jugo egípcio. Para nós, fala do sacrifício do Cordeiro Pascal, Jesus, em nosso favor, e da nova vida em Cristo na qual fomos introduzidos. Nova vida sem o fermento do pecado. A segunda Festa é a da Sega, também conhecida como a Festa das Primícias, ou primeiros frutos. Acontecia sempre cinquenta dias após a Páscoa, e, por isso, era chamada também de Pentecostes. O seu significado profético revelou-se no Novo Testamento, quando, no dia de Pentecostes, cinquenta dias após a morte de Cristo, o Espírito Santo desceu sobre a igreja reunida, e na sucessão dos fatos o evangelho é pregado com quase três mil almas se rendendo a Cristo e sendo batizadas. Elas representam os primeiros frutos de vidas salvas. “Então, os que lhe aceitaram a palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas.” (Atos 2:41 RA). A última Festa é a da Colheita, também conhecida como Festa dos Tabernáculos, ou Festa das Cabanas. O Verbo se fez carne e “tabernaculou” entre nós. Cristo veio, viveu e morreu por nós. Ele morou entre nós, partiu, mas prometeu voltar. A Festa dos Tabernáculos marca o fim da colheita, quando o fruto é totalmente colhido na saída do ano. Aguardamos com expectativa o dia em que a igreja concluirá o seu trabalho na terra e morará para sempre com o Senhor. O noivo virá buscar a noiva para tabernacular para sempre com ela. Israel também receberá o Messias, no devido tempo, quando reinará sobre todas as nações a partir de Jerusalém.

Reflexão: Entenda o significado profético das festas e regozije-se por fazer parte da sua realidade espiritual.

Deus da bênção


“Servireis ao SENHOR, vosso Deus, e ele abençoará o vosso pão e a vossa água; e tirará do vosso meio as enfermidades. Na tua terra, não haverá mulher que aborte, nem estéril; completarei o número dos teus dias.” (Êxodo 23:25-26 RA)

Sustento, saúde, fertilidade e longevidade. As bênçãos de Yahweh são generosas e alcançam a todos os que o servem de coração. Quando guardamos os seus mandamentos de boa vontade, provamos amá-lo com todo o nosso ser: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos.” (João 14:15 RA). O resultado dessa relação harmoniosa é a bênção do Senhor em todo o nosso caminhar.

Reflexão: Receba em seus dias a bênção do sustento, da saúde, da fertilidade e da longevidade em nome de Jesus.

Deus da conquista estratégica

“Não os lançarei de diante de ti num só ano, para que a terra se não torne em desolação, e as feras do campo se não multipliquem contra ti. Pouco a pouco, os lançarei de diante de ti, até que te multipliques e possuas a terra por herança.” (Êxodo 23:29-30 RA)

As conquistas de Israel na terra prometida deveriam ser graduais. Passo a passo. Os inimigos não seriam expulsos em um único ano, porque isso seria um prejuízo para a terra e para os seus novos habitantes. A presença do inimigo lá, portanto, ainda serviria aos propósitos de Deus para o bem do povo. Devemos entender que as coisas em nossa vida também não acontecem da noite para o dia. Não é assim que Deus trabalha. Precisamos vencer um inimigo por vez. Na medida em que os vencemos gradativamente, cada vez nos tornamos mais experientes e maduros, prontos para novas conquistas. Não podemos queimar etapas, nem nos precipitarmos. O Senhor nos levará a bom termo no seu devido tempo.

Reflexão: Creia na condução de Deus para as conquistas necessárias em sua vida, gradativamente.

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Êxodo 24 – 24º Dia – 15/12/2010

Preparando-se para a Aliança

“Disse também Deus a Moisés: Sobe ao SENHOR, tu, e Arão, e Nadabe, e Abiú, e setenta dos anciãos de Israel; e adorai de longe. Só Moisés se chegará ao SENHOR; os outros não se chegarão, nem o povo subirá com ele.” (Êxodo 24:1-2 RA)

Vimos nas reflexões anteriores que Yahweh estava ministrando ao seu povo os mandamentos e os estatutos a serem observados por eles. O propósito disso tudo era viabilizar um caminho por onde Israel pudesse ter um nível de maior intimidade com Deus. Lembre-se que antes de dar os mandamentos e os estatutos, o Senhor desceu sobre o monte de forma assustadora, em meio a nuvens e trevas, sendo que somente Moisés poderia subir a Ele. Agora, no entanto, o Altíssimo já convida um número maior de pessoas para subir, mesmo que eles tenham de ficar ao longe. Foi um progresso! O que aconteceu entre a sua descida ao topo do monte e o momento atual? A resposta é: a aliança com seu povo. Vamos detalhar sobre alguns elementos da aliança que Israel concorda em fazer com seu Deus, que acaba viabilizando uma nova relação entre eles.

Reflexão: Entenda que embora o pecado tenha separado o homem de Deus, Deus mesmo providenciou um meio de aproximação.

Os termos da aliança

“Veio, pois, Moisés e referiu ao povo todas as palavras do SENHOR e todos os estatutos; então, todo o povo respondeu a uma voz e disse: Tudo o que falou o SENHOR faremos.” (Êxodo 24:3 RA)

Antes de Moisés subir com Arão, Nadabe, Abiu e os setenta anciãos, conforme Deus havia pedido, ele desce primeiro ao povo e relata-lhes os mandamentos e os estatutos. Aquilo era necessário porque uma aliança deve ser feita de forma consciente e voluntária. Israel precisava concordar em entrar em aliança com Deus, e por isso, necessitava entender quais seriam os termos dessa aliança. Ninguém assina um contrato sem antes lê-lo; muito menos uma aliança. Depois de fazer a leitura de tudo o que o Senhor havia falado e que estava registrado em um livro, o povo, a uma só voz responde: “Tudo o que falou o SENHOR faremos”. Pronto! Isso já foi suficiente para se dar os outros passos rumo à concretização do pacto.

Reflexão: A sua aliança com Deus deve ser consciente e voluntária.

As duas partes na aliança

“Moisés escreveu todas as palavras do SENHOR e, tendo-se levantado pela manhã de madrugada, erigiu um altar ao pé do monte e doze colunas, segundo as doze tribos de Israel.” (Êxodo 24:4 RA)

Depois que o povo concordou com os termos da aliança, no dia seguinte, bem de madrugada, Moisés levantou um altar no pé do monte e erigiu doze colunas. O altar apontava para Deus e as doze colunas, para as tribos de Israel. As duas partes estavam envolvidas na aliança.

Reflexão: Deus fez uma aliança com você.

O sacrifício

“E enviou alguns jovens dos filhos de Israel, os quais ofereceram ao SENHOR holocaustos e sacrifícios pacíficos de novilhos.” (Êxodo 24:5 RA)

Toda aliança envolvia um sacrifício. A morte de animais esteve presente desde que Adão pecou. Para cobrir a nudez do primeiro casal foi necessária a morte de um animal. Aí se deu o primeiro sacrifício para cobrir o pecado do mundo. Jesus foi o sacrifício oferecido pelo Pai, a fim de resgatar o mundo dos seus pecados: “No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (João 1:29 RA)

Reflexão: Olhe para Jesus na cruz e veja-o como o sacrifício de Deus oferecido em seu lugar.

O sangue

“Moisés tomou metade do sangue e o pôs em bacias; e a outra metade aspergiu sobre o altar.” (Êxodo 24:6 RA). “Então, tomou Moisés aquele sangue, e o aspergiu sobre o povo, e disse: Eis aqui o sangue da aliança que o SENHOR fez convosco a respeito de todas estas palavras.” (Êxodo 24:8 RA)

O sangue era o sinal de que alguém havia morrido em lugar de outro. Com sangue se selavam as alianças. Ele foi aspergido sobre o altar e sobre o povo, depois que este confirma o desejo de selar o pacto. Com sangue Jesus estabeleceu uma nova aliança com o seu povo. Não mais com sangue de animais, mas com o seu próprio sangue. “Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós.” (Lucas 22:20 RA). “sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós” (1 Pedro 1:18-20 RA)

Reflexão: Saiba que o sangue de Cristo é poderoso para nos resgatar do pecado e da morte eterna.

Acesso à presença gloriosa do Altíssimo

“E subiram Moisés, e Arão, e Nadabe, e Abiú, e setenta dos anciãos de Israel. E viram o Deus de Israel, sob cujos pés havia uma como pavimentação de pedra de safira, que se parecia com o céu na sua claridade. Ele não estendeu a mão sobre os escolhidos dos filhos de Israel; porém eles viram a Deus, e comeram, e beberam.” (Êxodo 24:9-11 RA)

Depois que a aliança foi firmada, então Moisés e todos aqueles a quem o Senhor havia convidado, puderam subir e ver a glória de Deus. Não o viram face a face, mas percebemos claramente que a aproximação do povo para com o seu Deus já era em um nível mais elevado. O registro bíblico é maravilhoso: “E viram o Deus de Israel, sob cujos pés havia uma como pavimentação de pedra de safira, que se parecia com o céu na sua claridade”. Que descrição tremenda! O texto ainda nos fala que o Senhor não estendeu a mão sobre os escolhidos dos filhos de Israel; ou seja, Deus não os destruiu. Um novo caminho estava se abrindo do povo em direção ao Deus de Israel. Um novo e vivo caminho estava se configurando por meio do sangue; obra que é concluída através do sangue de Cristo. “Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne,” (Hebreus 10:19-20 RA)

Reflexão: Aproxime-se de Deus com segurança e veja a glória de Deus em seu espírito, por meio do caminho aberto pelo sangue de Cristo.

A refeição memorial

“Ele não estendeu a mão sobre os escolhidos dos filhos de Israel; porém eles viram a Deus, e comeram, e beberam.” (Êxodo 24:11 RA)

O relato ainda diz que eles viram a Deus, e comeram, e beberam. Uma aliança envolvia uma refeição memorial. Todos os que puderam subir comeram e beberam na presença de Yahweh, celebrando a aliança estabelecida em favor de toda a nação. Na ceia do Senhor temos a celebração da nossa aliança com Deus através do corpo partido e do sangue vertido por Jesus. A ceia da qual os discípulos participaram aconteceu em meio a uma refeição. No meio dela, Jesus tomou pão e o partiu, bem como tomou do cálice e o deu aos discípulos. Todas as vezes em que participamos da ceia do Senhor, estamos revivendo os elementos integrantes de uma aliança.

Reflexão: Alegre-se pela oportunidade de ver a glória de Deus e de comer e beber em sua presença, celebrando a aliança feita entre Ele e você, por meio do sangue de Cristo.

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Êxodo 25 – 25º Dia – 16/12/2010

Coração que se move voluntariamente

“Fala aos filhos de Israel que me tragam oferta; de todo homem cujo coração o mover para isso, dele recebereis a minha oferta.” (Êxodo 25:2 RA)

O Tabernáculo será levantado no deserto. Quando os filhos de Israel saíram do Egito apressadamente, pediram aos vizinhos ofertas de ouro, prata, tecidos, outras coisas mais, e as receberam. Deus tinha em mente levantar uma grande tenda especial, onde faria repousar sua glória. Chega o momento em que Yahweh começa a dar instruções acerca de como o levantar, e, por isso, orienta Moisés a pedir ao povo que tragam as ofertas. O destaque é que elas deveriam partir de homens e mulheres cujos corações os movessem para isso. Entendemos assim, que o tabernáculo de Deus entre os homens sempre será resultado de corações que se movem voluntariamente. Não será por força ou obrigação. Não será por atitudes meramente religiosas, nem para aparecer aos outros. Também percebemos que Deus mesmo se moveria no coração das pessoas para que elas ofertassem de acordo com a necessidade do tabernáculo. Deus é o Senhor da Seara. Ele sabe quais as necessidades e quem tem exatamente o que se precisa para suprir tais demandas. Seu Espírito se move tocando os corações de forma específica, para que as ofertas atinjam seus objetivos propostos.

Reflexão: Permita ao Espírito Santo tocar o seu coração em relação às coisas do Reino de Deus.

