quarta-feira, 4 de março de 2009

Débora e as Habilidades de Liderança

Introdução

Débora foi uma grande líder espiritual. Através de sua liderança, a nação de Israel experimentou livramento numa época de grande opressão. Queremos estudar sobre os elementos que fizeram parte da liderança de Débora, e como a mulher de hoje pode aplicá-los em seus dias.

1- Visão Espiritual – “Mandou ela chamar a Baraque, filho de Abinoão, de Quedes de Naftali, e disse-lhe: Porventura, o Senhor, Deus de Israel, não deu ordem, dizendo: Vai, e leva gente ao monte Tabor, e toma contigo dez mil homens dos filhos de Naftali e dos filhos de Zebulom?” – Jz. 4:6

Débora, além de ser líder da nação, era também profetisa. Deus falava com ela dando-lhe estratégias para liderar o povo. Nesse caso em particular, vemos o Senhor passando-lhe direções específicas: a quem chamar, quantos deveriam ir, onde se reunir, e o que ia acontecer no final. Quando Baraque atendeu ao seu comando, apresentando-se para liderar o exército de Israel, Débora também o informou que a honra pela vitória seria dada a uma mulher, e não a ele (Jz. 4:9); o que veio a se cumprir através de Jael (Jz. 4:21). Débora ouvia a voz de Deus, e, por isso, tinha uma visão espiritual que muito a ajudou no exercício da sua liderança.

Deus quer nos ajudar a resolver os problemas do cotidiano. Para algumas situações precisaremos de direcionamentos específicos, como os que Débora recebeu. O Senhor sabe com quem podemos contar, onde devemos ir, ou, de que forma tratar as ocorrências diárias. Confiemos nEle para todas as coisas.
Sugestão: Contar uma experiência pessoal em que Deus lhe tenha dado instruções específicas.

2- Compromisso – “Ela respondeu: Certamente, irei contigo... Então, Baraque convocou a Zebulom e a Naftali em Quedes, e com ele subiram dez mil homens; e Débora também subiu com ele.” – Jz. 4:9-10

Débora não ficava apenas atendendo as pessoas debaixo da palmeira (Jz. 4:5). Quando necessário, ela saía juntamente com as tropas de guerra para enfrentar o inimigo (certamente, não para ficar no campo de batalha, mas, apoiando). A essa atitude chamamos de “compromisso”. Ela estava comprometida com a libertação de Israel, e por isso, entendia que precisava se envolver, estando sempre presente. Baraque fazia questão da presença dela porque todos sabiam o quanto Deus falava por seu intermédio. O compromisso de Débora abençoou a sua nação, que não se privou dos direcionamentos divinos dados em tempos de crise.

Temos vários papéis a desenvolver: esposa, mãe, líder, empresária, dona de casa, etc. Para que haja sucesso em cada área, precisa haver compromisso. Os filhos, por exemplo, necessitam da presença e do envolvimento da mãe em seus assuntos. O marido precisa decidir em acordo com sua esposa. Os projetos para a família, trabalho ou ministério, vão prosperar na medida em que estivermos suficientemente comprometidas. A nossa presença e a dedicação empenhada vão determinar o êxito no que intentarmos fazer.


3- Encorajamento – “Então, disse Débora a Baraque: Dispõe-te, porque este é o dia em que o Senhor entregou a Sísera nas tuas mãos; porventura, o Senhor não saiu adiante de ti? Baraque, pois, desceu do monte Tabor, e dez mil homens, após ele.” – Jz. 4:14

Como uma boa líder, Débora conhecia o poder do encorajamento. Já havia uma palavra de Deus garantindo a vitória de Israel sobre os cananeus. Porém, é possível que Baraque tenha se intimidado com a notícia de que Sísera havia reunido “novecentos carros de ferro, e todo o povo que estava com ele” (Jz. 4:13). Numa ocasião assim, não há nada melhor do que uma boa palavra de encorajamento, lembrando-nos do que o Senhor já prometera fazer. Assim Débora falou e logo viu os resultados: “Baraque, pois, desceu do monte Tabor, e dez mil homens, após ele.” (Jz. 4:14b)

Não estamos sozinhas no mundo. Vivemos em família, em comunidade, em equipe. Trabalhamos com pessoas que podem se desmotivar e desistir dos bons planos que já decidimos desenvolver. Os filhos se desanimam com a escola; o marido enfrenta lutas no trabalho; os liderados se frustram com a falta de resultados. É aí que precisamos da característica “encorajamento”. A mulher que encoraja não está imune ao desânimo, mas está consciente da promessa divina, e, por isso, pode enxergar a solução dos problemas de forma diferente.

4- Adoração – “Ouvi, reis, dai ouvidos, príncipes: eu, eu mesma cantarei ao Senhor; salmodiarei ao Senhor, Deus de Israel.” – Jz. 5:3

A adoração fazia parte da vida de Débora. O cântico que ela compôs, descrito no capítulo cinco, demonstra sua atitude de adoração e gratidão por tudo o que Deus é e faz. Além disso, algo nos chama a atenção no versículo 12: “Desperta, Débora, desperta, desperta, acorda, entoa um cântico; levanta-te, Baraque, e leva presos os que te prenderam, tu, filho de Abinoão.” Parece-nos que ela teve uma experiência especial com Deus que a despertava para a adoração, da mesma forma que despertava a Baraque para a guerra. Cada um cumprindo o seu papel: Débora, diante de Deus em adoração, e Baraque, diante do inimigo na guerra. Débora, portanto, sabia que o seu primeiro lugar era diante de Deus, em adoração.

O papel mais elevado que uma mulher pode desenvolver é o de adoradora. Tudo de que necessitamos vem do trono de Deus. Aquela que aprende o caminho da adoração, descobre um tesouro inigualável: o coração do Pai. Ele é a fonte de vida, de alegria, de sabedoria, de força e poder. Quando O conhecemos e O adoramos de todo o coração, Ele corresponde a esse amor, inclinando-se a nosso favor.

Débora foi uma mulher especial, em quem fluíram habilidades de liderança que trouxeram paz ao seu povo.

“Desperta, Débora, desperta, desperta, acorda, entoa um cântico...” Jz. 5:12

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