Os materiais

“Esta é a oferta que dele recebereis: ouro, e prata, e bronze, e estofo azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino, e pêlos de cabra, e peles de carneiro tintas de vermelho, e peles finas, e madeira de acácia, azeite para a luz, especiarias para o óleo de unção e para o incenso aromático, pedras de ônix e pedras de engaste, para a estola sacerdotal e para o peitoral.” (Êxodo 25:3-7 RA)

a) Ouro – Fala da divindade. Jesus é Deus - “Isto disse Isaías porque viu a glória dele e falou a seu respeito.” (João 12:41 RA)
b) Prata – Fala da redenção. José e Jesus foram vendidos por moedas de prata. A prata é o preço de redenção. Judas foi pago com moedas de prata. O tabernáculo foi erguido sobre bases de prata, portanto, sobre as bases da redenção que há em Cristo. Ele é quem nos redime dos nossos pecados - “no qual temos a redenção, a remissão dos pecados.” (Colossenses 1:14 RA)
c) Bronze – Fala de juízo. Sua grande resistência às altas temperaturas, fez dessa liga um material muito importante, principalmente no altar do holocausto. Cristo suportou as mais altas temperaturas do juízo divino sobre si mesmo em nosso lugar. “Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.” (Isaías 53:5 RA)
d) Estofo Azul – Fala do céu. Lembra-nos da nossa natureza celestial e que é para lá que vamos. Cristo é dos céus - “Quem vem das alturas certamente está acima de todos; quem vem da terra é terreno e fala da terra; quem veio do céu está acima de todos” (João 3:31 RA)
e) Púrpura – Fala de realeza. Jesus é o Rei dos reis e Senhor dos senhores. “Os teus olhos verão o rei na sua formosura, verão a terra que se estende até longe.” (Isaías 33:17 RA)
f) Carmesim – Fala do sangue e do sacrifício. O carmesim era extraído de um inseto, também conhecido como verme, que ajuntados em grande quantidade, eram espremidos, secados e transformados em pó, resultando nesse tom. Cristo se fez verme, esmagado por nossos pecados - “Mas eu sou verme e não homem; opróbrio dos homens e desprezado do povo.” (Salmos 22:6 RA)
g) Linho Fino – Fala de pureza. Em Cristo não há impureza. “E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro. Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei. Sabeis também que ele se manifestou para tirar os pecados, e nele não existe pecado.” (1 João 3:3-5 RA)
h) Pêlos de cabra – Fala do sacrifício expiatório. Cristo se fez o bode expiatório que levou nossas culpas - “Assim, aquele bode levará sobre si todas as iniqüidades deles para terra solitária; e o homem soltará o bode no deserto.” (Levítico 16:22 RA)
i) Peles de carneiro tingidas de vermelho – Fala do sacrifício substitutivo. Jesus é o carneiro que nos substituiu. Abraão ofereceu um carneiro no lugar do seu filho, Isaque - “Tendo Abraão erguido os olhos, viu atrás de si um carneiro preso pelos chifres entre os arbustos; tomou Abraão o carneiro e o ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho.” (Gênesis 22:13 RA).
j) Peles finas (peles de texugo) – Fala da humanidade de Jesus. Faziam parte da cobertura final do tabernáculo, e eram muito simples na sua aparência - “Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse.” (Isaías 53:2 RA)
k) Madeira de Acácia – Fala da incorruptibilidade de Cristo - “pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente.” (1 Pedro 1:23 RA)
l) Óleo – Fala de Cristo cheio do Espírito Santo - “como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele;” (Atos 10:38 RA)
m) Incenso – Fala da Intercessão de Cristo - “Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.” (Hebreus 7:25 RA)
n) Pedras – Fala da nova natureza espiritual em Cristo - “também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo.” (1 Pedro 2:5 RA)

Reflexão: Cristo é tudo em todos. Não há sentido na vida sem ele.

Habitar no meio deles

“E me farão um santuário, para que eu possa habitar no meio deles. Segundo tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o fareis.” (Êxodo 25:8-9 RA)

Na reflexão anterior vimos que Deus começou a estar mais próximo do seu povo, a partir do momento em que a aliança foi feita ao pé do monte. Na ocasião também vimos que Moisés, Arão, Nadabe, Abiu e os setenta anciãos, viram a Deus em sua glória, ainda que de longe, e não morreram. Agora, por meio do levantamento do tabernáculo, Ele vem para o meio do povo. É Deus descendo ao homem para comungar com ele. O formato desse tabernáculo seria conforme o modelo a ser mostrado no monte. Ele seria apenas uma réplica do original existente no céu.

Reflexão: Entenda que você e eu somos o tabernáculo de Deus na terra, onde o Espírito Santo habita.

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Êxodo 26 – 26º Dia – 17/12/2010

A arca da aliança

“Também farão uma arca de madeira de acácia; de dois côvados e meio será o seu comprimento, de um côvado e meio, a largura, e de um côvado e meio, a altura. De ouro puro a cobrirás; por dentro e por fora a cobrirás e farás sobre ela uma bordadura de ouro ao redor.” (Êxodo 25:10-11 RA)

Devido à riqueza de detalhes contidos no capítulo 25 de Êxodo, precisamos ocupar um pouco do espaço reservado ao capítulo 26 para completar o estudo. Não podemos deixar de refletir sobre a arca, a mesa e o candelabro. A arca da aliança era a peça mais importante do tabernáculo. Feita de madeira de acácia e revestida de ouro puro, ela era um tipo de Cristo na sua humanidade incorruptível (madeira de acácia) e divindade (ouro puro). Como madeira de acácia também representava a Cristo sob outros aspectos, de uma vez que procedia de uma árvore capaz de se desenvolver em terrenos degradados, áridos, ácidos e pobres. Assim foi Jesus uma madeira de acácia entre nós, convivendo conosco em um mundo empobrecido pelo pecado e pelo jugo de Satanás. No entanto, permaneceu incorruptível, perfeito, sem nunca haver se deteriorado. Como ouro puro representava a divindade - “Eu e o Pai somos um.” (João 10:30 RA). “Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas,” (Hebreus 1:3 RA)

Reflexão: Cristo se fez madeira de acácia para conhecer os seus desertos, mas transformará o seu interior para que você conheça o ouro da natureza do Pai.

O propiciatório

“Farás também um propiciatório de ouro puro; de dois côvados e meio será o seu comprimento, e a largura, de um côvado e meio...Porás o propiciatório em cima da arca; e dentro dela porás o Testemunho, que eu te darei.” (Êxodo 25:17 e 21 RA)

O propiciatório era a tampa da arca. Dois querubins foram esculpidos sobre ele, ambos olhando para a arca. Dali o Senhor falaria com Moisés e este com o povo. Essa peça representava o favor de Deus sobre o povo, porque ali era aspergido o sangue dos sacrifícios feitos em favor de Israel. Portanto, os pecados da nação eram ali “cobertos” de maneira que o favor divino pudesse ser liberado. Essa era a função principal do propiciatório – cobrir os pecados do homem. No Novo Testamento, Jesus foi a verdadeira expressão do que o propiciatório simbolizava. Através do seu sacrifício e da aspersão do seu sangue, Deus se tornou propício (favorável) a nós.

Reflexão: O sacrifício de Cristo e o derramar do seu sangue, fizeram com que Deus se tornasse favorável a você.

A mesa

“Também farás a mesa de madeira de acácia; terá o comprimento de dois côvados, a largura, de um côvado, e a altura, de um côvado e meio;” (Êxodo 25:23 RA)

A mesa é símbolo de extensão da comunhão com alguém. Nela eram colocados continuamente os pães da proposição, também chamados de pães da presença, que eram comidos pelos sacerdotes diariamente. O simbolismo parece-nos claro. Somos convidados a ter comunhão com Deus assentando-nos à sua mesa. Hoje somos os sacerdotes que se alimentam do Pão da Vida, Jesus, cuja face sempre está diante do Pai.

Reflexão: Alimente-se de Cristo todos os dias, comungando com ele através da Palavra de Deus, da oração e do relacionamento.

O candelabro

O candelabro iluminava o interior do Lugar Santo, onde estavam a mesa e o altar do incenso. Sua luz também se projetava para além do véu onde se encontrava a arca da aliança. Jesus é o candelabro do tabernáculo - “De novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida.” (João 8:12 RA). É interessante percebermos que a luz do candelabro iluminava a mesa dos pães da presença - “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” (1 João 1:7 RA). A luz, portanto, se projeta sobre a mesa da comunhão. É impossível dizermos que vivemos na luz, que nos alimentamos de Cristo, que temos comunhão com ele e com os outros, e mesmo assim andarmos nas trevas do ódio, das inimizades e contendas. A luz do candelabro também ilumina o altar do incenso. As reais necessidades dos santos bem como deste mundo perdido só serão de fato discernidas sob o refletir da luz de Cristo.

Reflexão: Deixe a luz de Cristo iluminar a sua vida de comunhão com Deus e com os outros, norteando também a sua vida de oração.

O tabernáculo

“Farás cinqüenta colchetes de ouro, com os quais prenderás as cortinas uma à outra; e o tabernáculo passará a ser um todo.” (Êxodo 26:6 RA)

Entrando no capítulo 26, falaremos sobre o tabernáculo. Ele era uma grande tenda dentro da qual todas as peças da mobília cumpriam seus papéis específicos. Como vimos na descrição das ofertas entregues pelo povo, ele se constituía de várias cortinas e cobertas de diferentes espécies, mas todas ligadas e entrelaçadas de forma a constituir uma única tenda. Se você rever os materiais com que ele foi construído encontrará na lista os itens para confecção das cortinas e cobertas. Apenas citando alguns deles, temos o estofo azul, a púrpura e o carmesim. O céu, a realeza e o sacrifício de Cristo estavam presentes em figura por quase toda a extensão interna do tabernáculo. Trazendo para os nossos dias, temos na Igreja de Cristo a materialização do que estava sendo tipificado ali. A igreja é do céu e não da terra, constituída de reis e sacerdotes, e seus membros se fizeram integrantes dela somente através do sacrifício do Cordeiro - “Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.” (Efésios 4:15-16 RA). Além dos materiais citados acima, todos os demais anunciam verdades redentoras igualmente presentes no Corpo de Cristo, sua igreja. Madeiras de acácia também foram empregadas na obra. A igreja é composta de homens e mulheres tirados do deserto deste mundo para se tornarem parte integrante da habitação de Deus na terra. Madeira dura e cheia de nós que se esquece da sua origem terrena depois de revestida do ouro celestial - “Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1 Coríntios 3:16 RA). O véu que ficava entre o Santo dos santos (lugar onde ficava a arca da aliança) e o Lugar Santo (lugar da mesa, do candelabro e do altar do incenso), também possui um significado especial – o corpo físico de Jesus: “pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne,” (Hebreus 10:20 RA). Uma vez partido e moído o seu corpo terreno, a Bíblia diz que o véu do templo se rasgou de alto a baixo, dizendo que o acesso à presença de Deus havia sido liberado - “Eis que o véu do santuário se rasgou em duas partes de alto a baixo; tremeu a terra, fenderam-se as rochas;” (Mateus 27:51 RA).

Reflexão: Somos habitação do Altíssimo aqui na terra. Seu Espírito glorioso agora vive em nós, por meio do sacrifício de Cristo.

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Êxodo 27 – 27º Dia – 18/12/2010

O altar do holocausto

“Farás também o altar de madeira de acácia; de cinco côvados será o seu comprimento, e de cinco, a largura (será quadrado o altar), e de três côvados, a altura.” (Êxodo 27:1 RA)

A primeira peça da mobília para quem entra nos limites do tabernáculo é o altar do holocausto. Ele era um sinal de que não havia nenhuma possibilidade de nos aproximarmos de Deus sem a mediação de um sacrifício. Nele os animais eram sacrificados como oferta pelo pecado do povo. Tinha de ser de bronze pela resistência dessa liga às altas temperaturas a que a peça era exposta. Ele tipifica a cruz do calvário que foi o lugar do sacrifício do Cordeiro de Deus, Jesus. Cristo resistiu às mais altas temperaturas do juízo divino sobre si em nosso lugar, oferecendo-se como sacrifício substitutivo. Não podemos nos aproximar de Deus sem passarmos primeiro pelo altar do holocausto. Ali nos encontramos com Cristo ao pé da cruz e morremos com ele por identificação.

Reflexão: Permita que a sua vida seja sempre um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, no altar do holocausto, onde morremos para nós mesmos a cada dia.

O átrio

“Farás também o átrio do tabernáculo; ao lado meridional (que dá para o sul), o átrio terá cortinas de linho fino retorcido; o comprimento de cada lado será de cem côvados.” (Êxodo 27:9 RA)

O átrio era a área externa do tabernáculo, de acesso livre a todas as pessoas. Nele se achavam o altar do holocausto e a pia de bronze. Ele simboliza o lugar onde vivem os pecadores, carentes da graça e do perdão de Deus, fora da tenda. Jesus se identificou com eles de maneira a viver entre eles. Comeu e bebeu com os pecadores não sendo porém um deles. Morreu também fora da tenda em uma cruz horrenda representada pelo altar do holocausto - “E sucedeu que, estando ele em casa, à mesa, muitos publicanos e pecadores vieram e tomaram lugares com Jesus e seus discípulos.” (Mateus 9:10 RA). Hoje, o nosso papel é conduzir os pecadores até então restritos ao átrio, a passarem pelo altar do holocausto onde morrem para si mesmos e vivem para Deus. Precisamos levá-los às águas do batismo e à introdução em uma nova relação de comunhão com o Pai, só que agora, já dentro da tenda.

Reflexão: Você deve levar pecadores ao arrependimento para que sejam introduzidos em uma nova relação de intimidade com Cristo.

O azeite para o candelabro

“Ordenarás aos filhos de Israel que te tragam azeite puro de oliveira, batido, para o candelabro, para que haja lâmpada acesa continuamente.” (Êxodo 27:20 RA)

O azeite para o candelabro era extraído do fruto da oliveira. Passada pelas prensas algumas vezes, a primeira extração representava o melhor e mais puro azeite. Jesus foi espremido no Jardim das Oliveiras, também conhecido como Getsêmani - “lagar de azeite”. Ali ele experimentou a pressão da primeira prensa de onde se extraiu o precioso azeite. Sua entrega sacrificial permitiu-nos usufruir até aos dias de hoje e nos permitirá por toda a eternidade, do azeite que mantém acesa a luz do candelabro. Sua luz nunca se apagará! Esse azeite devia ser trazido pelo povo aos sacerdotes continuamente. Por isso Jesus se fez homem a fim de trazer a sua generosa contribuição em lugar e para benefício de todos nós.

Reflexão: Saiba que as pressões da vida contribuirão para revelar ao mundo o precioso azeite, fruto do que Cristo tem produzido em seu coração.

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Êxodo 28 – 28º Dia – 19/12/2010

Glória e ornamento

“Farás vestes sagradas para Arão, teu irmão, para glória e ornamento.” (Êxodo 28:2 RA)

As vestes sacerdotais são ricas em significado espiritual. Não temos condições de nos ater a todos os detalhes tanto por falta de espaço quanto por falta de revelação. Mesmo assim, alguns aspectos são claros. Essas vestes deviam suscitar no coração dos filhos de Israel a devida honra por esse ofício. Por meio dele é que as culpas do povo seriam levadas diante de Deus e a intercessão em seu favor seria ministrada. Por isso eram para glória. Também eram para ornamento. O nosso Deus ama o belo e o formoso. É Ele quem faz tudo formoso ao seu tempo. O pecado degrada, empobrece e avilta, mas o Espírito de Deus restaura e enobrece. Portanto, o oficio sacerdotal deveria ser considerado como algo glorioso e formoso, justamente porque por intermédio dele a glória e a formosura dos céus poderiam ser uma realidade no meio do povo. A glória e o ornamento divinos estiveram presentes na vida de Cristo, nosso sumo-sacerdote - “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.” (João 1:14 RA)

Reflexão: Saiba que o seu ministério sacerdotal nos dias de hoje, em Cristo, traz a glória e o ornamento para o mundo em que você vive e pelo qual intercede.

As vestes sacerdotais

“As vestes, pois, que farão são estas: um peitoral, uma estola sacerdotal, uma sobrepeliz, uma túnica bordada, mitra e cinto. Farão vestes sagradas para Arão, teu irmão, e para seus filhos, para me oficiarem como sacerdotes.” (Êxodo 28:4 RA)

a) A estola sacerdotal (éfode) – era a vestimenta mais sagrada. Possuía em seus ombros duas pedras de ônix nas quais os nomes dos filhos de Israel foram gravados, seis em cada lado. O sumo-sacerdote levava os nomes dos filhos de Israel em seus ombros, toda vez que entrava no Santíssimo Lugar. Cristo em seu oficio sacerdotal levou sobre seus próprios ombros o fardo de todos nós - “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma.” (Mateus 11:28-29 RA)

b) O peitoral – nele foram fixadas doze pedras preciosas que representavam as tribos de Israel. Ligadas ao peito, os filhos de Israel estavam ligados ao coração. Além das pedras preciosas, duas outras também se destacavam – o Urim (luzes) e o Tumim (perfeições). A tradição nos diz que havia um halo de luz sobre o Urim quando Deus indicava aprovar um determinado assunto - seria o SIM de Deus; ou uma sombra sobre o Tumim, quando Deus desaprovava. Hoje o Urim e o Tumim estão em nosso coração. Somos guiados pelo Espírito e podemos perceber em nosso interior tanto o SIM quanto o NÃO, através do testemunho interior - “Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos.” (Colossenses 3:15 RA). “pois, se o nosso coração nos acusar, certamente, Deus é maior do que o nosso coração e conhece todas as coisas. Amados, se o coração não nos acusar, temos confiança diante de Deus;” (1 João 3:20-21 RA)

c) A sobrepeliz (túnica azul) – A túnica azul ficava por dentro da estola sacerdotal. No final desse manto foram fixados pequenos sinos e romãs. Os sinos se faziam ouvir do lado de fora do Santíssimo Lugar, quando lá entrava o sumo-sacerdote para ministrar em favor do povo. Se elas parassem de tocar é porque a oferta não fora aceita, levando o sumo-sacerdote à morte. As romãs são sinônimo de frutificação, pelas muitas sementes. Cristo é o sumo-sacerdote fiel e ao mesmo tempo sacrifício perfeito, aceito por Deus por causa do precioso fruto de uma vida íntegra.

d) A túnica bordada (túnica branca) – Era de linho fino que representa as obras de justiça - “pois lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos.” (Apocalipse 19:8 RA). Cristo teve suas vestes repartidas ao pé da cruz, simbolizando estar repartindo da sua justiça com os homens, justificando-os com o seu sangue precioso.

e) A mitra – Era um turbante sobre a cabeça do sumo-sacerdote tendo à sua frente uma lâmina dourada com os dizeres – “Santidade à YHWH”. Somente alguém que vivesse em santidade poderia se harmonizar com o Deus Santo. Cristo é o sumo-sacerdote de mitra de linho fino e de santidade plena e inquestionável - “Disse Pilatos aos principais sacerdotes e às multidões: Não vejo neste homem crime algum.” (Lucas 23:4 RA)

f) O cinto – Ligava toda a vestimenta sacerdotal. Com as cores azul, púrpura, escarlate e linhas douradas, harmonizava-se com todos os símbolos presentes no tabernáculo. O sumo-sacerdote precisava estar em linha com as verdades ali contidas. Cristo viveu em plena harmonia com as verdades do tabernáculo. O celestial, a realeza, o sangue e o divino foram marcas da verdade que projetou ao mundo - “Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação;” (Colossenses 1:15 RA)

Reflexão: Saiba que Cristo foi e continua sendo o nosso sumo-sacerdote perfeito e perfeitamente capaz de interceder em nosso favor diante do Pai.

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Êxodo 29 – 29º Dia – 20/12/2010

A purificação

“Então, farás que Arão e seus filhos se cheguem à porta da tenda da congregação e os lavarás com água;” (Êxodo 29:4 RA)

Para a consagração do sumo-sacerdote e dos seus filhos, a primeira ordenança do Senhor era a lavagem com água. Eles seriam as pessoas a interceder em favor de toda a nação. Sendo assim, teriam de exercer um ministério santo e puro, de forma a serem aceitos diante do Deus Santo. Cristo sempre foi excelente em santidade e pureza, no entanto, submeteu-se ao batismo nas águas dizendo ser necessário cumprir toda a justiça de Deus - “Mas Jesus lhe respondeu: Deixa por enquanto, porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o admitiu.” (Mateus 3:15 RA). Ali no Jordão, portanto, ele estava sendo consagrado ao seu ofício sacerdotal em nosso favor. Somos os reis e sacerdotes de hoje, e a purificação que nos introduz a esse serviço glorioso passa pelo mesmo caminho do batismo nas águas e da santificação dia a dia pela própria Palavra de Deus - “para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra,” (Efésios 5:26 RA)

Reflexão: A Palavra de Deus continua sendo o grande instrumento para a purificação da sua vida.

As vestimentas

“depois, tomarás as vestes, e vestirás Arão da túnica, da sobrepeliz, da estola sacerdotal e do peitoral, e o cingirás com o cinto de obra esmerada da estola sacerdotal; pôr-lhe-ás a mitra na cabeça e sobre a mitra, a coroa sagrada.” (Êxodo 29:5-6 RA)

Depois de purificados, Arão e seus filhos teriam de colocar as vestes sacerdotais para serem ungidos com elas. A unção consagrava a pessoa e o ofício. Andariam juntos a partir de então. O ofício sacerdotal estaria fazendo parte da vida de Arão e de seus filhos para sempre, e por isso, receberam a unção vestidos de acordo com o ofício que ora recebiam. Não pode haver incompatibilidade entre o que somos e o que fazemos. Diz-se de Jesus que ele é sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedeque - “onde Jesus, como precursor, entrou por nós, tendo-se tornado sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.” (Hebreus 6:20 RA)

Reflexão: A identidade sacerdotal precisa estar impregnada em seu ser. Viva como um intercessor a favor da humanidade.

A unção

“Então, tomarás o óleo da unção e lho derramarás sobre a cabeça; assim o ungirás.” (Êxodo 29:7 RA)

A unção derramada liberava a capacitação divina para o exercício do ofício. Sem o favor de Deus, Arão, ou qualquer outro descendente, não poderiam interceder em favor de ninguém. A unção representava a graça do Senhor agindo para viabilizar o encontro entre as duas partes – o celestial e o terreno. Além das questões relacionadas ao ofício, Arão também necessitava do óleo que o capacitasse a fazer o que tinha de fazer, mas com alegria e com graça. Nenhum ofício sagrado deve nos levar a viver de forma sacrificial a ponto de não haver algum lenitivo ou conforto. Devemos nos lembrar que a sarça ardia mas não se consumia. Arão não estava sendo chamado para um martírio, mas para desenvolver o seu chamado com a devida graça divina que anima, encoraja, alegra e frutifica.

Reflexão: Receba a unção para desenvolver o seu chamado com a graça de Deus que alegra e conforta o coração.

O sacrifício por si mesmo

“Farás chegar o novilho diante da tenda da congregação, e Arão e seus filhos porão as mãos sobre a cabeça dele. Imolarás o novilho perante o SENHOR, à porta da tenda da congregação.” (Êxodo 29:10-11 RA)

Antes de oferecerem sacrifícios em favor do povo, os sacerdotes deveriam apresentar holocaustos em favor deles mesmos. Os seus próprios pecados deveriam ser expiados (perdoados) primeiro. Sem que isso acontecesse não teriam condições de desenvolverem um sacerdócio eficaz. Isso não foi necessário com Jesus - “Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus, que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro, por seus próprios pecados, depois, pelos do povo; porque fez isto uma vez por todas, quando a si mesmo se ofereceu.” (Hebreus 7:26-27 RA)

Reflexão: Entenda a relevância do ministério sacerdotal de Cristo em seu favor, muito superior ao ministério dos sumos-sacerdotes em suas gerações.

O sacrifício pelos outros

“Todas estas coisas porás nas mãos de Arão e nas de seus filhos e, movendo-as de um lado para outro, as oferecerás como ofertas movidas perante o SENHOR.” (Êxodo 29:24 RA)

Depois dos sacrifícios feitos em favor dos seus próprios pecados, Arão e seus filhos recebem nas mãos as ofertas que os investirão de autoridade para sacrificar em favor dos outros. A consagração estava chegando ao seu nível mais alto. Acompanhe: a purificação com água, a colocação das vestes, a unção com óleo, o sacrifício por eles mesmos, e, agora, as primícias sacrificiais em favor do povo. Foi para isso que foram chamados – viver sempre para interceder por eles, à semelhança da vocação de Cristo - “Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.” (Hebreus 7:25 RA)

Reflexão: Procure desenvolver o seu ministério sacerdotal em favor dos outros com a excelência da capacitação divina sobre a sua vida, em Cristo.

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Êxodo 30 – 30º Dia – 21/12/2010

O altar do incenso

“Farás também um altar para queimares nele o incenso; de madeira de acácia o farás.” (Êxodo 30:1 RA). “Arão queimará sobre ele o incenso aromático; cada manhã, quando preparar as lâmpadas, o queimará. Quando, ao crepúsculo da tarde, acender as lâmpadas, o queimará; será incenso contínuo perante o SENHOR, pelas vossas gerações.” (Êxodo 30:7-8 RA). “Disse mais o SENHOR a Moisés: Toma substâncias odoríferas, estoraque, ônica e gálbano; estes arômatas com incenso puro, cada um de igual peso; e disto farás incenso, perfume segundo a arte do perfumista, temperado com sal, puro e santo. Uma parte dele reduzirás a pó e o porás diante do Testemunho na tenda da congregação, onde me avistarei contigo; será para vós outros santíssimo.” (Êxodo 30:34-36 RA)

O Senhor continua ordenando a confecção da mobília para o tabernáculo. Depois de estabelecer o sacerdócio, ele orienta a construção do altar de incenso. Todos os dias pela manhã e ao crepúsculo da tarde, Arão deveria queimar o incenso aromático diante do Senhor. O aroma suave exalado pelo incenso era símbolo de uma intercessão satisfatória e portanto aceita por Deus. Além disso, uma vez ao ano, antes de entrar no Santíssimo Lugar, o sumo-sacerdote passava pelo altar do incenso para ali ministrar e apresentar o povo ao Senhor. Esse altar representa a intercessão de Cristo. Veja que é Arão quem nele oficia, ou seja, é o sumo-sacerdote. Só foi regulamentado depois que o ofício sacerdotal foi estabelecido. Portanto, representa Cristo intercedendo eficazmente em nosso favor depois de ter oferecido sua vida em sacrifício no altar do holocausto.

Reflexão: Saiba que a intercessão de Cristo em seu favor permitiu-lhe seu novo nascimento e o crescimento em santificação diante de Deus.

O resgate de si mesmo

“Quando fizeres recenseamento dos filhos de Israel, cada um deles dará ao SENHOR o resgate de si próprio, quando os contares; para que não haja entre eles praga nenhuma, quando os arrolares. Todo aquele que passar ao arrolamento dará isto: metade de um siclo, segundo o siclo do santuário (este siclo é de vinte geras); a metade de um siclo é a oferta ao SENHOR. Qualquer que entrar no arrolamento, de vinte anos para cima, dará a oferta ao SENHOR. O rico não dará mais de meio siclo, nem o pobre, menos, quando derem a oferta ao SENHOR, para fazerdes expiação pela vossa alma. Tomarás o dinheiro das expiações dos filhos de Israel e o darás ao serviço da tenda da congregação; e será para memória aos filhos de Israel diante do SENHOR, para fazerdes expiação pela vossa alma.” (Êxodo 30:12-16 RA)

Em meio às orientações acerca do tabernáculo, surgem as diretrizes para a sua manutenção. Em períodos de recenseamento cada pessoa acima de vinte anos deveria dar uma oferta específica de mesmo valor tanto para ricos quanto para pobres, sem distinção. Era uma oferta de resgate por si mesmo. A idéia era imprimir no coração dos filhos de Israel de que eles estavam vivos e libertos somente pela graça divina e não por mérito próprio. O preço era simbólico. Não representava o valor do sacrifício em favor de suas vidas, mas apenas trazia à memória o favor divino. Essa oferta ajudava na manutenção dos serviços no tabernáculo. Davi trouxe grande praga sobre o povo quando ordenou um recenseamento fora da direção divina, sem orientar quanto à necessidade de se apresentar o resgate individual, conforme o mandamento do Senhor - “Sentiu Davi bater-lhe o coração, depois de haver recenseado o povo, e disse ao SENHOR: Muito pequei no que fiz; porém, agora, ó SENHOR, peço-te que perdoes a iniqüidade do teu servo; porque procedi mui loucamente.” (2 Samuel 24:10 RA)

Reflexão: Entenda que a sua vida é um presente divino e fruto da sua graça e misericórdia.

A pia de bronze

“Farás também uma bacia de bronze com o seu suporte de bronze, para lavar. Pô-la-ás entre a tenda da congregação e o altar e deitarás água nela. Nela, Arão e seus filhos lavarão as mãos e os pés.” (Êxodo 30:18-19 RA)

A pia de bronze era colocada do lado de fora da tenda, nos limites do átrio. Antes de entrar na parte coberta do tabernáculo os sacerdotes deviam passar pela pia de bronze. Era o lugar de purificação. O bronze servia como espelho para as mulheres. A imagem refletida quando o sacerdote se lavava também era algo emblemático. Para nós representa a necessidade de nos vermos diante das águas da Palavra de Deus. Quem nós somos, o que pensamos, o que sentimos e o que fazemos, se tornam claros quando olhamos para as Escrituras. A nossa transformação será resultado do quanto desejarmos assimilar a imagem de Cristo, revelada em sua Palavra - “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.” (2 Coríntios 3:18 RA)

Reflexão: Permita que a Palavra de Deus traga revelação acerca de quem você é, e purificação que libera o que você pode vir a ser.

O azeite da unção

“Tu, pois, toma das mais excelentes especiarias: de mirra fluida quinhentos siclos, de cinamomo odoroso a metade, a saber, duzentos e cinqüenta siclos, e de cálamo aromático duzentos e cinqüenta siclos, e de cássia quinhentos siclos, segundo o siclo do santuário, e de azeite de oliveira um him. Disto farás o óleo sagrado para a unção, o perfume composto segundo a arte do perfumista; este será o óleo sagrado da unção.” (Êxodo 30:23-25 RA)

Toda a mobília, peças e estruturas do tabernáculo tinham de ser ungidas com azeite exclusivamente produzido para isso. Qualquer pessoa que o reproduzisse para fins pessoais seria morto. Tamanha a seriedade devido ao alto grau de importância do que estava se tratando. O azeite representava o Espírito Santo de Deus que nunca poderia ser substituído por outro espírito qualquer. Foi através dele que Cristo, cujo nome significa “Ungido”, efetuou todas as coisas quando esteve entre nós - “como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele;” (Atos 10:38 RA)

Reflexão: Receba por meio de Jesus Cristo a unção do Espírito Santo de Deus sobre a sua vida, que o capacita a exercer o ministério para o qual o Senhor lhe chamou.

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Êxodo 31 – 31º Dia – 22/12/2010

À sombra de Deus

“Eis que chamei pelo nome a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, e o enchi do Espírito de Deus, de habilidade, de inteligência e de conhecimento, em todo artifício, para elaborar desenhos e trabalhar em ouro, em prata, em bronze, para lapidação de pedras de engaste, para entalho de madeira, para toda sorte de lavores.” (Êxodo 31:2-5 RA)

Bezalel significa “à sombra de Deus”. Ele foi a pessoa escolhida para liderar a confecção de todas as peças do tabernáculo. Somente alguém tão próximo e tão íntimo poderia captar com riqueza de detalhes o que estava no coração do Pai. Ele foi cheio do Espírito de Deus para trabalhar em todas as áreas onde se tinha necessidade. Recebeu apoio de Aoliabe (v. 6), cujo nome significa “tenda do pai”, e de uma equipe abençoada. Juntos levantaram um tabernáculo com todos os detalhes meticulosos descritos por Moisés, conforme o modelo visto no Monte Sinai. Creio que o ensino é que é possível se fazer a obra de Deus quando o Espírito Santo está absolutamente no controle e na supervisão de todas as coisas. Ele usa tanto o homem que se coloca à sombra do Altíssimo quanto àquele que está familiarizado com a tenda do pai – Bezalel e Aoliabe.

Reflexão: Procure viver à sombra de Deus, refugiado em sua tenda. O Senhor o usará para cumprir todo o propósito de bênção em seu próprio favor e em benefício de outros.

Deus que nos santifica

“Tu, pois, falarás aos filhos de Israel e lhes dirás: Certamente, guardareis os meus sábados; pois é sinal entre mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que eu sou o SENHOR, que vos santifica.” (Êxodo 31:13 RA)

Há uma distinção entre “meus” sábados e “vossos” sábados. Quando Yahweh falava sobre os sábados, não se referia apenas aos sábados semanais. As Festas do Senhor são os sábados dele, cujos significados são extremamente importantes na santificação (separação) do seu povo. Por exemplo, a Festa da Páscoa era um sábado; a do Pentecostes, outra; e a dos Tabernáculos, também, dentre outras no calendário hebreu. Cada uma possuía um sentido todo especial no processo de santificação e separação do seu povo de entre os demais. Elas falam de aliança, de resgate, de livramento, de colheita de vidas e de presença divina entre eles. Daí a importância de atentarem para o processo santificador desenvolvido em sua guarda. Além dos sábados do Senhor havia também os semanais, para os quais ele também chamava a atenção. Seria um sinal perpétuo, ou seja, ininterrupto, de que Yahweh possuía uma aliança com Israel e que tal concerto era lembrado toda vez em que paravam para guardá-lo.

Reflexão: O nosso Deus nos faz lembrar da aliança que temos com ele, a fim de que nunca esmoreçamos em nossa fé e então sejamos santificados na verdade.

Tábuas de pedra

“E, tendo acabado de falar com ele no monte Sinai, deu a Moisés as duas tábuas do Testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus.” (Êxodo 31:18 RA)

Terminaria aqui o ciclo iniciado com a descida do Todo-Poderoso ao cume do Monte Sinai, não fosse a rebeldia do povo em breve a ser mencionada. Moisés sobe ao monte e trás de lá as Tábuas da Lei escritas pelo dedo de Deus. O povo já tinha conhecimento dos mandamentos e dos estatutos antes mesmo das tábuas descerem. Vimos no capítulo vinte e quatro que Moisés já os tinha ministrado a respeito e até feito uma aliança baseado na concordância deles. As tábuas escritas com o dedo de Deus eram apenas o documento oficial de que havia uma aliança entre eles. Com o tempo vamos perceber que essas tábuas são quebráveis tanto quanto a aliança. Não da parte de Deus, mas do povo pecador. Vem Jesus, porém, e pelo Espírito de Deus grava as mesmas palavras, não mais em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração - “Dar-lhes-ei um só coração, espírito novo porei dentro deles; tirarei da sua carne o coração de pedra e lhes darei coração de carne;” (Ezequiel 11:19 RA). “estando já manifestos como carta de Cristo, produzida pelo nosso ministério, escrita não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, isto é, nos corações.” (2 Coríntios 3:3 RA).

Reflexão: Saiba que a lei de Deus foi escrita em seu coração para que do íntimo e voluntariamente você possa servi-lo e adorá-lo para sempre.

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Êxodo 32 – 32º Dia – 23/12/2010

O Egito do coração

“Mas, vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Arão e lhe disse: Levanta-te, faze-nos deuses que vão adiante de nós; pois, quanto a este Moisés, o homem que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe terá sucedido.” (Êxodo 32:1 RA)
Israel tinha saído do Egito mas o Egito ainda não tinha saído dele. O costume de servir aos falsos deuses falou mais alto durante a ausência de Moisés - “Agora, pois, temei ao SENHOR e servi-o com integridade e com fidelidade; deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais dalém do Eufrates e no Egito e servi ao SENHOR.” (Josué 24:14 RA). Logo esqueceram da aliança feita com o Deus de Israel antes mesmo de Moisés descer com as tábuas. Pressionaram Arão e conseguiram um bezerro de ouro, figura comum no panteão pagão. Certamente aquele ídolo despertou lembranças do passado e uma falsa sensação de segurança, por estarem pisando em um terreno familiar. Seguir a Yahweh ainda era um caminho novo e desconhecido. Eles tinham de aprofundar a relação com o Deus de Israel para definitivamente romperem com o passado, com o Egito e com os seus deuses.

Reflexão: Não permita que o seu passado sem Deus reassuma o controle da sua vida e das suas escolhas.

Teu povo

“Agora, pois, deixa-me, para que se acenda contra eles o meu furor, e eu os consuma; e de ti farei uma grande nação. Porém Moisés suplicou ao SENHOR, seu Deus, e disse: Por que se acende, SENHOR, a tua ira contra o teu povo, que tiraste da terra do Egito com grande fortaleza e poderosa mão?” (Êxodo 32:10-11 RA)

Antes de Moisés descer do monte com as tábuas, Deus o advertiu que o povo havia se corrompido - “Então, disse o SENHOR a Moisés: Vai, desce; porque o teu povo, que fizeste sair do Egito, se corrompeu” (Êxodo 32:7 RA). Ele não mais o chama de “meu povo”, e sim “teu povo”. A aliança feita ao pé do monte e agora quebrada por parte dos filhos de Israel, dava ao Senhor o direito de se ver desobrigado da sua parte. No entanto, anterior a esta, havia uma aliança com Abraão e seus descendentes, e por essa causa, nem tudo estava perdido. A proposta divina era destruir aos que quebraram o pacto e levantar uma nova nação a partir de Moisés, descendente de Abraão. Não fosse a intercessão do homem mais manso da terra, todos teriam sido destruídos naquela mesma hora. A petição é baseada no fato de aquele povo ainda era de Deus, cuja mão poderosa havia se manifestado para libertá-lo do Egito. O clamor de Moisés em favor do povo foi ouvido pelo Deus de graça e de misericórdia.

Reflexão: Viva na presença de Deus com integridade de coração e descanse na sua graça e na sua misericórdia.

Quebrando as tábuas

“Logo que se aproximou do arraial, viu ele o bezerro e as danças; então, acendendo-se-lhe a ira, arrojou das mãos as tábuas e quebrou-as ao pé do monte; e, pegando no bezerro que tinham feito, queimou-o, e o reduziu a pó, que espalhou sobre a água, e deu de beber aos filhos de Israel.” (Êxodo 32:19-20 RA)

O zelo do Senhor ecoou de forma intensa no coração de Moisés. Quando ele viu aquela horrenda cena de adoração ao bezerro, em meio a danças e orgias, seu coração estremeceu.
Quebrou as tábuas por reconhecer que a lei já havia sido quebrada no coração deles, e, indignado, queimou o bezerro. Para que sentissem a indignação, espalhou sobre a água o pó a que o bezerro foi reduzido e deu de beber aos filhos de Israel. Eles tiveram de provar o amargo sabor do seu desvio pecaminoso. Na verdade o fel só estava começando, tendo em
vista todas as consequências funestas que ainda estavam por vir.

Reflexão: Saiba que o pecado não compensa. Suas consequências são trágicas e altamente prejudiciais.

Quem é mais importante

“Vendo Moisés que o povo estava desenfreado, pois Arão o deixara à solta para vergonha no meio dos seus inimigos, pôs-se em pé à entrada do arraial e disse: Quem é do SENHOR venha até mim. Então, se ajuntaram a ele todos os filhos de Levi, aos quais disse: Assim diz o SENHOR, o Deus de Israel: Cada um cinja a espada sobre o lado, passai e tornai a passar pelo arraial de porta em porta, e mate cada um a seu irmão, cada um, a seu amigo, e cada um, a seu vizinho. E fizeram os filhos de Levi segundo a palavra de Moisés; e caíram do povo, naquele dia, uns três mil homens.” (Êxodo 32:25-28 RA)

Moisés traçou uma linha divisória para saber quem ainda tinha se mantido fiel. A tribo de Levi veio por inteiro. É interessante perceber como em todas as épocas e circunstâncias Deus sempre têm um remanescente fiel. Nos dias de Elias também foi assim - “Que lhe disse, porém, a resposta divina? Reservei para mim sete mil homens, que não dobraram os joelhos diante de Baal.” (Romanos 11:4 RA). Quando tudo parece perdido, eis que surge o remanescente fiel. Foram fieis não servindo ao bezerro de ouro e ao colocarem-se à disposição do líder para a difícil tarefa de entrar nas tendas e matar o que fosse chegado, próximo, irmão ou amigo - quem ainda estivesse preso nas garras da idolatria e da sensualidade. Eles não amaram seus irmãos e amigos mais do que a Deus - “Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim;” (Mateus 10:37 RA)

Reflexão: Procure estar sempre entre os remanescentes fiéis, em tempos de degradação da moral, da ética, dos bons costumes, da fé e do temor a Deus.

Um intercessor

“Tornou Moisés ao SENHOR e disse: Ora, o povo cometeu grande pecado, fazendo para si deuses de ouro. Agora, pois, perdoa-lhe o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste. Então, disse o SENHOR a Moisés: Riscarei do meu livro todo aquele que pecar contra mim.” (Êxodo 32:31-33 RA)
A intercessão de Moisés em favor do povo foi de extrema importância. Por causa dela a ira de Deus não se consumou na ceifa de todas aquelas vidas. Mais à frente, Yahweh se queixará de não haver nem um só intercessor - “Viu que não havia ajudador algum e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor; pelo que o seu próprio braço lhe trouxe a salvação, e a sua própria justiça o susteve.” (Isaías 59:16 RA). Nos dias de Sodoma e Gomorra, Ló recebeu grande livramento pela intercessão de seu tio Abraão. As cidades foram destruídas mas a família do justo Ló foi poupada. Graças ao Pai que hoje temos um intercessor plenamente eficaz em seu ministério de mediação entre Deus e os homens - “Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem,” (1 Timóteo 2:5 RA). “Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.” (Hebreus 7:25 RA)

Reflexão: Desenvolva o ministério da intercessão em favor das pessoas, em nome daquele que vive para interceder por todos nós – Jesus Cristo.

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Êxodo 33 – 33º Dia – 24/12/2010

Moisés, aquele que tira

“Disse o SENHOR a Moisés: Vai, sobe daqui, tu e o povo que tiraste da terra do Egito, para a terra a respeito da qual jurei a Abraão, a Isaque e a Jacó, dizendo: à tua descendência a darei. Enviarei o Anjo adiante de ti; lançarei fora os cananeus, os amorreus, os heteus, os ferezeus, os heveus e os jebuseus.” (Êxodo 33:1-2 RA)

Moisés estava sendo coerente com a sua identidade. Seu nome quer dizer “tirado”, por ter sido tirado das águas. Quando Deus ordenou-lhe a prosseguir adiante levando o povo que havia tirado do Egito, estava tão somente reconhecendo que Moisés era capaz de continuar fazendo a mesma coisa, porque essa era a sua identidade e esse era o seu chamado. Entendemos então que o Senhor não exigirá que façamos algo para o qual não fomos chamados. Devemos sempre nos perguntar se estamos vivendo de forma coerente com a nossa identidade e a nossa vocação.

Reflexão: Descubra quem você é e qual a sua vocação. Seja feliz em ser apenas o que Deus lhe projetou para ser, e fazer o que estiver em linha com a sua vocação.

O Deus Santo

“Sobe para uma terra que mana leite e mel; eu não subirei no meio de ti, porque és povo de dura cerviz, para que te não consuma eu no caminho.” (Êxodo 33:3 RA)

Moisés poderia continuar tirando o povo e levando-o ao objetivo, por conta da sua identidade. E Yahweh? Seria possível um Deus Santo permanecer no meio de um povo rebelde, idólatra e obstinadamente pecador? Essa era a grande questão! Para não destruí-los no caminho seria melhor não estar com eles. Por isso, a proposta do Anjo. Se Moisés tinha uma identidade, Yahweh também tinha.

Reflexão: Saiba que Deus nunca trilhará as veredas da impiedade. Sua natureza é de santidade.

A identidade de Moisés e de Yahweh

“Disse Moisés ao SENHOR: Tu me dizes: Faze subir este povo, porém não me deste saber a quem hás de enviar comigo; contudo, disseste: Conheço-te pelo teu nome; também achaste graça aos meus olhos. Agora, pois, se achei graça aos teus olhos, rogo-te que me faças saber neste momento o teu caminho, para que eu te conheça e ache graça aos teus olhos; e considera que esta nação é teu povo.” (Êxodo 33:12-13 RA)

Os versículos acima são um resumo do que dissemos até agora. O Senhor conhecia a identidade de Moisés e o chamava pelo nome, mas Moisés não podia dizer o mesmo acerca de Deus. A identidade de Moisés estava determinando seus caminhos – tirar e tirar e tirar...Mas qual seria a identidade de Yahweh? Quem era ele também determinaria seus caminhos. Era isso que Moisés precisava saber, principalmente depois de ouvir que o Senhor não iria mais com eles. Quais os caminhos de Deus, então? Se Moisés pudesse conhecer a identidade do Senhor, então conheceria suas veredas.

Reflexão: Conheça quem é Deus nos seus valores, no seu caráter e em seus atributos. Seus caminhos sempre estarão em harmonia com o seu ser.

Um Deus que se revela

“Disse o SENHOR a Moisés: Farei também isto que disseste; porque achaste graça aos meus olhos, e eu te conheço pelo teu nome. Então, ele disse: Rogo-te que me mostres a tua glória. Respondeu-lhe: Farei passar toda a minha bondade diante de ti e te proclamarei o nome do SENHOR; terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia e me compadecerei de quem eu me compadecer.” (Êxodo 33:17-19 RA)

Moisés sabe que para conhecer os caminhos de Deus precisaria primeiro conhecer a sua identidade. Com esse objetivo pede ao Senhor que se revele em sua glória, em sua essência. Como prêmio recebe a promessa de que o Senhor se revelaria proclamando seu próprio nome. Moisés estava prestes a conhecê-lo mais profundamente, e isso lhe daria clareza quantos aos seus caminhos que tanto buscava.

Reflexão: O nome de Yahweh revela por quais caminhos há de passar. Procure descobrir por onde o Senhor tem passado.

A Rocha fendida

“Disse mais o SENHOR: Eis aqui um lugar junto a mim; e tu estarás sobre a penha. Quando passar a minha glória, eu te porei numa fenda da penha e com a mão te cobrirei, até que eu tenha passado. Depois, em tirando eu a mão, tu me verás pelas costas; mas a minha face não se verá.” (Êxodo 33:21-23 RA)

Na impossibilidade de ver a face de Yahweh, Moisés foi colocado na fenda da rocha. Jesus é a rocha fendida, na qual nos encontramos com Deus - “Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou.” (João 1:18 RA). Na cruz do calvário Deus revelou toda a sua bondade ao homem, entregando seu próprio filho para a salvação de um mundo perdido - “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16 RA).

Reflexão: Deus revelou a sua bondade em Jesus Cristo. Aproxime-se da cruz e desfrute do amor do Pai.

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Êxodo 34 – 34º Dia – 25/12/2010

Retrocesso e retomada

“Então, disse o SENHOR a Moisés: Lavra duas tábuas de pedra, como as primeiras; e eu escreverei nelas as mesmas palavras que estavam nas primeiras tábuas, que quebraste. E prepara-te para amanhã, para que subas, pela manhã, ao monte Sinai e ali te apresentes a mim no cimo do monte. Ninguém suba contigo, ninguém apareça em todo o monte; nem ainda ovelhas nem gado se apascentem defronte dele.” (Êxodo 34:1-3 RA)

Voltando à estaca zero! Houve um retrocesso na relação do homem com Deus. Perceba que a aliança feita ao pé do monte antes de Moisés subir e descer com as primeiras tábuas, foi quebrada por ocasião do bezerro de ouro. Lembre-se que após a aliança citada, Moisés pôde subir com Arão, Nadabe, Abiu e os setenta anciãos, quando até comeram e beberam diante de Yahweh, ainda que a certa distância. Viram a glória de Deus e não foram destruídos. Que maravilha o poder de uma aliança! Mas agora o Senhor não permite que suba ninguém mais além de Moisés. Volta-se à restrição para que ninguém apareça nos limites do monte; nem animais sejam apascentados por ali. Tudo isso porque o povo deixou de cumprir a sua parte na aliança. Mas ainda há esperança! Deus convidou Moisés a subir novamente depois que lavrasse duas novas tábuas. As mesmas palavras seriam escritas e a aliança seria reafirmada, ainda que sob novo formato.

Reflexão: Não permita que haja retrocesso da sua parte na relação de intimidade com Deus.

O Nome de YHWH

“Tendo o SENHOR descido na nuvem, ali esteve junto dele e proclamou o nome do SENHOR. E, passando o SENHOR por diante dele, clamou: SENHOR, SENHOR Deus compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade; que guarda a misericórdia em mil gerações, que perdoa a iniquidade, a transgressão e o pecado, ainda que não inocenta o culpado, e visita a iniqüidade dos pais nos filhos e nos filhos dos filhos, até à terceira e quarta geração!” (Êxodo 34:5-7 RA)

O caminho para a aliança estava sendo retomado. Glória a Deus! Mas fica a pergunta: que garantias teriam tanto Deus quanto o próprio povo, de que não haveria uma quebra semelhante à que acontecera há poucos dias? Pensando nisso, os termos desta aliança precisariam estar muito mais firmados na natureza divina, incorruptível, santa, justa, misericordiosa e fiel, do que propriamente na afirmação do povo - “tudo o que falou o Senhor, faremos”, de Êxodo 24:3. É justamente por esse motivo que Yahweh revela seu nome a Moisés. A identidade de alguém determina os seus caminhos. “YHWH, YHWH, Deus compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade...”. Há um novo caminho sendo estabelecido aqui. Não tanto firmado na capacidade do homem cumprir sua parte na aliança, mas sim na infinita capacidade divina em perdoar e exercer misericórdia diante da fraqueza humana. Ele revela que a sua misericórdia é extraordinariamente mais generosa do que o seu juízo – “que guarda a misericórdia em mil gerações...visita a iniquidade dos pais nos filhos e nos filhos dos filhos, até à terceira e quarta geração!”. Demonstra também ser capaz de perdoar a iniquidade (maquinação maligna e intencional do coração), a transgressão (quebra da lei), e o pecado (errar o alvo). No seu caráter justo, porém, não inocenta o culpado. Seria essa tremenda revelação do Nome, uma esperança para que ele mesmo, Yahweh, seguisse no caminho com o povo? Moisés discerniu que sim, pelo que veremos em breve.

Reflexão: Conheça ao seu Deus. O nome dele é Yahweh!

O discernimento e a oportunidade de Moisés

“E, imediatamente, curvando-se Moisés para a terra, o adorou; e disse: Senhor, se, agora, achei graça aos teus olhos, segue em nosso meio conosco; porque este povo é de dura cerviz. Perdoa a nossa iniquidade e o nosso pecado e toma-nos por tua herança.” (Êxodo 34:8-9 RA)

A revelação do nome de Yahweh foi para Moisés uma oportunidade ímpar para se apegar a ela. Para aquele líder a grande questão era se o Senhor seguiria com eles pelo caminho ou não. Antes de revelar-se da forma como o fez, Deus havia dito que não poderia seguir com o povo sob o risco de destruí-lo. A incompatibilidade entre a santidade de Yahweh e a rebeldia de Israel não se podia mensurar. Porém, quando o Senhor revela clemência, longanimidade e misericórdia, além da sua natureza perdoadora, Moisés entende que era justamente de um Deus assim que eles precisavam. Logo ele se firma nessa revelação e então suplica: “segue em nosso meio conosco”. O interessante é que o motivo pelo qual Deus havia dito que não poderia seguir com eles, foi o mesmo em que Moisés se firmou para convencê-lo a ir – “porque este povo é de dura cerviz”. Um povo assim precisa de misericórdia e longanimidade. Portanto, Senhor (clamava Moisés), perdoa a nossa iniquidade e o nosso pecado, e toma-nos por tua herança.

Reflexão: O conhecimento de Deus nos inspira a fazer orações ousadas e necessárias, que podem mudar o curso da história.

Uma nova aliança

“Disse mais o SENHOR a Moisés: Escreve estas palavras, porque, segundo o teor destas palavras, fiz aliança contigo e com Israel. E, ali, esteve com o SENHOR quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão, nem bebeu água; e escreveu nas tábuas as palavras da aliança, as dez palavras. Quando desceu Moisés do monte Sinai, tendo nas mãos as duas tábuas do Testemunho, sim, quando desceu do monte, não sabia Moisés que a pele do seu rosto resplandecia, depois de haver Deus falado com ele.” (Êxodo 34:27-29 RA)

A partir da revelação de quem é Yahweh uma nova aliança é estabelecida. Há vários mandamentos a serem observados, mas o caráter desta é muito mais firmado em quem Deus é do que em quem é Israel. Observe que desta vez não há derramamento de sangue nem sacrifícios como os que foram vistos ao pé do monte no capítulo vinte e quatro. Não há altar nem doze colunas. Dispensou-se também as bacias e a aspersão do sangue. Em que, portanto, foi baseada esta aliança? Exclusivamente na Palavra de Deus - “Disse mais o SENHOR a Moisés: Escreve estas palavras, porque, segundo o teor destas palavras, fiz aliança contigo e com Israel.” (Êxodo 34:27 RA). Na impossibilidade do homem cumprir a sua parte na aliança, Deus mesmo a selou com sua própria Palavra. Na plenitude dos tempos essa Palavra Viva desceria e se revelaria a nós – Cristo. Ele representaria as duas partes na aliança – o lado divino e o humano. Moisés foi um tipo de Cristo com quem Deus fez uma aliança e por isso seu rosto brilhou. Era o melhor que havia na época, até chegar o homem perfeito, completamente homem e completamente Deus. Hoje, já não é mais no rosto de Moisés que a glória se manifesta, mas na face de Cristo dentro dos corações que nele crêem. O brilho no rosto de Moisés se desvanecia porque representava uma aliança transitória, até chegar a perfeita, em Cristo, cujo brilho permanece para sempre - “Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo.” (2 Coríntios 4:6 RA)

Reflexão: Em Jesus Cristo a aliança entre Deus e o homem se tornou perfeita. Em Cristo, você é herdeiro de todas as bênçãos celestiais.

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Êxodo 35 – 35º Dia – 26/12/2010

Os sinais

“Tendo Moisés convocado toda a congregação dos filhos de Israel, disse-lhes: São estas as palavras que o SENHOR ordenou que se cumprissem: Trabalhareis seis dias, mas o sétimo dia vos será santo, o sábado do repouso solene ao SENHOR; quem nele trabalhar morrerá.” (Êxodo 35:1-2 RA)

O Senhor tinha uma aliança com o seu povo, e a guarda do sábado era um sinal dela de geração em geração. Os filhos e os filhos dos filhos ao aprenderem a guardar o sábado, assimilariam a verdade de que havia um Deus sobre eles a quem se devia honra, submissão e obediência. Era um sinal da aliança entre Yahweh e os filhos de Israel para sempre - “Entre mim e os filhos de Israel é sinal para sempre; porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, e, ao sétimo dia, descansou, e tomou alento.” (Êxodo 31:17 RA). Um sinal nos faz lembrar de uma promessa ou de um compromisso. O arco-íris foi um sinal da graça divina sobre os homens após o dilúvio - “porei nas nuvens o meu arco; será por sinal da aliança entre mim e a terra. Sucederá que, quando eu trouxer nuvens sobre a terra, e nelas aparecer o arco, então, me lembrarei da minha aliança, firmada entre mim e vós e todos os seres viventes de toda carne; e as águas não mais se tornarão em dilúvio para destruir toda carne. O arco estará nas nuvens; vê-lo-ei e me lembrarei da aliança eterna entre Deus e todos os seres viventes de toda carne que há sobre a terra.” (Gênesis 9:13-16 RA)

Reflexão: O Senhor é criativo e rico na elaboração de sinais que nos fazem lembrar das suas eternas misericórdias para conosco, e do nosso compromisso para com ele.

Apontando para a vida no espírito

“Tomai, do que tendes, uma oferta para o SENHOR; cada um, de coração disposto, voluntariamente a trará por oferta ao SENHOR: ouro, prata, bronze,” (Êxodo 35:5 RA)

Chega enfim o momento em que as ofertas para o tabernáculo serão pedidas. Destacamos aqui, mais uma vez, a principal condição: que seja fruto da voluntariedade e não da obrigatoriedade. Como poderia se esperar espírito generoso e voluntário de um povo, que, até tão pouco tempo, estava debruçado servindo a um bezerro de ouro? Não seria a força de uma aliança baseada na Palavra de Deus, onde o Espírito se move nos corações de acordo com a sua vontade? Não estaria ela entrando em operação e transformando a atitude do povo? É claro que eles ainda estavam longe de serem transformados no coração à semelhança do que a nova aliança em Cristo iria fazer. Sim, estavam bem longe! Mas em figura, há um sinal profético de uma transição do velho para o novo. Seria a sombra de uma passagem entre o brilho do rosto e o brilho do coração! Todos os materiais necessários estavam no meio das famílias. O ouro, a prata, bem como os tecidos e as madeiras. Isso nos diz que não há coisa demasiadamente difícil que Deus nos peça, que não tenhamos como dar. Quando vivemos na dimensão do Espírito, vivemos na dimensão das possibilidades. O que eles viveram naqueles dias apontava para a vida no espírito em Cristo.

Reflexão: Deixe o Espírito Santo produzir uma nova disposição de coração em sua vida.

Uma oferta para o tabernáculo

“Os príncipes traziam pedras de ônix, e pedras de engaste para a estola sacerdotal e para o peitoral,” (Êxodo 35:27 RA)

Destacamos o versículo acima apenas para afirmar que cada tipo de pessoa possuía uma oferta específica e útil para o tabernáculo. Homens, mulheres, príncipes e os mais simples, todos tinham algo para dar. Todos podem ser usados na edificação do tabernáculo de Deus entre os homens. Há um lugar para cada personalidade com seus próprios dons, talentos, habilidades, recursos e potencial, contanto que cada um traga o que Deus está pedindo. A condição era que as ofertas servissem ao propósito do tabernáculo e não a propósitos estranhos. Lembremo-nos que na questão do bezerro, o povo também se despojou do seu ouro. É possível termos o que é necessário para a expansão do Reino de Deus na terra, sendo canalizado para diferentes fins. Precisamos então de discernimento e de consagração do que somos e do que temos, aos propósitos do Pai.

Reflexão: Você possui a oferta ideal para o tabernáculo de hoje. Ela se enquadra exatamente no que Deus planejou para a edificação da sua igreja sobre a terra.

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Êxodo 36 – 36º Dia – 27/12/2010

Habilidade sobrenatural

“Assim, trabalharam Bezalel, e Aoliabe, e todo homem hábil a quem o SENHOR dera habilidade e inteligência para saberem fazer toda obra para o serviço do santuário, segundo tudo o que o SENHOR havia ordenado. Moisés chamou a Bezalel, e a Aoliabe, e a todo homem hábil em cujo coração o SENHOR tinha posto sabedoria, isto é, a todo homem cujo coração o impeliu a se chegar à obra para fazê-la.” (Êxodo 36:1-2 RA)

O Senhor que chama é o mesmo que capacita. A habilidade dada por Deus para a realização de toda obra do tabernáculo é uma ênfase não sem propósito. Nenhum homem natural pode levantar o templo sem a capacitação sobrenatural dada por Deus. Qualquer obra que seja feita para Deus sem Deus, é inútil. É mero esforço humano que não resulta em nada - “Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela. Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão que penosamente granjeastes; aos seus amados ele o dá enquanto dormem.” (Salmos 127:1-2 RA). Precisamos atentar para o perigo de se buscar a edificação da igreja não passando pelo caminho proposto pela própria Palavra de Deus. Não se desvie da rota da oração, da comunhão, do discipulado, da evangelização, e acima de tudo, da dependência do Espírito Santo para todas as coisas.

Reflexão: Desenvolva a comunhão com o Espírito Santo. É Ele quem nos habilita para fazer a obra para a qual fomos chamados.

Chamado sublime

“Então, deixando cada um a obra que fazia, vieram todos os homens sábios que se ocupavam em toda a obra do santuário” (Êxodo 36:4 RA)

O Espírito se movia sobre as vidas de tal forma a abrirem mão dos seus próprios negócios para atuarem na edificação do tabernáculo. Não eram todos, mas somente aqueles a quem o Senhor inclinava o coração, dando-lhes sabedoria e habilidade sobrenaturais. Aconteceu naqueles dias o mesmo que se deu nos dias de Jesus, quando ele chamava seus discípulos do meio de suas atividades profissionais. Eles deixavam tudo e o seguiam - “Partindo Jesus dali, viu um homem chamado Mateus sentado na coletoria e disse-lhe: Segue-me! Ele se levantou e o seguiu.” (Mateus 9:9 RA). “Passando adiante, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco em companhia de seu pai, consertando as redes; e chamou-os. Então, eles, no mesmo instante, deixando o barco e seu pai, o seguiram.” (Mateus 4:21-22 RA). Servir a Deus e ao seu Reino é uma honra imensurável. É uma glória sublime que acompanha aqueles cujos corações se mostram disponíveis e desejosos de serem úteis. O Senhor os enche e os capacita com sua graça maravilhosa. Não há falta de nada, porque é Deus mesmo quem os sustenta.

Reflexão: Disponibilize seu coração para fazer a obra de Deus, crendo na capacitação divina e na provisão de todos os recursos necessários no âmbito pessoal e no ministerial.

Generosidade que faz sobejar

“e disseram a Moisés: O povo traz muito mais do que é necessário para o serviço da obra que o SENHOR ordenou se fizesse. Então, ordenou Moisés—e a ordem foi proclamada no arraial, dizendo: Nenhum homem ou mulher faça mais obra alguma para a oferta do santuário. Assim, o povo foi proibido de trazer mais. Porque o material que tinham era suficiente para toda a obra que se devia fazer e ainda sobejava.” (Êxodo 36:5-7 RA)

Mais uma vez se registra algo comum ao que aconteceu nos dias de Jesus. Na multiplicação dos pães, houve suprimento para todos e ainda sobejou; e isso, por duas vezes. A oferta para o tabernáculo foi tão generosa que houve a necessidade de se proibir mais ofertas. Bezalel e sua equipe já tinham o suficiente para toda a obra que se devia fazer e ainda sobejava. Acredito que o Senhor quer nos ensinar que sempre teremos o suficiente para fazermos o que Deus nos ordenou fazer. É Ele quem tem os recursos, quem dá a habilidade, e quem intervém nos corações - “Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. E também há diversidade nos serviços, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos.” (1 Coríntios 12:4-6 RA). “Ora, aquele que dá semente ao que semeia e pão para alimento também suprirá e aumentará a vossa sementeira e multiplicará os frutos da vossa justiça, enriquecendo-vos, em tudo, para toda generosidade, a qual faz que, por nosso intermédio, sejam tributadas graças a Deus.” (2 Coríntios 9:10-11 RA)

Reflexão: Creia na provisão suficiente e abundante para tudo o que o Senhor colocar em suas mãos para fazer.

Mãos à obra, não se esquecendo da unidade

“Assim, todos os homens hábeis, entre os que faziam a obra, fizeram o tabernáculo com dez cortinas de linho fino retorcido, estofo azul, púrpura e carmesim com querubins; de obra de artista as fizeram.” (Êxodo 36:8 RA)

A partir de agora os homens hábeis vão confeccionar todas as partes do tabernáculo. Até então eles tinham apenas uma visão dada a Moisés no Monte Sinai. Chegou a hora de tirar o desenho do papel para torná-lo uma realidade. Por isso, mãos à obra! Não podemos permitir que a nossa vida gire em torno de visões que não se concretizam. É claro que há um tempo para todas as coisas, e que nem sempre tudo acontecerá tão rapidamente como esperamos. No entanto, precisamos fazer a nossa parte, trabalhando pelo que sabemos ser a vontade de Deus para os nossos dias. Além disso, os homens do tabérnaculo fizeram as devidas conexões, ligando tecido a tecido, madeira a madeira, argola a argola. O tabernáculo seria um todo, e não um conglomerado de coisas desconexas. Ligadas umas às outras, todas as peças resultariam numa grande habitação onde Yahweh faria repousar sua glória. Aprendemos com isso que dependemos uns dos outros. Separados, sem comunhão, somos valores solitários; mas unidos, somos valores agregados – um organismo vivo através do qual Cristo se revela ao mundo.

Reflexão: Como membro do Corpo de Cristo você é útil para o seu crescimento. Descubra a sua vocação e desenvolva-a, sempre ligado aos outros.

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Êxodo 37 – 37º Dia – 28/12/2010

Fez a arca da aliança

“Fez também Bezalel a arca de madeira de acácia; de dois côvados e meio era o seu comprimento, de um côvado e meio, a largura, e, de um côvado e meio, a altura.” (Êxodo 37:1 RA)

Já vimos em reflexões anteriores sobre todos os itens do tabernáculo. A diferença é que até então tínhamos apenas a descrição de uma visão, mas agora, a materialização dessa visão. A palavra “fez” é portanto a chave para este capítulo. Deus construiu a ponte que estava quebrada; e isso começou a se tornar visível através da confecção da arca. Cristo é a arca da aliança. A madeira de acácia representa a sua humanidade incorruptível que surge em meio a um cenário caótico, desértico e pobre. O revestimento do ouro fala da sua divindade plena. Cem por cento Deus e cem por cento homem. Nela seriam colocados futuramente três símbolos proféticos: Um vaso contendo o maná, a vara de Arão que floresceu e as Tábuas da Lei. Cristo é o maná que desceu dos céus - “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne.” (João 6:51 RA). Cristo é a vara que floresceu - “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” (João 15:5 RA). Cristo é a Palavra Viva, as tábuas da aliança - “Está vestido com um manto tinto de sangue, e o seu nome se chama o Verbo de Deus;” (Apocalipse 19:13 RA)

Reflexão: Torne Cristo uma realidade em seu viver, alimentando-se dele (maná), frutificando nele (vara de Arão) e vivendo na Palavra dele (tábuas da aliança).

Fez o propiciatório

“Fez também o propiciatório de ouro puro; de dois côvados e meio era o seu comprimento, e a largura, de um côvado e meio.” (Êxodo 37:6 RA)

Cristo fez a propiciação pelos nossos pecados. Propiciar significa tornar favorável, aceitável. O homem tinha sobre si a ira de Deus, havendo sido separado da sua comunhão. Por meio do sangue de Cristo houve a reconciliação. Todo aquele que passou pelo novo nascimento, havendo se arrependido dos pecados e confessado a Jesus como Senhor e Salvador, entrou em uma nova dimensão de paz com Deus - “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo;” (Romanos 5:1 RA). Essa paz é um termo jurídico e não meramente a expressão de um sentimento ou de um bem estar emocional. É a paz que veio como resultado do que foi suficiente para aplacar a ira de Deus que era contra nós. No propiciatório o sangue era aspergido para que Deus, ao olhar para o homem, não o visse a partir dos seus pecados, mas a partir do sangue derramado em seu lugar.

Reflexão: O sangue de Cristo aplacou a ira de Deus e tornou a sua vida favorável aos seus olhos.

Fez a mesa

“Fez também a mesa de madeira de acácia; tinha o comprimento de dois côvados, a largura, de um côvado, e a altura, de um côvado e meio.” (Êxodo 37:10 RA)

Cristo estendeu a sua mesa chamando-nos para a comunhão - “Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários, unges-me a cabeça com óleo; o meu cálice transborda.” (Salmos 23:5 RA). Não é uma mesa qualquer a que o salmista se refere - É a mesa do rei. O fato de ser na presença dos meus adversários demonstra que nenhuma circunstância adversa pode interferir no desfrute dessa doce e suave comunhão. Nada pode nos separar do amor de Deus em Cristo Jesus - “Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Romanos 8:35-39 RA)

Reflexão: Assuma a sua posição à mesa do Rei – lugar garantido para os que estão em Cristo e vivem para agradá-lo.

Fez o candelabro de ouro

“Fez também o candelabro de ouro puro; de ouro batido o fez; o seu pedestal, a sua hástea, os seus cálices, as suas maçanetas e as suas flores formavam com ele uma só peça.” (Êxodo 37:17 RA)

Cristo é a luz de Gênesis 1:3 - “Disse Deus: Haja luz; e houve luz.” (Gênesis 1:3 RA), sendo Ele mesmo a luz que resplandece nas trevas - “A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela.” (João 1:5 RA). O candelabro iluminava a mesa e o altar do incenso. A luz de Cristo resplandece sobre a mesa da comunhão com Deus e com os nossos irmãos. Imagine um tabernáculo escuro! As peças estariam todas lá, mas não teríamos condições de contemplar sua beleza nem seu significado. Assim acontece na vida de muitas pessoas, infelizmente. Deus estendeu a mesa da comunhão, mas, sem luz, elas não a desfrutam porque não conseguem vê-la, muito menos entendê-la. Sentimo-nos culpados, separados, excluídos do banquete, sendo nós mesmos, porém, os convidados ilustres da parte do Rei. Nossas diferenças para com os nossos irmãos também nos aprisionam em quartos escuros. Somente o perdão e a reconciliação podem nos devolver a luz. O candelabro também ilumina o altar do incenso. A nossa vida de intercessão pelos outros precisa do foco da luz de Cristo. A oração do Pai Nosso nos ensina a priorizar as coisas certas nessa área. Por exemplo, Cristo nos ensina a buscar o Reino do Pai e a sua vontade antes de qualquer outra coisa. Se não temos a luz de Jesus na vida de oração, vamos correr em busca dos nossos interesses egoístas todos os dias, como se tivéssemos sempre à mão uma lista de supermercado. A luz do candelabro também transpõe o véu e projeta-se sobre a arca da aliança, iluminando a nossa adoração ao Deus invisível mas real.

Reflexão: Ore para que Cristo traga revelação ao seu coração em relação à vida de comunhão com o Pai e com os irmãos.

Fez o altar do incenso

“Fez de madeira de acácia o altar do incenso; tinha um côvado de comprimento, e um de largura (era quadrado), e dois de altura; os chifres formavam uma só peça com ele.” (Êxodo 37:25 RA)

Cristo fez intercessão em nosso favor quando subiu ao Pai após a ressurreição. Ele apresentou o sacrifício de si mesmo e intercedeu por nós - “Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus;” (Hebreus 9:24 RA). O altar do incenso era um lugar sagrado. Diante dele Nadabe e Abiu morreram quando ofereceram fogo estranho - “Nadabe e Abiú morreram quando levaram fogo estranho perante o SENHOR.” (Números 26:61 RA). Era estranho porque suas brasas não provinham do altar do holocausto. Além disso, não era função deles oficiarem no altar do incenso, sendo isso uma prerrogativa do sumo-sacerdote. Cristo pôde interceder de forma eficaz em nosso favor porque ele mesmo passou pelo altar do holocausto (cruz do calvário). Ele é o sumo-sacerdote autorizado que passou pelos processos necessários a fim de se tornar plenamente capaz de levar nossas cargas e cravá-las cruz.

Reflexão: Veja os efeitos da intercessão de Cristo em seu favor, tornando livre o seu caminho em direção ao Pai.

Fez o óleo santo da unção e o incenso aromático

“Fez também o óleo santo da unção e o incenso aromático, puro, de obra de perfumista.” (Êxodo 37:29 RA)

Cristo revelou ao mundo o santo óleo da unção, vivendo uma vida cheia do Espírito Santo e deixando-se guiar por ele. Igualmente, também permitiu ao Pai inalar o agradável aroma de um incenso puro, obra de perfumista, quando ofereceu-se como sacrifício perfeito em nosso lugar. Agora, os desafios de viver uma vida debaixo da unção desse precioso óleo e um caminhar de intercessão cujo incenso sobe como aroma agradável diante do Pai, são meus e seus também - “e, quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos,” (Apocalipse 5:8 RA)

Reflexão: Procure revelar ao mundo a presença de Deus, por meio de uma vida no espírito e de uma atitude intercessora que se identifica com a necessidade alheia.

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Êxodo 38 – 38º Dia – 29/12/2010

Fez o altar do holocausto

“Fez também o altar do holocausto de madeira de acácia; de cinco côvados era o comprimento, e de cinco, a largura (era quadrado o altar), e de três côvados, a altura.” (Êxodo 38:1 RA)

Cristo passou pelo fogo do altar do holocausto quando deu a sua vida por nós no Calvário. Ali sofreu horrenda dor como cordeiro mudo que segue para o matadouro. O altar era revestido de bronze para suportar a alta temperatura a que era submetido. O bronze fala de juízo. É interessante perceber como todos os pregos utilizados no tabernáculo também eram de bronze - “Todos os pregos do tabernáculo e do átrio ao redor eram de bronze.” (Êxodo 38:20 RA). Jesus recebeu em si mesmo o juízo que deveria recair sobre mim e sobre você. Como nos diz Isaías, tratava-se verdadeiramente de um castigo em troca da paz. O câmbio no calvário efetivou-se e pelos seus hematomas nós fomos sarados - “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.” (Isaías 53:4-5 RA)

Reflexão: Perceba a grande troca - Cristo morreu para que você viva; deixou-se enfermar em troca da sua cura; morreu na miséria para lhe enriquecer; assimilou o sofrimento pela liberação da sua paz; padeceu como maldito em favor da sua bênção.

Fez a bacia de bronze

“Fez também a bacia de bronze, com o seu suporte de bronze, dos espelhos das mulheres que se reuniam para ministrar à porta da tenda da congregação.” (Êxodo 38:8 RA)

Era o local onde o sumo-sacerdote e os demais sacerdotes se purificavam antes de entrarem na tenda. Durante o processo contemplavam a própria imagem refletida no espelho. Enquanto olhamos para as Escrituras Sagradas, começamos por enxergar a nós mesmos. Nossas rugas, manchas e deformidades tornam-se tão visíveis como sob o sol do meio-dia. No entanto, depois que perseveramos nas águas purificadoras da bendita Palavra, outra imagem desponta – a de Cristo. É ele a quem verdadeiramente queremos encontrar nas Escrituras. Então o Espírito Santo vem e nos transforma à semelhança da imagem de Cristo que conseguimos vislumbrar - “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.” (2 Coríntios 3:18 RA)

Reflexão: Persevere contemplando a Palavra de Deus e tenha a experiência própria de ver o seu caráter sendo moldado ao caráter de Cristo.

Fez o átrio

“Fez também o átrio ao lado meridional (que dá para o sul); as cortinas do átrio eram de linho fino retorcido, de cem côvados de comprimento.” (Êxodo 38:9 RA)

Cristo viveu no átrio do tabernáculo. Essa parte era destinada ao homem comum, não religioso, e representa o mundo perdido sem Deus. Fala daquele que contempla as cortinas com toda a variedade de cores e significados, mas do lado de fora. Não está ao alcance da mesa da comunhão nem sob a luz do candelabro. Não conhece o poder da intercessão e muito menos as delícias da adoração no santíssimo lugar. No entanto, é-lhe permitido ver o sacrifício diário no altar do holocausto e os sacerdotes lavando-se na pia de bronze. As Escrituras afirmam que muitos passaram por Jesus ao pé da cruz e zombaram dele. Viram o sacrifício mas não o entenderam. Mas aos que viram e discerniram em seus corações, foi-lhes dado a conhecer os poderes do mundo vindouro - “Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.” (Lucas 23:43 RA)

Reflexão: Seja uma testemunha fiel do amor de Deus, levando Cristo aos corações dos que ainda vivem nos átrios, distantes do lugar da comunhão.

O alto preço

“Todo o ouro empregado na obra, em toda a obra do santuário, a saber, o ouro da oferta, foram vinte e nove talentos e setecentos e trinta siclos, segundo o siclo do santuário.” (Êxodo 38:24 RA)

Cristo pagou um alto preço pela nossa redenção. A descrição na sequência do capítulo apresenta com detalhes a quantidade do material empregado na obra e o quanto custou. Deus fez questão de revelar tudo com clareza para nos deixar a lição de que tudo tem o seu preço. A salvação em Cristo chega a nós de forma gratuita, mas alguém pagou muito caro por ela - “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;” (Efésios 2:8 RA). “sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo,” (1 Pedro 1:18-19 RA). Se nós fomos considerados de grande valor para Deus, a ponto de ele entregar seu próprio Filho para nos salvar, devemos então glorificá-lo em nosso viver para todo o sempre. Essa oferta deve ser total – nosso corpo e toda a vida, com todos os dons, talentos e qualquer coisa que possa servir aos propósitos divinos aqui na terra.

Reflexão: Entenda que a sua redenção não foi de graça para Deus. Valorize isso vivendo para ele de forma honrosa e dedicada.

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Êxodo 39 – 39º Dia – 30/12/2010

Calções de linho fino – cobrindo a nudez

“e a mitra de linho fino, e as tiaras de linho fino, e os calções de linho fino retorcido,” (Êxodo 39:28 RA)

Este é o capítulo que relata a confecção das vestimentas sacerdotais, dos sacerdotes e do sumo-sacerdote. Focando mais a vestimenta do sumo-sacerdote, decidimos organizar a citação de cada peça do vestuário por ordem de colocação no corpo. Acredito que o Senhor quer nos ensinar sobre o significado das vestimentas em relação à obra redentora de Cristo em nosso favor. A primeira peça é o calção de linho fino. Com ela o sumo-sacerdote cobria a sua nudez. A primeira ação divina em favor do homem após a queda foi de cobrir a sua nudez. Portanto, o calção de linho fino, remete-nos ao Éden e nos lembra do primeiro animal que precisou morrer para cobrir a vergonha do primeiro casal - “Fez o SENHOR Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu.” (Gênesis 3:21 RA). Essa é a primeira vestimenta sacerdotal.

Reflexão: Lembre-se do amor de Deus no Jardim do Éden, providenciando uma vestimenta para cobrir a nudez dos nossos pais.

A túnica branca de linho fino – a justificação

“Fizeram também as túnicas de linho fino, de obra tecida, para Arão e para seus filhos,” (Êxodo 39:27 RA)

Acima do calção de linho fino vinha a túnica branca de mesmo tecido. Ela representa a nossa justificação em Cristo Jesus - “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo;” (Romanos 5:1 RA). Nossas obras de justiça eram consideradas por Deus como trapos de imundícia - “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades, como um vento, nos arrebatam.” (Isaías 64:6 RA). Mas Cristo fez cair sobre nós o seu manto de justiça e nos justificou. Portanto, fomos declarados justos mediante a justiça de Cristo. A nossa nudez física foi coberta no Jardim do Éden, mas a nudez espiritual, somente em Jesus Cristo - “pois lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos.” (Apocalipse 19:8 RA). Essa é a segunda vestimenta sacerdotal.

Reflexão: Regozije-se pela graça divina em trazer-lhe o manto da justiça de Cristo sobre a sua vida.

A túnica azul – a frutificação

“Fizeram também a sobrepeliz da estola sacerdotal, de obra tecida, toda de estofo azul. No meio dela havia uma abertura; era debruada como abertura de uma saia de malha, para que se não rompesse. Em toda a orla da sobrepeliz, fizeram romãs de estofo azul, carmesim e linho retorcido. Fizeram campainhas de ouro puro e as colocaram no meio das romãs em toda a orla da sobrepeliz; uma campainha e uma romã, outra campainha e outra romã, em toda a orla da sobrepeliz, para se usar ao ministrar, segundo o SENHOR ordenara a Moisés.” (Êxodo 39:22-26 RA)

Acima da túnica branca vinha uma túnica azul. O azul nos fala do céu e da nossa ligação espiritual com Deus e com o seu reino celestial. Essa parte da vestimenta tinha uma peculiaridade: romãs e campainhas (sininhos) intercaladas por toda a borda. As romãs apontam para a frutificação, principalmente pela enorme quantidade de sementes que possui. O soar dos sininhos indicava que o sumo-sacerdote mantinha-se em movimento oferecendo sacrifício em favor do povo ao entrar no Santíssimo Lugar uma vez ao ano. Se os sinos parassem de tocar era sinal de que o homem de Deus havia morrido e que o sacrifício não tinha sido aceito. Entendemos que o caminho para a frutificação está na nossa relação espiritual com Deus. Depois de sermos justificados dos nossos pecados, Deus espera que frutifiquemos para Ele. O Senhor almeja colher o bom fruto de uma vida que amadureceu e manifestou o caráter de Cristo na terra. Assim revelamos o fruto do Espírito Santo enquanto emitimos o som de uma vida em movimento: que intercede, que perdoa, que consola, que ora, e que se move no compasso do mesmo Espírito. Essa é a terceira vestimenta sacerdotal.

Reflexão: Seja frutífero para Deus estando ligado espiritualmente a Ele e movendo-se em sintonia com o Espírito Santo.

A estola sacerdotal – o sacerdócio

“Fizeram a estola sacerdotal de ouro, estofo azul, púrpura, carmesim e linho fino retorcido.” (Êxodo 39:2 RA)

Acima da túnica azul estava a estola sacerdotal. Era a parte mais importante da vestimenta, sendo que todas as demais existiam em função dela. Há algumas palavras que explicam a razão da sua importância:
a) Identificação – as cores da estola sacerdotal eram as mesmas vistas em todo o tabernáculo. O ouro, a púrpura, o carmesim e o azul, apontando para o divino, a realeza, o sangue e o céu, respectivamente. O sumo-sacerdote precisava se apresentar diante de Deus em harmonia com o plano de redenção e as verdades espirituais.
b) Intercessão – Sobre os ombros, como parte integrante da estola, o sumo sacerdote levava os nomes dos doze filhos de Israel gravados em pedras de ônix. Levar sobre os ombros – Cristo levou sobre os ombros o fardo de todos nós.
c) Direção – O Urim e o Tumim foram colocados no peitoral do juízo, sobre a estola sacerdotal. Através deles Yahweh apontava o SIM e o NÃO.
d) Natureza – As pedras preciosas representando as doze tribos, falam da sua natureza espiritual. Não importa como eles eram vistos na terra; Deus os via a partir da nova natureza espiritual, celestial, gloriosa e eterna.

Vemos então que Deus cobre a nossa nudez, justifica-nos, permite-nos a frutificação e nos insere no ministério sacerdotal. Como sacerdotes, identificamo-nos com as verdades eternas do tabernáculo, intercedemos pelo mundo, somos dirigidos quanto à vontade do Pai, sempre mantendo a visão gloriosa de quem verdadeiramente somos aos olhos de Deus. Essa é a quarta vestimenta sacerdotal.

Reflexão: Exerça o seu sublime papel sacerdotal com consciência do que ele representa para Deus e para aquele por quem você intercede.

O cinto – a verdade

“O cinto de obra esmerada, que estava sobre a estola sacerdotal, era de obra igual, da mesma obra de ouro, estofo azul, púrpura, carmesim e linho fino retorcido, segundo o SENHOR ordenara a Moisés.” (Êxodo 39:5 RA)

Nesta hora tomaremos um pouco da ilustração da armadura de Deus de Efésios 6. Nela, o cinturão que ajusta todas as demais peças é símbolo da verdade. Não achamos que seja diferente no caso da vestimenta sacerdotal. Ele possui as mesmas cores da estola, estando perfeitamente em harmonia com o todo. O cinto prende ao corpo todas as peças e as firma com segurança. Penso que esse é exatamente o papel da verdade. A verdade não se contradiz nem é incoerente. A verdade traz segurança e sentido ao conjunto da obra. Ela agrega e unifica todas as coisas em torno de si mesma. Essa é a quinta vestimenta sacerdotal.

Reflexão: Mantenha o firme propósito de viver sempre no fundamento da verdade.

A mitra de linho fino – a renovação da mente

“e a mitra de linho fino, e as tiaras de linho fino, e os calções de linho fino retorcido,” (Êxodo 39:28 RA).

A mitra era um turbante colocado sobre a cabeça e representava uma mente sã - “Esta é a aliança que farei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei no seu coração as minhas leis e sobre a sua mente as inscreverei,” (Hebreus 10:16 RA). A mitra sobre a cabeça representa uma mente sob o governo de Deus - “e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo,” (2 Coríntios 10:5 RA). “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:2 RA). Esse turbante também era um sinal profético de que o homem, pelo Espírito de Deus, poderia ter uma mente em harmonia com a mente de Cristo - “Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo.” (1 Coríntios 2:16 RA). “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.” (Filipenses 4:8 RA). Essa é a sexta vestimenta sacerdotal.

Reflexão: Saiba que a provisão do calvário também incluiu a redenção da sua mente, influenciando para o bem a sua maneira de pensar.

A coroa sagrada – a santidade

“Também fizeram de ouro puro a lâmina da coroa sagrada e, nela, gravaram à maneira de gravuras de sinete: Santidade ao SENHOR. E ataram-na com um cordão de estofo azul, para prender a lâmina à parte superior da mitra, segundo o SENHOR ordenara a Moisés.” (Êxodo 39:30-31 RA)

O revestimento final é o da santidade. A coroa sagrada colocada sobre a mitra era constituída de uma lâmina de ouro com os dizeres: Santidade a YHWH. Colocada sobre a cabeça, dirigia não apenas a forma de pensar como também todo o procedimento sacerdotal. Tudo nele deveria girar em torno da santidade. Foi com essas palavras que Jesus nos ensinou a orar: “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;” (Mateus 6:9 RA). “O teu caminho, ó Deus, é de santidade. Que deus é tão grande como o nosso Deus?” (Salmos 77:13 RA). Precisamos levar a sério a advertência descrita na Carta aos Hebreus - “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor,” (Hebreus 12:14 RA). Essa é a sétima vestimenta sacerdotal.

Reflexão: Tenha como alvo pessoal para cada ano crescer na santificação, apartando-se do mal e aprofundando a sua relação com Deus.

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Êxodo 40 – 40º Dia – 31/12/2010

O desafio para o novo ano

“No primeiro dia do primeiro mês, levantarás o tabernáculo da tenda da congregação.” (Êxodo 40:2 RA)

Dois anos depois da saída do Egito o tabernáculo é levantado no deserto. A sua edificação marcaria uma nova etapa na vida de uma nação que esteve prestes a não gozar mais da presença do Senhor. Por força de uma aliança com Moisés e com Israel, Deus cumpre a promessa, perdoa a transgressão e estabelece a sua presença no meio do povo. O tabernáculo portanto é o cumprimento da parte divina na aliança de estar com eles, ainda que estes sejam de dura cerviz. Israel repousava na aliança com um Deus que não podia negar a sua identidade: misericordioso, compassivo, longânimo e perdoador.

Reflexão: Você está prestes a entrar em um novo ano também. Desejo que a sua consciência da presença de Deus em sua família se torne cada vez mais clara.

Água na bacia e azeite no candelabro

“Porás, nele, a arca do Testemunho e a cobrirás com o véu.” (Êxodo 40:3 RA)

Todas as peças estavam prontas mas ainda faltava alguma coisa. A arca precisava das Tábuas da Aliança, o altar do incenso precisava do incenso, a mesa precisava dos pães, o candelabro precisava do azeite, a bacia de bronze precisava de água, o altar do holocausto precisava do sacrifício, as vestes precisavam dos sacerdotes, e o tabernáculo precisava de Deus. A arca sem as tábuas seria uma caixa de madeira coberta de ouro, apenas. Todas as demais coisas sem o elemento que desse sentido à sua criação, seriam apenas peças de uma mobília. Moisés se incumbiu de completar a obra e dar sentido a todas elas. Estamos orando para que no próximo ano nossas bacias de bronze se encham de água e nossos candelabros, de azeite. Estou certo de que o Espírito Santo não quer que falte o incenso das orações e os sacrifícios nos respectivos altares. Nós precisamos ser o sacrifício rendido no altar – vidas submissas e dispostas a morrerem para si mesmas a fim de viverem para Deus.

Reflexão: Não permita que a sua vida se torne uma bela estrutura, porém, vazia.

Consagração total

“E tomarás o óleo da unção, e ungirás o tabernáculo e tudo o que nele está, e o consagrarás com todos os seus pertences; e será santo.” (Êxodo 40:9 RA)

A unção do tabernáculo faria dele uma tenda totalmente consagrada aos propósitos para os quais ele nasceu. Não seria utilizado para nenhuma outra finalidade senão aquela. Creio que precisamos crescer nesta visão – a igreja é o Corpo de Cristo na terra – santa, separada, vocacionada para ser luz do mundo e sal da terra, consagrada para uso exclusivo do Senhor. Paulo nos ensina que aquele que se prostitui se torna um só corpo com o outro - “Ou não sabeis que o homem que se une à prostituta forma um só corpo com ela? Porque, como se diz, serão os dois uma só carne.” (1 Coríntios 6:16 RA). Em vez disso, precisamos nos unir, de forma voluntária e consciente, ao Senhor, tornando-nos um só com ele. Consagrados e aliançados com os seus propósitos de forma inegociável.

Reflexão: Determine viver totalmente para o Senhor, consagrando sua vida e tudo o que lhe pertence.

Lavar, vestir, ungir e servir

“Farás também chegar Arão e seus filhos à porta da tenda da congregação e os lavarás com água. Vestirás Arão das vestes sagradas, e o ungirás, e o consagrarás para que me oficie como sacerdote. Também farás chegar seus filhos, e lhes vestirás as túnicas, e os ungirás como ungiste seu pai, para que me oficiem como sacerdotes; sua unção lhes será por sacerdócio perpétuo durante as suas gerações.” (Êxodo 40:12-15 RA)

Arão e seus filhos achegaram-se à porta do tabernáculo e ali passaram por um processo. Este é o caminho: lavar, vestir, ungir e servir. Acredito que se essas quatro palavras estiverem vivas no coração, nossa vida nunca mais será a mesma. Lavar – fala de purificação; mediante a Palavra de Deus somos lavados e purificados. Vestir – fala da consciência do nosso chamado; devemos nos revestir da nossa vocação todos os dias. Ungir – fala da capacitação sobrenatural para o exercício do nosso chamado; precisamos nos encher do Espírito Santo a cada dia. Servir – fala do cumprimento efetivo do nosso serviço a Deus em favos dos homens.

Reflexão: Faça das quatro palavras um lema para o próximo ano – lavar, vestir, ungir e servir.

Novas posturas ou boas intenções?

“No primeiro mês do segundo ano, no primeiro dia do mês, se levantou o tabernáculo. Moisés levantou o tabernáculo, e pôs as suas bases, e armou as suas tábuas, e meteu, nele, as suas vergas, e levantou as suas colunas;” (Êxodo 40:17-18 RA)

No tempo determinado por Deus o tabernáculo foi levantado, exatamente no primeiro dia do primeiro mês do segundo ano. Já falamos sobre isso no primeiro item. Mas a grande pergunta é: Faremos isso mesmo a partir do primeiro dia do próximo ano, ou será mais uma promessa de passagem de ano, que logo cai no esquecimento? Teremos novas posturas de verdade ou continuaremos vendo boas intenções espalhadas pelo vento? Conforme a ordem do Senhor assim fez Moisés. É tempo de levantar as colunas, fixar as bases, armar as tábuas, meter as vergas. Olhe ao seu redor e perceba o que ainda está no chão. Levante o tabernáculo da sua família, dos seus sonhos – da sua vida.

Reflexão: Entenda o tempo profético de Deus para você.

A Glória de Deus

“Então, a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do SENHOR encheu o tabernáculo. Moisés não podia entrar na tenda da congregação, porque a nuvem permanecia sobre ela, e a glória do SENHOR enchia o tabernáculo.” (Êxodo 40:34-35 RA)

Depois de tudo no seu devido lugar, a glória do Senhor vem e enche todas as coisas. Maravilha! Não temos palavras para expressar a gratidão e o reconhecimento da fidelidade do nosso Deus. Ele decidiu descer e tabernacular conosco – um povo de dura cerviz. Não somos melhores do que os filhos de Israel dos dias de Moisés. Nossas murmurações e contendas procedem da mesma natureza. Mesmo assim, YHWH, que se assenta entre os querubins, sob cujos pés há uma pavimentação de pedra de safira, sim, Ele mesmo, desceu para morar conosco. Glória ao Seu Nome eternamente! Nem quem era o seu mais íntimo amigo pôde entrar na tenda, tamanha a glória. Mas em Cristo, firmados em uma nova aliança, temos essa shekináh dentro de nós - “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.” (2 Coríntios 4:7 RA)

Reflexão: Desejo que a mesma nuvem de glória seja uma realidade em sua vida, todos os dias do novo ano que se aproxima.

Deus estava lá

“Quando a nuvem se levantava de sobre o tabernáculo, os filhos de Israel caminhavam avante, em todas as suas jornadas; se a nuvem, porém, não se levantava, não caminhavam, até ao dia em que ela se levantava. De dia, a nuvem do SENHOR repousava sobre o tabernáculo, e, de noite, havia fogo nela, à vista de toda a casa de Israel, em todas as suas jornadas.” (Êxodo 40:36-38 RA)

A aliança de Deus com Israel dava ao povo a segurança de serem guiados por ele em todas as suas jornadas. Não seria através de um anjo, mas do próprio Deus. A nuvem pela manhã e a coluna de fogo à noite, sempre à vista de toda a casa de Israel, dava-lhes a confiança de que, no sol ou na chuva, na doença ou na saúde, na pobreza ou na riqueza, na alegria ou na tristeza – Deus estava lá. A mesma promessa Jesus nos fez - “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.” (Mateus 28:19-20 RA). De todo o meu coração, desejo que você seja rico dessa promessa gloriosa, sempre certo de que Yahweh bendito cumprirá sua palavra como fez com Israel.

Reflexão: Seja feliz no próximo ano e desfrute da maravilhosa presença de Cristo em todos os dias. Glória a Deus!

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Um comentário:

Anônimo disse...

não explicou com clareza " o primogenito de seus filhos é para mim ". Isso soa sacrificio humano para javé, será isso isso mesmo.....

everaldo.uni@gmail.com